–Alguma duvida?-Lukas perguntou olhando para o livro enquanto eu olhava para ele.

–Na matéria não. Mas tenho algumas em relação a você.-disse e ele me olhou serio.

–Vou responder todas as suas perguntas.-ele prometeu e respirou fundo antes de falar.

–Eu e minha família somos diferentes nós nunca mataríamos ou feriríamos os humanos.

–Como assim?- questionei confusa.

–Eu e minha família só sobrevivemos com sangue de animais, nunca de pessoas.-ele olhou para baixo sem me olhar nos olhos.

–Lukas. – disse e ele olhou dentro dos meus olhos.

–Lanna, eu.... Desculpe-me por tudo isso.

–Eu não tenho o que desculpar, você está sendo sincero e agradeço por isso, mais continue falando de você e da sua família.

–Tudo bem, do que você quer saber?-ele me perguntou com uma linda voz aveludada.

–Como você virou um vampiro?

–Bom, não me lembro muito bem só sei o que meus pais me contaram. Minha mãe é a Bella e o meu pai é o Edward, eles estavam....

–Perai, como eles podem ser os seus pais se eles parecem ter dezessete anos?

–Os vampiros não envelhecem, humanamente meu pai tem dezessete, mais minha mãe foi transformada aos dezoito anos. Você vai me deixar terminar a historia?

–Sim.

–Bom a Bella e o Edward estavam em uma caçada quando ela ouviu algo e saiu em disparada pela floresta, Edward só percebeu um pouco depois então foi correndo atrás dela, ate que a alcançou,quando eles chegaram lá meu pai biológico já estava morto e minha mãe estava agonizando e eu estava inconsciente. Edward tentou salva-los mais não havia o que fazer minha mãe havia perdido muito sangue e já estava morrendo, Bella tentou acalmá-la mais ela sabia que já estava sem tempo então minha mãe pediu a ela que me salva-se não importasse o que fizesse,só que me salva-se de qualquer modo.

–O que ela fez?

–Ela me salvou mesmo sem saber o que fazer, Edward tentou impedi-la, mas ela tem um grande poder sobre ele e então ela me mordeu e eu me transformei. Depois que acordei, podia ouvir o que todos pensavam.

–E quais são os poderes dos outros?

–Bom, meu pai o Edward, pode ler mentes, minha mãe a Bella tem um escudo mental, capaz de proteger qualquer pessoa, minha irmã a Renesmee, pode projetar seu pensamentos na mente de qualquer pessoa, basta que ela os toque.

Minha tia Alice tem o poder de prever o futuro, meu tio Jasper pode controlar as emoções, os outros são vampiros normais, menos o Jacob o namorado da minha irmã, ele é um lobisomem.

–Nossa, estou realmente tonta com tudo isso.

–Você está se sentindo bem?-ele me olhava com urgência.

–Estou , mais como vampiros e lobisomens podem ser dar bem?

–Um só nome responde sua pergunta: Renesmee.

Então ele me contou tudo sobre a historia do nascimento de Renesmee, sobre o romance de seus pais e a guerra que tiveram que enfrentar para defender sua filha e sua família, a historia de todos eles.

De todos os Cullen.

–Você tem ciúme da Nessie?!-sussurrei confusa e ele riu.

–Claro.Ela é minha irmã e sempre vou proteja-la.

–Eu sei.Meu irmão era assim comigo.- sussurrei triste e Lukas colocou a mão em cima da minha.

–Sinto muito pelo que aconteceu a sua família.-ele sussurrou e o abracei o que fez ele congelar.

–Eu magoei tanto você que nem um abraço você não quer?!-sussurrei magoada e me soltando dele.

–Lanna,não é isso.

–É o que então?- sussurrei enxugando minhas lagrimas.

–Não quero atrapalhar a sua vida .Não quero que você se arrependa por que isso me mataria.

–Nessas duas semanas em que ficamos separados me deu tempo para pensar e que decisões tomar.- disse e ele me ouviu atentamente.

–Eu quero ficar com você.Não importa se você é um vampiro, eu não vejo isso.Apenas vejo o garoto sensível e doce que me entendeu ,que não me cobrou nada e nunca esperou nada. Apenas vejo o garoto pelo qual me apaixonei .Me desculpe se o magoei, estava perdida e confusa,jamais quis fazer você sofrer.

–Nem eu queria isso. Meu pai me avisou que eu deveria dizer a verdade,por que ela é melhor que tudo ,mas fiquei com medo de perder você.Com medo de magoá-la. Lanna, você já estava ferida demais e me odiaria se a magoa-se.

–Você nunca me magoou.Só quero que me desculpe ,por favor.- implorei entre lagrimas e ele me abraçou forte.

–Eu perdôo você.-ele sussurrou e beijou o alto da minha testa.

Eu apenas levantei minha cabeça para vê-lo e Lukas enxugou minhas lagrimas e me beijou.

Foi o melhor beijo de toda a minha vida. E olha que eu nem havia beijado tantas vezes assim.

Por que Lukas havia sido o primeiro e o ultimo.

–Lanna?-ele me chamou e fiquei de olhos fechados .-Abra os olhos meu anjo.

–Me recuso a estragar o momento.-sussurrei e Lukas riu baixinho enquanto acariciava o meu rosto.

–É?-ele sussurrou e sorri.

–É.

–Então você não vai poder ver o que vou fazer.-ele sussurrou malicioso no meu ouvido e abri os olhos.

–O que?-perguntei e ele segurou o meu cabelo e me puxou para um beijo.

–Lukas, eu preciso de ar.- sussurrei sem ar e ele riu.

–Só estou matando as saudades.-ele sussurrou dengoso e sorri enquanto encostava meus lábios nos seus.

–Hum.-alguém pigarreou e me separei de Lukas.

–Vocês dois não deviam estar fazendo o trabalho ?!-Edward sussurrou de braços cruzados.

–Estamos.-nós dois respondemos.

–Sei.Eu já fui estudante. Ou melhor,eu sou estudante.-Edward disse e riu.

–Paiê.-Lukas cantarolou constrangido.

–Vocês voltaram?-ele perguntou curioso.

–Voltamos .-disse e abracei Lukas.

–Que bom. Por que não suportaria mais um dia com esse menino se arrastando pela casa como um vampiro do campanário,e se perguntando “O que a Lanna está fazendo?”-Edward imitou a voz de Lukas com perfeição o que me fez rir.

–Paiê.-Lukas disse e Edward revirou os olhos.

–Tudo bem. Você gostaria de lanchar Lanna?-Edward perguntou e sorri.

–Eu adoraria.- disse e ele indicou que Lukas me leva-se a cozinha.

–Como você conseguiu chegar aqui?-ele perguntou curioso e ri.

–Renesmee me trouxe.Mas a sua casa é bem legal.- disse e tomei meu suco.

–Legal como?

–Um rústico chique.- disse e ele riu.

–É.Vamos dizer que tenho duas casas.

–Duas casas?!-sussurrei confusa.

–Sim.Está é a casa dos meus pais e eu tenho um quarto aqui e também na casa dos meus avôs.-ele esclareceu.

–É eu também era assim quando meus pais eram vivos. Meus avôs moravam uma quadra depois da minha.

–Lanna, sei que é doloroso para você tocar nesse assunto,se não quiser falar tudo bem.-ele sussurrou segurando a minha mão.

–Obrigada.-sussurrei e ele beijou a minha mão.

Mas algo em mim me dizia que eu ainda teria que passar por vários desafios para te-lo.