One More Day escrita por majestyas


Capítulo 5
Capitulo 5.




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Acordei com a campainha tocando. Oh, céus. Pensei em ignorar, mas a pessoa continuou a tocar -irritantemente- a merda da campainha!
EU TO TENTANDO DORMIR AQUI!
–Deuses...!- resmungo, enquanto desço as escadas aos tropeços. Por que eu tinha que dormir no último andar mesmo?- CALMA, CACETE!- grito, furiosa, tirando o cabelo da cara- que é?!- abro a porta bruscamente, dando de cara com três pessoas de preto. Por um momento fiquei com medo, confesso.

Um homem alto, pálido (muito mesmo!), com um terno preto, cabelos pretos, olhos extremamente pretos e uma expressão inquieta e surpresa na face.
Logo atrás dele estava dois adolescentes (chuto uns 18 anos pra eles), aparentemente gemeos. Uma menina e um menino.
A menina vestia um vestido preto com margaridas desenhadas a mão e sapatilha. Cabelos castanhos claros, olhos pretos e pálida igual o homem.
O garoto vestia calça jeans preta, camiseta preta e uma jaqueta de couro (ah!) Preta. Características físicas iguais a da irmã (dãr).
–Oi.- disse, timidamente, minha educação voltando- tudo bem?
–Olá, Safira.- o cara respondeu- tudo sim e com você?
–Tudo péssimo, né pai. Olha a cara dela! Eu avisei que seria melhor virmos depois...- a garota fala, revirando os olhos- acordamos ela!
–Aff, ela não vai morrer porque acordamos ela, exagerada.- diz o garoto- no máximo, irritada. Coisa que ela já tá. Olha, toda vermelha!
Enquanto garoto ria, eu ficava mais corada ainda. De raiva e vergonha!
A garota da uma tapa na nuca dele.
–Você sabe que ela fica corada quando fica irritada! E que ela sempre fica irritada quando acordam ela!- a garota reclama.
Oi? Como assim? Como aquela estranha sabia daquilo? Será que eles eram loucos? Sociopatas? Bandidos?
Fui fechando a porta lentamente.
–Nem pense nisso, Safira!- diz o cara de preto, com repreenção.
Droga! Pega em flagrante!
–Ok, ok...- suspiro -entrem.
–Valeu.- o garoto agradece, entrando e indo se sentar no sofá. A irmã dele sorri pra mim e vai se sentar ao lado do irmão. Fecho a porta e vou me sentar ao lado da garota.
–E ai? Quem são vocês? O que querem?- pergunto, cruzando os braços.
–Uma coisa de cada vez, garota!- diz o garoto- eu sou Nathaniel, essa é minha irmã Natalie e nosso pai, Hades.
Engasgo com minha saliva.
–Hades? Hades? Como o deus grego da morte? Ai, meu, Deus... - respiro fundo.
Natalie me olhou com pena.
–Safi... olha, nós vamos explicar tudo...
–Expliquem-se. - peço, temerosa.
Algo me diz que lá vem bomba.

***

Olho estática para aqueles três... deuses. Tudo que eles me contaram, era estritamente, totalmente e completamente impossível!
Se eu não tivesse presenciado coisas estranhas a minha vida toda, claro.
–Então... - falo, hesitante - vocês são deuses.
–Gregos. - completa Natalie - isso é importante, querida. Somos deuses gregos.
–Ok, deuses gregos. - me corrijo - vocês são deuses gregos. Você - aponto para Hades - é pai de Nathaniel e Natalie, que são deuses menores. Natalie, deusa grega das flores da primavera. Nathaniel, deus grego das riquezas antigas.
–Isso. - diz Natalie, sorrindo orgulhosa.
–Prossiga. - diz Nathaniel, sorrindo do mesmo jeito.
–A mãe de vocês é Perséfone, deusa das flores. - continuo - vocês vivem no Submundo a maior parte do tempo, mas desde que eu nasci, vocês dedicam um tempo para me proteger de monstros, sem que eu perceba. E isso, porque eu sou irmã de vocês, filha de Hades. - pisco algumas vezes - filha de Hades.
–Isso. Minha filha. - assente Hades.
–Antes mesmo d'eu nascer, jogaram uma maldição sobre mim. Entretanto, ainda não é a hora de dizer sobre o que ela se trata. Apenas que eu envolve eu virando imortal... e talvez, morrendo. Certo?
–Certo. - confirma Natalie.
–Todos os deuses me conhecem, ou pelo manos já ouviram falar de mim. Vários vão querer se aproximar de mim, vários vão querer me matar.
–É. - confirma Nathaniel.
–Existe um acampamento, não, espera, um não. Dois acampamento para pessoas como eu. Semideuses. Meio-sangues. Isso. Tem o acampamento para gregos e outro para romanos.
–Sim. Mas não precisa pensar nos romanos agora, acredite, isso só vai servir para dar um nó em sua cabeça. - diz Hades.
–Claro, claro. - continuo - também existem monstros. Monstros que iram fazer de tudo para me matar, sem dó, nem piedade. E agora que eu sei que sou uma semideusa, tenho que saber me defender.
–Mas isso você já sabe. Aulas de esgrima, lutas corpo a corpo, aulas de tiro, arco e flecha... tudo, Safira, absolutamente tudo, foi com o propósito de você se defender de monstros. - diz Nathaniel.
–Oh... claro. - falo.
–Olha, temos que ir... mas fique com isso. - Hades me da um livro ( de onde ele tirou isso?! ) - leia e saiba mais sobre o nosso mundo.
–Obrigada. - sussurro, já abrindo o livro e folheando.
–Bem, vamos deixar você digerir tudo isso. - diz Natalie, se levantando e puxando Nathaniel consigo.
–Foi legal te conhecer, mesmo, Safira. - diz ele, com um sorriso animado. - até logo.
–Tchau, mana. - Natalie acena.
–Tchau. - sorrio fracamente para eles e então... ele desaparecem. Simples assim.
–Bom, er... eu queria dizer... bom, você sabe... - Hades tinha se levantando, parecendo desconfortavel.
–Tá tudo certo, senhor Hades. - falo, calmamente.
–Pode me chamar de pai. - ele diz.
–Você não é meu pai. - vejo ele vacilar - desculpe a sinceridade, mais eu nem ao menos te conheço. Sei seu nome, conheço algumas histórias, claro... mas eu não sei mais do que qualquer mortal sabe. - dou de ombros - eu não vou chama-lo de pai, porque por enquanto, você não se encaixa em tal título.
–Talvez... talvez com o tempo você mude de idéia. - ele diz.
–Quem sabe...- suspiro.
–Tenho que ir, também. - ele sorri um pouco - nos vemos novamente.
–Tchau. - aceno.
E ele também desaparece. E então eu explodo.
–Isso é loucura! - grito, jogando o livro no sofá. - tudo! Tudo isso é loucura! Uma grande e horrível loucura!
Escorrego lentamente até o chão, dobrando as pernas e colocando a cabeça nos joelhos. Só então precebo que estou chorando.
Chorando de frustração, raiva e talvez uma pontinha de desespero.
Eu acabei de conhecer meu pai. Descobri que tinha - sei lá quantos - irmãos por ai. Descobri que eu sou especial. Não, não, azarada é a palavra. Tenho uma maldição que nem eu sei ao certo sobre o que se trata. Apenas que eu virarei imortal... e então será o meu fim. A menos que eu faça as escolhas certa.
Oh, cacetada. Eu nunca fui boa em provas de múltiplas escolhas.
Tudo na minha vida está de cabeça para baixo, e eu daria tudo para que ela voltasse ao normal.
Mas ai eu percebo: eu nunca fui normal. Mas a única diferença entre antes e agora, é que agora eu sei o que eu sou, quem eu sou.
Sou filha do deus da morte.
E eu estou fadada ao caos.


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Notas finais do capítulo

Sorry pela demora e pelo capitulo pequeno!
beeeeeeeeeeijos !



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