– Puta. Merda. – falei pausadamente, encarando a briga que se desenrolava na nossa frente.

Logo depois que Tris revidou o tapa de Lina, elas decidiram parar de brigar feito garotinhas, e quando me dei conta elas já estavam se enganchando no chão.

– Adan, já que fora o William (que não estava fazendo nada para apartar a briga fora sorrir arrogantemente) você é o único macho daqui, por favor separe essas duas antes que elas se matem! – Windlin disse exaltada, enquanto olhava preocupada os golpes que as meninas desferiam uma na outra.

Adan foi até lá resmungando e tentou separar as duas, falhando miseravelmente, então eu e Windlin fomos ajudá-lo.

– Me solta, Adan! De jeito nenhum que essa vadia desgraçada vai sair daqui com algo menos do que um braço quebrado! Ou talvez eu arranque a sua língua – Lina gritou enquanto fuzilava a Tris com os olhos, que estava sendo arrastada de lá por mim e pela Windlin – pra que você nunca mais possa enfiar ela na boca de ninguém, sua falsa!

Windlin começou a abrir caminho no meio do aglomerado de pessoas e foi em direção ao banheiro comigo em seu encalço, arrastando uma Tris raivosa pelo braço.

– Saiam daqui! Agora! – gritou Windlin quando chegamos no banheiro, que estava lotado de garotas conversando e retocando a maquiagem. Felizmente, o grito teve o efeito esperado, o que me deixou aliviada o suficiente para ignorar minha surdez momentânea. Todas as meninas caminharam em direção a porta, nos dando olhares feios que ignoramos até a última delas ter saído.

– Eu acho bom você começar a se explicar antes que eu perca o pouco de paciência que ainda me resta e resolva te destripar por estragar a porra toda – eu falei rápida e friamente, não tirando os olhos da Tris que, alheia a seus ferimentos superficiais por causa da briga, carregava um sorriso arrogante no rosto e uma expressão desdenhosa.

É, parece que a noite vai mais longa do que o esperado.