POV Melody

Mandy até que é legal, mas sento falta da Chloe. Passamos a tarde toda vendo filmes de terror, mas agora ela teve que sair pra fazer um banho de sais mineiras pra megera da Mary.

Resolvi ir tomar um banho e tentar arranjar uma roupa que preste nesse closet. Assim que saio do banheiro, vou direto para o enorme closet.

Meu deus, quero minhas roupas de volta. Pego as mais normais que eu acho, e me visto.

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Graças a deus consigo achar um tênis nos milhares de saltos. Eu particularmente não gostei da bolsa, mas era a que tava na frente, e eu preciso ser rápida.

Lori me ligou, e praticamente me implorou pra ir até sua casa, agora deve ser umas 16:00, pelo o que eu calculei nos tempos dos filmes.

Termino de me arrumar, e desço indo de encontro ao escritório do meu pai.

— Pai, estou indo na casa da Lori. — Bato na porta chamando sua atenção e dou um sorriso doce.

— Tudo bem querida, volte cedo. — Fala também com um sorriso doce, meu deus, ele é perfeito. Totalmente o oposto da mamãe.

Fecho a porta, e vou direto pra fora. Pego o meu carro, ai meu deus que emoção, eu tenho um carro. Depois, pego da bolsa o mini mapa que vai pra casa de Lori, e jesus apaga a luz Liz não sabe fazer mapas.

Com muito dificuldade vou até o local, e me deparo com uma casa estilo rústico, é... Liza me falou algo assim, que a mãe dela é toda paz e amor, e faz artesanatos. Saio do carro, e vou direto tocando a campainha. Logo, uma senhora de cabelos curtos e negros abre a porta. Ela me encara e sorri.

— Liza! Lori está te esperando lá no quarto. — Fala me puxando pra dentro da casa. A casa era totalmente colorida, e bem viva. Nada de sofisticado, mas era alegre e aconchegante.

Subo as escadas, me lembrando do caminho dito por Liza. Dou de cara com uma porta amarela, cheia de enfeites. A abro e me deparo com Lori sentada em cima da cama se entupindo de chocolate.

Vou até ela e me sento ao seu lado.

— O que ouve? O que você queria comigo? — Pergunto sendo direta.

— Nossa, que insensível Liz! Mas, vamos ao ponto: O Tyler pediu a minha ajuda com um trabalho de artes, e quer que eu vá na casa dele amanhã, o que eu faço? — Responde entrando em desespero.

— Aceite e vai ajudar o pobre coitado. — Respondo com a maior simplicidade, e roubando um dos chocolates. Esse povo acha que eu sou o que? Conselheira amorosa? Vou pedi pagamento então.

— É claro que não! Como eu vou agi perto dele? E se a Clare tiver lá? Eu vou ter que aguentar o romance dos dois? E larga a mão dos meus bebês. — Pergunta tirando a caixa de chocolates da minha mão.

— Então não vai. — Respondo novamente simplificando tudo.

— Liza! Você não está me ajudando. Queria ver se fosse você no meu lugar, com certeza iria pirar por causa do Peter. — Resmunga meio irritada.

— Vai lá, ajude o garoto, ganhe a amizade dele, e pronto. É a coisa mais simples do mundo. Se a Clare tiver lá, é só agir normalmente, ignorando qualquer tipo de provocação. Agora, por favor vamos falar de algo que preste. — Falo pegando os chocolates de volta.

— Você ta diferente, começando pelo fato de ter se vestido que nem uma maloqueira. E depois, pelo fato de não ter tocado no nome Peter até agora. — Diz acusadoramente.

— Olha, eu estava com pressa, foi a primeira roupa que eu vi na frente. E o Peter... é... eu não preciso falar dele a todo instante, não sou como você que não sabe falar de mais nada. — Me defendo me arrependendo do que eu falei logo em seguida. Liz nunca diria isso, principalmente pra melhor amiga. — Olha, desculpa, eu estou nervosa hoje. — Digo tentando consertar as coisas, mas ela me olha friamente.

— Vai embora Liza, eu quero ficar sozinha hoje. — Falando isso, ela vai até o banheiro e fecha a porta, ouço um chorinho fino e meu coração aperta. Que bela melhor amiga eu estou sendo.

Saio do quarto, e vou embora sem nem menos me despedir.

POV Liza

Eu e Chloe estávamos tentando tomar coragem pra bater na porta da casa do professor de matemática. Depois de um tempinho de silêncio resolvo tocar a campainha.

Logo depois, um deus grego abre a porta, me lembro dele, é o professor. Meu deus, que gato. Agora entendo porque Chloe é apaixonada por ele.

Ela estava paralisada, então eu resolvo me pronunciar.

— Professor, eu e a Chloe resolvemos vir aqui, pra termos algumas aulas extras. Estamos com dificuldade na matéria, e precisamos de ajuda. — Falo meio tímida.

— Sério? Melody interessada em matemática? Vai chover. — Brinca, dando espaço pra nós entrarmos. Entramos na pequena casa, e nos sentamos nos sofás, assim como ele.

— Então, que estão com dúvidas? — Pergunta nos encarando.

— Professor, na verdade é a Chloe que está com dúvidas. Eu só a acompanhei porque ela estava com vergonha. Então, eu posso ir ao banheiro? — Pergunto me enrolando um pouco nas palavras.

— Claro, é a segunda porta a direita. — Responde com um sorriso encantador. É claro que eu não iria no banheiro, ficarei encostada na parede do corredor, ouvindo tudo.

— Então, Chloe. Achei que você prestasse atenção na aula. — Fala o professor. Chloe faltava morrer.

— Ér.... eu presto. Mas tive dificuldade com essa matéria. Eu não entendi direito essa equação exponencial. — Responde Chloe lhe entregando o caderno e apontando com o dedo a equação. Eles estavam bem próximos, se ela levantasse a cabeça encontraria a boca dele. Meu deus, o amor é lindo.

Ele não parecia se importar com a proximidade, mas ela estava mais vermelha que um pimentão. Por um momento achei que ele a puxaria pra um beijo, mas só pegou o caderno e colocou em cima de seu colo, consequentemente se afastando de Chloe. Droga!

— Não é uma matéria difícil. Você vai entender rápido, vem, sente aqui. — Ele fala batendo no sofá ao seu lado.

Ela se senta, voltando a cor normal e vai prestando atenção na explicação do professor. Depois, ele passou alguns exercícios que ela fez rapidamente. Meu deus, eles não sentem minha falta não? Credo...

Eles já tinham terminado de estudar, e agora estavam conversando animadamente.

— Eu amo matemática. Pra mim é a melhor matéria. — Fala Chloe sorrindo.

— Fico feliz em saber que uma aluna tão linda e tão dedicada gosta da minha aula. — Nessa hora Chloe faltou desmaiar. Eu ainda torço pra rolar pelo menos um beijo.

— Então... você mora aqui sozinho? — Pergunta Chloe mudando de assunto.

— Sim, depois que fiquei viúvo, a casa ficou só pra mim. — Ele responde com um ar meio triste. Cara, que horror, eles não podem falar de coisas mais interessantes não?

Me surpreendendo, Chloe o puxa pra um abraço, e eu me derreti na hora. Ela deixou a timidez de lado, que orgulho. Mas, logo depois, o professor o desfaz meio constrangido, e pergunta a pergunta que eu não queria ouvi:

— Ei, cadê a Melody? — Pergunta olhando pros lados.

— Aqui!! Eu estava passeando pela casa, me desculpe professor, mas queria dar privacidade pra aula de vocês. — Respondo saindo do meu “esconderijo”.

— Ahh sim, então vamos Mel? Já estudamos, e eu já entendi a matéria. — Fala Chloe me puxando pelo braço até a porta.

Nos despedimos do professor, e entramos no carro de Chloe. Que estava emburrada.

— Eu passei a maior vergonha de todas. Ele deve está rindo de mim agora, ele não gosta de mim, e tudo culpa sua Mel! — Me acusa, irritada e pisando fundo no acelerador.

— Ei! Eu tentei te ajudar, você deveria me agradecer, ele parece gostar de você. — Falo meio amarga também. Afinal, eu tentei ajuda-la.

— Sei... ele gosta muito de mim. — Ironiza, revirando os olhos.

* * *

Chloe me deixou em casa, ainda irritada. Subo pro meu quarto e tomo um susto quando vejo quem está nele.

Minha.... minha... mãe?

— Demorou, o professor de matemática acabou de me ligar falando que você e sua amiguinha insolente foram lá atormenta-lo. Como assim Melody? Ter aulas particulares? Já não basta o tempo que tem na escola? Eu não pago escola atoa Melody, se você não aprende lá, é melhor estudar mais. — Fala irritada, e com um olhar duro. Jesus... eu nunca imaginei ela assim.

— Mãe... é você mesma.... — Falo fascinada, e até mesmo meio abobada.

— Não.... é o papai noel. Melody, não tente desviar o assunto. Está de castigo, sem qualquer tipo de eletrônico por 1 semana, e ahh, nada de visitinhas do seu namorado. — Falando isso, ela sai do quarto batendo a porta com força.

Uau! Essa é minha mãe.

Resolvo tomar um banho, colocar um pijama e ir dormir.

Amanhã será um dia cheio, o meu primeiro dia na escola da Mel.