A Escuridão II. escrita por Novaes


Capítulo 42
Please, tell me that one day you will forgive me.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, esse saiu quase agora, com muito amor e muito carinho, espero que tenham gostado!



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P.O.V Charlotte

– Okay, se você quer me elogiar tanto assim – Ele falou e eu me permiti rir.

– Eu senti falta disso – Eu comentei.

– Não precisa, estou aqui sempre – Ele falou. E sorriu de novo, eu sorri de volta, então ele se aproximou do nada e me abraçou, isso era o que eu precisava, ele não falou nada naquele momento, mas me abraçou forte, e eu me permiti abraça-lo forte também, Tate não fazia ideia, mas ele era uma peça importante na minha vida e eu precisava daquilo e ele sabia muito bem, e ficamos assim por um tempo e do nada de novo paramos e ele me olhou. – Eu sei, não precisa falar, eu sei que apenas precisava disso – Ele falou e eu sorri fraco, abraçando ele de novo, depois de um tempinho, paramos e ele saiu para ficar com Violet e afirmar que eu estava bem assim como eu tinha pedido pra ele fazer.

Me sentei pensativa, eu estava pensando muito ultimamente, o que era estranho pois eu sempre fazia as coisas por impulso, mas é tanta coisa acontecendo, morte, vida, tanta coisa que era difícil de aguentar, muito difícil. Não sei como eu estou aguentando, eu sou um fantasma, ou me chame do que quiser, mas minha alma está fraca e cansada de tanta tristeza, perda, volta, de tanta coisa errada no mundo, eu sinto como se estivesse apenas me arrastando o máximo possível para baixo, para algum lugar escuro e sinto como se aquilo estivesse chegando rápido e eu estivesse caindo e caindo, e caindo e ninguém iria me pegar, porque era extremamente impossível. É, uma longa vida, mas uma curta felicidade. Eu querendo ou não, sou apenas uma humana qualquer, apenas com um prazo de vida longo e indefinido, cansativo isso, e eu me sinto uma droga, e é muito para eu aguentar.

Jenna aqui, traz tudo aquilo que eu estava tentando fugir, meu pai, lembranças horríveis de como foi para eu enfrentar essa vida sozinha, como foram as pessoas lá no mundo real comigo, eram iguais a ele, procurando sempre a mesma coisa, eram todos maus e bastante cruéis, não se importavam com nada, e foi assim que eu cresci, na maldade e na sujeira do mundo, onde as pessoas fazem o que querem e não se importa com seus familiares, ou se tem alguém que se importe, eles apenas... Destroem tudo que veem pela frente. E eu sei que deveria ser diferente por tudo o que eu passei, mas... Eu não consigo deixar para trás, foi assim que eu consegui passar por tudo do meu passado, aprendendo a me virar no mundo, fiz coisas ruins, posso ser julgada sobre isso, aliás, eu sou sempre julgada sobre meu passado sujo, mas foi a única coisa que me fez passar por todo aquele luto, e derrota, foi a única coisa que me fez enfrentar ser o que eu sou, uma morta, um fantasma, apenas uma alma cansada agora. Isso dói na verdade, ser o que sou e não ter volta.

Alguém bateu minha porta, gritei um: entre. Pensei que era Tate, Elena ou Jeremy mas era Damon, ele tinha aquele sorriso irônico no seu rosto, revirei os olhos, ele levantou as mãos para o alto, e se sentou na minha frente.

–O que há de errado? - Ele me perguntou.

– O que não há de errado? – Retruquei e ele sorriu. Que sorriso mais lindo ele possuía.

– Eu não sei, só vou saber se você me contar – Ele retrucou de volta. Fiquei calada. – É a sua tia?

– Ela não é minha tia – Eu falei rapidamente.

– Então você não é filha da sua mãe ou do seu pai? – Ele se fingiu de confuso.

– Você entendeu – Eu falei, ele sorriu de novo.

– O que aconteceu? Eu vi que você ficou chocada quando ela chegou, mas pensei que fosse calor do momento, não sei – Ele falou tentando me entender.

– Você nunca vai entender –Eu falei.

– Tente – Ele retrucou.

Ela só não é... Confiável, só isso - Eu tentei explicar.

– Vou te falar o seguinte, vamos para aquele bar que fomos ontem, e vamos conversar sobre isso – Ele falou se levantando.

– Damon – Tentei protestar, ele levantou os dedos.

– Sem Damon para o meu lado, nós vamos e você vai falar, se arrume – Ele falou e saiu.

– Como eu te odeio – Eu falei alto, e ele abriu a porta novamente.

– Ah, eu escutei isso, e vá trocar de roupa – Ele falou.

– O que tem de errado com minha roupa? – Eu perguntei já irritada indo para o armário.

– Você está saindo com Damon Salvatore, o que as mulheres irão pensar de mim? Que eu ando com qualquer uma? – Ele brincou, eu bufei, sim, me irritei com seu comentário maldoso, então ele veio até mim e me fez encara-lo. – Estou brincando, mesmo se você fosse careca, ainda seria tão linda quanto agora – Ele falou como sempre olhando no fundo dos meus olhos, desviei o olhar como sempre, ele fazia aquilo de propósito, porque sabia que eu não podia aguentar aquilo, eu sei o quanto ele me ama, mas sei também o quanto ele quer beijar ela, minha irmã, não, aquela imagem não sai da minha cabeça e eu acho que não consigo viver com ele desse jeito, com essa imagem na minha cabeça, com eles dois juntos e a cara dele depois, foi doloroso, não era um eufemismo, era como se eu estivesse morrendo de novo, repetidas vezes.

– É claro – Eu falei me virando de novo para o guarda roupa e procurando uma roupa, senti as mãos de Damon cair sobre seu corpo, irritado, com certeza, sem esperanças e frustrado, fechei os olhos por meio segundo.

– Por favor, me diga que um dia vai me perdoar – Ele falou. Senti um aperto no coração, estranho mas era um aperto. Fiquei calada. – Eu sei que não fiz a coisa certa, mas...

– Está tudo bem, Damon – Tentei assegurar a ele. E olhei.

– Eu sei que não está – Ele falou andando para sair. – Saímos em... – Ele falou olhando para o relógio. – Ah, 12 minutos, sem mais nem menos, okay? Vamos, se apresse, vamos – Ele falou já saindo e eu consegui sorrir de novo.


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Notas finais do capítulo

Amo todos vocês!



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