As 13 Faces do Lincoln escrita por LouMorgenstern, Chloe


Capítulo 5
4º Capitulo - Conversa - Por Nicolas.


Notas iniciais do capítulo

Eeei, esse capitulo chegou mais cedo do que o 3º (espero que para a alegria de vocês)
espero que gostem desse capitulo .



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Seu verdadeiro rótulo é: o soltinho.

A Noite passou rápido, até de mais. Quando eu e Skye chegamos ao meu quarto, ela tratou logo de se deitar.

− Já vai dormir? – digo.

− O meu desafio é passar a noite aqui com você, não sou obrigada a mais nada.

− Mas pensei que...

− Pensou errado tá bom – ela deitou na parte esquerda da cama de casal que ocupava um canto do meu quarto.

No dia seguinte ela acordou cedo, mas não saiu antes de me levantar. Quando acordei ela estava saindo do banheiro, ainda só te roupa intima. Ela andou até a minha estante que tinha bastantes livros, porta-retratos e objetos decorativos.

− Por que você ainda não foi embora? – digo me levantando.

− Porque – eu havia pegado a dama de gelo desprevenida – porque eu tinha que te dar um chupão, e eu não faria isso com você dormindo – ela passou o dedo por alguns livros – vejo que você gosta muito de livros românticos, investigativos e... Aliens?

− Sim – eu estava meio embaraçado – eu sou fascinado pelo sobrenatural, tanto aliens como criaturas míticas.

− Então você acredita nessa baboseira toda?

− Depende do que você está dizendo como baboseira.

− Você acredita em aliens, zumbis, lobisomens, vampiros, bruxos, etc?

− Não acredito, mas sou fascinado. Gosto de saber sobre essas coisas – ela revirou os olhos e puxou um livro.

− Drácula? Isso é meio infantil – ela coloca o livro aonde havia pegado e passa a mão por um dos porta-retratos. A foto do meu pai, minha mãe grávida de mim e meu irmão mais velho – quem são?

− Meu pai, meu irmão mais velho, Tobias – vou até onde ela está – e minha mãe comigo dentro da barriga dela.

− E onde eles estão, a grande família Lincoln, os donos do prédio?

− Meu pai vive em reuniões por fora do país, meu irmão se mudou para a Itália com a esposa dele há uns dois anos e minha mãe morreu no meu parto.

− Desculpe – ela parou de mexer na foto.

− Não tem problema, não há como sentir falta de alguém com quem nunca conviveu.

− Posso fazer uma pergunta?

− Pode.

− Quando não há um Lincoln para organizar a festa, quem faz?

− O ultimo Lincoln dá todas as informações para algum jovem, e esse jovem que faz o resto.

− Hum. Seu irmão tinha quantos anos quando sua mãe morreu?

− 10 anos. Ele entrou em depressão depois da morte dela e nós nunca nos demos bem por causa disso, pois ele sempre me culpou pela morte da mamãe, e acho que lá no fundo meu pai também me culpa.

Ela continuou a olhar outras fotos, as outras eram de quando minha mãe e meu pai eram jovens ou de outros parentes, a única minha era uma da formatura do 9º ano com meu pai e meu irmão ao meu lado, sem nenhum sorriso no rosto dos três.

− Agora eu posso lhe fazer uma pergunta?

− Pode.

− Por que você me tratou tão mal naquele dia na lanchonete?

− Porque – ela sentou-se na cama de cabeça baixa – eu não queria te fazer sofrer.

− Me fazer sofrer como? – me sento ao lado dela – e sou bastante grande pra saber me defender.

− Eu sei, mas meu pai também já era bastante grande quando a vadia da minha mãe o fez sofrer, e mesmo depois de 6 anos ele nunca a esqueceu.

− Você não é igual a sua mãe.

− Sou sim, tanto na aparência quanto psicologicamente.

− Você já se olhou no espelho? Até a Chloe é mais parecia com sua mãe do que você. Você só tem medo de amar.

− Medo de amar?

− Sim, medo de se entregar como seu pai fez e ficar como ele. Você tem medo de acabar como seu pai, não como a sua mãe.

Havia umas gotas na cocha de Skye e percebi que ela estava chorando, eu só não conseguia ver seu rosto, pois ele estava coberto pelos cabelos.

− Não tenha medo de se entregar a alguém – eu disse tirando o cabelo dela da frente do rosto, deixando mostrar olhos inchados com lagrimas escorrendo por todo o rosto.

− Só me diz uma coisa então – ela fala limpando o rosto com o lençol da cama – por que as pessoas tem medo de amar?

− Porque elas têm medo de se machucar, como você tem.

− Por que as pessoas machucam umas as outras? Não dá para serem felizes, sem machucar?

−Porque, pra elas, amar é uma coisa complicada, elas não compreendem o significado do amor, por isso se machucam.

− Mas por que isso leva a eles a se machucarem?

− O amor é algo que nunca entenderemos por completo. As pessoas não sabem lidar com ele, então elas acham que ninguém as ama de verdade, pensam que o amor é machucar um ao outro, então eles preferem machucar a serem machucados. Mas quando elas entenderem o verdadeiro significado do amor, vão amar como ninguém já mais amou.

Skye faz algo surpreendente, ela me abraça, me derrubando no colchão, e começa a chorar no meu peito.

− Não chore – digo levantando o rosto dela – nunca irei te machucar – dou um beijo, úmido e quente, mas demorado.

− Você promete? – ela diz ao parar.

− Sim – agora foi à vez dela de me beijar.

Nós nos beijávamos como se não houvesse mais tempo. Era cada vez com mais “sede” e parecia nunca mais acabar. Nossos corpos estavam unidos como um só, não havia espaço entre a gente para que um átomo pudesse passar. No final ela me deu um chupão no pescoço, o que me fez arrepiar.

− Pronto – ela disse. Ela estava por cima de mim.

− Pronto o que?

− Cumpri minha tarefa – ela diz saindo da cama e indo direto até onde a câmera estava.

− E agora?

− E agora que vou pausar a câmera e cortar a parte em que eu estava chorando. Depois disso vou para minha casa e você vai entregar isso para o Vini.

− Você vai me deixar aqui?

− Depois nós continuamos.

...

− E ai, como foi? – Enzo me perguntou ao entrarmos no nosso mini estúdio.

− Conta – disse Wes.

− Foi normal – respondi.

− Como assim normal? – a cara de expectativa do Enzo se esvaziava.

− Foi normal. Nós dormimos, quando amanheceu ela me deu um chupão e foi em borá – abaixei a gola da camisa e apontei para a marca vermelha – depois ela foi embora.

− Cadê o Nicolas pegador que conhecemos? – ele estava chateado agora.

− Não houve mais nada cara? – Wes desconfiava, ele era bastante intuitivo.

− E em relação ao Patrick, Wesley? – tentei desviar o foco. Wesley ficou vermelho – aconteceu algo?

− Não – consegui com sucesso desviar – depois que o jogo acabou eu tentei falar com ele, mas ele foi embora rápido demais.

− Ele deve pensar que você é hétero – Enzo disse.

− Você gostou? – perguntei.

− Gostei, e ele parece ser um cara legal.

− E ainda de bônus todos irão saber – Enzo não parecia estar de acordo com isso.

− Eu sei, mas nossos pais não vão saber.

− Tem certeza? – ainda parecia cético.

− Tenho, e se eles descobrirem eu não vou estar nem ai. Mais tarde vou passar no apartamento dele.

Nós começamos a passagem de som e os ensaios sem a Chloe, nesses últimos dias ela andava sempre chegando atrasada ou até mesmo não ia. Se continuasse assim, nós teríamos que mudar quem ficaria no vocal ou iríamos atrás de uma nova cantora.

Ao terminarmos o ensaio, sem a Chloe mais uma vez, Enzo parecia furioso. Uma coisa que ele não aturava era a falta de responsabilidade da Chloe com a banda. Pra ela, a Faster não passava de uma brincadeira de colegas, mas para o Enzo era como um trabalho.

− Nós temos que tomar uma providencia – ele disse com raiva.

− Ela é nossa amiga Enzo, releva – Wes tentava acalmar seu irmão.

− Mas isso é o nosso sonho Wes, e eu estou tratando isso com seriedade, já ela nem faz caso – ia começar mais uma discução – essa não é a primeira e provavelmente não será a ultima em que ela não virá. Nic, você como o líder da banda tem que resolver isso.

− Vou conversar com ela – disse.

− Conversar parece que não resolveu da ultima vez – ele disse se lembrando da ultima vez que falei isso.

− Você sabe que ela esta escrevendo o livro dela, e que isso é o sonho dela – falo.

− Então é bom ela desistir de uma vez da banda ou do livro, pois um dos sonhos ela vai ter que abandonar – ele sai pisando forte.


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Notas finais do capítulo

E ai acharam?
Esse é o capitulo que abre a sessão de capítulos "fofos" que vem por ai. (como o próximo., que será do Wesley)



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