Blue Jeans escrita por Del Rey


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hi, leitores queridos. Eu não desisti de Blue Jeans. Cheguei! Adorei escrever esse cap, e quero reviews! Leiam escutando "Slow Life - Grizzly Bear" e "White Demon Love Song". Na repetição mesmo. Espero que gostemmm!



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POV Bella

É impressionante como o tempo passa. E não perdoa. Não perdoa nossas falhas, nossos tropeços e nossos amores. Há três anos eu conheci Edward. Eu não sabia ao menos seu sobrenome, até o dia de hoje. Ambos estávamos bêbados, e não trocamos nenhuma informação sobre quem éramos. Apenas nos apaixonamos, creio eu. Bom, eu me apaixonei, nunca negarei isso. Achei que este sentimento tinha sido sepultado com o tempo, mas ele ainda me consome aos poucos. Tive fé que, talvez algum dia, nos reencontrássemos, e muito talvez, amaríamos um ao outro. Não sei ao certo se as palavras ditas, os toques trocados e tudo o que se passou há tanto tempo causou em Edward o mesmo que causou em mim. Mas o tempo passou, para nós dois. E hoje, em prantos silenciosos, tenho em mãos um pedaço de papel cartão marfim onde o tempo anuncia minha penitência.

Meus dedos deslizam, trêmulos, pelo cartão. No envelope, está escrito em tinta preta e letra rebuscada Família Swan. Será que ele imaginava que, entre seus convidados, eu estaria presente? Ou mal se importava comigo? Mal se importou?

Um maldito pedaço de papel que anunciava um casamento. O maldito casamento do ano. Edward Cullen e Tanya Denali. Era por esta razão que ela havia se mudado para Washington? Pelo meu homem? Meu. Sim, ele é meu. Meu coração clama por ele. Meu maldito coração o quer.

Eu estava sentada no chão do meu quarto, a ponto de amassar o convite, quando ouço dois toques na porta, acompanhado de um chamado. Renée, minha mãe. Deslizei o convite para baixo de minha cama e levantei, tentando me recompor.

– Sim, mamãe? - chamei. Minha voz soou trêmula e inconvincente.

– Comece a arrumar suas malas. Viajaremos amanhã a tarde.

– Tudo bem. - concordei, quase sussurrando. Meu coração batia forte quando eu pensava em reencontrá-lo. Minha respiração tornava-se ofegante, como alguém que correu por quilômetros. O que está havendo comigo? Nada de mais. Eu só estou indo ao casamento do homem pelo qual me apaixonei.

Caminhei até meu closet, abri minha mala de viajem no chão e comecei a arremessar nela as roupas que julguei necessárias para passar a semana lá. Preparei também minha necessaire e uma mochila - que carregaria comigo - com documentos e outros objetos necessários. Aproximei-me do cabideiro dos meus vestidos, imediatamente lembrando dos planos animados de minha mãe e Kate: comprar os vestidos lá, onde todas iríamos junto com a noiva ver a prova final do vestido. Realmente, muito divertido.

Passei os dedos pelos vestidos, um a um, até encontrar o meu favorito: preto, de organza. Um Langin. Usado três anos atrás. Fechei os olhos, suspirando… Minha vontade era usá-lo. Não hesitei, arrancando-o do cabide. Despi meu jeans e a blusa preta que usava os arremessei num canto, deslizando por meu corpo o tecido preto e perolado. Dei uma pirueta em frente ao espelho, observando todos os ângulos. Ele caía muito bem em mim. Posso lembrar do dia que o escolhi para usar no casamento de Kate: Tanya também o queria. Sempre tivemos certa rivalidade em nossa relação. E, quem diria! Amamos a mesma pessoa também.

Guardei o vestido, vesti minhas roupas novamente e fechei minha mala, com certo esforço. Ainda precisava separar algo para vestir amanhã. Retornei, buscando algo não tão casual: saltos, saia e um cropped. Renée insistiu para que eu aparecesse apresentável, e não de jeans e camiseta. Óbvio que não queria aparecer toda elegante com uma filha largada como eu. Nos últimos anos comecei a dar mais atenção à moda, mas mesmo assim não largava mão do conforto.

Deixei minha mala e mochila ao lado da porta do meu quarto, então avistei a ponta do papel marfim embaixo de minha cama. Puxei, encarando com ódio. Eu estava com inveja de Tanya. Muita. Imaginei os dois se beijando… Argh.

Joguei-me na cama, com o convite em mãos. Edward Cullen. Que droga, Edward…

– Bells! – berrava Renée, logo em minha frente. – Achei que nunca acordaria!

– Hmmm? - murmurei. Que horas são? Droga, nem percebi e caí no sono!

– Levante e se arrume. Depois desça para almoçar, querida.

Almoçar? Bom, meu corpo protestava, pois dormi de mal jeito. Eu ainda estava de jeans, me sentia amarrada. Fui até o banheiro, tomei uma ducha rápida para relaxar e me vesti. Desci para almoçar, encontrando a família Denali toda - exceto por Tanya, que estava com Edward, em Washington - rodeando a mesa de jantar, onde Maria serviu um almoço que, pelo cheiro, estava maravilhoso.

– Bom dia - cumprimentei a todos de forma geral, sentando ao lado de minha mãe à mesa. Todos responderam, então tornaram a falar do maldito casamento, com uma animação exagerada e enjoativa.

– Bells, você se lembra de Edward? Ele estava no nosso casamento. - perguntou Eleasar, sorrindo. - Ele não combina com Tanya? Ficam tão lindos juntos…!

– Não lembro de tê-lo conhecido, me desculpe - sorri, mentindo. Não, não ficam lindos juntos. Engoli em seco, tentando desfazer o bolo presente em minha garganta. Mal conseguia engolir o meu almoço.

– Tenho certeza que ficará encantada, ele é um rapaz muito querido - Charlie, meu pai, dirigiu-se à mim.

Deus, qual foi o pecado que cometi para merecer isso?

Eu não aguentava mais ouvir sobre esse casamento!

Ao chegar no aeroporto, descobri que a família Cullen morava em Forks. Meus pais já moraram lá, pensei. Deve ser por isso que se conhecem tão bem. Desembarcamos em Port Angeles, então fomos em dois táxis até Forks. Tempo? Quarenta minutos. Mais quarenta minutos de vestido, decoração, doces, música.

Onde ficaríamos hospedados? Será que ficaríamos na casa dos Cullen? A casa de meu pai foi vendida. Estremeci, engolindo em seco ao pensar em ficar na mesma casa que Edward. Qual seria a reação dele ao rever-me?

Como se lessem minha mente, comentaram sobre nossa hospedagem. A família Denali ficaria com Tanya, na casa que eles possuem ali. Meu pai, Renée e eu, hospedados na casa de Carlisle e Esme. Ou seja, na casa de Edward.

O táxi entrou em uma estrada além de Forks, que revelou uma casa trabalhada em janelas de vidro e arquitetura moderna. Tudo em tons claros e madeira. Tudo lindo. Ao descermos do carro, fomos muito bem recepcionados por Esme. Carlisle e Edward não estavam. Suspirei de alívio. A anfitriã nos apresentou nossos quartos de hóspedes, então serviu um chá. Conversávamos na sala, e eu simplesmente esqueci de meus medos, tão bem acolhida por Esme ali. Ríamos e falávamos - e não era sobre o evento! - e o tempo passava.

– ...Eu lembro, Renée! Uau! - dizia Esme, sobre alguma história que passaram juntas há tempos. Então ela virou o rosto, sorridente: - Ah! Os garotos finalmente chegaram!

A porta foi aberta, e logo em seguida fechada. Virei o rosto, procurando. Eu podia imaginar minha completa cara de idiota no momento. Borboletas dançavam no meu estômago, meus batimentos cardíacos aceleraram.

Lá estava ele, seus olhos esmeralda, também me fitando, perplexos. Lá estava o meu milagre pessoal. Edward.


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Notas finais do capítulo

E aííí, o que acharam?

Look da Bells: http://goo.gl/4ltjdH
Edward: http://goo.gl/gEUPqv