Vidas Trocadas escrita por Ana


Capítulo 9
Capítulo 8.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Hoje postei no dia né? E ficou grandinho kkk, o maior capítulo da fic até agora, mas espero que tenha capítulos maiores que esse kkkkk. Bom, espero que gostem, boa leitura....



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POV Liza
Okay, eu nunca me imaginei estando em frente a porta da casa de Megan Moore, muito menos sabendo que ela é minha mãe. Até agora não consegui coragem pra abrir a porta, será que Mel já chegou? Será que ela é mais corajosa e já entrou? Ou será que ela já o encontrou? Ai meu deus, eu estou nervosa.

Sou tirada de meus pensamentos com uma voz masculina atrás de mim.

— Mel, o que faz ai parada? O almoço já está pronto. Vem, entre. — Fala o tal homem, e o reconheço sendo como Tony. Mel me falou dele, o mordomo da casa.

— Ah... ok. Mamãe está em casa? — Pergunto tentando ser natural, e entrando na imensa casa junto a ele. Meu deus... isso é o dobro da minha.

— Não, não. Sua mãe está na sessão de pilates dela. Você deveria saber, hoje é terça-feira. — Responde, e o sigo dando de cara com a cozinha.

Era uma cozinha pequena, segundo Mel, nossa mãe não aprecia muito comida, pois engorda. Me sento em uma das bancadas, espero que Tony me sirva.

— Querida, vai comer aqui? Que milagre, você sempre come na cama. — Pergunta franzindo a testa, e eu quase engasgo com a própria saliva. Meu deus... isso Mel não me contou.

— Ahh como? Ahh sim, eu como. Então ta, eu te espero lá em cima.— Respondo já me retirando da sala, quando sua voz me interrompe.

— Como? Mel, você sempre se serviu. Está tudo bem? Aconteceu algo no colégio? — Pergunta confuso, e me lembro que Mel odeia que sirvam comida pra ela, pois ela gosta de colocar as próprias quantidades. Droga. Estou me saindo muito bem.

— Não... eu estou ótima. Bem, então eu vou pegar a minha comida. — Respondo com um sorriso convincente, e vou até a mesa. Tinha muita comida, fiquei até zonza. Eu nunca me servi sozinha, talvez eu seja mesmo mimada.

Tento colocar o arroz no prato, mas acabo deixando cair um pouco. Tony vem imediatamente me socorrer.

— Mel, querida, você não está bem. Vá para seu quarto que eu levo sua comida. — Fala, e eu praticamente subo correndo as escadas em direção ao quarto.

Chego lá em cima, e dou de cara com uma porta, que tinha uma placa escrito: Não perturbe, se não quiser levar uma voadora. É... com certeza é o quarto da Mel.

Pego a chave que ela me deu, e o abro. Dou de cara com a visão do inferno. Jesus amado, ela precisa ter aulas de arrumação. Tinha roupas espalhadas no chão, a cama estava um ninho de rato, o closet parecia um lixão, meu deus... como ela vive nisso?

Entro, com certa dificuldade, e me sento na cama. No criado mudo tinha uma foto, era Melody e mais um garoto... Mike. O namorado dela. Acabo me lembrando desse problemão, como eu vou fingir que gosto dele? Pra que ela foi ter namorado? E tão gato... Para Liza, ele é namorado da sua irmã.

Minutos depois, Tony chega com uma bandeja, e nela continha o meu almoço.

— Chloe vem aqui daqui 2 horas, é melhor arrumar esse quarto. — Avisa, antes de sair me deixando com a bandeja no colo. Chloe é a melhor amiga da Mel, certo, isso está sobe controle. E é claro que eu vou arrumar esse quarto, eu preciso arrumar isso.

Resolvo comer, e confesso que estava uma delicia, quase tão bom quanto a comida de Mandy. Depois, deixo a bandeja em um cima do criado mudo, e começo a operação arrumar quarto. Como será que a Mel está?

POV Melody

Essa criatura deve morar onde Judas perdeu as botas, só pode. Estou a quase 1 hora, rondando as ruas, procurando a casa de dona Liza. Cara, agora entendo porque ela tem um carro, eu também ia querer ter um morando no fim do mundo.

Finalmente, acho a casa com o número que ela me indicou, era enorme, mas nada comparada a minha. Já ia batendo na porta, quando lembro que tenho a chave. Joinha! Já comecei bem.

Abro a porta e dou de cara com uma casa elegante, a decoração era toda entre branco e preto, com certeza minha mãe não aprovaria.

Pego o pequeno mapa que Liza vez, e vou me guiando. Ela disse que agora Mandy estaria no quarto estudando, ok, me livrei da amiguinha empregada. E o nosso pai, estaria no escritório. Lá vamos nós... escritório.

Custo entender o tal mapa, meu deus... essa garota não gosta de Geografia. Mas, acho a porta do escritório.

Será que eu abro? Essa seria a atitude da Liza? Porque, seria a atitude de uma garota que quer conhecer o pai. Já estava com a mão na maçaneta, quando ele abre a porta e sorri pra mim.

— Querida! Já estava indo saber informações sobre você, demorou. Fiquei preocupado. — Fala, e eu só conseguia sorri bobamente. O meu pai... eu estou na frente do meu pai. Eu não acredito. Em um ato impulsivo, o abraço, que é logo correspondido. Eu estava com os olhos umedecidos, mas trato logo de sugar as lágrimas pra dentro de novo.

O solto, ainda meio tonta, e antes de qualquer coisa, ele pergunta:

— O que ouve meu bem? Está tudo bem? — Trato logo de colocar um sorriso no rosto, e mentir descaradamente.

— Estou ótima papai, só um pouco emotiva. Bem, e o almoço? — Pergunto já pensando em comida. Não sei se seria uma pergunta que Liza faria, mas eu sou humana, e estou com fome.

— Mandy já preparou, deixou tudo pronto, vamos almoçar todos juntos hoje.— Responde, e juntos fomos pra enorme sala de jantar. Na mesa, já se encontrava a tal de Mary, não fui com a cara dela...

Me sento ao lado de meu pai, e já ia começar a me servir, quando papai me interrompe.

— Filha, vai se servi sozinha? Eu estava indo chamar Mandy. — Depois que ele pergunta isso, me seguro pra não gargalhar. Como assim cara? Ela não come sozinha? Meu deus... é mais mimada do que eu imaginava. Só penso na vergonha que ela vai passar lá em casa.

— Não... é claro que não. Só estava vendo o que temos hoje. — Respondo com o meu sorriso mais doce. Depois ele some de vista, entrando em um quartinho que tinha no final da sala.

* * *

O almoço foi silencioso, graças a deus. Eu não ia saber responder perguntas do tipo: Como foi a aula?. Agora, estava indo pro quarto. Sabia que o quarto de Liza era o único com porta rosa, então logo fui entrando.

Deu vontade de sair correndo 3 dias sem parar. Era muito rosa pros meus olhinhos, tudo bem arrumadinho, estava tudo tão perfeito que dava falta de ar.

Entro, e já vou jogando a mochila no chão, e deitando na cama.

Devo ter cochilado por um momento, pois sou acordada com meu celular tocando, quer dizer... o celular da Liza, tanto faz.

E qual não é a minha surpresa? Sou eu! Vou até o enorme closet, e me enfio nas várias roupas, atendendo o celular.

— O que você quer cópia? — Pergunto com mau humor. É claro, eu fui acordada.

Como está tudo ai? Eu to desesperada, como assim você se serve sozinha? Tem mordomo pra que? E que quarto é esse? — Pergunta, sussurrando, provavelmente pra ninguém escutar.

— Olha, eu não tenho culpa se ninguém te ensinou a colocar comida no prato. Por favor né, eu não acreditei quando descobri. E não me pergunte pra que temos mordomos, isso é coisa da nossa mãe. Ahh já vi que conheceu o meu palácio, então... vai ter que se acostumar a meu quarto. E não trate de arruma-lo, eu nunca faria isso, Liz... não podemos levantar suspeitas. — Respondo, baixo mas não tanto quanto ela, já que estava dentro do closet.

Ok, eu só arrumei o básico. Sua amiga vai chegar aqui daqui a pouco, pra que ela ta vindo? E... já encontro com o papai? Pois eu ainda não vi a mamãe.— Pergunta, meio desapontada no final.

— O que a Chloe vai fazer ai? Não tava sabendo de nada, mas se vira, agora você é a Melody. Já sim, conheci ele e nossa madrasta do mau, e se acostume, nossa mãe não para em casa. Bem vinda a minha vida, baby. Tenho que desligar, ta chegando alguém.— Respondo e não espero ela falar nada, apenas deligo o celular e saio de dentro do closet.

Vou até o quarto, e descubro que os passos se tratavam de Mandy.

— Oi... é... podemos conversar? — Pergunta ela meio tímida.

— Claro, senta aqui. — Respondo batendo a mão na cama.

— Sabe o Jason? — Pergunta e eu assinto, é o namorado da amiga da Liza, chamada Elena. Ela logo volta a falar. — Então... eu não sei... mas acho que estou gostando dele. — Confessa, e eu quase engasgo. Eu nunca fui boa em dar conselhos, muito menos amorosos.

— Perai... você sabe que ele namora a Elena né? — Pergunto e ela balança a cabeça em afirmação, nervosa pelo visto.

— Eu sei, por isso estou assim. Olha... não era minha intenção, eu simplesmente fui me apegando a ele. Mas é claro que ele nem vai olhar pra mim, eu sou apenas uma empregada orfã, enquanto a Elena é linda e rica. — Responde já em lágrimas, sério, a cena comoveu.

— Mandy, conte a ela. A Elena é uma boa pessoa, vai te entender. Depois, conte a ele, mas antes tem que ter certeza que o que você sente por ele é amor. — Falo, me surpreendendo logo em seguida. To andando muito com Liza.

— Você acha? Eu tenho medo de contar a ela, e ela me odiar. Eu sei que eles se amam, não quero estragar nada.

— Sim, eu acho. Vá na fé, você vai consegui. Mas que tal, a gente assisti a uns filmes de terror? — Pergunto sorrindo, com certeza isso vai distrai-la.

— Você assistindo filmes de terror? Tudo bem, então...

POV Liza

Chloe acabara de chegar, eu estava nervosa. Nunca falei com ela na vida, como eu posso agir como se fosse melhor amiga dela? Eu to ferrada.

Ela entra no quarto, e com toda intimidade se joga na cama.

— E aí Mel, estava no tédio, e resolvi visitar a minha amiguinha rica... Bem, que a gente podia ir no shopping né? Pra compensar o seu aniversário, que você me deixou na mão. — Fala, fazendo olhinhos de gato de botas. Essa é a melhor amiga da Mel?

Com certeza eu aceitaria na hora, mas como a Mel disse, não podemos levantar suspeitas... E outra, eu nunca conseguiria comprar essas roupas que a Mel usa.

— Chloe, você sabe muito bem, que eu odeio shoppings. — Resmungo, me deitando ao seu lado.

— Ahh Mel, você ta me devendo. Cara, eu to no tédio. Ainda tive que aguentar a tortura que é as aulas do Ben, não prestei atenção em nada... só naquele peitoral... — Suspira quase babando. Graças a deus, me lembro que se trata do professor de matemática, o qual a Chloe é completamente apaixonada. É... fiz minha lição de casa.

— Você não pode viver suspirando por ele. Tem que agir, e conversar com ele.— Falo no impulso. Meu deus... a Mel nunca diria isso.

— Não posso, ele vai me odiar, capaz de mudar de escola. Sem contar, que meus pais não podem nem sonhar isso. Mel, eu estou em um beco sem saída. — Ela agora, estava andando de um lado pro outro, chutando todas as roupas que encontravam no chão. Qual é né? Eu não ia arrumar tudo.

— Isso pode realmente acontecer, mas se você ama ele, tem que correr atrás. Não podemos perder um amor, porque pode ser o nosso único. — Solto meio sem pensar, e me arrependo totalmente. Eu sei, eu sei, a Mel nunca foi romântica, mas eu sou, e se agora essa garota é minha melhor amiga, eu tenho que ajuda-la. E eu vou ajuda-la.

— Oi? Quem é você e o que fez com a minha melhor amiga? — Pergunta em tom de divertimento, mas pra mim não teve graça.

— Vem, hoje vamos ter umas aulas extras de matemática. — Ignoro sua pergunta, e a puxo pra fora do quarto.

Talvez não seja tão ruim está na vida da Mel.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comecei com um pouco de preguiça, mas quando vi já estava acabando, eu fiz esse capítulo em 2 horas, então tomou um pouco do meu tempo. Beijos e até o próximo!