Eu Quase Namorei o Ídolo da Minha Irmã escrita por Vlk Moura


Capítulo 3
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Yara
Yeva



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Yeva já tinha saído, me chamara três vezes e desistiu, ela sempre desiste. Peguei os livros, o meu fichário que realmente era o meu, soquei na mochila enquanto corria pela escada, moramos no quinto andar, descer tudo nas pernas sempre me cansa, mas minha irmã aparentemente prefere fazer assim. A alcancei quando ela cumprimentava o porteiro, o cumprimentei enquanto segurava uma torrada entre os lábios, a geleia me sujava. Eu a lambia deliciando os pedaços de morango.

– Achei que iria se atrasar - Yeva falou com sua voz calma enquanto arruma os óculos que não caiam de seu rosto.

– Eu sempre 'quase' me atraso - falei terminando a torrada - É só você ter mais paciência comigo.

– Eu tenho, hoje te chamei cinco vezes, um recorde - ela riu.

Chegamos a faculdade, ela cumprimentou algumas de suas amigas e dois amigos que sempre pediam a ajuda dela para entender as matérias. Fui para nossa primeira aula e já garanti nossos lugares favoritos. A aula é Redação Técnica, não vou bem nessa matéria e é por isso que faço as aulas cujo professor é o Vladimir Berlim, por sinal acabei me envolvendo tentando entender o que eu tinha anotado e os livros que Yeva pegara que esqueci de comentar com minha irmã quem era meu professor, iria fazê-lo assim que ela entrasse.

A nossa professora de Redação era a mesma do ano anterior, uma figuraça, tinha óculos fundo de garrafa, um cabelo sedoso que chegava a brilhar, as raízes grisalhas, sempre grisalhas e o resto preso a um coque perfeito de cor madeira. Os dedos gordinhos, braços magros, essa diferença de tamanho fazia com que sua mão parecesse enorme, as pernas eram finas, mas sustentavam um corpo que não era esguio, muito pelo contrário, ela usava vestidos que travavam em sua barriga e pareciam dificultar sua respiração. Usava sandálias rasteiras ou sapatos oxford floridos ou com fitas no alto. Com certeza era um figura engraçada.

Ela sempre entrava e ia direto a sua mesinha, fazia uma semi chamada e depois passava a lista para assinarmos. Yeva entrou conversando com os meninos, eles tinham as mesmas aulas que nós desde o último ano que tinham repetido. Observei minha irmã entrar, ela não me viu ou me ignorou quando ela está com amigos difícil saber o que era, mas apenas se sentou do outro lado, desde que começamos a faculdade ela nunca se sentava em lugares completamente diferente, mas não me preocupei em chamá-la.

A aula começou, várias dicas nos eram passadas, muitas vezes a professora procurava pela minha irma que sempre tinha as respostas na ponta da língua, mas não naquele dia, hoje ela estava conversando e quase atrapalhava a aula. Levantei a mão.

– Essa técnica é usada por muitos escritores, não é? - todos me olharam, normalmente fico calada e a sombra da Yeva que só então pareceu me ver e sorriu.

– Sim, senhorita... - ela deu uma colada na lista.

– Yara, Yara Budapeste - falei - É o meu nome.

– Sim, claro. - ela sorriu - Isso mesmo, essa técnica é usada pelos escritores - ela continuou a aula.

Quando finalmente acabou peguei minhas folhas e as coloquei soltas dentro do fichário, ela tinha nos segurado demais, teria de correr para chegar até a sala da próxima aula. Yeva continuou andando com os meninos o resto do dia.

– Hoje você trabalha? - ela me perguntou quando almoçávamos.

– Não, vou para casa estudar, redação acaba comigo.

– Disse a menina que tirou 850 na redação - ela riu para mim.

– Ye, você sabe que fui bem porque me preparei e não porque sou realmente boa - ela confirmou. - Mas e você, irá trabalhar?

– Claro que vou - ela espreguiçou e acendeu a tela do celular - Estou atrasada. - ela debruçou sobre a mesa me beijou na bochecha - Te encontro em casa, qualquer dúvida pode me perguntar.

– Sei que posso.

Ela saiu correndo com a mochila quase arrastando ao chão.

Tirei nossas bandejas, agradeci ao dono do refeitório depois de pagar a minha parte e comprar duas casquinhas de sorvete recheados com chocolate, como eu adora essas coisinhas.

Fui até a biblioteca, sentei sozinha e comecei a passar a limpo minhas anotações e entender alguns de meus rabiscos, consegui traduzir a maioria. Aproveitei as novas dicas e olhei o rascunho da redação que eu tinha feito na aula do Vladimir, observei alguns erros, vírgulas fora do lugar ou inexistentes, revisar os escritos é sempre muito bom. Peguei as alterações e olhei em meu celular onde era a sala do atendimento de Redação.

– Sério isso? - olhei o nome de quem daria o atendimento. - Que droga!

Fui até a sala a aula logo começaria. Na porta da sala quase ninguém, mais quatro pessoas, deve ser horrível dar aula para tão pouca gente. Vladimir abriu a sala sério, não parecia o mesmo rapaz tímido, mas isso logo mudou quando teve de falar conosco, mesmo que fossemos tão poucos. Ele ajudou um por um e na minha vez parou.

– Você... Eu a conheço de onde? - ele falou eu sorri sentindo minhas bochechas corarem.

– Da sua aula - falei tentando não gaguejar - que devo dizer que foi ótima, eu consegui escrever sem travar minha mente, e isso par amim é quase impossível. - sorri, ele retribuiu.

– Ouvir isso me deixa muito feliz - ele olhou meus rabiscos - Isso foi o que fez?

Confirmei e estiquei a folha.

– Com as suas dicas e com mais algumas que consegui hoje, pude mudar muitas coisas da minha redação e eu gostaria de saber se estão corretas.

– Ah... Claro, eu já olho, me dê dois minutos para atender aos outros e já volto aqui.

– Obrigada.

Ele sorriu, que sorrio lindo, era tímido, mas com aqueles olhos aquele cabelo de menino certinho, tudo se encaixava perfeitamente, era possível entender onde minha irmã encontrava magia nele.

– Pronto - ele puxou uma cadeira e sentou ao meu lado - Posso olhar?

Deixei, era por isso que eu estava ali.

Ele estava concentrado, os óculos escorregavam em seu nariz e só então percebi que ele suava. Sorri desajeitada, eu não sabia porque ele suava tanto.

– O senhor está bem? - 'senhor'? Eu estou louca? Ele tem quase a minha idade, mas os conhecimentos que ele tinha para compartilhar eram tão valiosos que davam a impressão de pertencer a alguém bem mais velho.

– Es... Est... Que horas são? - ele me olhou, suas pupilas dilatadas.

– 15 horas - virei para ele a tela.

– Me dê um minuto.

Ele se levantou correndo, estava tonto, cadeiras e mesas eram arrastadas pelo seu quadril, apoiou no batente respirou e correu, todos nós ficamos nos entreolhando tentando entender, mas ninguém saiu. Fui até a porta, o rapaz estava sentado molenga em um banco no corredor, observei que segurava algo. Aproximei-me dele, peguei sua mão e observei que era um comprimido, em um bebedouro peguei um copo com água, fui até o professor, levei o medicamento até sua boca e o fiz beber a água. Ele ainda não parecia estar bem, mas observei que aos poucos suas bochechas coravam, sentei ao seu lado, o corpo dele tombou e ficou deitado em meu colo, me assustei com aquilo. Meu vestido não cobria toda minha perna e por isso eu sentia sua respiração próximo ao meu joelho, passei a mão pelo seu cabelo, aos poucos a transpiração diminuiu, ele se levantou meio tonto, arrumou os óculos apoiou as mãos no banco e me olhou, parecia ter dificuldade de perceber o que acontecia.

– O que aconteceu? - ele perguntou com uma voz sonolenta.

– Você passou mal e eu te obriguei a tomar o remédio que estava em sua mão - falei me levantando e arrumando meu vestido.

– Obrigado - ele falou sorrindo e se levantando - Acho que larguei um atendimento no meio.

– Sim, você largou - sorri, ele entrou na sala.

Sentei esperando que ele fosse continuar a aula, mas fui surpreendida. Ele se apoiou como fizera na aula que dera na sexta, arrumou o cabelo apenas o bagunçando mais e nos olhou.

– Gente, sinto muito, eu tenho problema de saúde e não tinha tomado meu remédio, por enquanto não poderei atendê-los, ainda não estou muito bem, então estou encerrando o atendimento, mas se quiserem tirar outras dúvidas podem me mandar um e-mail - ele anotou na lousa - E eu irei respondê-los o mais rápido possível. Desculpem esse transtorno todo.

Todos se arrumaram e saíram.

– Yara - eu o olhei, ele sabia meu nome - Posso te agradecer de alguma forma?

– Não, não fiz esperando algo em troca, professor - ele sorriu.

– Venha, vou te pagar um lanche.

Sorri desajeitada frente a insistência dele.

Fui guiada até a lanchonete da faculdade, ele pediu algo que eu não ouvi, escolhi uma mesa para nós, el se sentou de frente para mim.

– Sobre o que aconteceu, quero que me desculpe - ele falou - Eu passei muito tempo sem comer e minha glicose se alterou e...

– Ei, professor, já falei que não precisa disso, eu teria feito isso com qualquer um, se você está achando que eu só o ajudei porque é famoso quero que tire isso de sua cabeça, eu teria feito por qualquer um e nem sou assim sua fã.

– Sei que teria feito por qualquer um, e nossa, é a primeira a me dizer que não é minha fã. - ele parecia realmente surpresa, dei de ombros o que o fez rir.

– Não que eu não seja, mas minha irmã ela é louca por seus livros e me obrigou a lê-los, então eu gosto de suas histórias, mas você não faz meu tipo de astro, sabe?

– Ah, é?! - ele soltou um riso gostoso - Fico feliz em saber que alguém não me vê como um astro da literatura - nosso lanche chegou, eram dois sanduíches enormes - Se isso for muito para você eu peço para cortarem e...

– Não duvide de meu estomago, professor.

Ele riu e começamos a comer. Terminei antes dele que com esforço comeu todo o seu sanduíche, continuamos ali conversando.

–.-.-.-

A aula de Redação eu nem prestei atenção, os meninos queriam que eu tirasse suas duvidas de Linguagem e era o que eu fazia. Mas tentava ser o mais discreta possível, porque eu não conseguiria ouvir um professor me dando bronca. Quando Yara perguntou algo para a professora eu finalmente a encontrei em meio a todas aquelas cabeças, ela me olhou como se quisesse que eu aprovasse sua curiosidade, tudo que fiz foi sorrir raramente minha irmã perguntava algo aos professores, normalmente ela sempre tirava suas dúvidas comigo.

Saí da aula correndo para aula de Política Pública, sentei a frente e longe de todos, mas outros me encontraram e se sentaram a minha volta e tiraram dúvidas de várias matérias, aquilo as vezes me irritava, mas eu nunca os respondia mal, todos diziam que eu tinha de me tornar monitora de alguma matéria se eu o fizesse muita gente conseguiria entender melhor as matérias, não era novo eu ouvir isso, Yara, mesmo, sempre pedia para eu virar monitora, mas se eu fizesse isso não poderia ir apara a Uma Recordação e eu sou apaixonada por aquele lugar.

Lembrando da ONG me lembrei que não contei quem estava lá para minha gêmea, na verdade, eu nem sabia se poderia contar a ela sobre ele, Richard era famoso e pelo que pesquisei no final de semana sua equipe dissera que ele estava sozinho par apensar em uma casa no interior do Canadá onde ninguém poderia perturbá-lo, questionavam sobre quanto tempo ficaria por lá, tempo indeterminado, era o que dizia em todas as reportagens sobre ele e também encontrei que ele, supostamente, teria levado a irmã a uma festa na qual ela não tinha idade para participar, ele estaria embriagado e então desviou de um caminhão, o carro derrapou na pista e capotaram, a irmã teria batido muito forte a cabeça desmaiando, mas desde o acidente nunca mais acordou.

Depois do almoço corri para a ONG, Paloma girava cantarolando uma das músicas do Richard, ao me ver correu e me abraçou, retribui o carinho, fui até Carla anunciei minha chegada, coloquei o uniforme, cumprimentei um por um dos residentes e dos que não eram residentes, os outros voluntários, enfermeiros e alguns médicos que uma vez por semana iam visitar a todos.

Juntei-me a duas senhoras que haviam esquecido parte de seus casamentos e isso incluía aos filhos, eu estava algumas fotos de suas famílias.

– Sua família é bonita - uma falou olhando a foto da outra.

– A sua também, seus filhos são grandes. - a outra falou sorrindo - Ah... eu comia pudim, adorava pudim.

– Pudim? - eu a olhei - A senhora disse que não suportava nem o cheiro do pudim.

– Que isso, menina? Eu amo pudim. - chamei um dos médicos, ele veio até onde eu estava e perguntou o que ocorrera, contei a ele.

Ele logo olhou a senhora e sorriu para ela que pareceu se assustar com aquilo, ela me olhou e eu sorri de volta, eu queria ver o resto do que ele faria com ela, iria ligar para seus parentes, perguntar quem gostava de pudim e se aquilo seria o inicio de suas recordações ou se ela simplesmente queria comer pudim.

– Yeva! - olhei Carla - Precisamos de sua ajuda.

– Para o quê? - olhei Paloma que estava ao meu lado como sempre fizera.

– Richard - eu fiz careta - Sei que não gosta dele, mas precisamos de suas técnicas para fazê-lo, pelo menos comer alguma coisa e sair do quarto.

– Estão querendo coisa demais. - falei.

– Mas só você pode fazer isso.

– Ela tem razão, Ye - Paloma sorriu - Lembra quando Seu Joaquim não saia do quarto nem comia nada? Você foi a única a conseguir fazer alguma coisa, ele saiu, comeu e em pouco tempo as memórias voltaram.

– Viu? Até a chatinha concorda que você é a melhor para isso.

– E eu quero ouvir o Richard cantando, já pensou ele faz um show para todos nós aqui, gente, imagina que lindo Richard Compoeur faz show gratuito em ONG. Caramba, eu preciso providenciar isso - eu ri do jeito infantil que ela falava tudo.

– Certo, eu tento falar com ele, ah - olhei Carla - Preciso da chave do quarto dele.

– Mas isso seria invasão, ele pode te...

– Não, não pode, é o tratamento não é? Ele veio para melhorar e não para morrer - ela relutou - Ou isso ou não irei ajudá-la com ele.

– Certo, venha comigo.

A segui, ela me entregou um molho de chaves, indicou a chave 13, me entregou uma bandeja com uma sopa que fora um dos alimentos do almoço. Subi a escada, bati na porta, ele não atendeu, bati novamente, nada, chutei com força.

– Mas que droga, eu mandei que me deixassem em paz. - ele urrou, olhei Paloma que me olhou um pouco assustada, sorri, ela fez o mesmo.

Abri a porta.

– Me desculpe, mas se quer ficar em paz, faça um retiro ou um spa, você veio aqui para um tratamento. - apoiei a bandeja no armário onde a TV ficava apoiada, fui até a janela a abri e ouvi um palavrão vindo da sua direção - Paloma, avisa a Carla que a invasão foi concluída.

– Claro.

Ela correu pela escada.

– Vai levantar para comer? - perguntei. Silêncio - Saiba que ficarei aqui até você tomar toda aquela sopa.

– Saiba que ficará aqui para sempre.

– O Caramba! - ele me olhou descobrindo apenas os olhos - Sente-se - ele voltou a cobrir a cabeça, fui até a porta a fechei, Carla sabia que quando eu fazia isso só sairia de lá quando tinha conquistado meu objetivo - Sente-se!

– E quem é você para me obrigar a fazer algo, magrela? - cruzei meus braços e bufei.

– Quero que saiba que já lidei com senhores piores do que você, então um menino mimado não irá me parar. - puxei se cobertor, ele estava de cueca o que por alguns segundos me constrangeu, mas eu já vi pessoas andando só de fraudas geriátricas por ali, então aquilo não iria me intimidar. - Levante-se.

Ele se levantou, não porque eu ordenei, mas por ter se assustado com meu gesto. Peguei a bandeja e sentei aos seus pés, peguei uma colherada, assoprei e levei até ele que abriu a boca para reclamar e levou sopa goela abaixo. Ele tossiu e então tomou me fazendo rir o que parecia assustá-lo.

– Isso, bom garoto. - falei quando tudo acabou - Saiba que se você não comer nada amanhã ou não responder aos enfermeiros, irei voltar aqui.

– Cer... to... - ele limpava a boca com o guardanapo - Magrela...

– Sim - eu me virei enquanto abria a porta.

– Qual o seu nome?

– Yeva. - falei - Eu me chamo Yeva.

– É um prazer conhecê-la - ele já estava de pé.

Agora eu o via de verdade, antes dando a sopa para ele, eu não havia reparado, ele era musculoso, virei o rosto rapidamente para que ele não reparece que me constrangera.

Desci a escada e encontrei Carla, voluntários e enfermeiros me olhando assustados, tinham me escutado.

– Deu certo - falei e entreguei a bandeja a uma enfermeira.

– Na minha sala. - Carla foi, eu olhei os outros que faziam caras e bocas como se já prevendo que eu iria me ferrar. Ela sentou a mesa e pediu para eu sentar a sua frente - Você não pode ser assim, ficamos assustados com o que estava acontecendo lá em cima.

– Desculpa, a senhora acima de todos sabe que eu não sou assim, mas é pelo que ele é. Eu não consigo me conter.

– Yeva, olha, aqui dentro você é uma das melhores e sabe disso, mas não pode tratá-lo dessa forma, se continuar assim você não poderá continuar aqui.

– Certo, sito muito, vou tentar me controlar.

– Eu sei que consegue, achei que você seria como foi com os outros, era rígida, mas era meiga, com ele você nem rígida foi, ficou apenas brava como se sentindo ódio por ele.

– Prometo que isso não se repetirá.

– Sei que não vai - ela sorriu - Confio em suas habilidades.

– Fico feliz em ouvir isso.

– Agora vá. - ela balançou a mão na direção da porta - A Paloma não ficará quieta até você contar como foi lá.

Me retirei.


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