Ouçam: http://letras.mus.br/katy-perry/1218876/traducao.html

POV Mel
Eu ouvia Lori, atentamente, mas com uma imensa vontade de calar sua boca. Ela estava me explicando o mundo de coisa que teríamos que comprar. Segundo ela, o que Liza tem, já não serve pra mais nada.

— E você espera, que em pleno Domingo, encontraremos isso tudo? — Pergunto, voltando a atenção para ela.

— Liz! Até parece que você não conhece as lojas de Ballet. A gente vivia comprando nelas, e elas ficam abertas no Domingo. Fique tranquila, conseguiremos comprar tudo hoje, e amanhã você começa suas aulas. — Responde enquanto folheava uma revista aparentemente de Ballet.

Suspiro, me rendendo. Não aguento mais esperar a semana passar, e eu voltar pra minha vida. Depois de acertamos tudo, fomos direto para a tal loja. Cada uma em seu carro, obviamente.

Não demorou muito para chegarmos. A loja era do tamanho de um shopping, só de ver já começo a ficar com sono. Não sei como Liz aguenta isso.

— Chegamos! Paraíso não? — Lori aparece do meu lado, fazendo-me levar um susto.

— Ér.... É um paraíso... — Respondo revirando os olhos.

Ela praticamente me arrasta para dentro da loja. Não estava tão cheia, levando em conta que hoje é domingo. Logo, ela já estava vendo as sapatilhas, collants e um monte de coisa que eu não sei o nome. Com certeza Lori se sairia melhor do que eu, como bailarina.

— Experimente isso, isso, e isso... Ahh e isso. — Falava enquanto me entregava/jogava um monte de coisa. É hoje que eu morro...

* * *

Depois de muitas compras, resolvemos parar para comer algo. O que eu dei graças a deus, já não aguentava mais aquele ambiente rosa, e estava morta de fome. Não tem comida melhor, do que lanche de shopping.

Lori tinha ido ao banheiro, disse que iria retocar sua maquiagem. É claro que eu não fui, afinal nem me maquiei. Estava apreciando minha batata frita, quando algum ser se senta ao meu lado. Viro, e noto que se trata de Elena. Sério, que agora vou ter que pagar de amiguinha?

— Oi... Sozinha? — Pergunta, sorrindo docemente.

— Lori está no banheiro. — Respondo, voltando minha atemção as batatas sem paciência.

— Posso ficar com vocês? Sabe... Eu e Jason brigamos, e eu preciso me distrair. — Pergunta, com os olhos marejados. Logo em seguida, Lori chega, revirando os olhos quando ver Elena.

— Elena! Você por aqui. — Fala, se sentando do outro lado da mesa.

— Oi, Lori. É... Eu precisava de amigas. — Elena agora, já formava um novo rio.

— O que houve? Quem morreu? — Pergunta Lori divertida. A repreendo com o olhar, e ela mostra a língua. Quanta infantilidade.

— O meu namorado com o Jason. Morreu. Eu não sei por que, do nada, ele resolveu acabar com tudo. O primeiro motivo que apareceu, ele acabou com tudo. Como se quissese se livrar de mim. — Responde se afundando na cadeira.

— Homens... Homens... Podemos assistir um filme. De comédia. Vai passar um na sessão de agora, vai te distrair. — Sugiro, enquanto Lori me fulminava com o olhar.

— Era pra ser o nosso dia, juntas... — Sussura só pra mim.

— Se eu tiver atrapalhando, não precisa, ok? Eu assisto o filme sozinha. — Fala Elena, já se levantando.

Me levanto junto, pegando minhas sacolas.

— Não atrapalha nada, se Lori não quiser, ela vai embora. Vamos? O filme vai começar. — Falo, a puxando para fora do restaurante. Deixando, Lori pra trás.

Não sei por que, mas me vi na obrigação de ajuda-la. Talvez, porque suspeito mais ou menos o por que da separação. Ou talvez, porque eu mesma precise me distrair. Tirar vários pensamentos da cabeça, e enfim, conseguir ser eu. Voltar a ser a antiga Melody Willson. A que não leva desaforo pra casa, mas que sempre está disposta a ajudar os amigos... E aquela que nunca deixa seu lado vulnerável e frágil visível.

POV Liza

Acordo com alguma coisa se morrendo em meu rosto, coloco a mão em cima, e percebo que se trata de uma aranha. No mesmo instante dou um grito maior que tudo, chamando a atenção de todos, e fazendo com que Chloe viesse até mim.

— Minha filha, ta morrendo? — Pergunta entrando em minha barraca.

— TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! — Grito espeniando, enquanto a aranha ainda brincava com meu nariz.

— Calma... Eu vou tirar, mas fica quieta. — Fala, enquanto pega a aranha pela perninha devagarinho.

Finalmente, ela consegue tirar, jogando a aranha pra fora. E eu, consigo respirar.

— O que te deu? Você nunca teve medo de aranhas. — Pergunta confusa.

— Ah... Eu tava dormindo, ela me assustou. Pensei que fosse maior. — Respondo o mais naturalmente possível.

— Vem cá, cadê o Mike? Viu ele saindo de manhã por acaso? Porque não encontramos ele, em lugar nenhum. — Pergunta, se sentando ao meu lado. Me fazendo lembrar, que Mike não passou a noite na barraca. Eu me sinto completamente horrível depois de ter dito aquilo.

— Eu não sei, ele saiu de noite, e não voltou. Vou... Vou... Procura-lo. Fale pros professores, que volto antes do 12:00. — Respondo, me levantando e saindo a procura dele.

Pela primeira vez eu não me preocupo com o que estou vestindo, uso apenas um shorts e uma camiseta, que nada combinam, e um chinelo que roubei de Chloe. Já sabia mais ou menos um pouco sobre a floresta, graças a trilha. Já ia desistindo, quando o encontro. Encostado, com os fones de ouvidos, e com aquela pose de bad boy.

Vou até ele, pisando duro. E praticamente arranco os fones de ouvidos.

— O que deu em você? Você é louco? — Pergunto, praticamente gritando.

— Louco? Eu sou o louco da história? Me responde você, Melody. Que depois de 3 anos de namoro, tem a coragem de dizer que não é nada sério. Ahh é claro, você é a rebelde que tem medo de se apaixonar, já ia me esquecendo... Mas, eu achei, eu realmente achei, que você gostasse de mim. Do seu jeito, mas eu achei.... — Responde, no mesmo tom.

— Eu não tenho culpa se estou confusa. É tudo muito novo pra mim, e você deveria me entender. — Falo, mais por mim, do que pela Mel.

— Te entender? Quantas vezes eu não te entendi. Você precisa ver o outro lado da história, você precisa parar de ser egoísta, e pensar nos outros. Parar de ser insensível. Pelo menos uma vez na vida. Se toca Melody, se eu to com você até agora, é porque eu te amo. Eu te amo justamente por você ser assim, não ligar pra nada nem pra todos, ser arrogante e mesmo assim doce. Eu te amo, mesmo sabendo que você é difícil, exigente e maluca. Eu te amo, porque você é a mulher da minha vida, e eu não vejo a minha vida sem você. — Á essa altura, eu já estava soluçando, e não devia... Minha irmã tem o príncipe dela. Ela tem alguém que a ama. Mas, por que eu to chorando? Não devia está feliz por ela? Ou eu apenas, queria que essas palavras fossem dirigidas pra mim? Não sei, eu realmente não sei...

Lhe dou um selinho, e sussurro em seus lábios.

— Eu também te amo... De um jeito estranho, mas eu te amei durante esse tempo... Não duvide, e não me odeie depois de tudo.

Seus olhos

Olhando dentro dos seus olhos

Olhando dentro dos seus olhos

Oh, você não vai vir

E arrombar a porta, e

Me levar embora?

Oh! Sem mais erros

Porque nos seus olhos eu gostaria de ficar

Ficar