Infiltrates (Os Infiltrados) escrita por Rachel Di Angello


Capítulo 23
E nem sempre tudo termina bem...


Notas iniciais do capítulo

Olá... eu seii cês querem me matar... nao eu estava esperando certa coautora revisar a fic e postar... mas pelo visto eu tive que fazer sozinha... aff, afim o cap. ta um pouco agitado... então comecem a ler, e outra coisa, ele nao está muito grande por que eu ja tenho o outro escrito então...esse, eu juro juradinho, eu posto logo. Beijinhos amores



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Olhei para o relógio próximo a cama para ver as horas. Seis horas da manhã. Porque eu iria acordar a essa hora? Sinceramente estava morta de sono. Será que foi um sonh o ruim que me acordou? Não. Acho que depois dos acontecimentos da noite passada eu não podia ter pesadelos, disso eu tinha certeza. Eu quase não consegui dormir, o que explica meu cansaço estremo, fiquei apenas pensando nos lábios de Percy contra os meus, nos rastros de arrepio que suas mão deixavam sempre que tocavam uma parte do meu corpo, em como era bom o ter tão perto de mim, em como eu não queria ter largado ele lá. Mas eu fiz, e não que esteja me sentido mal por isso, eu não queria deixar-lhe sem dar explicações. Na verdade eu estava me sentindo meio que envergonhada, eu não sei o que deu em mim, eu queria aquilo, eu queria de mais, e esse era o problema. Eu não queria ir longe de mais, na verdade queria sim, mas não no primeiro beijo. Eu não sou esse tipo de garota.

Ouvi uma batida em minha porta. Ah, foi isso que me acordou. Não queria levantar, queria continuar aqui pensando somente na noite passada. Porém tinha que levantar, até onde eu sabia, eu tinha treino às sete da manhã.

Levantei-me preguiçosamente e fui cambaleante até a porta.

—Olá! — disse Samanta animada.

—Pra que toda essa animação? — eu perguntei com a voz um tanto roca.

—É o seu primeiro dia!

—E...?

—Ah, vamos. Lava esse rosto e se anima. Você tem treino — ela cantarolou, deuses, essa garota acordou animada hoje.

—Argh, tudo bem, me espera aqui.

Arrumei-me o mais depressa possível, o que não foi fácil já que estava cheia de sono.

—Você vai tomar café da manhã no refeitório — Samanta dizia enquanto eu escovava os cabelos — e acho que pode me encontrar na ala dos empregados assim que terminar

—Não! — eu disse determinada — Você toma café comigo hoje.

—Eu não posso...

—Quem disse que não? — eu perguntei — Pelo que sei você tem que fazer aquilo que eu mando não é?

—É, mas...

—Sem, mas! Você vai comigo e fim de conversa.

Quando entramos no refeitório todos os olhares se voltaram pra nós. Um burburinho de conversas começou, pessoas cutucavam as outras e apontavam pra mim de forma, que para elas deveria ser, discreta.

As conversas só aumentaram mais quando viram quem estava ao meu lado. Com a cabeça erguida e confiante eu fui até o local onde se estavam as comidas.

Eu estava pegando alguns bolinhos e um suco quando eu notei que Samanta nem fez questão de olhar para o banquete.

—Pegue o que quiser — eu disse — e vamos sentar, porque eu não saio daqui até que você pegue algo. E você não quer que eu me atrase para o meu primeiro dia de aula certo? — antes mesmo que ela pudesse responder eu peguei um prato e coloquei em suas mãos — Ótimo!

Ela respirou fundo, creio que para engolir possíveis protestos, e muito lentamente pegou uma rosquinha e um refrigerante natural.

—Você é mau — ela disse fazendo biquinho enquanto andávamos fingindo não notar os olhares que as pessoas nos lançavam.

—Você vai me agradecer por isso um dia — eu rebati.

—Ou não — a ouvi murmurar.

Avistei Leo, que estava em uma mesa com mais três pessoas, fazendo sinal para que sentássemos com eles.

—Pequena Chase — ele me cumprimentou — Samanta, como vai?

Os olhos de Samanta brilharam ao perceber que ele falava com ela.

—Be-em — ela disse meio que gaguejando enquanto sentávamos de frente para Leo.

—Deixa-me apresentar vocês — Leo disse indicando as outras pessoas que estavam sentados na mesa com ele — Esse é Nico Di Angelo — ele apontou para o menino a sua direita, ele parecia super pálido, mas tinha olhos escuros e cabelos negros bagunçados suas pulseiras mostravam que ele era um guerreiro, eram quatro pulseiras — Esta é sua irmã Hazel Levesque — continuou Leo apontando para menina ao lado de Nico, para falar a verdade eles não eram nada parecidos, ela tinha pele escura, com cabelo mel encaracolado e olhos de cor âmbar — e caso vocês estejam se perguntando eles são apenas meio irmãos — explicou Leo — e este — ele apontou para o garoto ao seu lado — é Frank — era difícil falar muito sobre ele, mas ele parecia forte como um lutador, talvez com quinze anos, tinha pele branca, cabelos escuros e olhos castanhos — e meninos estas são Annabeth Chase e Samanta Rusth.

—Prazer — eu e Samanta dissemos.

—Prazer — disseram eles.

—Então Annabeth — disse Nico — Você não acha que todo lugar tem uma hierarquia?

—Sim, — respondi confusa — Mas não entendo aonde quer chegar com isso.

—Nico, — disse Leo parecendo ofendido — ela é sua helper, se Annabeth quiser que ela fique aqui dentro então é assim que vai ser.

Samanta se mexeu incomodada em sua cadeira.

—Não vejo nada de errado em querer que minha helper esteja comigo.

—Nem eu — disse Nico — A questão é, como as outras pessoas se sentem comendo no mesmo espaço que uma empregada...

—Nico, eu acho que você deveria ser mais educado — disse Leo parcendo ofendido — não é só porque a garota não tem o tanto de dinheiro que seus pais que você vai discrimina-la.

—Não estou discriminando-a, — ele olhou para Samanta — desculpa se foi isso que pareceu, mas, normalmente, quando alguma helper vem aqui é para carregar os pratos dos infiltrados, colocar comida para eles, ou simplesmente quando o infiltrado quer aparecer mostrando que tem um helper. Eles nunca sentam a mesa junto de um infiltrado.

—Eu sei — disse Samanta não parecendo incomodada com o que a ele abara de falar, mas sim conformada — e eu avisei isso a você Annabeth.

—É hora de mudar isso não acham? — eu perguntei — Vocês não acham que é hora de fazer essas pessoas perceberem que, tanto um helper, quanto qualquer outro empregado daqui também é gente? Que pensam andam e falam que nem todos aqui dentro? Que o fato de nascerem em berço de ouro não muda o fato de que eles não são melhores que ninguém?

O sangue havia subido para meu rosto, eu estava ficando completamente aborrecida com isso tudo. É claro que eu sabia que levar Samanta até lá seria uma quebra de hierarquia, mas eu esperava que as pessoas fossem mais compreensivas. É claro que esse garoto, Nico, não estava pretendendo ser grosso, estava apenas mostrando o porque desses olhares que parecem adagas lançadas para mim.

—Você está certa — disse Hazel — eles realmente têm que aprender a tratar as pessoas de igual modo. Não é só porque somos ricos que somos melhores que todo mundo.

—Verdade — disse Frank dando um sorriso de canto a Hazel.

—Eu não acho que isso vá acontecer tão cedo — disse Samanta finalmente dando uma mordida em sua rosquinha.

Eu segui seu exemplo e comecei a comer também.

—Mas alguém tem que começar com isso — disse Leo — e seria ótimo se essa pessoa tivesse grande influência e fosse bastante conhecida, assim como Annabeth.

Samanta sorriu.

—Tenho certeza disso.

Um som de uma sirene quase me fez pular da cadeira em que estava sentada.

—O que é isso? — eu perguntei quase que gritando.

—Quer dizer que está na hora de começar os treinamentos — respondeu Leo.

No caminho para sala Samanta e Leo embarcaram em uma conversa sobre computadores, eu dava umas opiniões aqui e ali, mas era apenas isso. Minha cabeça estava em outro lugar, mas precisamente em outra pessoa.

Onde estava Percy? Não o vi desde a noite anterior. Pra falar a verdade eu também não vi Thalia no refeitório.

—Tchau gente — disse Samanta, eu nem havia percebido que já havíamos chegado à sala de treinamento dos guerreiros.

—Tchau — dissemos Leo e eu ao mesmo tempo.

—Ela é bem legal — disse Leo enquanto abria a porta quando Samanta já tinha ido.

—Muito — eu respondi sorrindo.

O treino não foi lá muito difícil, aprendemos técnicas básicas de defesa. Normalmente nessa aula nunca usamos arma, então as brigas eram corpo a corpo. Como temos apenas meia hora de cada aula então não tivemos muito tempo, mas saí de lá aprendendo muita coisa que eu não sabia. Pelo menos algo que vá me ajudar caso eu seja desarmada. Logo após o treinamento eu tive aulas de tiro. O que me fez descobrir que eu sou realmente boa em pontaria. Mesmo sem treino eu já acertava até os alvos mais difíceis e em movimento. Tive também aulas de química e biologia dos intelectuais, contando com a aula de defesa — em que eu aprendi que qualquer coisa pode ser uma arma.

Quando essas aulas foram interrompidas, já era hora do almoço. Samanta, que já estava esperando na porta, me acompanhou até o refeitório junto com Leo, que fez todas as aulas comigo pelo fato de também ser um camaleão, mas Samant disse-me que preferia almoçar na ala dos empregados mesmo, desta vez eu aceitei. Se eu quero mesmo que mudem o modo de tratarem os empregados aqui, eu tenho que ir com calma. Não é colocando Samanta em tudo quanto é coisa de infiltrados que eu vou fazer com que aceitem ela.

—Ei! — alguém disse assim que entramos no refeitório — Annie, aqui!

Olhando por todo o refeitório eu encontrei quem me chamava. Luke. Não consegui segurar o sorriso. Ele estava falando comigo. Isso é muito bom, já que das últimas mil vezes que eu liguei para ele fui ignorada.

Eu corri em sua direção de braços a abertos.

—Luke eu senti tanto sua falta — eu disse em seus braços — você não me atendia, eu achei que estava me dando um gelo.

Ele acariciou os meus cabelos enquanto retribui meu abraço.

—Desculpa, foi infantil da minha parte — ele disse — eu sinto muito mesmo Annie — ele segurou meu rosto em suas mãos — é que eu não sabia como te dizer uma coisa, mas agora eu estou pronto, Annabeth Chase, eu queria te dizer que...

—Lucas que bom te ver — disse Percy ironicamente aparecendo do nada do nosso lado e envolvendo as mãos em minha cintura me puxando para longe de Luke.

Luke olhou entre eu e Percy e em seguida para as mãos dele em minha cintura e arregalou os olhos.

—Vocês... vocês estão juntos?

Percy com um sorriso maligno me abraçou por trás.

—Chame do que quiser — ele disse.

Lancei meu pior olhar fulminante à Percy e me soltei de seus braços, mesmo adorando a forma em que me encachei facilmente lá. Mas eu não iria ser mais um joguinho de Percy, não sou uma arma pra briguinha idiota deles.

—Ei Luke, você ainda não me disse o que você é, — eu disse — quer dizer, você ainda não me disse de que grupo você faz parte.0

—Eu sou um guerreiro — ele disse não muito alegre.

—Ele já foi um guardião sabia Annie? — Percy disse — Mas cometeu muito erros e ninguém confia mais nele para cuidar de alguém — ele deu um sorriso sarcástico — na verdade nem como guerreiro, mas o que podemos fazer se o pai dele ainda paga todos os treinamentos.

Luke estava ficando vermelho e eu o vi serrar os punhos fortemente.

—Pelo menos eu não matei minha parceira — retrucou Luke, Percy deu um passo para trás parecendo ter levado uma tapa.

—Eu não matei Bianca — Percy sussurrou abalado — eu não podia fazer nada.

Luke riu.

—É claro que não podia, você precisava viver. Bianca deu a vida dela pela sua, e você aceitou.

Percy cerrou tanto os punhos que eu conseguia ver sangue começando a escorrer de suas mãos.

—E qual era o pior mesmo? — continuou Luke — Ah sim, ela era sua namorada. Pensei ter ouvido você dizer antes que morreria por ela. Mas foi bem ao contrário não? E você que dizia que a amava...

Luke não terminou a frase, pois os punhos de Percy já estavam em seu rosto. Achei que Luke apenas daria um passo para trás e tiraria o sangue do nariz. Mas ao invés disso Luke voou para cima de Percy eles começaram a trocar socos, e devo dizer que Luke quase nunca conseguia acertar Percy, que sempre se esquivava.

—PAREM! — eu gritei notando que algumas pessoas se juntavam para separar os dois entre elas Nico, que segurou Luke, e Leo, que segurou Percy — Vocês estão agindo feito crianças.

Percy me olhou apenas por uma rfação de segundos e eu pude ver o quanto as palavras de Luke o haviam afetado. Eu consegui ver a tristeza que seus em seus olhos, tristeza de lembranças que ele parece ter tentantado esquecer, mas que concerteza não conseguiu. Ele não estava bem. Ele ajeitou a coluna ficando o mais ereto possível e andou até a saída do refeitório.

—Annie, você viu, foi ele quem começou — Luke disse.

—Quantos anos você tem Luke? — eu perguntei jogando meus braços para o auto — Pelo amor dos deuses vocês não conseguem ficarem cinco minutos no mesmo lugar sem discutirem.

Bufando eu saí do refeitório atrás de Percy.

—Ei — alguém disse segurando-me pelo braço — seninha legal aquela no refeitório.

—O que você tem a ver com isso?

—Se está estressadinha não venha descontar em mim — Rachel rebateu.

—Eu então não se meta onde não foi chamada.

O sorriso dela não vacilou nem por um minuto. Ela colocou as mãos para o cima como se estivesse se rendendo.

—Quer ouvir minha opinião sobre isso tudo? — ela disse indicando o refeitório.

—Na verdade não...

—É só você chegar que tudo começa a virar de cabeça pra baixo — ela continuou ignorando-me — você colocou uma helper em um lugar que é apenas para infiltrados — cuspiu a palavra helper como se fosse um palavrão — fez um guardião renomado brigar com um guerreiro no meio de um refeitório cheio de novatos. Como você acha que irão olhar para Percy agora? Será que o verão como uma autoridade acima deles depois desse papelão? Você sabia que briga entre os infiltrados é um dos piores delitos que se pode cometer aqui? Quero que saiba que se Percy for demitido a culpa vai ser toda sua.

Eu não sabia o que dizer. E se Percy fosse demitido? Não isso não pode acontecer.

Rachel sorriu vitoriosa.

—Acho que te dei motivos para pensar um pouco não é? Espero que tenha percebido. Esse não é o seu lugar. Você não pertence a esse mundo. Volte de onde você saiu. Um lugar em que você se encaixe.Queria ficar conversando aqui com você — ela disse como se estivessemos tendo a conversa mais amigavel do mundo — mas, com licença, eu tenho algumas coisas para fazer e acredito que você precise ficar sozinha.

E com isso ela saiu me deixando sozinha apenas com meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

É vcs devem estar odiando a Rachel agora... como ela ousa falar assim com com a nossa protagonista???
Agora vamos para conversas mais sérias, quem leu BOO??? Eu estou seriamente magoada, nao acredito que esperei uma eternidade para ele terminar de escrever este livro e acaba deixando muita coisa vaga.... magoada :( e vcs como estão??? Deixem seus comentários



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