One More Day escrita por majestyas


Capítulo 2
Capitulo 2.




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Andei rapidamente até meu carro, entrando nele e em questão de segundos dando partida.
Olhei pela janela e percebi o tempo fechando... nossa, que mudança brusca, penso.
Estava começando a esfriar, então comecei a caçar um casaco pelo carro, mas não achei. Suspirei e voltei minha atenção ao carro.
Mas em vez dele se movimentar, ele fez um barulho estranho, como se estivesse engasgando e uma fumaça começou a sair do capô.
–Oh, céus!- exclamei e sai do carro em um pulo.- mas o quê?
Abri o capô e procurei por algo errado, e acabei encontrando. Uma peça estava... derretida. Alguém tinha derretido a tal peça. Eu não sabia o nome dela, mas ficava perto do carburador... oh, isso não devia ser bom.
Peguei meu celular e liguei para o guincho. Suspirei pesadamente e me encostei no carro, apoiando minha cabeça entre as mãos. Por que essas coisas tinham que acontecer logo comigo?! Argh! Eu estava me sentindo mais azarada do que aquela garota do Crepúsculo!
–Parece que alguém não está tendo um bom dia.- uma voz simpática masculina comenta perto de mim.
–Ah, meu caro, você nem faz idéia.- murmuro, olhando pro chão, irritada.
–Parece que seu carro quebrou...- comenta.
–É. Uma peça... derreteu. Mas o guincho já está chegando, e meu bebê logo será concertado.- disse com pesar, me virando e passando a mão na minha brilhante BMW preta. Eu era um pouco apegada ao meu bebê, sabe?
Ele riu.
–Sei como é... então, quer uma carona para casa?- o desconhecido pergunta.
Só então que eu percebi que ainda não tinha visto o rosto dele. Me virei e fiquei de frente para o estranho. Perdi o ar por alguns instantes.
Ele era lindo! Um perfeito deus grego! Alto, musculoso (sem exageros), loiro, sua pele bronzeada quase brilhava, seus olhos azuis claros, com a iris dourada era algo singular. Usava roupas simples, mas que combinavam perfeitamente com ele: calça jeans, tênis, blusa azul, casaco de algum time e um óculos escuro na mão.
–E-eu...- me xinguei mentalmente por ter gaguejado- não precisa, obrigada.
–Faço questão!- diz ele, em um tom descontraido.
–Eu...- pensei um pouco. Que mal teria?- aceito.
Ele deu um sorriso deslumbrante e estendeu a mão.
–Sou Apolo.
–Como o deus grego?
–Exatamente como ele.
–É prazer conhece-lo, Lord Apolo.- brinco, colocando a mão sobre a dele.- sou Safira Stewart.
–O prazer é todo meu... Safira.- ele beija minha mão, sem desviar os olhos dos meus.
Quase me derreti ali mesmo.
Ele começa a tirar o casaco e eu fico tentada a agarrar ele ali mesmo. Não que eu seja do tipo atirada, longe disso! Mas aquele corpo... era divino!
–Toma.- ele me entrega o casaco.
Ficou boba por uns segundos. Ai eu coro.
–Ah! Ah, nossa, não precisa, eu...- nego, estendendo o casaco pra ele de volta, mas ele pressiona o agasalho contra minhas mãos.
–Eu insisto. Ponha na conta do cavalheirismo.- diz, sorrindo.
Como se respira mesmo?, penso.
Assinto e coloco o casaco. Tem cheiro de algum perfume masculino marcante. Oh, Deus! Eu morri?
–Obrigada, então.- falo.
Ele da de ombros.
–Vamos?- ele pergunta.
Assinto e pego minha bolsa dentro do carro.
–Qual seu carro?- pergunto, curiosa.
–Aquele ali.- ele aponta para um lindo Maserati. Fico de queixo caído.
Uau!- exclamo, admirada. Assovio.- você tem bom gosto.
Ele sorri.
–Obrigado, você também. Aquela BMW não é pra qualquer um.- diz.
Assinto. Não era mesmo.
–Então Safira, o que você faz da vida?- Apolo pergunta, enquanto coloca o cinto.
–Bom, eu faço faculdade de Direito, e se Rá quiser eu vou me tornar advogada!- digo, animada.
Ele faz uma careta. Oh-ow. Será que ele não gostava de advogados? É, porque tem gente que simplesmente detesta minha (futura) profissão.
–Algum problema?- pergunto, com um pouco de medo da resposta. Quando eu conheço um cara bonito - lindo, perfeito, deus grego– ele empaca com minha profissão.
–Você... hm, acredita em deuses egípcios?- pergunta ele, me deixando surpresa.
–Eu? Não, não. Minha mãe é meio que descendente de egípcios, ai eu sei da cultura deles, mas não muito... não tenho crença específica. Mas acho fascinante a cultura deles, admito.- digo.
O rosto dele se ilumina um pouco.
–E... mitologia grega? Você gosta?- ele diz.
Assinto.
–Quando eu era pequena, 7 anos talvez, eu era viciada no filme do Hércules. Via várias e várias vezes por dia. Na hora de dormir, em vez de ouvir contos de fadas, eu prefiria histórias sobre os deuses do Olimpo.- conto.
–Sério? E qual era seu deus favorito?- ele pergunta, parecendo estar se divertindo.
–Ah, não posso te contar.- rio.
–O quê?! Por quê!?
–Iria aumentar significamente seu ego.
Ele ri.
–Então... você gostava de Apolo?
–Com todas as minhas forças.- afirmo- Enquanto o ídolo das outras meninas eram os príncipes encantados, o meu era o deus do sol.
Ele ri, parecendo satisfeito.
–Sabe qual era meu sonho?- ele nega- me casar com ele. Mas ai minha mãe falou que Apolo era o maior pegador do Olimpo e já tinha pegado o Olimpo inteiro... e eu desanimei. Depois, quando eu já era mais grandinha, fui pesquisar sobre isso... e não é que minha mãe estava certa! Apolo era pegador demais para o meu gosto... Ele faz uma careta.
–Não é porque ele era pegador que era uma má pessoa.- ele diz.
–Longe disso. Apolo me parece uma boa pessoa... um tanto infantil e mimada, talvez um pouco metido... mas um boa pessoa. Ou melhor, um bom deus.- concordo.
–Ele me parece bem legal.- comenta Apolo.
–É... parece mesmo.
–E sua deusa favorita?
–Na época era Afrodite... mas ai eu desencantei, sabe? Amor é um assunto que eu prefiro me manter a passos largos de distância. Então, atualmente, Atena ocupa a primeira posição no meu ranking de deusas.- falo.
–Hm... interessante.
–Não, não é.- eu ri.- minha vida é pacata demais, chata demais. Aposto que a sua deve ser bem mais agitada.
–Ah... certamente que é mais agitada.- ele ri, como se soubesse de algo que eu não soubesse... o que pode bem ser verdade - mas eu acho que a sua vida pode ficar bem interessante daqui pra frente...
–O que você quer dizer com isso?- pergunto.
–Chegamos!- ele anuncia.
Assinto lentamente, meio perdida com que ele acabara de dizer.
–Obrigada... hã, adeus.- falo, abrindo a porta do carro.
–Adeus, não, querida. Até breve.- ele me corrige.
Sorrio pra ele e saio do carro. Vou até minha varanda e vejo Apolo partir.
...
Entro em casa sorrindo feito boba. Não sei por que... talvez o fato d'eu ter acabado de conhecer o cara mais lindo do Universo.
Tá, talvez eu esteja exagerando.
Ou não.
Ri sozinha por uns segundos e depois balancei a cabeça, ao ver o quão idiota estava sendo. Parecia uma boba apaixonada!
Toc-Toc.
–Quem...?- abri a porta e encarei a linda loira que sorria animadamente na soleira da minha porta.- Afrodite?
–Safira!- ela praticamente gritou. Entrou na minha casa sem ao menos pedir, sentou no meu sofá suavemente e bateu palmas, parecendo radiante.
–Oh... ok.- fechei a porta da minha casa e sentei no sofá também, só um pouco distante dela... sabe como é, né. Isso tá muito estranho. Se bem que o máximo que ela pode fazer é me atacar com uma lixa de unha.
–Me conta T-U-D-O!- ela pediu, me olhando com expectativa.
–Tudo... o quê?- pergunto, meio perdida.
–Do seu encontro,!
–Que encontro? Eu não tenho encontros, Afrodite.- disse, confusa.
–Claro que tem, bobinha! Todos tem! Bom, nem todos, mas...- Afrodite parecia do tipo que quando começava a falar (ou melhor, fofocar), não parava mais, então decidi corta logo.
–Afrodite! Foca em mim!- chamo a atenção dela.- do que você está falando?!
–De você e Apolo, claaaaro!- ela diz com um ar sonhador- vocês fazem um casal tão lindo! Seus olhos azuis... os olhos azuis dele... sua pele branquinha... o bronzeado dele... os sorrisos perfeitamente sinceros e apaixonados... EU ACHO QUE VOU MORRER DE TANTA FOFURA!
Ela praticamente gritou a última parte, o que me fez pular no sofá e quase cair de bunda no chão.
–Não foi um encontro.- insisto, inútilmente. Ela não parava de sorrir.- ele apenas me deu uma carona.
–Por enquanto.- ela cantarola.- olha só o que você está usado.
Olho pra mim mesma. Oh. O casaco de Apolo!
–Acho que ele tem um bom motivo para ve-la novamente, querida.- ela diz, se levantando.- use algo branco. Realça cor dos seus olhos.
–Eu...
–Tchau, queridinha.- e sai.
Corro até a porta... mas Afrodite tinha sumido de vista. Vou até meu jardim, mas não ela em lugar nenhum.
Como uma mulher com aquele salto conseguia correr?!
–Minha vida está, oficialmente, estranha.- murmuro, trancando a porta de casa.


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Notas finais do capítulo

beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos ♥



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