Apesar De Tudo escrita por YSA


Capítulo 4
3 — Farewell Passionate


Notas iniciais do capítulo

Oiie gostosos x.x tudo bem??? Quero saber como vocês estão :3
Bem, sobre esse capitulo ter demorado ~eu acho que não demorou ~mas a Lights quis que colocasse a culpa dela por causa do atraso.
Voltando, eu quero que esses leitores fantasmas apareçam.
Aceito comentários construtivos ou críticos, opiniões e etc.
Beijos



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Dia de sábado. Um ótimo dia para Helena, o dia de um único significado: dormir o dia todo. Ela rolou pela cama fugindo do sol que se espreitava nas janelas, mas já havia perdido o sono. Jogou os lençóis de lado colocando os pés no piso frio. Caminhou em direção à janela e as abriu, deixando o sol esquentar sua pele. Ela coçou os olhos enxergando uma boa parte da cidade de sua amada NY... que estava irreconhecível. Mas ela sabia que em pouco tempo a cidade iria se restabelecer e voltar como era. Uma cidade quase perfeita.

Ela mordeu os lábios caminhando em direção ao banheiro e tropeçou em um corpo peludo perto de sua cama.

— Ken! — ela se abaixou para o cachorro, que se levantou e procurou sua mão para lambê-la. — Você deve querer um ótimo café da manhã, certo? — assentiu para si mesma, acariciando a cabeça do labrador de pelos dourados. — Me deixa ir tomar um banho que desço já.

Ela caminhou até o banheiro, tomou um banho e colocou uma roupa normal para o dia que parecia quente. Abriu a porta sendo acompanhada por Ken que batia seu rabo em sua perna, fazendo cócegas. Foi até a cozinha e procurou a ração do cachorro. Despejou uma boa quantidade no pote dele e colocou ao lado do balcão, o lugar favorito de Ken. Helena não sabia nem o que comer. Era de costume ir até a padaria que ficava a dois quarteirões de seu apartamento, mas as notícias eram que o comércio não parecia funcionar hoje. Abriu a geladeira procurando por ovos e bacon, colocou no fogo e os preparou. Pegou a cafeteira e deixou-a preparar o café.

— Meu Deus, só pode ser mesmo um milagre, a Helena Fray na cozinha! — chegou Amanda, já aos gritos, fazendo Helena se assustar e logo depois revirar os olhos.

— Amanda, se você não enxerga, nós moramos sozinhas; então, se quer algo, tem que preparar com as próprias mãos — ela respondeu, sorrindo amarelo para Amanda.

— Logo pela manhã de sábado recebo piadinhas — Amanda diz, sentando-se na banqueta do balcão e roubando um pedaço de bacon do prato de Helena.

— Faça o seu se quiser — Helena puxou os pratos para mais perto de si, não deixando ela se quer ter visão de seu prato.

— Bem... — Amanda deu um pequeno tapa no braço de Helena — Seu celular estava tocando sem parar em seu quarto — ela jogou o celular no balcão. Helena rapidamente o pegou, desbloqueando e vendo duas chamadas perdidas do seu pai.

— Quem é? — perguntou assim que viu Helena suspirando.

— Meu pai — mordeu os lábios, pegando a xícara de café e tomando um gole.

— Ah, o que ele quer?

— Como eu vou saber se eu nem falei com ele? — balançou a cabeça, negando a burrice de Amanda e discou o número do pai.

— Engraçadinha.

A chamada fez dois toques e o pai de Helena atendeu.

— Bom dia, Helena! — Helena revirou os olhos sem emoção ao ouvir o seu pai com uma felicidade quase forçada.

— Bom dia, pai — disse sem emoção alguma, apoiando os cotovelos no balcão.

— Filha, desculpa por não ter ido naquela festa que seus amigos preparam pra você, por você ter se saído bem no teste de aprovação de jornalismo.
Helena olhou para a tela do celular para constatar que era seu pai e não um robô.

— Essa festa foi organizada pela minha mãe, informaram ao senhor errado.
Helena torcia para que ele abrisse o jogo e desligasse a ligação.

— É, sua mãe. Mas pra que tanta agressividade Helena? Sua mãe anda te envenenando não é?

Quem ele pensava que era? Ah... seu pai.

— Papai, não diga algo que não saiba. Primeiro saiba que minha mãe nem fala do senhor, ela tem coisas mais importantes a pensar — suspirou dramaticamente.

— E eu acho que o senhor deveria seguir tudo o que eu disse.

— Ora, Helena! Me respeite! Te ligo à essa hora desejando felicidades e já me recebe com pedras nas mãos?!

— Quer que eu desligue? Assim você poupa suas luvas de grife de segurar um celular e se diverte tomando chocolate quente com sua parceira na Alemanha...

— Por favor, fique calma, não foi isso que eu quis dizer. Só queria te desejar parabéns e tem um presente indo para seu apartamento agora.
Ah era isso? Queria compra-la por um presente?

— Papai, eu estou mais que calma e preciso desligar. Obrigada. — desligou sem ele ter chance de responder mais alguma coisa.

— Seu pai tá forçando a barra de novo, não é? — Amanda surgiu vestida em seu vestido favorito com barras de renda.

— Só tentando manter a ligação novamente... algo que não vai acontecer — Helena respondeu levando os pratos para a pia.

— Ele é seu pai, Helena... —Helena a interrompeu a tempo.

— Um pai irresponsável que deixou minha mãe por outro rabo de saia. E ainda mais uma siliconada que se sustenta à custa dele.

— Devia calar minha boca pelo dia todo... — As duas riram.

— Aonde você vai? Está toda arrumadinha — apontou para o corpo da amiga enquanto procurava o controle da televisão.

— Ah, eu vou à casa de minha tia, aquela que estava fora do mapa por anos... A minha família deve estar por lá, e estou atrasada — murmurou o final pegando a bolsa.

— Reunião de família — ligou a TV vendo algumas reportagens de vítimas do ataque alienígena há poucos dias.

— Mais ou menos — Helena olhou atentamente para a amiga, que ficou um pouco nervosa de uma hora pra outra.

— Hmm — Helena mordeu os lábios vendo Amanda pegar as chaves e sua bolsa.

— Aproveita que você não vai fazer nada e olhe seus e-mails, o James me informou que você não vai ter folga tão cedo — ela abriu a porta e acenou. — Até mais.

Helena acenou desconfiada e pegou seu notebook encima da mesa de centro e o ligou. Quando abriu seu e-mail, viu que tinha algumas mensagens normais — propagandas, atualizações etc., mas tinha uma de seu trabalho. Informava que ela precisava fazer uma viagem e recolher fatos acontecidos sobre o ataque que ocorreu recentemente em NY. Ela mordeu os lábios, procurando algo sobre o assunto e logo achou fotos. Algumas amadoras feitas por celulares e umas profissionais da mídia. Ela clicou em uma. E então aproximou o rosto da tela, sem acreditar que o cara musculoso, loiro e alto que via na foto era o que tinha a salvado.

Thor.

Ficou por minutos observando. Ele era um deus, o que era óbvio — para ser tão perfeito... Deixou um sorriso escapar dos lábios e sentiu aquela velha sensação de borboletas na barriga, uma previsão do velho e estupido sentimento mais sentido por meninas quando ficam apaixonadas. O ‘amor’.
Fechou a tela do notebook e o afastou, mordendo a unha do polegar. Que diabos está acontecendo comigo?, pensou Helena. Era estúpido, mas bonito de se sentir. Era algo impossível, mas poderia sonhar. Deveria esquecer, mas já era.

☽ ☾

O tempo não estava muito calmo, e pessoa que não parava de ter váriospensamentos também estava longe de estar calmo. Thor observou a grande vista de NY. Midgard parecia um bom lugar de se viver. E em algum lugar desses estaria ela... A humana que o perturbava até agora. De certa forma ele se sentiu com vontade de ir até o prédio que a havia deixado. Ele riu cruzando os braços lembrando-se dela, pequena, engraçada, agradável e instigou-se por ela não ter medo. Por outro lado, ninguém teria mais medo dele, já que era um herói e agora um Vingador. Uma oportunidade de salvá-la novamente ou apenas conhece-la melhor o deixaria mais satisfeito. A grande influência com humanos fez com que enxergasse tudo que acontecia em sua volta e em seus sentimentos. Naquele ataque, despertou-se a vontade de salvar todos, de se sentir realizado após vencer seu irmão. Como ela se chamava mesmo? Ah, claro! Helena. Mulher brilhante, radiante. Até agora sentia sua mão formigando ao toque dela. Que coisa mais humana, tão superficial...


☽ ☾

Helena pendurou sua câmera em seu pescoço. Sinal de muito trabalho vinha pela frente. Desde que Amanda havia saído ela havia lido todos os e-mails e todos falavam em trabalho. Helena tinha um prazo de uma semana para entregar. Sete dias. Ela pegou as chaves do carro e abriu a porta, se encaminhando para o elevador. A melhor ideia que ela teve foi sobre a questão de como ter sobrevivido ao ataque alienígena.

Helena teria que fazer uma busca no GPS. Onde ficava aquele prédio em que

Thor a deixou? Ela não tinha ideia de onde. Pelo que se lembrava, era um prédio abandonado, de muitos andares e ficava perto de alguma rodovia. Ela ditou a mesma coisa para o GPS. Helena precisaria de mais informações... Ela e Thor não deviam voado muito... Seria mais ou menos prédios que tinham utilidades de armazenamento dos próximos restaurantes...

Bingo! O rastreador começou a desenhar o mapa. Graças a Deus, existia tecnologia nesse mundo.

☽ ☾

Helena desce do carro um pouco animada. Onde já se viu alguém animando ao trabalhar? Ela nega com a cabeça, fechando o carro e ativando os alarmes. Ela se condenaria a vida toda por ser reprovada no trabalho.

Ela subiu as escadas desgastadas e forçou a porta da entrada para abrir, mas não tinha dado certo. Circulou toda a aérea procurando por outra porta, procurando uma alternativa, e... é claro! As portas dos fundos sempre estão abertas. Helena encontrou a porta dos fundos e a chutou, colocando as mãos na frente do nariz pelo forte cheiro de coisas velhas. O lugar estava vazio... era um bom sinal ou não?

Ela entrou no prédio segurando fortemente a câmera, como se ela lhe passasse alguma segurança. Procurou pelos interruptores e teve de dar o dobro de sua força habitual para ligá-los. Tudo parecia fazer uma contagem, e todas as luzes ligaram aos poucos.

— Para um lugar abandonado... até que isso aqui ainda presta — murmurou sozinha tirando fotos, o básico só para mostrar em qual prédio estava. Aquilo iria lhe dar uma confusão se não procurasse saber de quem era o lugar. Engoliu em seco. Subiu quase três lances de escadas. Bem, quem estava com vontade de espalhar os currículos na agencia de empregos? Ela. Ainda havia mais alguns lances, e, se ela realmente quisesse isso, teria de adquirir uma nova dose de coragem para ir até o terraço.

☽ ☾

Helena tirou os cabelos que estavam grudados em seu rosto e procurou pela câmera, a ligando. Ela queria voltar para casa o mais rápido possível. O vento fez o trabalho de refrescar seu corpo. Começou a disparar clicks por onde as lentes conseguiam focar. O lugar não era grande, mas também nem um pouco pequeno.

Ela procurou por alguma evidência de que aquele deus já esteve ali. Parecia que ele era conservador demais. O primeiro objetivo de Helena era achar algum pedaço de alguma coisa que comprovasse tudo aquilo. O segundo, era aquele enorme estrago que seu martelo extra pesado tinha feito. E terceiro era o melhor de todos, e se realizou... Lá estava ele...

Thor estava com as mãos apoiadas nas barras de segurança. Parecia focado em alguma coisa lá embaixo. Helena, sem fazer barulho algum — mas seu corpo, interiormente, fazia o maior barulho o possível com a festa que realizava —, levantou a câmera e tirou algumas fotos dele, quer dizer... várias. Ela queria ir até lá, mas... o que ela falaria? Ele iria pensar que ela era louca.
Por quanto tempo Helena tinha o encarando como uma obcecada? Aquele homem era muita perfeição para que ela suportasse. O mais incrível foi que, a metade de tempo em que ela o olhava, ele também a encarou. Helena cora, tentando ajeitar o resto de sanidade mental que restava. Arrastou-se até ele, seu corpo parecia ter ganhado vontade própria.

— Thor... — sussurrou quando ele virou totalmente seu corpo.

— Helena... — ele se pôs na frente dela... próximo demais! Ele estava muito perto, e isso a deixava ainda mais baixa.

— Você ainda se lembra de meu nome — disse desacreditada, um deus havia decorado seu nome!

— Claro que eu iria me lembrar — sorriu, segurando o queixo de Helena. —

Você me disse, como eu disse o meu.

A ficha caiu, e cadê alguém para segura-la? Ela era muito idiota mesmo.

— Deixa isso pra lá, Thor. O que você está fazendo aqui?

— Eu deveria perguntar isso para você. Ainda é perigoso.

— Perigoso? Então quer dizer que ainda nada foi resolvido? — Helena se segurou para não agarrá-lo agora para que ele a levasse como uma princesa para seu castelo.

— Quer dizer... meu irmão ainda está aqui em Midgard. Quando o julgamento de Asgard for feito estaremos bem — ele falava calmamente, parecia ter saído de um SPA invés da guerra que tinha vencido.

— Foi o seu irmão que causou tudo isso? — Helena olhou para o lado, vendo a cidade num estado pecável.

— Ele é adotado — ele tentou segurar uma risada.

— Isso deve ser uma desculpa para você? Tudo bem... mas você não respondeu minha pergunta.

— Só estou dando tempo ao tempo. Quando tudo se resolver, eu irei — seus olhos azuis encaravam algo além do céu.

— Grande explicação a sua, tá mais para uma reflexão do dia — Helena disse, apoiando-se nas barras e sorrindo feito boba.

Um leve barulho de onde ela estava apoiada veio com tudo. Toda aquela “segurança” veio a baixo. As mãos de Thor foram tão rápidas que pegaram Helena pela cintura antes que ela caísse daquele lugar. Ela segurou em seus braços fortes como se fosse a única coisa que tinha. Sua respiração estava rápida demais. Seus olhos fechados por medo.

Helena havia batido um recorde, era a terceira vez que quase morria em dias!

— Você está bem? — ele a balançou um pouquinho. Helena arrepiou-se ao sentir as mãos dele apertarem sua cintura. E depois seus braços.

— Obrigado! Por Deus, eu preciso de uma boa benção depois desses dias.

— Você precisa sair daqui, eu lhe disse, é muito arriscado.

— Não! — Helena diz antes de qualquer movimento que ele pudesse fazer para tirá-la de lá. — Pra onde você vai? — Thor a encara, confuso — Depois daqui! Foi o que você disse, com seu irmão do mal revoltado. Tanto faz.

— Para Asgard. Meu reino. — Thor sorri de leve, e Helena sorri de volta, mesmo não entendendo nada. Era legal vê-lo explicar as coisas.

— Legal, e como você vai voltar? Tem algum tipo de cavalo?

Ele a olhou, curioso por vê-la fazendo tantas perguntas.

— Acho que devo explicar desde começo...

Resumindo a explicação de Thor à moda Helena, havia passado um bom tempo desde que algum raio de ponte de arco-íris havia se quebrado e eles não conseguiam mais se teletransportar de um mundo para outro. Depois eles tinham brigado por um objeto super poderoso, que se chamava Tesse-alguma coisa, um treco com o potencial de leva-los de volta para sua cidade querida e de destruir todos os mundos com um sopro. Por isso, o excêntrico irmão-do-mal de Thor havia escolhido NY como palco para seu show, assim como um bom ator da Brodway faz.

Thor também contou um pouco sobre sua vida. Era bem interessante e leve (mesmo com guerras com criaturas humanamente inexistentes), pelo que ele dizia. Ele parecia à vontade ao lado de Helena. Eles trocavam sorrisos. Helena também havia falado demais. Thor a calava algumas vezes com seus comentários, mas logo depois ele pedia para que ela continuasse a contar sobre sua vida.

— Se eu entendi bem, você era um cara que gostava de bater e ignorante. Depois foi banido pelo seu pai até aqui... Interessante!

— Aprendi com tudo isso, que não leva a nada. Meu orgulho ferido era a pior coisa que me atingia. Agora não tenho esse problema, eu sempre me controlo.

— Você teve seu momento rebelde eu também tive. Eu até fugi da casa de meu pai, depois disso eu encontrei o James, com aquela minha amiga Amanda, e fiquei com ele — Helena disse, se arrependendo amargamente do que havia dito do final. Ele pareceu um pouco incomodado. — Não pense mal de mim. Eu fui falar besteira! Mas aqui na Terra é o seguinte: a maioria dos adolescentes querem ser independentes antes da hora, brigam com os pais, tem uns que matam a família por dinheiro ou se envolvem com drogas. Tem umas que engravidam, conheci uma garota nova grávida de mãe solteira. Trágico demais, você tem sorte, onde você vive é mais relaxado.

— Eu não pensei mal, mas Asgard também tem seus defeitos. Isso não significa que deixa a desejar.

— Sei — Helena olhou para o relógio de pulso. Eles conversaram tanto que ela mal reparou que já era tarde de mais para sair sozinha dali. Helena ficou um pouco nervosa para o encarar. Como dizer a ele que precisava ir embora? Além de ela não realmente querer ir.

— Deve querer ir embora não é? O sol já se põe, então é melhor você ir. Para o seu melhor.

— Está soando como um médico. Eu estou bem e sei cuidar de mim mesma. Sem problemas, grandalhão — ambos riram, e aquilo iria se repetir. Helena encarou seus olhos azuis como na primeira que os viu. Encantada.

Foi então que Helena percebeu. Mais uma vez, ele estava muito perto dela. Ela mordeu os lábios.

— Eu devo ir. Não é mais certo eu ficar aqui — ele tocou na bochecha de Helena e a acariciou.

— Você vai voltar? Algum dia, pelo menos? — Ela perguntou, e ele assentiu.

— Eu prometo. Sempre que estiver em problemas.

— Você é um grande amigo.

Helena o encarou, observando sua reação. O rosto dele se aproximou ainda mais do dela, e sem mais nem menos ele tirou toda aquela distância colando seus lábios. Helena colocou as mãos em seu ombro para se apoiar, já que seus pés estavam na pontinha. As mãos dele seguraram na cintura de Helena, levantando seu corpo. O beijo deles parecia calmo, ambos sabiam que, de fato, não era. Havia alguma urgência descontrolada no ato.

Helena abriu os olhos sem parar o beijo, e viu que aqueles olhos azuis puros que a encaravam. Seus pés não tocavam mais o chão, e ela não se importou. Sua boca começou a aumentar aquela delicadeza para um beijo descontrolado. Um desejo intenso que arrancava suspiros. Seus lábios por final sugaram os dela, fazendo-a delirar...

Ela separou-se do corpo dele. Era insano. Não poderia! O tanto que ela o conhecia — juntando todos os minutos que havia visto o seu rosto em fotos — nem um dia valia. Ela notou que seus pés estavam no chão, exatamente onde tinha chegado à entrada do prédio, ao lado de seu carro.

Thor a encarou, apreensivo. E, de repente, seu martelo parou em sua mão. Sua mão, um ímã; o martelo, o metal. Helena olhou para os dois, desacreditando quando o viu rodopiar como da ultima vez, antes de partir.

— Você já vai? — o desespero tomou conta de seu raciocínio.

— Eu prometo que volto — Não adiantava prometer... Ele poderia voltar é claro, mas como ficaram tão ligados assim, do nada?

— Eu acredito em você... — ela disse. E então ele saiu dali, voando como um herói sempre faz, em grande estilo.

O corpo de Helena bateu de encontro com o carro. Ela colocou as mãos na boca... parecia ter aumentado de tamanho. Que beijo! Que homem! E a pegada!, sorriu maliciosa enquanto entrava no carro, ainda bamba. Santo Heimdall, traga-o de volta... e logo.


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Notas finais do capítulo

Eae? Gostaram do final? *-*