Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 25
Capítulo 25




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Ária estava esperando Stoico para jantar. Ela sabia que ele já devia ter chegado. Será que aconteceu alguma coisa? Deve ser por isso que ele estava demorando. Mas se fosse isso ele teria mandado alguém para avisar. Ela se levantou e saiu. Tornado já estava no estábulo. Ela suspirou e olhou para o grande salão. Ela tinha uma leve ideia de onde o marido se encontrava.

– Ele está no grande salão não é? – ela perguntou para Tornado que apenas abaixou a cabeça.

Ela voltou para dentro pegou peixes para ele e ficou com ele enquanto ele comia. Ela pensou em comer alguma coisa, mas não estava com fome. Quando Tornado terminou e passou a mão nele e levou o cesto de volta para dentro. Ária foi para o seu quarto e pegou sua capa.

Ária foi andando lentamente para o grande salão. Ela queria apenas ter certeza que podia guarda a sopa. Tornado foi atrás dela. Ele andava dando voltas nas pernas dela. Eles foram até chegarem lá. Ária abriu a porta e entrou. Ela cumprimento algumas pessoas. Stoico e Valhalarama estavam no fundo do grande salão. Ela ficou na dúvida se ia até eles ou não. Ela teve sua resposta quando Stoico e Valhalarama foram se aproximando. Ária queria sair, mas tinha que saber o que iria acontecer. Eles se abrasaram e ficaram assim por um bom tempo. Quando eles se separaram Valhalarama beijo Stoico no canto da boca. Ária se virou e correu para a porta.

–Ária que bom que veio. – Bocão gritou. Ela parou e se virou para ele. – Já está indo?

– Sim. – ela disse sem olhar para Stoico que vinha em sua direção. – Apenas vim ver se Stoico estava aqui, já vi o que queria estou indo. Com licença.

Ária se virou e voltou a anda. Ela saiu do grande salão e correu para a floresta. Ária balançou a cabeça para tentar ver através das lágrimas.

– Ária. – ela escutou Stoico gritando. – Espera.

– Não. – ela gritou de volta. – Me deixa.

– Me deixa explicar. Não é o que está pensando.

Ela continuou correndo. Ela não sabia para onde estava indo. Apenas que queria sair dali. Ela estava tão distraída que não apenas percebeu onde estava indo quando era tarde demais. Ela foi direto para o penhasco. Ela nunca pensou que morreria desse jeito. Ela já estava quase na água quando sentiu alguma coisa pegando seu braço.

– Pegou? – ela escutou a voz do Soluço. – Vamos subi.

– Não. – ela gritou. – Quero ir para a casa do Bolor. Agora.

– Mas Ária meu pai está...

– Soluço faça o que estou mandando.

Mesmo sem entender o motivo Soluço fez o que ela pediu. Quando eles chegaram lá Ária sentou no chão e respirou fundo. Depois se levantou e correu para dentro da casa.

– O que aconteceu? – Soluço perguntou seguindo ela.

– Ária, meus deuses, você está bem? – Stoico disse entrando logo depois.

– Saia. Por favor. – ela disse apoiada na mesa.

– Ária eu...

– Sai. – ela gritou. – Ela estou confusa, meus pensamentos então a mil. Eu preciso ficar sozinha amanhã a gente se fala, mas agora, saia.

– Eu...

– Vamos pai. – Soluço disse empurrando o pai para fora.

Quando a porta se fechou Ária começou a chorar. Ela chorou toda dor que estava guardada em sua peito. Chorou por causa de Esmeralda, por ela, por Stoico, por tudo. Ela foi para cama e deitou. Ária não sabe quanto tempo demorou para dormi.

Quando ela acordou no outro dia estava com a cabeça doendo. Ela se levantou e foi nadar um pouco. Ela passou algumas horas no lago antes de sair. Depois de se trocar ela cuidou da plantação. Ela estava fazendo o máximo para demorar, ela não queria ter que encarar Stoico. Quando terminou com as plantas ela arrumou a casa.

– Ária? Está acordada? – Stoico falou abrindo a porta.

Ária estava em pé em cima de uma cadeira que estava em cima da mesa tentando arrumar uma goteira no teto.

– Oi. – ela disse puxando a corda. – O que foi?

– Temos que conversar você não acha?

– Sobre o que? – ela perguntou descendo da cadeira.

– Ária, por favor.

– Certo estou escutando. – ela disse se sentando na mesa.

– Sei que parecia uma coisa, mas não era.

– Stoico eu não quero ouvi desculpas. – ela disse. – Você já é bem grandinho para saber o que é certo ou errado.

– Eu sei que não devia deixar ela me beijar tão perto da boca, mas eu não sabia que essa era a intenção dela.

– Não é isso que me deixa triste Stoico, se você ia jantar com ela no grande salão por que não me avisou? Acha que eu gosto de ficar em casa que nem uma idiota te esperando?

– Ária eu sei que as coisas não estão como eram antes, mas tudo vai ficar bem. Por que a gente sair hoje? Só eu e você.

– Stoico...

– Podemos voar no tornado até a ilha dos Dragões e correr atrás de uns dragões. O que acha?

– Pode ser.

– Isso. – ele disse abrasando ela. – Nos vemos no almoço.

O dia passou normalmente. Cada um fazendo as suas atividades diárias. Eles se viram no almoço mais não se falaram muito. Stoico e Ária tinham combinado de se encontra ao pôr do sol, em casa, então Ária saiu mais cedo da academia. Ela ficou esperando Stoico até o anoitece.

– É claro que ele não ia vim. – ela disse entrando em casa.

Ela pegou um livro e começou a ler. Ária tentava se concentra no que estava escrito, mas não conseguia.

– Oi Ária. – Soluço disse entrando em casa. – Pensei que ia sair com meu pai.

– Eu também. Mas acho que ele está ocupado, ou esqueceu. – ela disse prestando atenção no livro.

– Deve ser. – ele disse indo para o quarto. Soluço voltou pouco tempo depois com um mochila. – O pessoal da academia vamos andar pela floresta, quer vim?

– Não. Obrigada. Não volte muito tarde.

– Pode deixar.

Quando Soluço saiu, Ária pegou outro livro e começou a desenhar o mapa. Ela tinha decidido que daria o mapa para a ilha da Fúria Azul para dá a Soluço no aniversario dele. Ela passou algumas horas desenhando. Ela terminou de desenhar e foi fazer chá para ela. O chá já estava pronto quando Stoico chegou.

– Oi querida. – ele disse sorrindo para ela.

– Oi. – Ária colocou chá em uma caneca e se sentou na mesa.

– Aconteceu alguma coisa?

– Onde você estava?

– Desculpa por te chegado tarde, mas encontrei Valhalarama e ficamos conversando.

– Quando vocês se encontraram? – ela perguntou como quem não quer nada.

– Pouco antes do pôr do sol, por quê?

– Nada. – Ária mordeu seus lábios e olhou para o chá.

– Ária, tudo bem?

– Eu vou embora. – ela disse baixo.

– O que?

– Eu vou embora. – ela disse mais alto e olhou para ele.

– O que? Por quê? Você não pode ir.

– Claro que posso. Não há nada que me prenda aqui. – ela disse bebendo um pouco de chá.

– Como não? E a academia? Soluço? E eu, Ária?

– Todos vão ficar bem. – ela suspirou. – Eu preciso ir.

– Não vou deixar você ir. – ele disse se levantando. – Isso está fora de questão.

– Sabe o que está fora de questão? Você pensar que manda em mim. – ela disse se levantando também. – Eu não estou pedindo sua autorização, estou apenas te avisando.

– Você não vai.

– Vou.

– VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR. – ele gritou. – EU JÁ FUI ABANDONADO UMA VEZ E NÃO QUERO SENTIR AQUILO NOVAMENTE. SOLUÇO NÃO MERECE SER ABANDONADO NOVAMENTE.

– Está é a questão, não é? O Soluço. Foi por isso que se casou comigo? Por que ele gostava de mim e a mãe dele tinha deixado vocês?

– O que? Como você pode pensar nisso?

– Como? Quem sabe por causa das suas atitudes? Como você acha que me sinto quando estão os três conversando como uma família feliz? Como você acha que me sinto quando fico esperando por você, mas você não vem por que está com ela? Como você acha que me sinto quando ela vem na minha casa e começa a se comporta como se fosse a dona? Como você acha que me sinto quando as pessoas falam que vocês formam uma bela família?

– Ela é a mãe de Soluço. De certo modo essa casa é dela. Afinal foi aqui que ela morou depois que casamos.

– Sei. Claro, a errada sou eu.

– Não disse isso. – Stoico respirou fundo. – Valhalarama foi minha primeira esposa e isso você não pode mudar.

– Isso não vem ao caso.

– Quando você se casou comigo você sabia que Valhalarama é estava viva, que ela é uma filha de Berk, que ela é a mãe que Soluço, que ela é a mulher que eu... – ele se interrompeu.

–Ama? – ela completou. – Eu sabia que ela é a mulher que você ama?

– Eu não disse isso.

– Mas é o que ia dizer. – ela disse deixando uma lágrima escapar. – Estou cansada Stoico. Nem quando era obrigada a aguentar meu pai me falando que eu não era a filha que ele esperava eu me sentia tão mal. Parece que sirvo apenas para esquenta sua cama. Você me promete as coisas e se esquece, se você quer voltar com a Valhalarama é só falar que eu vou embora.

– Coloca uma coisa na sua cabeça. – Stoico disse segurando o rosto dela. – Eu te amo. Sei que estou sendo um idiota, mas vou te recompensar.

– Eu preciso ir. – ela disse se afastando. – Vou embora amanhã.

– Ária, por favor...

– Não, Stoico.

Ária saiu de casa. Ária montou em Tornado e foi para a praia. Ela ficou olhando para as ondas. Ela sabia que estava sendo infantil. Mas tudo aconteceu de uma vez. Primeiro Valhalarama, depois a morte de Esmeralda e depois distanciamento de Stoico. Ela não sabia o que fazer. Ela estava tão confusa. Ária queria apenas pular dentro do mar de deixar que a correntes a levasse. Ela queria apagar a dor, as lágrimas e principalmente as lembranças da morte da sua melhor amiga. Quando notou que ela estava chorando Tornado colocou a cabeça no colo dela e eles ficaram algumas horas assim.

– Ária? – Stoico disse indo até ela.

– Oi.

– Vamos para casa?

– Vamos.

Ela aceitou a mão dele e eles montaram em Tornado, quando eles chegaram em casa Banguela estava deitado na escada enquanto Soluço terminando de arrumar suas coisas.

– Bom noite. – ele disse sorrindo.

– Boa noite. – Stoico respondeu.

– Eu vou deitar. – Ária deu um beijo na testa de Soluço e foi para o quarto.

– Aconteceu alguma coisa? – Soluço perguntou.

– A gente discutiu, mas está tudo bem agora. – Stoico suspirou e ficou olhando para o fogo por um tempo.

Stoico também foi para o quarto. Quando ele chegou lá, Ária estava deitada, dormindo. Ele deitou ao lado dela e a abrasou.

– Eu te amo, e isso nunca vai mudar.


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