Everybody hates Lina escrita por rovvling


Capítulo 4
Mari




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Olha, eu geralmente não ligo pra todas essas merdas, mas eu tinha que provar de algum jeito que a Tris não era a vadia dessa história. Eu confio na minha amiga e, vamos ser sensatos, a Tris não consegue nem matar um mísero bichinho no chão (ou será que consegue? *lua amarela*).

Deixei o quitute de mortadela de lado, que tanto procurei com muito sacrifício, durante muitos minutos, e fui procurar alguma coisa que apontasse que a Tris não era a culpada disso tudo. Confesso que foi difícil, com a enorme distração da mesa de docinhos na minha frente. Tinham de todos os tipos: brigadeiro, beijinho, moranguinho, bicho de pé. O parabéns ia demorar pra sair nessa festa, eu já tinha previsto isso, então espiei nos cantos para ver se ninguém estava olhando e peguei dois dos lindos nenéns açucarados na mesa.

Enquanto observava se o granulado era da marca que eu gostava, olhei para o canto da festa e vi uma cena que todos estariam loucos para ver: Beadan.

Os dois se beijavam como se aquele fosse o último dia do Planeta Terra. Adan prensava Bea na parede a cada vez que ela ousava sair de lá, talvez preocupada de que os outros veriam, mas Lyvia já havia dado algumas doses ao Judas e ele não deixaria ela ir MESMO.

Bea estava usando um vestido azul escuro que ressaltava tudo o que tinha de bom em seu corpo, coisa que o Adan estava adorando, é claro. Alguns meninos invejavam-no mentalmente por estar com aquela linda menina dos olhos azuis, mas isso não o impedia de lhe dar ainda mais motivos para aqueles com dor-de-cotovelo olharem.

– Em quase 1 ano de amizade, eu nunca vi Bea tão empenhada em agradar alguém. – ouvi Ana comentar do meu lado. Depois de algumas risadas, nos juntamos com o resto do grupo. Dançamos algumas músicas, mais especificadamente funk ostentação, até que olhei para o canto.

Lá estava Lina, chorando desconsolada, encolhida para ninguém percebê-la. Fui até lá, e sem dizer nada, e a abracei. Ela pareceu grata pelo gesto e olhou para cima, no intuito de me olhar. Esboçou um sorriso, aquele lindo sorriso que ela ficou depois que tirou o aparelho, e se levantou.

– Quer saber? – ela disse, limpando o rosto, entendendo o que aquele abraço queria dizer pra ela. - Não vou me remoer por isso. Por favor né vagabundos, é a minha festa e eu posso fazer o que quiser.

E então, num ato de loucura, Lina saiu correndo, avistou um menino lindo do outro lado da festa e o agarrou. Gente, mas essa bicha é vingativa mesmo hein.

Fui para perto das meninas, onde Thayna contava como conseguiu quase-transar em cima do teto.

– Gente, é sério. Fomos ver as estrelas e no final quem tava brilhando era a boca dele do meu batom. - Todo mundo riu e ela olhou indignada, como se não tivesse contado nada engraçado.

Dei um tchau sensual pra elas e fui fazer o que pretendia desde a “traição”. Fui procurar Tris, a única das meninas que não estava lá no meio (Além de Bea, Cath e Lina, que estavam muito ocupadas).

A ficha de que a Tris tinha feito aquilo ainda não tinha caído, então saí novamente na tentativa de buscar explicações para isso. Encontrei-a no jardim, não mais na companhia de William nem de ninguém mais, meio cabisbaixa. Olhou para cima num olhar de compaixão e na hora já fiz o que ela queria.

– Tris, qual é, me fala a verdade.

– Eu não fui totalmente sensata quando disse que me drogaram ou coisa do tipo. Não era minha intenção estragar a festa, mas Mari me ajude, todos estão contra mim e eu sei que tu vai acreditar em mim.

– Só vou acreditar com uma explicação que não envolva drogas, sexo ou qualquer coisa do gênero. – Rimos.

– Tá, eu te conto. Mas com uma condição. Traga Lina aqui.


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