Infiltrates (Os Infiltrados) escrita por Rachel Di Angello


Capítulo 14
Lidar com a morte nunca é fácil....


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente... primeiro eu queria me desculpar... eu esqueci totalmente que tinha que dar o resuldado da votação a vcs sábado passado... então akki está: NÃO VAI TER HENTAI NA MINHA FIC... (coloquei grande assim só pra chamar a atenção daqueles que nao leem as notas iniciais do cap.) então quero que vcs aproveitem o capitulo e sejam felizes.................



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Eu permaneci de olhos fechados por um tempo, esperando a dor, esperando a queimação, esperando ver uma luz ou alguma coisa do tipo, mas nada dessas coisas chegaram.

Lentamente eu abri meus olhos, meu pescoço ainda estava muito dolorido, minha visão muito embaçada. Cegamente eu refiz o coque em meu cabelo. Minha visão foi clareando aos poucos, e eu olhando para baixo, pude ver uma poça de sangue, meus olhos se arregalaram. Decidi não me mover, dizem que muitas pessoas só sentem a dor quando vê o machucado, isso deveria ser meu caso. Mas eu não queria sentir a dor e muito menos ver o buraco que a bala fez em mim. Fechei os olhos de novo. Como eu não tinha morrido ainda e com toda certeza que ele ia atirar em mim de novo.

Deve ter se passado uns dez segundo até que eu notasse que havia braços ao meu redor. Eu não liguei pra quem era apenas enterrei meu rosto em seu ombro e deixei as lágrimas rolarem dos meus olhos. Quando eu parecia já ter chorado um balde de água, eu decidi que era hora de abrir meus olhos.

Olhando por cima do ombro da pessoa que estava me abraçando eu pude ver um corpo estirado no chão. Não qualquer corpo, era o corpo do homem que a menos de cinco minutos atrás estava tentando me matar. Eu me afastei do abraço e dei um passo para trás com as mãos na boca tentando evitar gritar.

Olhei para a pessoa que a alguns estantes me tinha em seus braços, tenho certeza de que meus olhos mostravam o quanto eu estava aterrorizada.

—Ele está...? —e eu comecei, mas não consegui terminar a frase.

—Morto! — disse Percy terminando minha frase e completando minhas suspeitas.

—Você... você...? — eu tentei formar uma pergunta coerente, mas não conseguia, dei outro passo para trás e acabei, queria ficar o mais longe dele possível.

—Annabeth — ele disse se aproximando, o que só me fez dar outro passo pra trás — Era você ou ele — ele tentou explicar parecendo frustrado, mas ainda assim calmo — Eu não podia deixar você morrer...

Mas eu já estava balançando a cabeça.

—Você podia ter atirado dardos tranquilizantes, igual da ultima vez.

Ele balançou a cabeça.

—Eu não estava com a minha arma de dardos. E eu não podia voltar à casa que eu estou só para pegar ela. Não dava tempo.

—E onde você conseguiu essa? — eu perguntei apontando para arma em sua mão.

Ele olhou para trás sobre seus ombros e eu segui seu olhar. Perto da porta, no chão, estava um quadro que costumava a ficar na parede, e aonde esse quadro deveria estar havia um buraco retangular, mas olhando bem eu percebi que era uma caixa, muito parecida com esses cofres de parede, só que parecia que não tinha senha. Ele simplesmente podia ser aberto a qualquer momento por qualquer um.

—É pra defesa pessoal. É claro que meu pai só coloca em casas que ele aluga. Ninguém que vai ficar muito tempo para que possa notar que isso ali tem uma arma — ele explicou — E poucas pessoas sabem disso.

—Seu pai? — eu perguntei confusa.

—Pensei que você tinha notado que seu pai havia alugado essa casa com o “Jackson’s Imóveis”.

—Não. Eu não percebi — eu disse, acho que minha voz estava um pouco dura. Mas eu não consegui pensar direito, ele havia matado um cara há poucos minutos, e não parecia sentir remorso algum.

—Espera aqui — ele disse e se afastou, ouvi sua voz baixa ao telefone que tinha na cozinha da casa, baixa de mais para que eu entendesse o que ele estava dizendo — Agora vamos — ele disse quando já havia voltado à sala.

—Como assim vamos? — eu perguntei — Eu não posso sair daqui. Meu pai já deve estar voltando. Como você acha que ele vai ficar quando chegar aqui ver um cara morto no chão e logo em seguida perceber que eu não estou na casa?

Percy suspirou, ele parecia exausto. Como se não tivesse dormido a noite toda. Eu pensei.

—Seu pai não vai ver isso tudo. Precisamos sair daqui agora e deixar as pessoas trabalharem para retirar o corpo.

—E quem vai fazer isso a polícia? Você ligou para polícia? Eles não querem que eu testemunhe?

—Na verdade. Não. Eles não querem seu testemunho. Assim como eu acho que você não precise testemunhar.

—Como isso? Eles não querem tentar descobrir o quem quer me sequestrar? Eles vão deixar isso pra lá? Quando é que vão fazer alguma coisa? Quando eu morrer? — eu perguntei quase que gritando.

Ele veio até mim e colocou as mãos em meus ombros e olhou em meus olhos.

—Eu quero que você escute uma coisa — ele disse com firmeza na voz — Em quanto eu viver, nada vai acontecer com você. Se você chegar a morrer pelas mãos dessas pessoas. Isso significa que eu já não estou mais vivo. Você entendeu?

Isso me atingiu como um tapa na cara. O garoto só me conhecia a uma semana e estava me prometendo que ele morreria pra me salvar. Eu fiquei sem palavras, então apenas afirmei com a cabeça.

—Ótimo — ele disse se afastando — Agora vamos.

—Vamos pra onde? — eu perguntei.

—Vou te levar para minha casa. Eu prometo que lá é bem mais seguro.

A casa dele era dez vezes maior que a minha. Mas bem mobiliada e bonita também. O que me encantou que mesmo parecendo extremamente rica, a casa era simples. Mostrava que a pessoa tinha dinheiro, mas que não se importava muito com isso.

—É alugada? — eu perguntei, porque ela não parecia muito ser alugada. Havia fotos dele espalhadas em todos os lugares. Fotos dele com Thalia. Dele com uma menina ruiva, ele com um cara moreno alto dos olhos verdes mar, ele era bem parecido com o Percy. Deve ser o pai dele, eu pensei, eles são muito parecidos.

—Não, — ele respondeu — meu pai me deu ela quando soube que eu estava vindo para cá. Ele sabe que eu gosto de ter uma casa na praia e sempre que eu me mudo ele me deu essa nova e vendeu a antiga. Quando eu cheguei aqui esse fim de semana, todas as minhas coisas já estavam organizadas.

—Que legal. Essa casa é mesmo sua cara. Seu pai parece te conhecer muito bem.

Ele fez o que parecia entre uma risada e um suspiro.

—Ah, ele não conhece. Ele apenas pede a Lívia, a design em quem meu pai confia, para que ela organize a nova casa com as coisas da minha antiga.

Eu ri. Isso era bem coisa de pai rico mesmo. Porque se fosse meu pai ele faria questão de que ele pudesse ver cada canto da casa para ver se eu realmente ia gostar.

Dando uma olhada em volta, eu percebi que havia outra foto. Uma quase que esquecida no canto de uma mesinha. Percy acompanhado de...

—Luke — Eu disse — Vocês foram amigos?

Eu estava pasma. Na foto eles pareciam melhores amigos. Muito diferente de agora que eles quase não se falam. E quando se falam é apenas para discutir um com o outro.

—Fomos — ele disse olhando a foto como se à tivesse notado pela primeira vez.

—E o que aconteceu? — eu perguntei. Não porque eu estava querendo ser fofoqueira nem nada disso, eu queria apenas tirar meus pensamentos da casa com um homem morto jogado no chão, todo ensanguentado...

—E não sei direito. Em um momento ele era meu melhor amigo, mas de repente ele começou a discordar das coisas em que nós sempre acreditamos. Ele passou a fazer coisas que eu não concordava e não concordo até hoje. Quando ele foi mandado para Long Island nós já não estávamos mais nos falando. Eu disse a ele que ele havia me traído, ele me disse que eu havia feito o mesmo com ele. Ele queria que eu o apoiasse, ele queria que concordasse com ele.

—Você disse que ele foi mandado pra Long Island? O que você quer dizer com isso?

Ele olhou pra mim como se tivesse me contado que havia roubado um banco, só agora tivesse percebido que falara de mais.

—Os... hã... os médicos é claro. Os médicos da mãe dele — ele disse tropeçando nas palavras.

É claro que isso não era completamente verdade. Mas eu também não estava a fim de discutir, não agora com o garoto que acabou de salvar minha vida. Não agora com o garoto que acabou de matar um homem. Esse pensamento me fez estremecer.

—Você está com frio? Quer que eu pegue um casaco pra você? — Percy perguntou.

—Não obrigada.

Ele se aproximou de mim para que pudesse olhar em meus olhos.

—Você está bem? — ele parecia preocupado.

—O máximo de bem que se pode estar quando você é ameaçada de morte, e um homem que nem te conhece tenta arrancar informações que você não tem — eu respondi sarcástica.

Percy franziu as sobrancelhas.

—Que tipo de informações?

Eu queria realmente contar a ele. Porque se eu não pudesse conversar com ele, com quem mais eu conversaria sobre isso.

—Vamos fazer um trato? — eu propus.

—Que trato? — ele perguntou cauteloso.

—Você responde minhas perguntas, e eu respondo as suas.

Ele pareceu considerar a proposta por um momento.

—Faz assim, ele disse. Eu ouço suas perguntas e depois, se eu puder respondê-las, agente faz o trato. Feito?

Agora foi a minha vez de considerar a proposta.

—Tudo bem — eu disse — Quem são os Deltas? O que esses caras querem de mim? Quem são eles?


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Notas finais do capítulo

gente desculpa qualquer erro é que eu nae revisei a fic hj... é isso beijinhos... :*.



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