Histórias De Dragões. escrita por Anieper


Capítulo 17
Capítulo 17




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/525356/chapter/17

O dia amanhecer lentamente. Stoico se esticou todo na cama e esticou a mão procurando por Ária. Como ele não sentiu nada abriu os olhos e olhou em volta, ela não na cama. Ele coçou os olhos e se levantou. Ele foi para a cozinha. Ária estava em pé na frente do fogão preparando o café. Stoico foi até ela e a abraçou por trás.

– Bom dia. – ele falou para ela.

– Bom dia. – ela disse cortando pão.

– Como você pode acorda tão cedo, depois de ir dormi tarde? – ele perguntou passando o nariz no pescoço dela.

– Não preciso dormi tanto que nem você.

– Assim você me ofende. – ele disse rindo.

– Reformulando, eu não consigo dormi tanto. – ela se virou para ficar de frente para ele. – Posso dormi apenas umas horas por noite e ficar bem.

– Melhor assim.

Stoico ajudou Ária a preparar o café. Depois os dois começaram a conversar enquanto tomavam o café. Quando eles terminaram saíram de casa. Stoico foi dá comida para Trona, enquanto Ária chamou Esmeralda. Depois que Tornado comeu, os dois montaram em seus dragões e foram passear. Como Stoico teria uma semana de folga, eles decidiram andar pelas ilhas. Eles passaram o dia fora, e foi assim no decorrer da semana. Soluço mostrou que é um grande líder. Ele deu conta de tudo, até mesmo das brigas. Apesar de Stoico falar que cuidaria das coisas de outro modo.

...

Os dais forram passando. Soluço e Ária acordavam sempre antes de Stoico e juntos preparavam o café. Depois que o chefe acordava tomavam café juntos e enquanto Stoico saia pela cidade, Ária e Soluço iam para o treino. Astrid ia com eles, ela ainda não aceitava que Soluço fosse melhor do que ela, mas não conseguia alcançá-lo. Depois do treino eles iam almoça no grande salão, depois passavam a tarde treinando com os dragões. Todas as noites Ária ia para a casa dela. Enquanto Soluço e os outros pilotos faziam patrulhas, por toda Berk. Lá Ária cuidava das suas plantas e verduras. Depois ia jantar no grande salão, ou quando estava muito cansada, eles ficavam em casa mesmo.

A cada dia que se passava, ia esfriando mais. Todos em Berk estavam se preparando para ele. Seja arrumando as coisas, pescando, cortando lenha, ou fazendo outras coisas. Ária estava ficando nervosa, com os passar dos dias ela ficava mais nervosa pensando que seus pais saberiam a verdade, que seus pais, saberiam que ela estava viva. Stoico sabia que ela estava nervosa com isso, e tentava distraí-la. Ária estava preocupada com Esmeralda, desde que ela e Stoico se casaram, Esmeralda passava as noites no mar. Ela sabia que Esmeralda voltaria sempre que ela chamasse, mas ela não estava acostumada a passar tanto tempo longe dela. Soluço estava devorando os livros dela, a cada dia que passava ele lia cada vez mais rápido. Ela ainda não tinha contado a verdade para ele, mas estava perto de contar.

Ária estava na cozinha preparando o jantar. Stoico estava pela ilha, como uma tempestade estava para vim a qualquer momento, ele estava terminando de organizar os últimos suprimentos.

– Ária eu vou fazer a ronda antes que a tempestade chegue. – Soluço disse entrando na cozinha, enquanto ela cortava algumas batatas.

– Seja rápido, pelo jeito vai ser uma chuva daquelas. – ela disse olhando para ele. – Tente voltar antes de começar a chover.

– Vou tentar. – ele pegou uma maça e sorriu. – Vamos Banguela.

– Ainda bem que você não tem filho, Esmeralda. – ela disse para a dragoa que estava deitada na sala, com a cabeça dentro da cozinha. – Eles crescem um pouquinho e já se acham donos de si mesmo.

Ela continuou preparando a comida. Ária já tinha terminado de preparar a comida, agora ela estava arrumando os cobertores. Ela olhou para a janela. O céu estava fechado, ela sabia que a cada minuto que se passava a tempestade se aproxima cada vez mais. Quando Stoico chegou ela estava terminando de dobra o último.

– Essa tempestade vai das fortes. – ele disse beijando a bochecha dela. – Cadê Soluço?

– Ele foi fazer uma última ronda antes da tempestade. Já deve estar chegando.

– Já está tudo pronto para a tempestade?

– Já sim. – ela colocou o cobertor em cima da mesa. – Comida na dispensa, cobertores dobrados e separados, peixes para dragões, água para o chá e leite de iaque para fazer o seu mingau. Tudo certo.

– Muito bem. – Stoico disse rindo. – Eu não me lembrava que uma mulher fazia tanta falta assim.

– Para você ver. – ela pegou alguns cobertores e entregou para ele. – Leve isso para o quarto do Soluço.

– Claro.

Ária levou o resto para o quarto deles. Ela colocou as cobertas no lado da cama, depois pegou o cesto de roupa limpa e o levou para a sala. Ela começou a dobra o roupa. Stoico desceu e se sentou em sua cadeira. Eles conversaram sobre as coisas de Berk, enquanto ela trabalhava. Pouco tempo depois a tempestade começou a cair. Ária olhou para fora pela janela. Soluço já devia ter voltado. Ela terminou de dobra as roupas e as levou para os quartos.

– Ele já devia ter voltado. – Ária disse olhando para a janela.

– Daqui a pouco ele está ai. – Stoico disse sem dá muita atenção.

– Ele disse que seria rápido. A tempestade está cada vez mais forte, e ainda tem a calda do Banguela.

– Ária você está se preocupando por nada. – Stoico olhou para ela. – Daqui a pouco ele está aqui.

– Sei.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Ária estava procurada, há essa hora a ronda já teria acabado. Soluço nunca ficaria tanto tempo fora em uma tempestade como essa. Ele sabe que Banguela tem medo de raio e que por causa da cauda ficar fora nesse tempo é perigoso. Eles passaram o resto da tarde esperando Soluço, Ária estava preocupada, mas Stoico falava que estava tudo bem, que Soluço estava apenas com os amigos. Mas alguma coisa estava errado. Soluço não demorava tanto. E ele não iria para a casa de outra pessoa sabendo que ela ficaria preocupada, ela sabia que tinha motivo para se preocupar, Soluço não era assim. Ária estava terminando de colocar a mesa quando eles escutaram alguém batendo na porta. Stoico foi abri a porta enquanto ela colocava o último prato em cima da mesa.

– Astrid? Aconteceu alguma coisa? – Stoico perguntou dando espaço para ela entra.

– Soluço já voltou? – ela disse tirando a capa.

– Não. – Stoico olhou para ela. – O que aconteceu?

– Não sei. Eu estava na academia com os outros, arrumando os cobertores para os Terrores Terrível, quando o Perna-de-Peixe chegou falando que o Soluço tinha ficado para trás para ajudar um dragão. Eu perguntei qual, ele disse que não sabia, que o Soluço disse que ele e Banguela conseguiam libertá-lo, que ele encontraria o Perna-de-Peixe mais tarde. Mas que Soluço disse que voltaria logo, e que iria passar lá em casa. Como ele não passou vim ver se ele se esqueceu.

– Ele ainda não chegou. – Ária disse olhando para Stoico. – Eu disse que tinha alguma coisa errada.

– Aonde você vai? – Stoico perguntou quando viu Ária indo em direção a porta.

– Na casa do Perna-de-Peixe, depois atrás do Soluço. – ela abriu a porta. – Ás vezes ele está esperando a chuva passar por causa da calda do Banguela. Ou o dragão está ferido e não dá para eles voltarem.

– Como vamos fazer com a calda do Banguela? – Stoico perguntou seguindo ela.

– Podemos tirar dela e enrolar em algum pano. – Ária correu para a casa de Perna-de-Peixe. – A gente pensa em alguma coisa quando chegar lá. – ela gritou para que Stoico escutasse por cauda da chuva. Ária bateu na porta e esperou.

– Oi gente. – Perna-de-Peixe disse quando abriu a porta. – O que aconteceu?

– Onde você viu o Soluço antes de vim para cá? – Stoico perguntou antes dos outros.

– Perto da ilha dos Fumaças Fumegante. Ele me disse que viu um dragão ferido, mas não me disse qual. Eu me ofereci para ajudar, mas ele disse que dava conta.

– Você pode nos levar até onde você viu ele pela última vez? – Ária perguntou.

– Posso.

Os quatro saíram poucos minutos depois. Eles voaram até perto da ilha, depois deram algumas voltas pela ilha, mas não encontraram nada. Ao todo eles deram cinco voltas pela ilha, mas por causa da chuva não dava para ver nada. Eles pararam no alto da ilha e olharam em volta. A chuva já tinha passado. Mas eles ainda não tinham sinal deles. Eles tinham passado a noite procurando eles, e até agora nada.

– O que vamos fazer? – Stoico perguntou olhando para ela. – Não dá para ver nada.

– Eu não sei. – Ária disse passando a mão no rosto para tirar o cabelo que grudo por causa da chuva, que tinha passado na metade da noite. – Acho que ele pode estar aqui perto.

– Aonde? Essa ilha é enorme. – Astrid disse.

– Se não estive chovido, podíamos colocar os dragões para farejar. – Perna-de-Peixe disse.

– Mas choveu. – Stoico disse.

– Como eu não pensei nisso antes? – Ária perguntou batendo na testa.

– O que foi?

– Podemos farejar ele.

– Como? Está tudo molhado. – Stoico disse tentando olhar para ela.

– Eu tenho um dragão aquático. Posso usar isso.

– É mesmo. – Stoico disse rindo.

– Esmeralda, encontre eles. – Ária disse passando a mão no rosto dela.

Esmeralda levantou a cabeça e olhou para os lados. Ela começou a farejar. Esmeralda abriu as asas e saiu voando. Os outros foram atrás dela. A cada minuto que passava, eles entrava cada vez mais na ilha. Esmeralda parou, e Ária desceu. Depois de olhar em volta, no meio das flores ela entrou uma trilha.

– Por aqui. – ela disse chamando a atenção dos outros. Eles andavam uns minutos, antes de pararem em frente a uma caverna. Stoico deu um passo na direção da caverna quando um dragão pulo em cima dele.

– Stoico. – Ária gritou. Todos os dragões foram para cima dos dois. – Parem. Fiquem todos em seus lugares.

Os dragões pararam. Quando Ária ia se aproximar, Banguela saiu da caverna e rosnou para o dragão que saiu de cima de Stoico e voltou para a caverna. Banguela foi até Ária e começou a empurra ela para dentro da caverna. Ária foi andando para a caverna. No fundo da caverna envolta do fogo, estava Soluço. Ele estava sentado abrasando as pernas, seu corpo todo tremia. Ela correu até ele.

– Soluço? – ela chamou parando ao lado dele.

– Ária? – ele disse olhando para ela. – Oi.

– O que aconteceu? – ela perguntou passando a mão no rosto dele. – Você está com febre.

– Banguela e eu estávamos ajudando o Diabinho, quando a chuva começou. – Soluço respondeu rouco, com a voz tremula. – Pensei em volta, mas ele está com a asa quebrada, não dá para voar. Então achei melhor procurar uma caverna. Levei algumas horas, já que tinha começado a chover e tinha muitos raios. Vários raios caiam perto do Banguela. Então tivemos que ir para a floresta. Demorou para encontra uma caverna. Eles estavam com a cabeça molhada, não dava para acender uma fogueira, eu estava molhado. Quando encontramos aqui, demorou um pouco para Banguela acender. Acho que fiquei doente.

– Temos que ir embora. – Ária disse olhando para Stoico que ajoelhou ao lado dele.

– Claro.

– Você consegue andar? – Ária perguntou.

Soluço se levantou com dificuldade. Ele estava pálido, e soando. Quando ele deu o primeiro passo começou a tossi.

– Calma filho. – Stoico disse tirando sua capa e esticando para Banguela secar. Depois pois em cima dos ombros do filho.

– Stoico eu vou na frente com Banguela e Soluço. Temos que fazer ele trocar de roupa e depois temos que dá alguma coisa quente para ele. – Ária ajudou Soluço a montar Banguela. – Coloque Diabinho na Esmeralda, ela vai levá-lo para a ilha, depois leve ele para Bocão.

– Certo.

Ária montou logo depois e eles foram em direção a ilha. Ária passou o braço em volta de Soluço e o manteve preso em seu abraço. Assim que eles chegaram a Berk, Ária levou Soluço para casa. Com a ajuda de Banguela, ela deu banho nele, depois colocou roupas limpas nele. Ária o cobriu e foi pegar suas ervas. Ária decidiu que iria fazer um chá de hortelã com Limão. Ela colocou água para esquenta, enquanto pegava tudo. Quando ela estava preparando o chá Stoico e os outros chegaram.

– Como ele está? – Stoico perguntou olhando para ela.

– Mal. Está com febre e delirando. – Ária disse mexendo o chá.

– Vou vê-lo. – ela apenas assistiu e continuou o que estava fazendo. Quando ela terminou, foi até o quarto. Stoico estava sentado ao lado da cama do filho. Soluço murmurava alguma coisa sem sentido. – Quer ajuda?

– Sim. Sente ele. – Stoico fez o que ela mandou. As poucos Soluço foi bebendo o chá. – Qual é a espécie do Diabinho? Por causa do Soluço eu nem vi direito.

– Não sei. Não conheço aquele dragão. – Stoico disse olhando para o filho. – Sei apenas que ele é vermelho, preto e amarelo. As cores se misturam na pele. Ele é bem rápido e forte, o que deu um pouco de trabalho na hora de cuida do ferimento dele.

– Sei. – ela disse fazendo Soluço beber o chá aos poucos.

Stoico queria passar o resto do dia com o filho, mas como o deve o chama, ele foi cuidar dos problemas da ilha. Ária teve que colocar um pano frio na testa de Soluço, já que ele estava cada vez mais quente. Ela fez um chá para a baixar a febre. E trocou o forro de cama, duas vezes. Soluço passou o dia dormindo, tossindo e delirando. O pessoal da academia foram ver como ele estava, mas não ficaram muito tempo lá.

Ária fez uma sopa e tentou dá para ele, mas ele não tomou muito. No começo da tarde ela pediu para Astrid é chamar a anciã. Depois de examinar Soluço ela disse que ele estava com pneumonia. E que teria que ficar algumas semanas na cama.

Ária aproveitou que Astrid e Banguela estavam com Soluço e foi ver o Diabinho. Astrid disse que Stoico tinha levado ele para a academia, já que ele estava agitado e o seguia por toda ilha. Quando ela entrou na academia, as crianças estavam brincando com Diabinho. Ela sorriu e foi até ele. Quando as crianças a viram saíram de perto dele.

– Ainda não sei o que ele é. – Bocão disse. Ele, Perna-de-Peixe e Stoico estava parado ao lado da lousa. Bocão estava com o livro dos dragões.

– Ária, você sabe que espécie é essa? – Perna-de-Peixe perguntou quando ela se aproximou deles.

– Sei. É um Dervish Diabólico. – ela disse olhando para o dragão. – Classe Rocha. O Dervish Diabólico é um dos melhores dragões para escolher com um dragão de equitação. Eles têm músculos incríveis. Também são pedregulho, se alimentam com rochas. O nome é por causa da cauda, que tem chinfre e suas escamas são vermelhas e pretas.

– Soluço acertou no nome. – Bocão disse. – Como ele está?

– A anciã disse que é pneumonia. Ele vai ficar de molho por um tempo. – Ária disse indo até o dragão. – Venha aqui amiguinho. – ela chamou o dragão que foi até ela. Ária passou a mão nas costas dele que cuspiu fogo nela. Apenas uma pequena chama, inofensiva.

– Ele gostou de você. – Melequento disse entrando na academia. – Quando eu tentei chegar perto dele, ele quase arrancou minha mão.

– Ele se assustou com você. – Ária disse. – Dê peixes para ele com algumas pedras, que tudo vai ficar bem.

Ária sorriu para eles e saiu da academia indo cuida de Soluço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Histórias De Dragões." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.