Kami no namida- interativa escrita por PsicoPonei, Alec Azaroth


Capítulo 6
Ajuda Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal, primeiramente venho pedir desculpas pelo atraso, quem vos posta esse capitulo hj, sou eu, Alec. Andei sumido porque a vida do teatro ta ocupando 105% do meu tempo, mas sempre que posso to aqui e a tia Bou ta viajando. Então, sem mais delongas, tenham uma boa leitura.
:*



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Alfora, cidade independente, 1796-29;

–Eu ainda acho que você deveria voltar para o Tridente – fez uma careta.

Estavam em Alfora e ainda assim Hafik insistia com a idéia de Anabelle voltar ao Tridente de areia. A jovem sabia o quanto Hafik podia ser insistente e há muito aprendera a ignorá-lo.

–Por que você não pega a lista que Paul nos deu e vai adiantando o que viemos fazer? – perguntou Taito.

Em geral, Taito gosta de verificar e comprar as coisas pessoalmente, porem Anabelle sabia bem que não passava de um pretexto para fazê-lo parar de reclamar. Afinal, seria Taito a verificar tudo mesmo. Meio contrariando Hafik entrou no Cesta Farta, um prédio cujo dono vendia desde frutas até os mais variados animais.

O sol de meio dia estava forte, o que era habitual na região, porem as brisas estavam mais generosas que o normal. Outra coisa pouco comum era o movimento da cidade, em geral, naquele horário as pequenas ruas de Alfora geralmente estão abarrotadas de pessoas. Hoje porem, pouca movimentação era visto.

Alfora é a única cidade mais movimentada da região conhecida como linha vermelha – uma pequena extensão que segue na fronteira do Cemitério de Areia com a região neutra e termina na fronteira de Thartaro. Muitas pessoas vão até Alfora para comprar suprimentos diversos e a maioria dessas pessoas vem de pequenas aldeias da região neutra ou do próprio cemitério, que é uma terra infértil em todos os sentidos. Alem de ser uma cidade significativamente grande também é uma cidade conhecida por sua planta; alguns até apelidaram o lugar de labirinto da fronteira. Isso por que a cidade contava com inúmeros prédios de pequeno porte que podem ser considerados iguais para qualquer leigo e as ruas mais se assemelham a pequenas ruelas e algumas delas são becos. Forasteiros facilmente se perdem aqui.

–Não acha a cidade meio – Anabelle parou um pouco quando viu um rapaz correr em direção a um beco onde os moradores apelidaram de Beco do Gato – Vazia? – completou

–São tempos difíceis, não? – disse Taito tranquilamente.

–Não, são tempos estranhos –

Anabelle e Taito caminhavam até um dos prédios padrões de Alfora, aquele era conhecido como Nuvem de Joah, mas apenas os que freqüentavam a cidade sabia do nome já que em sua porta não havia nenhum tipo de identificação. Lá trabalhava o próprio Joah, que era um grande amigo de Paul e excelente informante. Mas quando estavam na porta do local um grito ecoou nas ruelas de Alfora. A jovem parou de súbito, vasculhando as entradas das ruelas a procura de onde o som viera. Acabou por ver uma movimentação no beco que outrora vira um rapaz entrar; Beco do Gato.

Não pensou muito a respeito, quando deu por si, já havia mudado de objetivo e caminhava para o tal beco, tão hipnotizada que nem sequer escutara Taito a chamando. Quando chegou na boca do beco viu o rapaz caído e dois homens a desferir chutes e pontapés no mesmo. Mal teve tempo de reagir e uma arma fora apontada para si; era um terceiro homem.

–Parada! – ordenou aquele que estava armado e foi só então que aqueles que espancavam o rapaz param para notá-la.

O jovem abraçava a própria barriga enquanto sangue saia de seus lábios.

–Veja, mais um deles – disse um dos rapazes.

–Menos dois – sem hesitar, o revolver foi disparado. Inutilmente.

Anabelle permaneceu parada, a bala ficara estática a sua frente. Bastou um olhar para o autor do disparo e o projétil voltou em sua direção com tanta velocidade quanto quando foi atirado. Armas de fogo eram inúteis contra Anabelle, já que a jovem tinha o incrível poder de criar campos de força com a mente, campos esses que podem parar projéteis e até mesmo repeli-los usando a expansão desses campos. Foi uma morte rápida e Anabelle resolveu acabar com aquilo o mais rápido possível. Retirou seu antigo revolver da cintura e foi certeira ao disparar. Duas balas, duas mortes. Quando Taito chegou para ajudá-la se deparou com três cadáveres e Anabelle a ajudar o jovem caído.

–Quem é ele? – perguntou Taito, ignorando os humanos mortos no chão.

–Eu não sei, mas é um de nós.

La F’gahr, distrito da Rainha Anne, 1796-29;

–Pois é, estamos no fim do mundo – um bêbado berrava enquanto levantava sua caneca de cerveja negra – Vamos todos morrer! Pecadores e humanos! – a cada palavra mais do liquido caía sobre ele e seus companheiros igualmente bêbados

–O que eu mais odeio aqui é esse papo de bêbado – Suspirou Miranda enquanto pegava algumas canecas para colocar em sua bandeja de ferro

A jovem tinha seu habitual uniforme desbotado, mas mesmo assim ainda chama atenção de muitos.

–Esta trabalhando em um bar querida – retrucou Guioh, um jovem pecador da alegria que adorava se vestir de mulher.

Miranda sorriu da observação obvia de seu chefe, mas ainda odiava toda aquela bebedeira. Apesar disso, ainda preferia trabalhar ali. O bar de Guioh era um dos poucos lugares que conseguia ter uma vida calma, na verdade o mais perto disso. La F’Gahr era um lugar pobre e maioria dos estabelecimentos deixavam a desejar, aquele era um dos melhores que achara. E de todos os patrões que tivera, Guioh era de longe o melhor. Passou entre as mesas substituindo os canecos de cerveja vazios, sempre com um leve sorriso no rosto.

–O movimento esta bem grande pra um horário de trabalho – comentou Miranda

–Com os últimos acontecimentos as pessoas acharam melhor beber do que trabalhar – a jovem olhou confusa para o patrão – Esse papo de fim do mundo, sabe? Estão bebendo horrores por conta disso. Eu não posso reclamar né? – deu uma piscadela.

Trabalhou bastante naquele dia e quando o sol estava a se por Miranda já tinha os pés doloridos. Sentou-se nos fundos do bar, sempre ia até lá para descansar e ver as crianças brincando no parquinho, o único do distrito.

Era um final do dia calmo quando gritos foram ouvidos. Miranda mal teve tempo de analisar a situação quando um grupo de homens a cavalo invadiu o distrito.

Era um grupo de humanos armados até os dentes. A porta dos fundos do bar se abriu e de lá veio Guioh:

–Vem comigo – puxou Miranda pelo braço e a ultima coisa que os olhos amarelados viram foram as chamas crescerem.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, ta na hora da nossa divertida interação. Hoje a interação vai ser LIVRE: Baseado em como o capitulo acabou. o que Anabelle e Miranda farão?



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