Love Is a Losing Game escrita por Mel M Jackson


Capítulo 7
Capítulo 6




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Chorei muito. Mas chorei muito mesmo. Achei que ia desidratar porque era lágrima atrás de lágrima. Eu não chorava apenas por ter deixado ele me esperando, sozinho, com a esperança de eu passar pela porta do edifício e encontrá-lo no estúdio e matá-lo de amor. Eu chorava porque havia se acabado a minha única chance de felicidade. E quem era a culpada por tudo isso? Só de ouvir o nome dela um demônio se despertava em mim e uma enorme vontade de matá-la vinha na minha mente. Cheguei ao ponto de enforcá-la mas, infelizmente, ela sobreviveu. Passava madrugadas nas ruas desertas de Paris chorando, bebendo e fumando.
Dizem que o tempo é remédio para tudo, mas com certas exceções. O tempo não foi e nunca será remédio para o meu sofrimento desde aquele dia. Haviam se passado alguns anos e eu, por mais namorados que tivesse, continuava a ter um amor pelo Bill. A banda havia feito mais alguns shows na cidade, porém eu perdi o interesse total por eles. Agora era eu e eu mesma, pronta para viver uma vida cheia de mentiras.

Então, eu ainda esperava a lua e Hanz aparecer, uma vez que ele me ligou enquanto eu não fazia nada. Nenhum dos dois haviam chegado. Um homem misterioso se sentou ao me lado. Estava todo vestido de preto e com um óculos de Sol muito parecido com o que eu estava usando. Ele percebeu que eu estava fumando e me pediu emprestado o esqueiro. Era estrangeiro, tava na cara... pediu em inglês. Emprestei meu esqueiro super high-tec e o homem agradeceu com um “merci”. Ele tentou puxar assunto, deu umas indiretas para alguma fluir mas fingi nao entender inglês. Ele acendeu outro cigarro alguns segundos antes de Hanz aparecer. Estava na hora, eu estava perdendo a paciência. Levantei-me para cumprimentar Hanz e, conseqüentemente, sair daquele lugar.

Guardei meu iPod e tirei meus óculos de Sol. Fui me despedir do homem e, quando nossos olhares atravessaram as barreiras das lentes UV dos óculos dele, eu tive a impressão de conhece-lo de algum lugar. Foi então que ele deixou o cigarro cair e eu o meu óculos. Ficamos nos olhando durante alguns segundos
-Luiza – disse ele
Eu não havia falado meu nome para ele, então isso me deixou realmente assustada. Afirme com a cabeça e ele tirou os óculos se levantando.
- Bill?! – disse surpresa
Hanz percebeu que estava travando uma possível comunicação. Ele pegou meu óculos que caira no chão, me entregou e falou: “Depois nós conversamos”. Quando Hanz se afastou bastante eu perguntei:
- O que está fazendo em Paris?
- Vim descansar... Esquecer da vida
Ficou um leve silêncio que logo foi quebrado;
- Não sabia que fumava
- É a vida, comecei a fumar de uns tempos para cá
- Você devia parar...
“Mas você também fuma!” pensei comigo. Nos calamos muito perturbados. Não tocávamos no assunto que mais queríamos. Ele então tomou-me delicadamente os pulsos, e baixo:
- Você se lembra... Lá em Berlim...
- Me desculpe! Mas tudo naquele dia deu errado – murmurrei envergonhada
Eu lhe expliquei o que havia acontecido. Qualquer um acharia que era tudo inventado, uma desculpa esfarrapada. Porém, Bill acreditou.
- Eu sofri muito Bill, porque realmente te amava
- Eu sofro até hoje porque ainda te amo – ele disse se corando
- Não fale isso! O tempo passou e... sei lá... sua vida também! Nós não podemos ficar parados no tempo para sempre
- Não! Eu te amo! Pensei que havia te perdido para sempre, mas não! Você está aqui – disse passando a mao pelo o me rosto
Desde que me entendo como gente, só havia chorado por um homem e ele estava na minha frente e eu estava chorando. Tirei as mãos do Bill do meu rosto e coloquei os óculos de Sol para despistar. Mas Bill levantou rapidamente meus óculos.
- Por que esta chorando? Não me ama mais? – disse com os olhos cheios d’água
- Não! O problema é que eu te amo! E MUITO! Prontofalei – limpei as lágrimas
- Ah, isso agora não é problema – me abraçou – estamos aqui, juntos e dessa vez nada vai nos separar... eu digo NADA!
Depois daquelas palavras a única reação que eu tinha era beijá-lo. E foi isso que eu fiz. Foi um típico beijo francês aos pés da torre Eiffel. Depois do beijo, fomos andando pela Le Champe Elise e nos sentamos em um banco. A noite já havia chegado.
- Quer ir para algum lugar? – perguntou Bill
- Eu ofereceria minha casa...
- Quer ir pro meu hotel? – ele me interrompeu
- Ah – pensei - Claro, por que não?
Pegamos um mêtro que nos deixou à alguns quarteirões do hotel dele. Pelo pequeno caminho passamos por um beco. Eu o puxei. Não agüentava, eu queria ele naquele minuto, depois de tudo eu não conseguia esperar.
Bill ficou surpreso com a minha reação. Depois percebi que nós estávamos fazendo sexo (sim, dessa vez era sexo) no meio de um beco abandonado em Paris. Achei muito excitante o fato do Bill não ligar muito para o que poderia vir depois. Não, não era o orgasmo nem um filho. Era o fato de ele ser flagrado afinal, ele ainda era muito famoso. Porém, nós estávamos muito concentrados naquele reencontro.
Ao terminar o que havíamos começado, fomos para o hotel e ao chegar, subimos e fomos tomar um banho. Eu me sentia muito feliz, todos os meus dias de tristeza foram recompensados em algumas horas.
Já era bem tarde e estava com uma super preguiça de voltar para a casa. Bill insistia para eu passar aquela noite (e outras) com ele. Achei digno e não perdi oportunidade. Liguei para minha casa e menti. Falei para minha mãe que dormiria na casa do Hanz (ela nunca se importou por eu dormir na casa dele, uma vez que ela achava que ele era gay e não tinha segundas intenções. Mas eu lhe digo que, de gay ele não tem nada. Experiência própria). Passei aquela noite no maior amor com Bill. Nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Se dependesse de mim, essa seria a primeira de
muitas outras noites. E assim foi.

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