Dragoste si Umbra - Amor e Sombra escrita por gabi zarcko


Capítulo 3
Crescendo - Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Lembranças sempre trazem consigo fatos importantes,que muitas vezes são ignorados.



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Em uma tarde comum e nublada como de costume, nas terras mais ao norte, o pai enquanto rumava para a sala de conferencia junto de seu amigo Jon Connington, que fora cogitado como possível mão do rei, foi surpreendido com a imagem que viu, Ilona trajava calças de lã típicas de serem usadas por baixo dos vestidos para aquecer as pernas, a diferença era que não havia vestido, e sim uma camisa de um dos irmãos, ambos em preto, e para completar a imagem uma espada de treino feita de madeira estava em seu punho direito.

Enquanto ela manejava a espada e diferia golpes contra o tio, Vayer, segundo irmão de seu pai, ela dizia algo, que fazia o tio rir enquanto se esquivava dos golpes rápidos e firmes da menina.

–----Não sei o que há de tão complicado em manejar uma espada, é como dançar. Os golpes eram realmente bons.

–----Como assim, Ailo? Disse Vayer, com um sorriso para a sobrinha que não cansava de golpeá-lo.

–----Claro, é preciso ter graça, leveza, e confiar, nos próprios pés, pois se não o movimento sai errado e você morre. Ela surpreendera o tio encostando a ponta da espada em seu pescoço, não sem certo esforço já que a menina era pelo menos um metro mais baixa que o homem.

O pai nada menos que fascinado e intrigado chama a atenção da filha.

–----ILONA, venha vamos entrar, vou mandar que lhe banhem e depois vamos conversar. A voz saiu firme.

A menina se assusta dando vantagem ao tio, que com um único movimento retira a espada das mãos dela e a ergue no ar apertando sua barriga fazendo-a gargalhar, o pai e os outros que ali estavam como de costume não conseguiam fazer nada se não rir, já que quando “Ailo” como é chamada pelos amigos e familiares, estava presente é impossível não sentir o ambiente ficar mais leve, inocente e acolhedor, simplesmente ela é capaz de derreter o mais duro dos homens.

Nesse instante o pai se retira para conferenciar com o amigo.

–---- Sinto muito pelo ocorrido, Ilona às vezes treina com os irmãos, tenho medo de que um dia resolva se vestir de menino e se juntar a um exercito. Volgan era calmo pensativo ao mesmo tempo, costumava brincar que seus cabelos estavam ficando grisalhos graças a Ilona e suas peripécias.

–---- Não por isso, devo admitir a menina faz juízo à fama, é realmente mais bela que qualquer outra criança. Disse recebendo uma taça de vinho.Creio que não faltem pretendentes a sua mão, e creio que o senhor sempre os recusa, não é mesmo. Tomou um gole, e tornou a encher a taça. ----- Todos sabem que as meninas nascidas da casa Hilderland,só se casam com Lannisters em raro caso, Targaryen é com esses teve algumas,mesmo antes da chegada de Aegon o conquistador,mas com os Stark a,com esses sim.

–---- O senhor meu amigo faz isso soar engraçado, como se minha casa desse preferência a determinada casa,quando o assunto é casar nossas raras meninas. Volgan tinha um tom leve e descontraído na voz, mal sabia ele o assunto que trataria logo a seguir.

–---- Mas e estaria mentindo? Não, claro que não, alem de que, não lhes tiro a razão, meninas bem nascidas com fibra e moral, essas são raras, com o peso de um sobrenome que esta na linha de sucessão de trono, mais raras ainda agora com um exercito desse tamanho, eu escolheria também com quer casar minha filha.

–---- Nota, o porquê de não casarmos nossas meninas com homens como Lannisters? Não temos e nunca tivemos a pretensão de reivindicar o trono de Westeros, nunca tivemos a pretensão de nos metermos em guerras, somos sim uma casa forte e com grande exercito, mas não para guerras a menos é claro que a guerra nos procure.

A mensagem ficou no ar, todos temem entrar em guerra com os Hilderland,são a única casa que sozinhos possuem o maior exercito de Westeros,todos sabem de um certo gral de parentesco com os Targaryen,que chegaram a quase quinhentos anos,alem é claro de saberem que sãos em duvida alguma uma casa de peso em relação as outras.

–---- Entendo, e é sobre isso que vim falar com você, deveria ficar atento,e casá-la antes mesmo que esteja florida,depois que florescer pode mandá-la morar com o marido,muitos estão de olho nela,sabem que de acordo com as regras referentes as meninas nascidas em sua casa,ela será herdeira de seu nome,seus meninos também sabem disso e não parecem se importar,por este motivo lhe digo,a mantenha longe da desgraça do mundo.

–---- Acho que não entendi bem, estão ameaçando minha filha? Volgan agora tinha uma expressão firme, daquelas de quem está pronto para ir à guerra e vencer.

–---- Não meus amigos querem apenas que você a ensine, que o mundo não será delicado com ela, como diria um Stark “O inverno está chegando”,precisa protegê-la,a profecia referente a ela já foi decifrada,ela será a única capaz de salvar a humanidade,do que esta por vir,alem do que o senhor sabe que quando uma menina Hilderland nasce a guerra vem junto com ela.

–--- Nunca falei e nem pretendo falar com ela sobre essa maldita profecia, não enquanto ela puder ficar a salvo comigo.

–---- De minha parte ela nunca saberá. Os dois permaneceram ali conversando por um tempo.

Quando finalmente se deu ao luxo de ficar alguns momentos sozinho, Volgan encostado em sua cadeira lembrou do dia em que sua alegria virou pavor.

[...]

–---- O senhor seguirá a tradição? Meistre Argon havia acabado de trazer mais um Hilderland ao mundo, ou melhor, uma Hilderland.

–---- Ela é só um bebê,um simples e inocente bebê, tem que haver outro jeito.

–---- O senhor sabe, não sabe se seu filho assumir seu lugar por direito ele morrerá,assim acontecerá sucessivamente até que a menina assuma,é o destino que sua família carrega a anos.

Volgan permanecia meditando, recostado em uma parede.

–---- Me traga o grande livro das casas e famílias de Westeros. A voz dele era sempre leve e calma, mas ultimamente, ou melhor, nesse momento era firme e fria como a muralha.

–---- Sim senhor. O mestre era um homem velho e se movia devagar.

Leu e releu cada linha com o maior cuidado do mundo, leu tudo o que pode referente até mesmo aos primeiros Hilderland, que eram apenas uma vila com uma quantidade absurda de ouro em seus porões,quando Aegon,o conquistador chegou a Westeros.

Chegou então à parte que falava de seu casamento com uma das inúmeras filhas espalhadas por sabe-se lá qual bastardo Martell.

Leu quase trezentos anos de história, naquele livro que era um pouco mais novo que os outros, porem trazia a história de pelo menos quatro gerações,trazia também a parte mais valiosa, a parte em que os Targaryen chegaram a Westeros.

Alano+Aryanna,eram os lideres da casa Hilderland na época,tiveram dois filhos,gêmeos Alano II,Alana,essa acabou se casando com um Targaryen,dando assim origem a uma linhagem de Hilderland’s,com sangue de dragão,ou algo próximo a isso já que o Targaryen em questão era um bastardo.

O rapaz morreu durante uma visita ao norte da muralha, ainda jovem, ele ouviu essa história uma vez. [...] Muitos diziam que os meninos Hilderland eram amaldiçoados a cada duzentos anos, nascia uma menina, a menina trazia com sigo a guerra e trazia também a vitória. Porem se o irmão tentasse assumir seu lugar por direito esse morreria. A história da maldição veio quando os Hilderland’s chegaram a esse mundo, a muito tempo atrás,um dia um deles zombou dos deuses,e eles teriam amaldiçoado sua linhagem,”Todas as meninas nascidas desse tempo em diante,herdaram as características da mãe,os meninos do pai,para que assim se a maldição não for acalmada,os filhos dela nunca terão semelhança com os Hilderland.A guerra vinha junto com a menina nascida de uma das casas mais ricas de Westeros,a solução era torna-la herdeira,e casá-la com um homem capaz de garantir a vitória.”[...]

Sempre zombou do irmão Vayer por acreditar nisso, agora lá estava ele diante de todas as provas que precisava.

Ainda absorto em pensamentos, levantou-se em um salto já com a mão na espada quando ouviu o grito da mulher.

Chegou ao quarto e uma das parteiras levitava, caindo logo em seguida com um baque surdo no chão, levantou-se outra vez e com uma voz sobre-humana começou:

–---“Nascida a cada duzentos anos assim como as outras, traz consigo grande alegria, e imensa tristeza,assim como as outras trouxeram a guerra essa também trará,será a ruína ou a glória, mas isso só ela decidirá.”

A mulher caiu expelindo sangue pela boca a cena era atordoante, mas a mensagem foi clara.


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Notas finais do capítulo

:D



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