As Relíquias de Hogwarts escrita por Srta Malfoy


Capítulo 3
Capítulo 2 – O Sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá gentes ♥

Eu sei que deu confusão e que eu mudei a fic para cá, espero que todos tenham entendido hahaha Desculpe mesmo.

Como dito ali na pagina inicial. Eu vou reescrever a fic, mudar algumas coisas e melhorar minha escrita. Então a fic será atualizada todas as Segundas e Sextas. (Acho que não vai chegar notificação, então vcs já sabem)

Aqui vai mais um capitulo prontinho que espero gostarem ^^



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Uma melodia trouxa tocava lindamente vinda de uma pequena vitrolinha encantada. Ao som do Jazz, Gina estava com seus olhos fechados apreciando a música. Encostada em uma das grandes árvores de Carvalho-Branco que ficava de frente ao lago Negro.

A ruiva estava envolta pelos seus pensamentos. Sendo eles o acontecimento de ontem á tarde, a conversa com o menino chamado Castiel, e um pouco sobre a aula que estava faltando agora. Gina não era nenhuma delinquente que matava aula para badernar, apenas hoje, não estava com muita cabeça para tentar entender aquelas dificílimas poções do Professor Seboso (um apelido “gentil” que Draco dera ao Professor Snape) ela sorriu ao lembrar-se disso.

Nesta tarde não caia neve alguma, o sol estava sorridente lá no alto acompanhado apenas por algumas nuvens. Sentindo o calor dos raios em seu rosto, a menina sentiu-se sonolenta e letárgica, quase adormeceu se não fosse pelo barulho de passos pesados alertando-a de que alguém estava se aproximando.

— Ora, ora, se não é a Weasley – disse uma voz insolente, muito familiar a ela. – Pensei que você não tivesse tanta audácia assim para matar aula. Mas vejo que me enganei.

Uma monotonia foi sentida naquele momento por Gina, pois era sempre a mesma história com Draco. Bastava ver ela que já começava as implicâncias. E agora, ele estava ali encostado em uma árvore de braços cruzados rindo sarcasticamente esperando que, como sempre, Gina respondesse enraivecida e que os dois começassem uma discussão.

Sabia que ele se divertia com isso, ainda mais por saber que Gina nunca ficava quieta. Porém hoje, ela sentia-se diferente. Não sabia se era pelo estado letárgico em que se encontrava ou pelo som do Jazz que a havia deixado feliz, mas o que tinha certeza, é que neste momento não queria brigar com ninguém.  E dando um leve sorriso preguiçoso a ele, respondeu:

— É, estava enganado. No entanto, eu também pensava que você nunca iria deixar de mostrar sua “vasta” sabedoria nas aulas de poções, e aqui esta você.

O sorriso de canto foi desfeito na hora. Hoje não teria diversão para Draco, pensou satisfeita.

— Humpf! Eu apenas estava procurando por você - contestou.

— Que fofo Malfoy. Não precisava se dar ao trabalho – brincou Gina.

— Ah! Não diga bobagens, os outros também estão procurando você. Eu apenas dei sor-azar de encontrar você primeiro – Respondeu tempestuoso. Encarando Gina com seus olhos cinzentos afiados.

— Sei sei – respondeu sorrindo. Ainda em seu estimado bom-humor. – Mas o que o fez pensar que eu estaria aqui?

Gina não teve tempo de reparar, pois na hora Draco havia olhado rapidamente para o chão. No entanto parecia por um momento que ele havia corado. O que com certeza era impossível, e deveria ser só uma alucinação dela.

— Eu..hum. Sei lá, só vim para cá – responder sisudo.

Desconfiada pela sua reação Gina somente concordou e nada mais disse. Mal a garota sabia que ás vezes Draco a observava ir para esse local, foi assim que soube onde ela estava, e foi por esse motivo que ficou embaraçado com a pergunta dela.

— Está ficando frio aqui, vamos para dentro antes que seu irmão enlouqueça – exclamou depois de alguns minutos.

Ver Draco nessa situação era muito divertido, então Gina pensou em não deixar esse momento estranhamente agradável acabar, pois foram poucas às vezes em que pode ter alguma conversa com Draco sem que ela saísse explodindo de raiva.

— Não. Espera um pouco. Sente-se aqui e veja uma coisa – disse ela dando palmadinhas no lugar ao seu lado, indicando para ele se sentar.

Gina esperou ele berrar dizendo que nunca sentaria com ela, ou que ele simplesmente iria virar as costas, mas mesmo assim arriscou. E teve como resposta somente um Draco extremamente desconfiado indo devagar sentar-se no chão. Uma tensão estranha se apossou do lugar por um tempo, mas logo, quando Gina ligou novamente a vitrolinha, a tensão foi se esvaindo e imediatamente ela estava na agradável calmaria de antes.

Ele olhou por um momento para a ruiva, e Gina pode observar o quanto Draco ficava mais lindo com o seu semblante calmo, sem sua incessante expressão de arrogância. Seus olhos estavam mais vividos de encontro aos poucos raios de sol que ainda continha. A cabeleira loira prateada estava um pouco bagunçada, fazendo alguns fios caírem sobre seus olhos, deixando-o com uma beleza mais espontânea. Imaginou como seria se Draco fosse mais gentil, ou como seria se ele mantivesse a boca fechada sem dizer bobagens a todo o momento. Com certeza seria mais fácil de conviver com ele.

— Olhe para lá agora – Gina retornou a falar. Indicando ao horizonte.

Onde apenas alguns vestígios do sol estavam presentes, os escassos raios de luz refletiam na água do lago dando a eles uma linda visão do pôr-do-sol.

— É realmente bonito – Disse o menino, hipnotizado pela beleza da natureza.

— Esse é o motivo do lugar ser o meu favorito. – anunciou prazerosa - Você tem algum lugar favorito Draco? – quis saber.

— Não sei - respondeu brevemente – Nunca parei para pensar nisso, sempre ando em vários lugares sem muita repetição.

Claro, deveria ser bem óbvio. O pai de Draco era um dos homens mais ricos do mundo Bruxo, provavelmente eles sempre estão viajando quando Draco não está em Hogwarts.

— Draco – chamou, com uma voz arrastada, depois de mais alguns minutos em silêncio.

— Sim... – perguntou olhando-a

— Porque você não pode ser assim o tempo todo?

— Como, assim?

— Sem ser irritante – esclareceu, dando um meio sorriso.

Mas Draco pareceu não gostar do comentário, pois fechou a cara e seu semblante arrogante retornou ao rosto.

— Oras! E porque você não pode parar de ser uma desajustada? – vociferou.

— Desajustada? Eu não sou isso!

— É sim, e também é muito idiota, por ficar perambulando sozinha por aí – rebateu Draco. Levantando-se.

Estava demorando muito para a paz de Gina cessar, sempre soube que não deveria ter esperanças alguma com o Malfoy, ele nunca seria gentil com ela. E mesmo sendo por uma coisa completamente boba Draco teve que se exaltar, típico de um Malfoy mimado.

— Eu não pedi que viesse atrás de mim. E como pode ver, vou para onde eu quiser na hora que eu quiser! – bradou. Ao mesmo tempo levantando-se carrancuda. Pegou sua vitrolinha, pondo-a no bolso. Arrumou sua capa para em instantes partir dali pisoteando o chão intensamente, sentido toda a sua tranquilidade se esvair.

— Isso vá logo! – Gritou ele logo atrás.

Maldito Malfoy! Pensou Gina.

***

— Finalmente achamos você! – disse Harry aliviado, pois já estava começando a se preocupar com a menina. Assim como Rony, Gina era como sua irmãzinha, e se preocupar era o que ele mais fazia.

 Depois de Ron ter dito a eles que não sabia o paradeiro da irmã, o grupo ficou inquieto. Mas quando Gina não compareceu as aulas eles começaram a se preocupar. E foi nesse momento que todos passaram a procurar. Até quando Harry se juntou a Hermione e Ron, no salão da Grifinória – todos ainda sem saber do paradeiro dela - que Gina chegou fazendo barulho com seus pés. Parecia momentaneamente irritada, mas logo seu semblante se transformou em vergonha, suas bochechas rubras demonstravam isso.

— M-me desculpem por fazer vocês me procurar – disse sem graça.

— Não é isso, apenas ficamos preocupados – agora havia sido Hermione que respondera.

— Gina, o que é que deu em você? Nunca a vi faltar aula! – exclamou Rony todo mandão.

— Bem... – hesitou Gina, lembrando-se do real motivo de ter faltado às aulas. Castiel.

Por um bom tempo, enquanto estava com Draco, ela havia esquecido a história um tanto esquisita que Castiel lhe contou sobre ele. Percebendo que não podia fugir mais, resolveu contar ao grupo sobre tudo. E foi isso que fez no momento seguinte.

(minutos depois)

Os amigos encaravam Gina com diferentes emoções. Hermione a olhava espantada, Harry a olhava surpreso e Ron a olhava curioso.

— Esse menino é mais misterioso do que havia pensado... Mas senti pena dele, isso deve ser muito perturbador – se consolidou Hermione ao falar primeiro.

E era uma verdade, Castiel ficou muito aborrecido depois que começou a contar para Gina que não lembrava nada de sua vida. E mesmo tendo sido gentil, não parecia que as coisas estavam bem para ele.

A garota olhou para as vibrantes labaredas de fogo que a lareira dali perto mostrava, enquanto esperava os próximos comentários. Agora que estava beirando a noite, o tempo ficava mais frio e seu corpo confirmava ao se arrepiar.

— Eu percebi que você disse que o menino lhe confundiu com alguém. Por que será? –perguntou Hermione a todos.

— Isso ficou na minha cabeça também. Alguma chance de vocês terem pelo menos se visto algum tempo atrás? – refletiu Harry, dirigindo a pergunta a Gina.

Enrolando uma das mechas rubras de seu cabelo em um dos dedos, a menina pôs-se a pensar profundamente nisso.

— Não, eu teria lembrado. E mesmo assim, ele me chamou por outro nome – concluiu em um suspiro.

— Você está certa, não é possível – concordou Harry.

— Isso só nos faz ter muito mais perguntas agora – interferiu Hermione. Fechando um livro.

Todos assentiram ao comentário de Hermione. E decorrente disso o grupo se calou, mas suas mentes estavam explodindo de ideias e comentários que guardavam para si.

***

O lugar estava escuro, dando uma sensação de sufocamento a Harry. Ele tentava por a mão na garganta para aliviar a sensação, mas nada acontecia e ele continuava paralisado aumentando seu desconforto.

Em um súbito a escuridão em parte foi embora, substituída por uma floresta iluminada somente pela enorme e inerte lua no céu sem estrelas. Harry avistou um lago a metros dali e decidiu ir até lá, saindo do meio da floresta sem cor. Ao chegar ao lago olhou para o espelho, que era a água, e ao notar seu reflexo percebeu que estava nu.

Sentindo-se envergonhado e ao mesmo tempo achando aquilo loucura, foi quando Harry escutou o mais estridente urro de lobo que já ouvira na vida. Ele pensou em lobo, pois seria o único animal – além do lobisomem - que teria esse tipo de bramido. E sem demora, um enorme lobo negro se aproximou, mostrando seus olhos vermelho sangue e expondo seus enormes caninos.

Harry por algum motivo desconhecido não sentiu medo algum quando o lobo se aproximou, em sua mente ele sabia que o certo era correr ao máximo que conseguisse. No entanto, ele só se aproximava mais e mais do animal. O lobo virou sua cabeça para o norte, de volta a floresta. No mesmo instante Harry entendeu que o animal queria que ele o seguisse até lá. E sem nenhum temor avançou de volta a floresta.

Um tinido de espadas sendo usadas chegou aos ouvidos de Harry, no momento em que se aproximou da floresta com o lobo. E ao dar mais alguns passos, pode ver que duas espadas - sem ninguém as controlando – estavam magicamente flutuando em uma luta furiosa.

Mas isso não era o mais sinistro daquele lugar, e sim, um enorme “homem”. Vestido de uma roupa vitoriana vermelha e dourada sua postura mostrava que estava arbitrando a luta de fantasmas. Quando tentou olhar mais a finco, Harry por algum motivo não consegui ver seus rosto, somente seus grandes cabelos emaranhados e seu entusiasmo com a luta.

O lobo que acompanhava Harry correu em direção ao homem ficando em seus pés. Diante do sujeito o lobo negro equivalia ao tamanho de um cão qualquer. Assim, quando notou a presença deles o sujeito exclamou.

— Trouxera ele! Bom menino. – e seu timbre era assustadoramente fantasmagórico.

O comportamento dos dois seria hilário observando que um era um animal selvagem e outro era um tipo de gigante sem rosto, mas devido às circunstancias, sorrir não seria o mais prudente.

— Porque me trouxe até aqui? – Harry enfim perguntou. Pois o sentimento de medo, incrivelmente, não o havia atingido.

— Logo saberá meu caro menino. Por ora, somente quero que admire esta espada que luta na esquerda.

A voz do homem sem rosto foi tão amigável que Harry não questionou, apenas girou o corpo nu para observar o combate.

Assim como pediu, Harry vislumbrou a espada à esquerda. Toda prateada e com cabo em cruz a lamina longa, extremamente afiada na ponta, continha encrustada uma pedra vermelha que produzia luz quando refletida no brilho da lua. A espada que lutava habilmente enfim tomou controle total sobre sua rival, consequentemente acabando com o combate. O homem que também observava fez a lâmina vencedora flutuar para sua mão.

—“Um homem sábio escolhe bem suas armas antes da luta” – recitou o homem – Vejo que muitas batalhas estão guardadas para seu futuro, filho. E é de máxima importância que você saiba como as vencer. Aqui está uma pequena ajuda minha – respondeu ao oferecer a espada.

Se estivesse em sã consciência Harry a deixaria ali nas mãos do desconhecido, mas como tudo em sua vida era um turbilhão de mistério, ele a aceitou. Mesmo não gostando muito da parte “batalhas estão guardadas para seu futuro”.

— O tempo é curto então vou ser breve. Uma época sombria está se aproximando e junto dele uma profecia que irá mudar sua vida e de seus amigos drasticamente. Meu conselho é que se aproxime das ajudas desconhecidas que virão, e tome muito cuidado, pois o mal que está por vir está muito além do que se pode imaginar. E mais uma coisa...

Porém Harry não teve a oportunidade de saber o que o homem iria falar, pois nesse momento ele havia pulado da cama ofegante, sentindo uma dor extrema em sua cicatriz. Ao seu redor tudo era escuro e embasado, mas dessa vez era apenas por estar sem óculos.

Harry passou a mão pelos cabelos e foi pegar um copo d’água que estava na mesinha ao lado da cama. Bebericou com rapidez pela sede, ao mesmo tempo em que procurava os óculos, e quando enfim os encontrou sua próxima reação foi soltar o copo que caiu ao chão estilhaçando-se. E o motivo nem ao menos foi por má atenção – quem dera— o que ocorreu foi que agora ele olhava horrorizado para o objeto brilhante que se encontrava em sua cama. A espada de seu sonho.


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Notas finais do capítulo

Não deu tempo de dar uma ultima lida, então desculpe qualquer erro!

Bjs e comentem se gostarem *-*



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