Infiltrates (Os Infiltrados) escrita por Rachel Di Angello


Capítulo 15
Praia......


Notas iniciais do capítulo

Sem mais delongas..............aproveitem o capítulo!!!



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—A Delta é uma organização secreta — ele respondeu — Esses caras que estão atrás de você são apenas pessoas em busca de dinheiro fácil. Eles não trabalham especialmente para alguma organização, estão apenas fazendo um favor para a Aracnide, que também é uma organização secreta. Eles fazem experimentos com pessoas, só que o tipo de experimento que eles fazem normalmente deixa a pessoa mais agressiva, maldosa. A pessoa vira um robô deles, faz tudo o que eles querem. E muitas vezes quando o experimento não dá certo eles executam-nas.

—Então esses caras que me seguiram são isso? Pessoas com a mente virada por causa dessa organização?

—Aqueles primeiros cinco sim. Mas o de hoje, sabia muito bem o que estava fazendo. Ele não foi enviado até aqui, ele quis vir, é diferente. Ele estava apenas atrás de dinheiro fácil como eu já te disse. Ele queria a recompensa que estão dando pela sua cabeça.

—Se eles tem um exercito zumbi só deles, pra quê da recompensa para me ter?

—Por que aqueles cinco zumbis, como você chama, foram pegos pela Delta, e quando e quando ela os deu os controle de suas mentes novamente, eles fizeram o favor de nos contar muita coisa sobre a Aracnidi.

Nos constar? Então é isso que você faz? Trabalha para a Delta?

—Sim, — ele respondeu — uns nos chamam de espiões, outros de guarda costas. Mas nós nos denominamos de infiltrados.

—E o que vocês fazem?

—Alguns de nós protegemos pessoas, alguns, os que usam mais a mente do que foça física, trabalham dentro da Delta inventando coisas, ajudando com computadores e essas coisas. Outros apenas são enviados para missões pequenas como de resgate e essas coisas.

—Você protege pessoas.

Não foi uma pergunta, mas ele respondeu.

—Sim.

Eu lembrei-me do dia em que eu ouvi sua conversa com Luke. Eu só quero saber quem é o seu protegido mais nada. Luke havia dito. E agora eu sabia quem era seu protegido. Era eu.

—E foi por isso que você disse que morreria pra me salvar — eu disse lembrando-me de quando ele disse que se eu estivesse morta era porque ele já estava morto — Por causa do seu trabalho. Porque é isso que você faz. Você dá a sua vida para salvar a vida de pessoas que você não conhece.

Ele nada disse. O que só acabou mais comigo. Eu pensei que ele havia dito aquilo porque ele gostava de mim. Não sei que tipo de esperança foi essa que eu tive, mas tenho certeza de que ela já acabou. Aliás, eu nem gosto de verdade desse menino. Com toda certeza eu só estou confundindo as coisas porque ele salvou minha vida mais de uma vez essa semana.

—O que a Aracnidi quer comigo? Por que eu de todas as pessoas?

—Por que você é filha de Atena.

—E...?

—Sua mãe foi nossa líder antes de desaparecer. Atena Chase foi a mulher mais esperta já encontrada nesse planeta. Quando nós começamos a fazer experiências, foi ela quem inventou um monte de coisas. Ela nos ajudou muito. Dizem, eu não sei se é verdade, que ela colocou a maior parte dos segredos da Delta em sua cabeça.

Eu fiquei tonta. Não estava conseguindo assimilar as coisas que ele dizia. Minha mãe foi da Delta. Minha mãe tinha uma vida dupla antes de ser levada de mim, e quem me garante que não foi essa segunda vida dela que à fez ser levada? Eu olhei para os lados tentando procurar um lugar para poder me apoiar, o que estava mas perto era o sofá e mesmo assim parecia uma longa distância a se percorrer tonta do jeito que ela estava. Eu me joguei contra a parede, caindo sentada no chão, coloquei os ombros apoiados nos joelhos e apoiei minha cabeça nas mãos, e assim eu fiquei de olhos fechados tentando digerir essa toda essa história.

—Você está bem? — Percy me perguntou depois de alguns minutos em silêncio — Quer uma água ou algo assim?

Nesse momento a campainha da casa tocou. Eu levantei a cabeça alarmada. Percy olhou pra mim e levou seu dedo indicador aos lábios, um sinal claro de que eu deveria permanecer calada. Ele lentamente foi até uma mesa que estava ao lado do sofá e pegou um tablet que eu não havia notado, enquanto ele mexia no tablet sua tensão pareceu se dissipar.

—É o seu pai — ele me mostrou o que ele estava vendo no tablete. Era meu pai em sua varanda impacientemente esperando para que abrissem a porta e talvez até cogitando tocar a campainha novamente — Não conte nada disso para ele — Percy disse — Quanto menos ele souber melhor será. Apenas concorde com o que ele disser.

Eu balancei a cabeça. Percy estava certo, quanto menos meu pai soubesse disso tudo, melhor seria.

Quando Percy abriu a porta eu reparei duas coisas. Um, meu pai não estava com a expressão de horror que eu pensei que ele estaria depois de ver um cadáver em sua casa alugada. E dois, ele não estava parecendo preocupado comigo. Muito pelo contrário ele parecia normalmente calmo. Como se não soubesse de nada do que eu passei.

—Olá, — ele disse ao Percy — bom dia.

—Bom dia senhor Chase — Percy respondeu.

—Ou, ou, não me chame de senhor menino. Sinto-me velho assim. Me chame apenas de Frederick.

Eu não conseguia ver o rosto de Percy, pois ele estava de costas pra mim, mas eu pude ter certeza de que ele estava sorrindo.

—É claro senh... hã, quer dizer Frederick.

—Ótimo — meu pai disse, seu olhar foi de Percy pra mim — E aí está você. Você não sabe o quanto eu fiquei preocupado quando cheguei a casa e a vi interditada. Realmente me preocupei até eles me disserem que você estava bem e que estava aqui.

—É, eu estou bem — eu tentei forçar uma voz normal, mas minha voz estava ligeiramente roca. Meu parece não ter percebido. Ele voltou seus olhos para o Percy.

—Me disseram que se não fosse por você poderia ter acontecido algo mais grave. Eu acho que devo te agradecer, hã...

—Percy — eu disse — eu acho que nem eu tive a oportunidade de agradecer. Então, obrigada Percy.

Percy não parecia esperar um agradecimento meu. Ele levou alguns segundos até me responder.

—Não foi nada, nem é pra vocês exagerarem tanto.

—Mas é claro que é. Um vazamento de gás sempre pode ser um problema — meu pai disse. Vazamento de gás? Eu pensei. Foi isso que disseram a ele? — ainda mais contando que qualquer coisinha podia provocar uma explosão.

Percy não pareceu surpreso pelo fato de meu pai não saber de nada.

—Verdade — ele disse — Eu cheguei lá e senti o cheiro. Acordei a Annie e liguei pra emergência.

—Eu só acho que a empresa deveria ter visto se havia algum problema com vazamento de gás na casa antes de deixar eu e minha filha alugarmos a casa.

Eu ri.

—Hã... pai... o pai do Percy é o dono da casa que estávamos.

Eu pai arregalou os olhos e corou levemente.

—Ou... — ele disse para o Percy — Eu não quis...

—Não tudo bem — Percy interrompeu — Eles realmente deviam ter visto isso antes que vocês alugassem a casa. Eu comentarei com meu pai sobre esse erro. Tenho certeza de que ele vai fazer algo para que isso seja consertado. E se vocês quiserem, nós pagaremos pelo constrangimento que vocês passaram.

—Ou, não precisa — meu disse — O único problema é que vamos ter que ir embora, já que a casa que nós estávamos não vai ficar interditada por um tempo. E todas as outras casas já estão alugadas.

—Ah, se vocês quiserem vocês podem ficar aqui na minha casa tudo bem, ela não é muito grande, mas tem três quartos. E não precisam se preocupar com o dinheiro. A empresa do meu pai com certeza vai devolver o dinheiro de vocês, e — Percy disse vendo que meu pai ia discutir sobre isso — Isso não é uma coisa da qual se possa discutir. Vocês a utilizaram menos de um dia, o certo é devolver o dinheiro a vocês. Então vocês querem ficar aqui? — Percy disse não dando tempo para meu pai objetar.

Ao mesmo tempo em que eu dizia não, meu pai disse sim.

—É melhor irmos pai — eu disse colocando uma mão no ombro do meu pai — realmente não queremos te dar mais trabalho — eu disse ao Percy.

—Mas eu faço questão — ele rebateu — não percam seu fim de semana por uma coisa boba.

Boba? Eu fui chantageada, ameaçada de morte e quase fui morta. Como isso pode ser uma coisa boba? Mas é claro que ele não estava falando comigo, ele estava falando com meu pai.

—Você quer ficar Annie? — meu pai disse olhando pra mim. Lembrei-me do porque estávamos aqui. Quando voltarmos pra casa agente não teria mais tempo pra ficar junto, ele ia terminar seu livro e jamais poderia interromper ele de seu trabalho. E os olhos dele me diziam isso, que ele queria ficar, que ele queria aproveitar esse tempo que nós temos.

—É claro pai — eu respondi.

—Uau, Annie — meu pai disse — Isso está muito bom.

—Nem é pra tanto — eu disse corando;

—Ah, é pra tanto sim —Percy disse — Isso está realmente muito, muito gostoso.

Depois de todas as nossas coisas apareceram milagrosamente na porta de Percy, nós resolvemos que eu que iria fazer o almoço. Meu pai tinha comprado uma quantidade imensa de batata, que nem ele sabia pra que, então o único prato que veio a minha cabeça foi escondidinho de carne moída. Era um prato fácil de fazer, mas com certeza era muito bom.

—Onde você aprendeu a cozinhar assim? — meu pai perguntou.

—Pai, — eu disse — eu tenho aula de culinária na escola desde os 13 anos.

—Eu tenho que agradecer a eles — Percy disse — Porque eles te ensinaram muito bem.

O sangue subiu novamente a minha bochecha e eu tenho certeza de que eu devia estar mais vermelha que um tomate.

—O que vamos fazer hoje? — eu perguntei tentando, e com sucesso, mudar de assunto.

—Agente pode ir para praia — meu pai disse — E mais tarde vocês dois podem sair. Disseram-me que vai ter uma festa na praia. Vocês podiam participar.

Eu e Percy nos entreolhamos.

—Pai, mas o sen...

—Eu vou dormir — ele me interrompeu — E eu acho que pode ser divertido pra vocês dois.

—Vai ser ótimo Annie — Percy disse — Vamos?!

Eu suspirei teatralmente.

—Tudo bem.

—Você pode me vai me dizer porque nunca me contou sobre esse garoto — meu pai disse movendo seu queixo em direção ao Percy que estava surfando. Assim que descansamos o almoço, Percy pegou a prancha dele e eu peguei meu protetor solar e fomos para praia — ele não parece ser um garoto que o pai não mereça conhecer.

Meu pai virou na cadeira de praia em que estava para poder me olhar melhor.

—Eu só o conheço a uma semana pai — eu disse — nem somos tão amigos assim.

—Mas ele parece confiar em você, já que ele deixou nós ficarmos em sua casa.

—Ele é primo de Thalia. Então com certeza ela deve ter falado muito de mim pra ele.

Ou talvez ele só me queira perto o suficiente para que ele possa me proteger melhor. Eu adicionei mentalmente.

—Vocês se conhecem da onde?

—Escola. Ele estuda comigo.

—Ele parece gostar de você. Vocês já se beijaram?

—Pai! — eu disse corando.

—O quê? Eu já tive sua idade, sei como é.

—Não pai — eu respondi — nós não nos beijamos e eu acho muito difícil que isso vá acontecer.

—Olha você pode ter certeza de que eu aprovaria o namoro de vocês. Mesmo não conhecendo ele direito já deu pra perceber que ele é uma boa pessoa.

—Quem é uma boa pessoa? — Percy perguntou vindo em nossa direção segurando sua prancha em baixo do braço esquerdo. Eu sempre pensei que aquilo era pesado, mas ele fez parecer como se ela fosse feita de isopor. Sua pele morena estava molhada de sol, seus olhos verdes-mar pareciam brilhar junto com as gotas de água que estavam em seus cílios. Ele estava de bermuda, mas estava sem blusa, e pela primeira vez desde que cheguemos à praia eu me dei o prazer olhar o corpo dele. E todas as suspeitas que eu tinha sobre ele ser forte foram confirmadas, mas com certeza ele era mais forte do que eu pensava que ele seria bem mais corpulento, mas não de uma forma agressiva, mas de uma forma charmosa.

Ele percebeu meu olhar e levantou uma sobrancelha com um sorriso brincalhão em seu rosto. E eu como a envergonhada que sou corei. Em seguida seus olhos pareceram me estudar. Eu estava consciente de que estava apenas usando um biquíni que havia comprado ano passado, o que queria dizer que ele estava um pouco menor do que o esperado para um biquíni descente. Você não tem ideia de o quanto seus seios podem crescer em um ano, até que você use o biquíni de um ano atrás e percebe o quanto ele pode ficar apertado. O sutiã do biquíni estava dando impressão de que eles eram maiores do que realmente eram.

Eu cruzei os braços acima dos seios me sentindo nua de repente e completamente embaraçada.

—Você — meu pai disse chamando a atenção de nós dois.

Percy sorriu.

—Não tenham tanta certeza assim.

Meu pai nada disse, apenas riu.

—Você não vai nadar Annie? — Percy perguntou — Você ainda nem entrou na água.

—Ou, é porque o mar está um pouco agitado de mais.

—Ah, vamos. Qual é a graça de vir pra praia e não entrar na água?

Eu sorri.

—Tudo bem, vamos.

Eu levantei e o segui até o mar.

Prévia:

"Eu corri. Eu não queria olhar pra trás, sabia que se eu olhasse eu ia querer voltar, mas eu não podia. Aquele cara não estava atrás do Percy, ele estava atrás de mim. Eu sabia disso, Percy sabia disso. Por isso ele me deu a arma. Ele ia apenas atrasar o cara, mas sem uma arma e com um monte de gente olhando o máximo que ele pode fazer é lutar. Eu só esperava que aquele cara não estivesse com uma arma, porque eu tenho certeza que se ele tivesse uma ele não hesitaria em usa-la."


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Notas finais do capítulo

Isso isso... espero que tenham gostado......... deixem seus comentários.... bejinhos amores!!



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