Luna bocejou, já era tarde da noite quando a ultima pessoa saiu, Cam e ela ficaram sentados e abraçados o tempo todo, apesar de Luna não saber o que ele estava prestes a acontecer, ela estava feliz, feliz em saber que estava com ele, feliz em saber que ele seria feliz, com ela na terra, ou servindo aos céus, mas ela ainda queria te-lo perto dela, ela o amava, ele era importante demais para ela.

Chegando a entrada para eles entrar no Cristo continha um segurança, o que dificulta a entrada deles.

– Boa noite, lamento mas está fechado.

– Ah, não somos da cidade, poderia abrir uma exceção?! Queria fazer algo romântico com ela...

– Infelizmente não posso! Sinto muito.

– Não mesmo? - Cam disse dando-lhe um bolinho de dinheiro, subornando o segurança...

– Acho que agora podem visitar por um momento. Bom passeio.

Após passar pelos seguranças, foram ao inicio da busca deles, o primeiro local da parada era a capela, teria de deixar umas das setas estelares, por baixo do altar, isso faria com que as etapas que deveriam ser feitas se revelariam pelo caminho. Luna estava maravilhada com a capela, ela era católica, achava tudo lindo, e viver isso ao lado de um anjo mesmo sendo um ex servo de lúcifer, fazia ela pensar em como tudo isso era impossível. Quando Cam colocou a seta no encaixe de pedra uma luz se ascendeu no local da seta.

– Cam ? Como é possível, você está dentro de um lugar abençoado... como você não explodiu? como disse que aconteceria? - Luna havia recordado da história que ele havia contado a ela sobre Lilith, e os anjos não poderem entrar em lugar sagrado.

– Bom, não entendo também, mas acho que é porque aqui tem um portal para os anjos que tem contato diretamente com o céu, se não pudéssemos passar, não teríamos contato com ele, o que dificultaria para os anjos que estão no Brasil e querem... digamos ser perdoados e voltarem aos céus.

– Entendi, achei que iria explodir em menor de 5 segundos como a Luce - Luna tentou brincar com a situação, mas Cam mostrava que era sério e não era hora para brincar.

– Vamos temos mais Três etapas a cumprir!

Seguiram em busca da escada, que dava para a escada o mapa facilitava bastante as coisas para eles, a segunda etapa, estava no sétimo andar, o local era somente com escadas e e plataformas para as escadas, a subida foi longa e cansativa, Luna agradeceu-se por ter lembrado de levar água, e algo para comer enquanto ele estivesse fora. Assim que chegaram ao local, um simbolo estava desenhado no chão, o que significava o ponto onde a tarefa deveria ser feita.

– Bom, agora esse passo é um pouco doloroso... - Cam pegou uma faca, Luna ficou espantada, ele começou a direcionar para a mão dele e corta-la, logo sua mão começou a vazar muito sangue, ele virou a mão e colocou sobre o simbolo que estava no chão, quando ele colocou uma luz cegante iluminou todo o andar, Luna cobriu os olhos até que a luz diminuiu até se apagar completamente. Quando Cam retirou a Mão sua mão já estava curada, e sem marcas. - Vamos subir ? Próxima tarefa é no ombro do Cristo. - disse apontando para o mapa em suas mãos.

Mais uma longa jornada e cansativa até o ombro do Cristo redentor, Luna parou um momento para poder tomar água, e entregou para Cam que também estava ofegante, subiram mais um pouco e chegaram ao local, outro simbolo estava desenhado no chão, sentaram um pouco para descansar.

– E agora? O que você tem que fazer?

– Bom... agora você terá de fazer por mim, lembra que eu disse que eram três etapas? Então essa é a segunda. - ele a beijou intensamente, o calor dos dois expandia de seus corpos, essa era a maior prova de que os dois não poderiam ser separados, seria doloroso demais, as mãos de Cam em seu corpo eram fortes e carinhosos, Luna não queria deixa-lo, não saberia se ele voltaria, e isso seria o fim deles, quando terminaram de se beijar se olharam, as pupilas de Cam estavam dilatadas, mas ainda assim o verde de seus olhos a deixava ainda mais calma e apaixonada. - Luna, eu amo você, e muito, você foi a pessoa que conseguiu tirar todo o mal que a em mim, e o que vou fazer agora, provavelmente não lembraremos disso quando voltarmos a nos ver, mas ainda serei apaixonado por você e eternamente grato. Eu te amo.

– Cam você me mudou também, depois de você passei a ter mais fé nas coisas, você é o anjo maravilhoso, espero que você volte eu o amo muito e é isso que faz eu acreditar que um dia nos encontraremos novamente. Eu amo você. - Ela o beijou levemente no rosto e o olhou sorrindo - Mas e agora qual a terceira coisa a ser feita?

– Bom, agora preciso do seu sangue, você terá de fazer a mesma coisa que eu fiz, mas você ficará desmaiada eu voltar...

– Se voltar... Mas vocês sempre tem que trazer reféns? Estou chocada!

– Bom normalmente, pegamos os seguranças dos locais, e "hipnotizamos" eles, quando colocamos a seta estelar no altar, ele entra em hipnose e não faz tudo o que o anjo pede. E quando chega nessa parte, eles fazem o que pedimos, desmaia e quando acorda não se lembra do que aconteceu, as marcas no chão somem e ele perde a memória.

– Que maldade... eu esquecerei isso aqui também ?

– Provavelmente sim! Mas vou fazer o máximo para Ele não fazer você me esquecer.

– Você ainda não me contou o que pretende fazer...

– Eu renunciarei, renunciarei meu cargo, nos céus, mas para isso primeiro preciso ser perdoado. Quero ser humano, quero ser humano com você, casar com você, ter filhos com você, e amar você até sermos bem velhinhos, e por te amar tanto faço isso por nós, acho que essa é a maior prova de amor que dou a alguém. - Ele sorriu meio envergonhado e a deu um beijo rápido e doce.

– Eu te amo Cam, mas não quero te esquecer e não quero que você me esqueça - com lágrimas nos olhos ela pega a faca em que estava na mão dele e corta sua mão e faz o mesmo que ele um clarão preencheu a sala e Luna desmaiou, caiu nos braços de Cam, ele acariciou o rosto dela e a deitou no chão.

Uma luz expandiu-se do terceiro andar e brilhou no rosto de Cam, então ele soube, havia dado certo, o portal estava aberto e estava pronto para defender seu amor por Luna até o fim. Ele subiu os andares e chegou até o portal, e entrou.