Diário de Hermione Granger escrita por SraPotter


Capítulo 7
Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Nada a dizer, me esperem nas notas finais.
Boa leitura!



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– Hermione... Hermione... acorda... – alguém me chamava. Era uma voz feminina, então estranhei, porque pelo o que eu sentia eu estava no meu aposento, e lá não havia nenhuma outra mulher sem ser eu. Dei de cara com Gina.

– Ah, você me deu um susto. Oi, Gina.

– Oi. Quem você esperava? – perguntou ela desconfiada.

– Ninguém, somente o despertador tocar. Em geral, ninguém me acorda, você sabe. Quero dizer, ninguém humano. – disse dando de ombros. Os olhos dela continuavam estreitados, então falei com um pouco de irritação. – Ai, Gina. Você tá desconfiando de mim?

– Não. – ela deu de ombros.

– Ok. E o que você está fazendo aqui?

– Ontem à noite, eu estava passando em um corredor, porque ia pegar uma caneca de chocolate, e vi você dormindo em um banco. Malfoy, misteriosamente, estava dobrando em um corredor ali perto, então o chamei e junto com ele trouxe você aqui. Achei incrível o jeito como ele fez isso sem relutância ou qualquer coisa do tipo, em geral ele sempre mostra antipatia a você. – ela disse, olhando para longe.

– Malfoy me trouxe? – quase, quase berrei, mas lembrei que Malfoy estava logo ali.

– Hmm... sim. Bom, eu fiquei no meio do caminho, pois ainda ia pegar minha caneca, lembra? Daí ele levou você.

– Gina, eu te estrangulo. – falei, ameaçadora. Fiquei em divida com Malfoy justo quando estava brava com ele. Droga!

– O que foi que eu fiz?

– Nada, nada. Deixa pra lá, depois conversamos. Quero dizer, você vai ter de sair rapidinho, porque vou tomar banho e me trocar. – respirei fundo e falei o máximo para não parecer que estava a expulsando.

– Ok. Te espero no salão principal, ainda dá de você tomar café.

– Tá, me espera e guarda alguma coisa para mim.

– Hum... tchau, então.

E a porta se fechou com um clique. Passei a mão pelo rosto e joguei o travesseiro na parede, com raiva. Não queria ter coragem de falar “Obrigado por me trazer de volta ao aposento” nem pintada pro Malfoy. Era mais fácil enfrentar um dragão do que isso. Só que eu TINHA que ter coragem, como uma boa cidadã. Malfoy ia ficar se achando pelo resto dos séculos. Mas tomei coragem e fui lá na sala, pois sabia que Malfoy estaria lá, apesar de ter um quarto. Ele passava a maior parte do tempo lá. E ele realmente estava. Mas amarelei e passei direto pro banheiro, decidindo que iria me arrumar e depois do café iria conversar com ele. Me arrumei e abri a porta do quarto hesitante. Decidi que ia primeiro falar com ele. Me sentei a sua frente e o encarei. Ele se virou para mim com uma sobrancelha arqueada e disse:

– Que é?

Nossa, pensei, que delicadeza.

– Hm... eu só queria perguntar o que você fez ontem.

Droga, droga, droga!

– Isso é da sua conta?

Seu... seu... urgh!!

– Acho que não. Mas eu gostaria de saber.

Há!

– Tudo bem. Depois que você saiu correndo eu fiquei no jardim esperando meu rosto aliviar, e depois quando ia dobrando um corredor no castelo, a Weasley veio até mim e me perguntou se eu poderia levá-la – ele me indicou – pro seu quarto. E eu queria perguntar: porque você estava jogada em um banco?

– Termina a sua história primeiro.

Ele corou um pouco.

– Eu trouxe você e a Weasley foi fazer o que tinha de fazer. Satisfeita?

– Por que me trouxe? – perguntei com a voz dura e a face séria.

– Porque senão você ia ficar de detenção, e você não vai atrapalhar meu trabalho por causa disso. Aliás, queria mesmo levar um sermão de McGonagall? – perguntou, irônico.

– Não. Mas nós fazemos turnos diferentes, eu não tenho como atrapalhá-lo no seu “trabalho”. Sua história não colou.

Ele corou de novo.

– Eu fiz porque fiz, e daí?

Eu me sentei ao seu lado e ele arqueou ainda mais a sobrancelha.

– Draco, Draco... não precisa mais fingir.

Dei tapinhas bondosos em seu ombro. Ele estava se assustando com minha atitude. Desde quando eu o chamara de Draco?, ele devia estar pensando.

– O que eu estou fingindo?

– Ora, ora, ora... vejamos o que temos aqui. Um menininho assustado que não gosta de se declarar. Qual é? Eu já vi a sua.

– Minha o quê?

– Sua jogada.

– Que jogada?

– Não se faça de besta, Malfoy.

E o beijei. Lancei meus braços em seu pescoço e o beijei. Ele correspondeu intensamente, abraçando minha cintura. Depois fiquei em pânico; o que diria quando terminasse? Toda vez que ele ia se afastar, eu o beijava de novo, pensando no que diria. Finalmente o larguei. E quando ele me olhou, os olhos frios estavam calorosos e ele estava ofegando.

– Eu gosto de você. – falou ele.

– E eu gosto de ficar com você. Te amo, seu chato mimado. – e o abracei. Ele murmurou quase não saindo um “te amo também”. Pelo seu jeito, era meio difícil falar “eu te amo” assim. Devia estar louca quando fiz isso, mas me senti realizada. Não precisava mais de café da manhã.

– O que fazemos agora? – perguntou ele quando nos afastamos.

– Deixamos rolar. – falei sorrindo. Beijei ele de novo, um pouco mais rápido. – Obrigada por tudo.

Me levantei e ele agarrou a minha mão:

– Onde você vai?

– Vou no salão principal, combinei de ir lá com Gina tomar café. Não que eu precise, não estou mais com fome. É só por ter combinado com ela, não posso a deixar na mão. Volto rápido.

– Você vai falar pra ela de... nós?

– Não... ou você quer que sim?

– Como você quiser.

Ele se levantou também, me deu um beijo na bochecha e caminhou até o quarto dele.


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Notas finais do capítulo

Alô, galera! Tudo de boa na lagoa com vocês? Eu estava tendo um bloqueio criativo, mas acho que ficou bom o capítulo. O que vocês acharam?



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