P.O.V. Clove.

Acordo com uma puta dor de cabeça e adivinha!? Dei minha ultima aspirina para a maldita gazela loira! Traduzindo: Vou ter que sair do quarto e pegar uma aspirina no kit de remédios na cozinha. CATO FDP!

Levanto-me e troco-me, notando que alguém colocou um cobertor sobre mim enquanto dormia. Marvel. Ele é o único que tem coragem de entrar no meu quarto, fora as garotas, claro, mas essas eu tenho certeza que estavam apagadas ou entretidas demais para vir até mim, se é que me entendem.

Desço para a cozinha e me deparo com um bando de zumbis vegetando com copos de café na mão e olheiras profundas.

– Parece que vocês tiveram uma noite cansativa heim?- questiono e ninguém fala nada, só recebo uns “Uhum” ou alguns gemidos de dor em resposta.

Rio baixo e vou até a gaveta em que os remédios se encontram e adivinha!? (Vamos brincar de adivinhar hoje!) Não tinha mais aspirina, os zumbis consumiram com as duas caixas que tinha em casa!

– Vou à farmácia comprar mais aspirina, alguém quer alguma coisa?

– Café. Muito café- respondo Johanna, que era a mais acabada de todos os zumbis.

– Parece que a única que sobreviveu em boas condições fui eu né?- questiono rindo e pego a chave da moto, seguindo para a farmácia.

Compro as aspirinas e vou ao mercado comprar café e alguma coisa para comermos de janta, já que a hora do almoço passou faz tempo. E adivinha (#3)!? Deparo-me com ninguém mais ninguém menos que Carla e Megan. {[(N.A.: Para quem não lembra elas são citadas no inicio da fanfic)]}. Caralho! Não vejo essas duas desde que sai de NY! Continuamos conversando por redes sociais e sms, claro, mas ver essas duas pessoalmente.... cara! Faz tempo!

– CLOVE!?- berra Carla, muito, MUITO alto e metade do mercado nos olha.

– Quem é vivo sempre aparece né Clove!- comenta Megan, me abraçando, e logo Carla se junta ao abraço.

– Cara que saudades que eu tava de vocês!- respondo sorrindo.

– Poisé né!- retruca Carla- Nem pra visitar as amigas!

– Mas pêra ae! Como vocês duas se conheceram!? Eu conheci a Carla numa boate e você Megan, aonde?- questiona confusa.

– Carla é minha prima animal de teta!- responde Megan rindo.

– Animal de teta!? Não me chame assim! Esse era o apelido da Nira!- retruco.

– Nira?- questiona Carla, confusa.

– A vadia do colégio, lembra? A putinha dos jogadores e tals- esclarece Megan e Carla parece se recordar.

– Cara ela era uma vaca! Mas tinha uns peitões de dar água na boca- comenta Carla. As vezes me esqueço que nos conhecemos com ela dando em cima de mim hehehehe.

– Ai Carla! Só você mesmo!- falo rindo.

– CARALHO! FALANDO NO DEMONIO, OLHA QUEM APARECE!- exclama Megan, pegando meu queixo e virando em direção a entrada do estabelecimento.- É muito azar mesmo!

– Eu não acredito!- murmuro de olhos arregalados.

Na porta do mercado estava Nira, com aquela cara de megera e agarrada no braço de um velhote, que parece bem rico por sinal. Eita Nira, sempre se aproveitando né vagabunda?

– Sempre uma sanguessuga- comento e Megan ri alto, atraindo o olhar da vadia para nós, que logo arregala os olhos e me encara com medo.

– Parece que ela ainda está traumatizada comigo- comento e olho seria para ela, que se esconde atrás do velho.

– Por que será né Clove? Você mandou ela pro hospital!- retruca Megan rindo e eu decido brincar um pouco. Velhos hábitos nunca morrem.

– Observem- falo e caminho em direção a Nira e ao velhote.

– Oi Nira! Quanto tempo!- falo animada me aproximando e puxando-a para um abraço.

– O...O....Oi Clove- murmura ela surpresa e eu sorrio diabólica as suas costas. Ouvimos um pigarreio e logo nos soltamos do abraço, dando de cara com Megan e Carla que encaram Nira sorrindo.

– Oi Nira! Que saudades de você!- exclama Megan, aproximando-se e a abraçando também e puxando Carla para o abraço.

– Amor... quem são essas?- questiona o velho com um sorriso estranho.

– Querido ... essas são... é...- Nira se atrapalha na fala e eu a corto.

– Somos amigas de colegial! Vivíamos juntas, tanto que de tão unidas Nira chegou a ir para o hospital com falta de ar!- falo rindo e todos me acompanham, levando isso como uma piada, oque não era- Quem sabe podemos repetir a dose um dia desses né Nira?- questiono rindo e ela estremece.

– Eu...- começa, mas dessas vezes seu absurdamente estúpido marido a interrompe.

– Mas é claro! Por que não vão a nossa casa um dia desses? Temos piscina e quadras de esporte, podem até mesmo desfrutar do nosso SPA, não é mesmo Nira?

– Claro...

– Quem sabe um dia! Entao ... como se conheceram?- questiono fingindo interesse.

– Eu conheci minha pequena em uma reunião das empresas da nossa associação- responde ele, a olhando apaixonado. Tadinho!- Os pais de Nira estavam lá e formamos um acordo de união de empresas, por sorte eu e Nira acabamos nos apaixonando, facilitando a união. Oque posso dizer? Nira me conquistou com sua sabedoria e consevatoriedade.- responde o velho sorrindo e eu o olho surpresa.

– Que engraçando isso! Nira na época de colégio tinha as piores notas da sala e, se me lembro bem, era a bonequinha dos jogadores de futebol, se é que me entende- sussurro a ultima parte como se fosse um segredo e vejo Nira corar em 50 tons de vermelho.

– Huum...- o velho murmura e a escara serio- Não sabia não – a vadia fica sem saber oque dizer - Bom... acho que temos que ir Nira, parece que temos muito a conversar- finaliza ele e Nira muda drasticamente para 50 tons de branco.

Olho para Megan e Carla que se seguram para não rir e volto a encara Nira, que me olha incerta.

– Nos vemos por ai queridinha! Estamos indo também- dou dois beijinhos nela e sussurro em seu ouvido- Belo velhote esse ai que você arrumou heim? Pena que você teve que enganá-lo para te-lo, não? Ele parece realmente gostar de você sua vaca- me afasto e sorrio sincera para o velho- Foi ótimo conhecê-lo.

Nos afastamos e vamos para os fundos do mercado, rindo como condenadas.

– Parece que a Clove ainda é meio diabólica!- comenta Megan, rindo alto.

– Nem! Só foi dessa vez! Nira tinha que cair!- repondo- Tadinho do velho, parecia mesmo gostar dela!

– Então não foi exatamente uma maldade!- completa Carla- Foi um favor ao cara.

Depois de muitas risadas, terminamos nossas compras e eu as levo até minha casa. Ambas se surpreenderam em saber que eu estava morando em Cambridge e ainda por cima era a campeã mundial de arremesso de facas.

Fiz café para os zumbis e subi com as garotas para o meu quarto, e por lá ficamos, rindo e relembrando os velhos tempos, até sermos interrompidos por batidas na porta.

– Entra!- falo e uma cabeleira loira se faz visível na porta.

– Clove, você não tem mais aspirina ai tem? Essa porra de dor de cabeça não para!- murmura ele de olhos fechados e com uma careta.

– Tenho. Entra ae que eu vou pegar- respondo.

Gloss abre os olhos e me encara com um sorriso, passando logo os olhos por Carla e por Megan, se vidrando na morena, que devolveu o olhar com malicia.

– Quem são suas amigas, Clove?- questiona ele se desviar o olhar de Megan.

– Sou a Megan e ela é a Carla- responde Meg em meu lugar.

– Carla? A mesma Carla que roubou a Clove na pista de dança de mim na Maximus a uns 10 anos atrás? – questiona ele e eu fico surpresa de ele se lembrar disso.

– Essa mesma querido, e eu danço bem melhor que você- responde Carla sorrindo e piscando para mim.

– Falo nada- responde Gloss emburrado e logo faz uma careta, levando a mão a cabeça- Clove me da logo esse remédio, minha cabeça ta explodindo!

– Ta aqui! Calma! Tem água lá na cozinha, pera ae que eu vou buscar- falo saindo do quarto e logo Carla está ao meu lado.

– Fui só eu que notei ou rolou um clima com os dois lá em cima?- questiona ela sorridente.

– Eu também notei, porque acha que me ofereci para descer? Acha mesmo que eu seria tão legal sem motivo?- respondo debochada e ela ri.

– É melhor o loirinho aporveitar, por que até hoje Megan não achou o bofe dela hehehe vai saber né!

– É bom que aproveite mesmo ou vou arrastar a cara dele no asfalto- respondo rindo.

Vai fundo Gloss!