Acordei sentindo o sol queimar meu rosto, parece que me esqueci de fechar a cortina ontem antes de dormir.

Mas não é pra menos de um dia ensolarado, sem problemas, para: tempestade, carro quebrado, pés doloridos.

Levantei da cama quase que me arrastando e fui ao banheiro, depois de fazer minha higiene matinal fiquei me encarando no espelho, até que meu cabelo não está tão ruim como de costume. Que milagre!

Depois desse meu momento de reflexão fui arrumar minha cama que a cada segundo me parecia mais e mais convidativa.

Eu não tive uma noite de sono mal dormida, mas acho que a dor dos meus pés, mais minha preguiça de sempre e o meu mau-humor matinal, não estão contribuindo para uma manhã produtiva.

E assim me rendendo aos desejos da carne, me joguei na cama recém-forrada e dormi...

Quem interrompeu meu sono foi minha mãe, que por mais que saiba que eu odeio que entrem no meu quarto sem minha permissão entrou e me acordou.

Acordou-me gentilmente – menos mal- me chamando para ir comer meu café/almoço e saiu do meu quarto.

Pensei seriamente em fechar os olhos- que ainda não estavam completamente abertos – e voltar a dormir, mas ela iria voltar e o que eu menos quero é dar motivos para ela entrar no meu quarto.

Espreguicei-me e fui para cozinha que ficava no primeiro andar na minha humilde residência que continha 3 quartos,2 banheiros, sala de estar, cozinha/sala de jantar e garagem para 2 carros.

Pode não ser uma casa tão humilde mais já estou acostumada...

Em dias normais minha querida e agora inútil picape ficava ao lado do carro da minha mãe, mas quando meu pai que trabalha em outra cidade –o que nos dava uma situação financeira melhor do que de muitas pessoas de Paradise City- da o ar da graça, meu automóvel ficava na rua. O que muitas vezes resultava em exposição a chuva sem nenhuma proteção, já que aqui em Paradise City o tempo é “ótimo”.

Meu dejejum foi um saco, minha mãe falando de como eu deveria me comportar durante o chá etc.

Finalmente quando ela me “dispensou” com um –se continuar aqui vai me ajudar a arrumar- fui pro meu quarto separar minha roupa para o chá.

Separei várias roupas para minha mãe escolher entre elas já que ela me disse que precisava averiguar a minha vestimenta para não ir parecendo um mendigo -como se eu andasse assim, só ando um pouco desleixada .

Chamei minha mãe até meu quarto, e ela já foi batendo o olho nos meus “looks” me dizendo que eu não tenho nenhum senso de moda concluindo que iriamos ao centro comprar roupas novas para mim ir na incrível confraternização que hoje seria feita pela mais nova vizinha a Sra. Blake.

A cada peça de roupa que eu escolhia minha mãe torcia o nariz e me olhava feio, eu revirava os olhos a qual é ela queria me vestir com sapatos estilo boneca, com um vestido cheio de frufrus e coisa infantil será que ela não percebe que eu já tenho 15 anos?

–Já chega! –disse chamando a atenção das pessoas que estavam na loja em que estávamos- Minha mãe me olhou feio e eu continuei baixo:

–Isso não vai funcionar, porque não escolhemos juntas em outra loja, uma para adolescentes e não bebês ?

Ela me olhou e respirou fundo e acenou positivamente para mim - a qual é ela esta cansada? E eu que nem ir nesse “encontro” queria?

Fomos a uma loja chiquérrima, com ela dizendo que ali encontraria a roupa perfeita para a ocasião.

Uns 30 minutos se passaram e enfim escolhemos algumas peças para eu provar.

Troquei-me rapidamente já que eu odeio, repito ODEIO provadores ,como eu vou saber que não tem uma câmera escondida ou algo do tipo não confio.

Depois de provar as roupas que minha mãe escolheu e de decidir não levar nenhuma, coloquei o vestido que eu peguei e que minha mãe aprovou, era azul com listras brancas, e caiu perfeitamente, por fim decidimos levar esse e sair, minha mãe continuou insistindo que eu tinha que comprar uma blusinha ou casaquinho e um sapato para acompanhar o vestido, eu recusei já que aquele vestido foi uma fortuna, uma coisa tão simples, mais tão cara...

Entramos no caro e coloquei meus fones e olhei minhas mensagens, tinha esquecido a mensagem de ontem, abri e estava escrito :

“Ok, fazemos sexta então, como assim seu carro quebrou?”

E depois varias outras como: “vai me deixar no vácuo é, ok depois não vem pedir carona não ...” entre outras...

Não li todas já que presumi que eram sobre o mesmo assunto de eu estrar ”ignorando” ela e etc.

Chegamos em casa finalmente, e fui me arrumar a pedido da minha mãe.

Tomei um banho relativamente rápido já que não tinha muito tempo para me arrumar. Depois de pronta dei uma olhada no espelho, meu cabelo não estava ruim (Sim eu tenho o habito de fazer isso, não que seja psicótica com essa coisas mais e bom sempre checar né).

Finalmente deu a hora do bendito chá que parecia nunca chegar, demoramos cerca de 35 minutos para chegar a casa da Sra. Blake ,já que a mesma era um pouco afastada da cidade.

Descemos do carro e fomos bem recebidas por ela com um sorriso bonito no rosto dizendo que estava há nossa espera.

Tinha umas coisas bem gostosas lá, pena que não pude comer muito já que minha mãe ficava me dando aqueles olhar ameaçadores de “Espera quando chegar em casa”.

A conversa delas era muito chata, coisas de como deixar o fogão brilhante, e o melhor produto para limpar o chão, mas também falavam dos filhos e descobri uma coisa: tenho muita sorte de Lídia ser minha mãe.

Depois de nos despedirmos de todos, fomos em direção ao carro e nessa hora um carro estava estacionando na garagem (o nosso estava na rua) e logo reconheci, era o carro que me molhou ontem, e Adivinha quem saiu de lá? Sebastian Blake, meu novo colega de classe.

Não fiz nada, só fuzilei ele com os olhos quando ele me olhou estranhando eu e minha mãe estarem ali.

–Você deve ser Sebastian –sim essa foi minha mãe –Prazer Lídia Melarck - falou estendendo a mão.

–Prazer –respondeu ele sorrindo educadamente –e me olhou como um ar interrogativo.

–A essa é minha filha - a cortei antes que me apresentasse – Sophie.

–Oi Sophie - disse tentando ser simpático, fala sério ele me encharcou de lama, e deixou na chuva e esta tentando ser simpático? Hahaha. Mas espera isso quer dizer que ele não sabe que era eu, se prepare Sebastian Blake quando você menos esperar, eu atacarei.

Depois desse momento novela mexicana, na minha mente que foi rápido porque antes que minha mãe começasse a puxar conversa com ele eu disse que já estávamos de saída.

Passei a viagem para casa inteira tentando bolar um plano bom para me vingar, mas nada que servisse apareceu, Criatividade mandou lembranças como sempre.

Quando chegamos em casa, tratei logo de tirar aquela roupa e guardar com carinho meu vestido que custou uma fortuna.

Mandei uma mensagem pra Anna, pedindo pra ela vir me buscar já que estava sem carro, até chamei ela de linda caso ela ainda esteja com raiva de mim. E finalmente dormi, tentando bolar um plano maquiavélico contra meu mais novo “inimigo”.