Everybody hates Lina escrita por rovvling


Capítulo 3
Bea




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– Qual é, não tem nada sem carne nessa festa? Eu tô com fome! – disse para Mari,aborrecida. Ela estava usando um vestido preto que marcava sua cintura fina e o seu cabelo caía em cascata, formando uma harmonia de cores e movimentos. Quando ela não me respondeu e eu olhei pronta para brigar com ela, perguntando o motivo de ela não ter nem sequer olhado para mim. Seus olhos estavam fixos no outro lado do salão, onde estava certa agitação na porta do banheiro. Puxei-a junto comigo para perto, mas estava impossível entrar. Deparei-me com uma Aliany curiosa perto dali.

– O que aconteceu? – perguntei, quando cheguei perto dela, que estava com um vestido exageradamente curto vermelho e um salto 15 que me perguntei como ela conseguia andar com aquilo.

– Vocês não viram? A Tris pegou o amor da Lina e ela começou a fazer um escândalo aqui, a festa inteira parou! Bem, menos o Victor e a Cath, mas isso não vem ao caso...

Onde vocês estavam?

– Você viu por acaso a mesa de quitutes? Só tem coisa boa! – disse Mari e eu concordei imensamente com sua afirmação.

Olhei ao meu redor procurando a Tris, mas o mais próximo que achei foi uma garotinha de oito anos dançando no meio da pista com um vestido da mesma cor do da Tris. Deixei as duas atrás de mim, conversando empolgadamente sobre mortadela e sobre prováveis lugares para transar. Bom, essa segunda parte acho melhor omitir.

Andando em direção a porta de entrada, onde ouvi vários gritos pude reconhecer alguns deles. Alface, Alaska, Laysa e Sara tentavam desesperadamente entrar para participar da maior festa do mês. Todas as tentativas falhas, impedidas pelos seguranças altos e fortes que as seguravam com força. Ainda mais distante, pude ouvir um grito.

– Não fui eu! Alguém me ouve, não fui eu, que saco. – ouvia a voz de uma Tris ao mesmo tempo triste e estressada. Passei entre as quatro loucas e achei Tris.

– Bea! O que você tá fazendo aqui?

– Eu vim fumar, lá dentro não pode.

– Fumar? Como assim você fuma?

– Ah, Tris, por favor né. Eu estava te procurando. O que houve?

– Eu não sei o que deu em mim! Juro que não sei, eu nem sei o porquê de vocês estarem brigando comigo, e quando eu descobri eu fiquei meio irada. Eu acho que me drogaram. – ela disse, envergonhada. Eu não sabia se ela estava realmente falando sério ou era apenas brincadeira.

– Tris, olhe para mim. Não precisa ficar explicando ou arranjando histórias fictícias para que eu acredite e fique com dó porque eu não terei, você foi muito filha da puta. – ela ia me interromper, mas a cortei antes da primeira palavra –Mas entenda que precisa agir com razão antes da emoção. E, ah, vai pra casa, não fica se humilhando aqui não, tá feio. Enfim, não se preocupe que vou te informar do que aconteceu.

Mesmo vendo sua cara atordoada e triste, ainda não consegui sentir pena o suficiente

para ficar a consolando. Entrei novamente no salão, observando cada um dentro dele.

Não enxergava mais Victor e Cath, e o que provavelmente estava acontecendo é melhor deixar pra lá. Adan, Izzy e Mari estavam empolgados falando de alguma coisa, possivelmente Doctor Who. Não me juntei ao grupo porque, bem, spoilers. Segui reto para o banheiro, onde a passagem já estava mais liberada. Dentro dele, estava Gio,

Windlin e uma Lina desesperada.

– Oi! – eu falei empolgadamente para Lina até perceber que ela não estava exatamente feliz para cumprimentos ou parabéns. Ela me olhou como se eu fosse uma pedra do seu sapato. – O que foi que eu fiz agora?

– Fala sério, Bea, pare de ser falsa, todo mundo já sabe que você sabia de tudo e foi você quem ficou dando conselhos pra Tris! – virou Gio, estressada e extremamente vermelha. Windlin também parou de dar socorro à Lina para gritar comigo.

– O que que eu fiz pra vocês? Ouvir o que os outros falam não é uma opção muito inteligente, principalmente pelo fato que eles podem, sei lá, mentir? Por favor, me poupem vocês três. – eu gritava, vermelha como sempre fico e sai batendo pernas do banheiro.

Onde anteriormente estava a Mari, o Adan e a Izzy, agora havia se tornado um grupo imenso. Lyvia, Thayna, Waleska, Ana, Aliany e Carou estavam juntas falando sobre o principal assunto da noite: a traição de Tris sobre Lina. Cheguei perto do Adan e sussurrei:

– A Tris me disse que a drogaram. – ele virou os olhos e sorriu com desdém, o que me fez ficar um pouco mais vermelha de raiva.

Sentei, exausta, e tirei meu salto. Não dá pra ficar com isso por muito tempo, sinceramente, cadê o meu tênis? Peguei alguma coisa pra beber e fiquei ouvindo as especulações.

– A Tris não faz isso, ela pode ser o pior possível, mas não trai ninguém! – gritou Mari.

– Se ela não faz, por que ela fez bem hoje e na frente de todo mundo? – Izzy mexia os pés com uma batida cada vez mais rápida.

– Às vezes ela não tá bem, ninguém sabe se ela toma remédio pra depressão ou qualquer coisa, vai que ela tem problemas psicológicos? – retrucou Carou, como sempre fofa e calma.

– Eu só acho que eu preciso de mais álcool. – Lyvia murmurou no chão.

– E eu também. – disseram Thay e Ana em um uníssono, seguindo Lyvia em direção ao barman que fazia uma apresentação com fogo no meio da pista de dança

Mari saiu batendo os pés em direção a porta de entrada e eu fiquei desconsolada, sentada, pensando no que uma simples festa havia acabado de se tornar.


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