Change your mind escrita por I am Gleek


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo! Acho que to boazinha hoje :D kk



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A noticia da tentativa de suicídio de David correu pela escola em uma velocidade mais rápida do que a que Flash demoraria para percorrer meio metro.

Os alunos e professores estavam assustados.

Para o pessoal do glee club, aquilo estava resultando em uma semana sem raspadinhas ou piadas. Mas, acima disso, em uma semana de tantas preocupações quanto para os professores. Não se preocupavam realmente com a escola inteira, mas com os amigos de clube.

Will havia reservado o auditório para o clube do coral naquela tarde. Apenas Finn não estava ali, ninguém sabia dizer por que.

Estavam todos sentados em um circulo, em silencio, depois do discurso que o professor havia acabado de dar, se encarando, como se desafiassem um ao outro à contra dizer Santana, que havia acabado de afirmar que ninguém ali nunca havia pensado em se matar.

— Eu já. – Quinn murmurou e todos a encararam – Eu estava com problemas em varias matérias, Sue estava pegando mais pesado que o normal com as cherrios, Finn e Rachel fizeram o dueto perfeito e se beijaram mais uma vez ao terminar de cantar... Eu estava mal, então, assim que as aulas acabaram, eu fui para o campo, atrás das arquibancadas. Eu sempre gostei de sentar ali e pensar. Mas alguém havia tido a mesma idéia. – suspirou – Eu ouvi Finn dizer para Puck que ia pedir Rachel em casamento...

— Você ouviu nossa conversa? – Puck a encarou.

— Foi por acidente, mas sim, essa parte eu ouvi. Desculpe. Mas, o que realmente importa, é que eu me declarei para Rachel aquele dia. E então, corri. Não esperei uma resposta. Quando cheguei em casa, eu precisava relaxar. Pensava no que eu tinha feito e queria acabar com aquilo. Eu tinha certeza que ela nunca mais ia querer ao menos olhar para mim. Somando isso a porcaria que estava a minha vida... Fui até a cozinha e peguei o calmante. Eu pensei em virar alguns e dar um jeito em todos os meus problemas, que não eram só aqueles. Eu não faria falta pra ninguém. Eu pus cinco na mão, e então, ouvi minha mãe gritando que havia chegado. Joguei um na boca, os outros quatro de volta no vidro, subi para o meu quarto e chorei a tarde toda.

— Você...

— Eu acabei dormindo. – Quinn continuou, interrompendo Rachel. Não queria ouvir um sermão agora – Quando eu acordei, decidi que estava na hora de acabar com aquilo de vez. Cheguei a pegar os comprimidos de novo. Subi com o vidrinho para o meu quarto e... Meu telefone tocou. Eu pensei em ignorar, mas o nome da Rach apareceu na tela e... Eu não pensei duas vezes antes de ler a mensagem. Ela dizia que queria conversar. Eu olhei para o vidrinho na minha mão, quando ouvi minha mãe no telefone com alguém no andar de baixo. Ela gritou que Frannie queria falar comigo. Minha irmã parece ter um sexto sentindo de proteção comigo. A gente conversou por algumas horas, e ela prometeu que viria pra cá assim que conseguisse. Eu acabei marcando uma conversa com a Rachel no dia seguinte e a gente se entendeu. Ela já tinha terminado com o Finnutil. As lideres de torcida venceram a competição menos de uma semana depois, e Sue voltou ao normal. Dei um jeito nas minhas notas. Contei para Frannie e para minha mãe sobre minha sexualidade e elas aceitaram tranquilamente. As coisas se ajeitaram. Foi uma idéia estúpida.

— Se você se matasse, eu te matava Fabray. – Santana disse fazendo com que todos rissem um pouco.

— Tenho certeza que a Quinn não foi à única. – Will disse – Mesmo que tenha sido por um motivo tão idiota que não se lembrem mais. Mas as coisas se acertam, e, mesmo com tudo o que vocês... O que a gente passa nessa escola, eu quero ter certeza de que nenhum de vocês vai cometer suicídio. Tirar a própria vida é algo estremo.

— Estamos juntos agora, Sr. Shue. – Kurt sorriu – Se a coisa sair do controle, temos uns aos outros.

Na porta do auditório, Finn encarava o palco com ódio.

Para ele, seria melhor se Quinn tivesse se matado. Ele teria Rachel agora, se isso tivesse acontecido.

Mas Finn faria de tudo para ter Rachel de volta.

***

— Acho que não tivemos um dia dos namorados descente. – Quinn disse abraçando a judia por trás – Desculpe por isso. Quero te recompensar.

— Não importa Quinn. – Rachel fechou o armário e se virou para a namorada – Sei que estava ocupada com Beth doente, mas, mesmo assim, ainda arrumou um tempinho para ficar comigo. É isso que importa. – Rachel deu um selinho em Quinn, que suspirou.

— Faço questão de te recompensar. Puck quer ficar um pouco com Beth esse fim de semana. Ela esta melhor e eu sei que não temos ficado muito tempo juntas desde que, graças ao teimoso do seu pai, peguei a guarda de Beth de volta.

— Meu pai não quis mesmo receber? – Rachel riu.

— De acordo com ele, continuar te vendo feliz é o melhor pagamento que ele pode ter. Mas vamos voltar ao nosso dia dos namorados atrasado, está bem?

— O que tem em mente?

— Só esteja pronta hoje, as sete.

— Para onde vamos?

— Surpresa.

— Você sabe que eu odeio mistério. – Rachel fez bico e Quinn riu.

— Você sabe que eu não vou te contar.

— Nem uma dica?

— Vamos jantar.

— Isso eu podia deduzir sozinha. – a garota revirou os olhos.

— Você me pediu uma dica. – Quinn deu de ombros – Tenho que ir arrumar Beth para ficar com Puck. Te pego às sete?

— Às sete, então.

Quinn deu um selinho em Rachel e saiu.

A judia sorriu e se virou para abrir novamente seu armário, pegou um caderno, colocou dentro da bolsa e fechou o armário novamente, indo para o estacionamento que, provavelmente, já estaria vazio.

Assim que saiu da escola, viu Finn parado ao lado do carro de seu pai, que por algum tipo de milagre o tinha emprestado para ela hoje.

— O que quer Hudson? – perguntou abrindo a porta de trás e jogando sua bolsa dentro.

— Conversar.

— O que você realmente quer Finn? – bateu a porta e parou de frente para o rapaz.

— Não posso mais querer falar com minha namorada?

— Não estamos namorando.

— Tudo bem. Futura namorada?

— Não vamos voltar a namorar. Somos ex. Ponto. Sem outra chance.

— Não faça isso Rach.

— Por favor, Finn, me de licença.

— Rach...

— Eu tenho que ir para a casa Hudson. Meus pais estão esperando. Saia da frente.

O garoto se afastou e Rachel entrou no carro, saindo em disparada para casa, deixando para trás um Finn furioso.

***

— Sua casa? – a judia a encarou.

— Preparei um jantar para nós. – a loira abriu a porta.

— Você cozinhou?

— Tudo vegan.

— E é comestível?

— Muito engraçada. – Quinn fez uma careta e Rachel riu.

***

— Isso tava muito bom. – Rachel sorriu sentando ao lado de Quinn no sofá.

— Fico feliz em ter agradado.

A judia encostou a cabeça no ombro da loira, que passou o braço por cima dos ombros da menor.

— O que aconteceu?

— Nada. Por quê?

— Você parece preocupada. Não minta pra mim Rach.

— Foi Finn. – a judia suspirou.

— O que o idiota fez dessa vez?

— Me parou na escola por que queria “conversar com a namorada”.

— Eu vou socar esse infeliz. – Quinn rosnou.

— Não Quinn. Deixe pra lá. Uma hora ele desiste.

— Se ele chegar perto de você...

— O máximo que ele vai conseguir é que eu vá a policia pedir para que ele seja legalmente obrigado a ficar longe de mim.

— Tenho medo que ele vá longe de mais.

— Vamos falar de outra coisa, ta bem?

— Por exemplo?

— Meu pai parece estar começando a te aceitar na família.

— Isso é bom. Só tenho mais dez dias para convencê-lo de que sou diferente do ser que se denomina meu pai.

— Você já provou isso. E mesmo se não tivesse, não precisaria provar nada para o meu pai. Eu te amo Q. Não vou terminar com você por que ele acha que não vamos dar certo.

— Não quero te trazer problemas Rach.

— Você não vai. Papai pode controlá-lo na maioria das vezes.

— É de família, certo? Ter esse poder sobre a outra pessoa do relacionamento.

— Não sei. Eu consigo te controlar às vezes?

— Às vezes? – Quinn riu – Se não fosse por você falando não, o Hudson estaria em coma agora. – Rachel riu e sentou no colo de Quinn, com uma perna de cada lado do corpo da loira.

— Se eu tenho tanto controle assim sobre você, por que não cala a boca e me beija logo?

— Você não precisa ter controle sobre mim para me pedir isso.

***

— Pai, papai! Cheguei! – Rachel entrou em casa sorrindo.

— Na sala estrelinha! – Leroy gritou.

— Oi. – Rachel se jogou no sofá, entre os dois.

— Por que esse sorriso enorme? – Hiram sorriu.

— Quinn é perfeita.

— Eu arranco os dedos dela fora agora ou amanha de manha?

— O que? Não! Céus pai. – Rachel riu – Não é nada do que você está pensando.

— Então?

— Ela só é perfeita. Fez um jantar completamente vegan na casa dela. Comemos e ficamos conversando.

— Ainda não entendi o sorriso idiota.

— Eu adoro estar com ela pai. Não preciso de outro motivo para sorrir assim.

— Acho que alguém esta apaixonada. – Hiram riu apertando a bochecha da filha.

— Muito papai. – o celular de Rachel tocou e ela levantou, o pegando na bolsa, e suspirou, com o sorriso sumindo do rosto. – O que você quer? – atendeu – Não, eu não quero sair com você. – os dois Berrys a encaravam sem entender – Por que eu tenho namorada! – silencio – Sim, eu sabia. E não, isso não é verdade. – Rachel ouviu a resposta suspirando – Tanto quanto eu a amo. Agora, vai cuidar da sua vida. Você já me irritou Hudson, e eu não quero ter que tomar medidas drásticas. – silencio – Sim, Quinn sabe que você está atrás de mim e só não foi atrás de você ainda por que eu pedi que ela não o fizesse.

— Isso não me parece bom. – Hiram sussurrou para Leroy.

— Talvez eu devesse. Por que não para de me encher e vai atrás de alguém que se interesse por você? E nem me responda por que não me interessa ouvir mais um dos seus milhões de eu te amo falsos.

— Por que não é bom. – Leroy respondeu quando a filha parou de falar novamente.

— Pare Finn! Eu não quero mais estar com você, ok? Nem como amigos, por que você já deixou claro que não é isso que quer. Espero que não me procure mais. – Rachel desligou sem esperar uma resposta.

— Finn ainda está te enchendo o saco? – Hiram perguntou.

— Infelizmente.

— Toma cuidado Rach. Ele pode tentar fazer alguma coisa contra você.

— Cole na Quinn e acho que resolve.

— Pai... O que?

— Sei que ela te defenderia. – Leroy deu de ombros e levantou, dando um beijo na testa de Rachel – Vou deitar. Te espero na cama. – o homem sorriu dando um selinho no marido.

— O que aconteceu com ele? – Rachel murmurou para o pai.

— Não sei. – Hiram sorriu – Vou subir estrelinha. Boa noite.

— Boa noite papai.

***

— Relaxa cara.

— Não tem como relaxar Puck! Rachel é minha. Minha! – Finn gritava, andando de um lado para o outro na casa do amigo.

— Primeiro: para de gritar, ou vai acordar Beth e eu vou socar você. Segundo: Quinn e Rachel se amam. Aceite isso e pare de tentar se meter, ou vai se ver comigo.

— Vai defende-las?

— Ninguém vai mexer com a baby mama e minha princesa judia e sair ileso.

— Ótimo. Vou me virar sozinho então.

— Finn, você vai se meter em encrenca.

— Se não vai ajudar, não atrapalha.

— Eu vou ficar de olho em você Hudson.

— Vai pro inferno Puckerman. – Finn saiu batendo a porta do quarto.


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Notas finais do capítulo

Por algum motivo eu e minha mente doentia (muhahah ~risada malefica~) queremos postar o capitulo 10 hoje. Reviews ajudam ;)