Kami no namida- interativa escrita por PsicoPonei, Alec Azaroth


Capítulo 7
A porta dos céus.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, atrasamos sim, pedimos desculpas mas tanto eu (Bou) quando Lek tivemos problemas.
ah e também, apenas duas pessoas comentaram o ultimo cap. lembrando que, se não comentar, seu personagem sera morto. E um aviso prévio aqueles que estão a cap. sem comentar.
Boa leitura e se tiver algum erro, não deu nem pra revisar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/523209/chapter/7

Fooht, Cail, 1796-29;

O sol já havia se escondido e a noite era escura. O vento era brando e a lua era estava cheia e aquela parecia ser a única luz na cidade. Os azuis escuro estavam fixos na lua brilhante; havia qualquer coisa nela que o fazia ficar hipnotizado. A noite estava estranha e mesmo que SungJin sentisse isso, não saberia explicar o porque. Por mais que estivesse concentrado, conseguiu sentir a presença de Aryn que, mesmo na ponta dos pés, era mais barulhenta do que um elefante:

–O que você quer? – foi direto antes que ela pulasse sobre si; ela adora fazer isso

–Ah, como sabia que era eu? – resmungou – Estou te procurando a horas, o que esta fazendo ai? – barulhenta como sempre.

Aryn era uma das poucas pessoas que eram próximas a SungJin, uma jovem humana que muitos diriam ser divertida, mas para Jin não passava de uma pequena muito problemática. Os cabelos loiros presos em duas tranças e as extravagantes roupas coloridas eram marcas registradas da jovem que adorava importunar Jin nas horas vagas – e como ela tinha horas vagas.

–Nada que seja da sua conta – poderia soar ríspido para qualquer um, mas aquele tipo de resposta era habitual se vinda do jovem moreno

–Ei ficou sabendo das ultimas? – era obvio que Jin queria ficar sozinho, mas Aryn nunca ligou para o que o amigo pudesse querer. – Parece que as coisas estão pegando fogo no continente

Por mais que quisesse silencio, noticias do continente eram algo de interesse do mais velho; não iria admitir porem, mas sabia que mesmo sem pergunta a jovem continuaria:

–Atacaram a flecha e Jinpo esta infestada de guardas. Dizem que alguns grupos estão indo para o cemitério e para La F’gahr

–Isso não faz sentido – ponderou – Atacar La F’gahr... Mesmo vindo de humanos extremistas. La F’gahr é um território morto, qualquer vitoria seria vazia vindo desse terra

–Não é o que estão pensando... – suspirou a jovem – Tenho medo.

A brisa foi a única resposta que Aryn teve. Alguns segundos passaram-se quando dos céus veio um clarão. Com um brilho súbito. um dourado cortou os céus, sabe-se de onde, e caiu sobre ambos. Jin não sentira nada, já havia sido tomado por clarão semelhante antes, sabia o que significava. Levantou-se e viu Aryn caída. Antes que pudesse ir até a jovem, o mundo se tornou negro e a lua já não estava nos céus.

Thartaro, Rua das luas-sangue, 1796-29;

–A noite está estranha – sussurrou mais pra si do que para o homem a sua frente

–O que disse? – perguntou o vendedor

–Nada – não havia sentido conversar sobre aquilo com um homem que nem sequer conhecia.

Kairos estava cansado e inquieto, queria ir para casa, ou aquilo que estava sendo sua casa – um quartinho que alugara mês passado – mas decidiu sair e ir as compras. A Rua das luas-sangue era um comércio que beirava a madrugada. Estava comprando algo para comer quando percebeu que a noite se tornou mais escura. Vendedores tiveram que acender suas tochas para poder iluminar a rua que outrora tinha a luz da lua sobre si; e aquela luz era o suficiente para iluminar a tudo.

Pegou o saco de ervas-doce e foi para a casa. Havia um mal pressagio naquela lua afogada em trevas, mas Kairos não queria saber o que era. Estava disposto a descansar e deixar todas as preocupações de lado quando chegou no corredor do prédio. A poucos metros de chegar a seu quarto, um rapaz com o rosto coberto passou por si com imensa velocidade, dando-lhe um forte esbarrão. Seu ódio foi de zero a cem e teve vontade de segui-lo e esmurrá-lo, mas tinha o corpo cansado demais e acabou deixando aquilo passar.

Ao chegar na porta do quarto, uma surpresa; a porta estava claramente arrombada e o quarto revirado. Dessa vez não pensou, largou o saco de ervas e desceu correu atrás do rapaz. Era ele, TINHA de ser ele. Quando chegou as ruas uma rajada de vento foi a única coisa que encontrou. Tudo naquela noite era um mal pressagio.

Sullwa, cidade independente, Casa da Mohga, 1796-29;

Sentia seu corpo longe e podia ver a noite escura de cima dos prédios. Ainda achava estranho usar seus poderes, mas ao mesmo tempo fascinante. Estava na ponta do prédio e sabia que podia pular. Belphegor havia-lhe dito, almas não caem, almas não se ferem, no entanto, almas morrem. Estava a um passo de se jogar quando sentiu-se sendo puxada até seu corpo. Um choque grande e quando abriu os olhos brancos estava de novo no quarto.

–Me chamou? – perguntou Luma

Bel demorou um tempo para responder, parecia fixo em algo, como se estivesse assistindo a uma apresentação, mas nada havia naquele quarto alem deles; isso aos olhos da ruiva:

–Você veio por que acabou o tempo – disse

–Consegui mais do que da ultima vez – deu um leve sorriso

A principio teve receio de usar os poderes e se perder neles; já ouviu historias de pecadores que enlouqueceram a sombra das próprias habilidades ou que foram controlados pelos próprios poderes, mas Bel garantiu que estaria lá para ajudá-la. Foi difícil acreditar, mas mesmo que ele não estivesse, Luma sentia que Ender estaria. Sua alma pode sair do corpo e seguir, mesmo que seu corpo esteja preso. Uma habilidade um tanto irônica, logo ela que Ender sempre dissera que vivia “avoada”, pode literalmente voar sem mexer um músculo.

Luma estava sentada na cama enquanto o maior, no chão. Estavam juntos a pouco tempo, mas já não desconfiava tanto dele.

–As almas estão inquietas – Bel tinha olheiras enormes.

–E o que elas dizem? – se atreveu a perguntar

–“Os Deuses se erguerão” – os olhos do maior brilharam

–E o que isso quer dizer?

Uma brisa gélida e um tanto forte entrou pela janela. Luma se levantou para fechá-la e se deparou com o céu negro. Ficou um tempo a olhar a escuridão quando um grito fino e alto ecoou pelas ruas de Sullwa e a fez tapar os ouvidos. Se afastou da janela:

–O que é isso? – gritou para poder escutar a própria voz

–Alissa – Bel se levantou rapidamente e o grito parou – É ela, tenho que ajudá-la

Belphegor saiu do quarto como um furacão e Luma o seguiu sem pensar no assunto. As ruas estavam pouco iluminadas, na verdade a única luz que as clareava vinha de janelas que iam se fechando; os moradores estavam com medo. Um clarão avermelhado se fez presente e tingiu a noite de rubro; era fogo. Luma apenas seguia Belphegor que sabia exatamente onde a amiga estava – ou ao menos parecia saber.

Chegaram em frente a um prédio que estava consumido em chamas, do outro lado da rua a jovem de cabelos branco tinha um chicote a envolver o pescoço, na outra ponta, um guarda de Azahirf. Antes que pudesse ir ao seu socorro, uma viga em chamas caiu na frente de ambos e escombros tamparam a rua estreita.

–Temos que dar a volta! – exclamou o moreno

–Não vai dar tempo – Luma passou a frente – Apenas cuide do meu corpo – em meio segundo sua alma já não estava mais lá.

Bel havia-lhe dito que almas podiam fazer coisas únicas como, por exemplo, possuir. Nunca havia possuído ninguém, mas aquela era a hora perfeita para tentar. Passou pelo fogo sem nem ao menos sentir seu calor e pulou no corpo do soldado. Pode sentir a outra alma, pode tocar na mesma e sentiu ela a tocá-la. Uma luta de almas para ver quem tomaria o controle.

Não sabia ao certo como fazê-lo, mas aquilo foi o suficiente para fazer o corpo do guardar cambalear e soltar o chicote. Alissa se soltou. Não fazia idéia do que estava acontecendo, mas não hesitou em revidar. Gritou, não um simples grito, mas um som estridente e torturante. Por um segundo Luma pode sentir seus ouvidos doerem como antes e, de imediato, saiu do corpo. Na forma de alma viu o guarda cair com as mãos nos ouvidos ensangüentados.

Quando Alissa parou, a ruiva pode jurar que havia um liquido rosado saindo das orelhas do rapaz juntamente com o sangue, mas nem se quer teve tempo de avaliar. Voltou ao seu corpo rapidamente. Estava nos braços de Belphegor:

–Conseguiu? – a fumaça e o fogo não o permitiram ver

–Sim – colocou-se de pé

–Alissa! - gritou para a jovem do outro lado da cortina de fumaça – Dê a volta e nos encontre na entrada principal da cidade

Tudo que Luma pode escutar foi um “tudo bem” e logo voltaram a correr pelas ruas. Tudo era tão confuso e repentino. A cada passo dado para longe do prédio, mais a escuridão os engolia. Algumas rajadas de vento foram ao encontro dos dois e, quando Luma olhou para os céus, parou de imediato.

–Bel... – queria gritar, mas não conseguia.

O jovem só percebeu que a amiga havia parado alguns metros à frente. Voltou a seu encontro, agarrando-a pelos ombros:

–Nós temos que ir – disse

Mas então olhou para a direção que mantinha os olhos albinos fixos; o céu. Uma rachadura se abria nos seus, como se fosse solo sendo aberto por um terremoto. Nessa abertura uma luz vermelha como sangue apareceu e Bel poderia jurar que o céu estava sangrando. Luma então sussurrou:

–Parece que os deuses realmente se ergueram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bel, Alissa, SungJin e Kairos, interação livre



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kami no namida- interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.