Meu querido anjo-Percabeth escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Capa de Revista.




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P.O.V. Annie.

Eu e Percy estamos passeando na rua quando algo chama minha atenção.

–Mas, o que?

Parei em frente a banca de jornais e vi o rosto da minha melhor amiga estampado em tudo o que era revista de fofoca.

–Quanto é?

–Sete euros.

–Sete?

–Sim.

Tive que pagar e conforme eu foleava a revista eu li a vida inteira da minha melhor amiga escrita lá dentro.

O nome da mãe dela, do pai dela, do irmão e até mesmo o meu.

–Jesus! A Bi vai ficar louca quando descobrir.

–Quando eu descobrir o que?

–Dá uma olhada nisso.

–Sou eu. Porque eu estou numa revista de fofocas?

Então começam a cercar a gente. E o Nico chega.

–O que tá acontecendo?

–Não sei.

–Bianca, como é namorar um superstar?

–O que? Não somos nada um do outro, foi apenas uma coincidência.

–Qual é a sua cor preferida?

–Rosa.

–O Anakin é bom de cama?

–O que? Meu Deus! Nos encontramos por acidente!

–Do que eles estão falando Bi?

–Nico, me tira daqui.

Assim que chegamos ao hotel ela começou a contar. E quando acabou ficamos chocados.

–Uau! Se tá podendo ein, amiga?

–Para. Não ia dar certo mesmo, namoro a distancia sempre acaba mal.

–Tem razão.

Bianca abriu a janela e se debruçou sobre a mesma, como aquelas namoradeiras nordestinas.

–Meu Deus! Eles não vão me deixar em paz.

–Do que está falando?

–Dá uma olhadinha.

Pude ver um monte de fotógrafos acampados na frente do hotel e uma repórter que falava no microfone de frente para uma câmera.

–Vamos sair pra dançar hoje. Assim você se distrai um pouco.

–Olha isso! Como é que nós vamos sair?

–Ouçam, eu tenho um plano. Um de nós tem que escapulir e fazer os fotógrafos virem atrás e distrair eles por lá, e daí nós corremos.

–Ótima ideia. E quem vai ser?

–Eu.

Na hora da execução, o plano saiu perfeito. E lá na boate eu vi a Bianca conversando com um cara, mas como ele estava de costas eu não consegui ver o rosto dele.

P.O.V. Bianca.

Depois de ter dançado bastante comecei a ficar com sede e com muito calor. Então eu pedi um martini enquanto bebia alguém me cutucou e eu virei pensando ser o Nico.

–Oi.

–Oi. O que está fazendo aqui?

–Segui você e as suas amigas até aqui.

–É? E por sua causa virei capa de tudo o que revista! Toda a Inglaterra sabe tudo sobre a minha vida!

–E isso não é bom?

–Não! Eu gosto de privacidade e de poder andar na rua.

–Me desculpe. Eu não queria que isso acontecesse, mas eu me sinto normal quando estou com você.

–Mesmo?

Disse dando um sorriso.

–Mesmo. Eu até me esqueci que era famoso.

–Ótimo.

–É. Com você eu posso ser eu mesmo e não o Anakin famoso.

–Fico feliz por você.

–Moça?

–O que?

–O rapaz pegou a sua bolsa.

–Me roubou?

–Não esse. Aquele!

Tirei o meu sapato e taquei nele. A meia pata de rolha acertou bem na testa. E ele ficou inconsciente.

Andei até ele e peguei a minha bolsa de volta e o sapato.

–Meliante!

Dei um chute nas partes dele e ele acordou se contorcendo.

A cara do Anakin foi impagável. O queixo dele caiu.

–Que foi? Eu fiz karatê e Thae Kwon do.

–Parabéns, mas como acertou o sapato na testa do cara?

–Faço aula de arco e flecha.

–E você faz alguma coisa de menina?

–Como assim?

–Algo não violento?

–Balé e musculação.

P.O.V. Anakin.

Nós ficamos conversando e a cada momento eu descobria coisas novas sobre ela.

–Faz aula de equitação?

–Sim. E de natação, de artesanato, de piano, coral e pintura.

–Nossa! Isso são muitas aulas.

–Eu já me formei no karatê e na natação.

–Faixa preta?

–Faixa preta.

–Odeio isso.

–O que?

–O fato de você ser melhor que eu em tudo.

–Bobagem. Eu me ferro legal nas exatas.

–E eu adoro as exatas.

–E as humanas?

–Detesto.

–E eu adoro.

–Credo.

–Quem sabe um dia você não pega o seu jatinho e vamos estudar juntos?

–Tá bem.

–Foi uma piada. Mas, eu te ajudo numa boa.

–Imagino.

–Então, me fala que tipo de música você gosta de ouvir?

–One Republic, Linkin Park, Coldplay, Breaking Benjamin.

–Adoro todas essas bandas, mas também gosto da Britney Spears, Beyoncé, Taylor Swift, Owl City, Life House.

–Adoro essas duas últimas também.

–Mas, e as suas músicas? Gosta delas?

–Não muito.

–E porque as canta então?

–O contrato que me liga a gravadora lhes dá controle praticamente total sobre mim.

–Vai me dizer que eles controlam o que você come?

–Não, isso eu faço sozinho. Mas, não posso ficar fora de forma.

–Eu também não. Se comer demais eu viro uma baleia.

–Não vira.

–Viro. Agora, porque não saímos daqui. Minha cabeça parece que vai explodir.

–Vamos nessa.

Ela é a pessoa mais incrível e sensível que eu já tive o prazer de conhecer.

–O que está fazendo Anakin?

–Fica quietinha.

Ela fez uma cara de confusa, mas obedeceu. Finalmente eu experimentei o gosto dela.

–Porque você fez isso?

–Porque eu gosto de você. Muito mesmo.

–Então tá.

Ela disse em tom de incredulidade.

–Você quer ir pra minha casa?

–Opa! Pise no freio! Eu não sou desse tipo de garota e fiz um voto de castidade.

–Jura? Voto de castidade?

–Sim. Eu juro.

–Achei que isso não existisse mais.

–Elas existam, mas a maioria das pessoas não praticam.

–Você é muito religiosa?

–Sou. Mas, ainda assim sou uma bruxa. Sou mesmo uma bruxa, daquelas que fazem feitiços.

–Por isso a energia azul.

–É. Liguei pra minha mãe ontem e perguntei o que estava acontecendo e ele me contou.

–E o seu irmão?

–Sei lá, o Nico nunca falou nada. E nós fizemos um pacto de sangue que nunca esconderíamos nada um do outro.

–E você cumpre o pacto?

–Obviamente.

–Porque você não vai á minha casa amanhã á tarde. Pode levar seus amigos.

–Tudo bem, mas se tentar alguma coisa eu te mato e ainda faço parecer um acidente.

–E como você faria isso?

–É muito simples na verdade. Abro o gás, e loto a casa de produtos de limpeza inflamáveis, tranco você lá dentro e toco fogo.

–Parece até que já tem tudo planejado.

–É porque eu tenho. Eu já testei a teoria uma vez e deu super certo.

–Matou uma pessoa?

–Matei. Mas, isso não quer dizer absolutamente nada.

–Não quer dizer nada?

–Não. Eles eram uns otários.

–Então tá. Meu motorista vai pegar vocês ao meio dia.

–Meio dia? E quem vai cozinhar?

–A Maria. Minha cozinheira.

–Uau! Mas, e os seus pais?

–Eles vão estar lá.

–E você quer me levar na sua casa com os seus pais lá?!

–Sim.

–Bateu a cabeça? Já, sei! Está bêbado.

–Não. Estou normal.

–Acaba de me convidar pra sua casa, com os seus pais lá.

–Porque eu gosto de você.

–Eu nem sei o que falar. Quer dizer, nem tivemos um encontro.

–Tivemos dois. Aquele dia na rua e aqui.

–Se você tá dizendo.

–Estou. Então, vejo você amanhã?

–Tá bem. Mas, se for alguma brincadeira de mal gosto você já era.

–Sei.

–Bianca! Quer matar a gente do coração?!

–Desculpe. Esqueci de avisar que saí.

–É você faz muito isso. Quem é você?

–Anakin.

–O cara famoso?

–É.

–Tá podendo ein maninha! Não nega que é minha gêmea.

–Nico!

–Ah, você arruma um namorado Jedi famoso e eu não posso dizer parabéns.

–Cala essa boca mané!

Disse ela empurrando-o e o irmão a empurrou de volta, mas ela caiu e bateu a cabeça com força no chão.

–Bi? Bianca?

–O que você fez?!

–Eu não queria machucar ela!

–Espera, aquilo é...

–Sangue. Temos que levar ela pro hospital!

Enfiamos Bianca dentro do carro e corremos pro hospital onde fizeram uma sutura na cabeça dela.


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