Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 122
Capítulo 122




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/52310/chapter/122

- O que você quis dizer com “no escuro todos são iguais”? – Rosalie perguntou, agradecendo por estar sentada, caso contrário tinha certeza de que suas pernas não mais sustentariam o peso de seu corpo.

Ao fundo pôde ouvir Victor resmungando alguma coisa, mas não conseguiu compreender, o que a fez agradecer mentalmente por sua mãe estar com Elle e sua sogra ter dado poucos passos até se agachar ao lado de Victor, atendendo o neto. Sabia que por mais que ela falasse com Victor, a mãe de Emmett ainda mantinha o ouvido focado nas palavras que o oficial tinha a dizer, e Rose lamentou não ter essa capacidade, o que fazia seu coração de mãe se apertar por estar sendo negligente, por outra parte era seu coração de esposa que falava mais alto, tendo certeza de que suas crianças ficariam bem, mas quanto a Emmett ela não poderia dizer o mesmo.

- O que significa? – ela voltou a perguntar, meio segundo depois, ao ver que o oficial nem sequer abrira a boca para lhe dar qualquer resposta que fosse.

- Significa que de noite não se pode distinguir exatamente quem é seu oponente nem quem está do seu lado. Eles precisavam sair sem serem vistos, mas algo saiu errado, e tudo que sabemos agora é que os soldados que se encontravam naquele comboio foram levados para o hospital.

- Como ele está? – Ela perguntou ficando de pé e enlaçando suas próprias mãos, caso contrário acabaria por segurar aquele oficial pelo colarinho até que lhe dissesse com riqueza de detalhes como seu marido se encontrava.

Oh Deus. Pensar em como Emmett deveria estar naquele instante fez seu estômago se revirar, e se não estivesse com o estômago vazio tinha certeza de que acabaria por passar mal. Só de imaginar o que poderia ter acontecido com ele, Deus, eram tantas as opções, e nenhuma delas lhe parecia no mínimo aceitável, só queria trazê-lo de volta para casa. Só queria tê-lo deitado na cama deles, lhe fazendo amor, chamando-a de Rose do jeito arrastado que a fazia se arrepiar. O queria ali, com ela, com os filhos.

- Como ele está? – Ela voltou a perguntar, irritando-se por ter que perguntar duas vezes por cada dúvida que tinha. Ele não havia ido até ali para lhe dar informações? Então o que estava acontecendo?

- Não sei lhe informar isso, senhora – ele respondeu observando o papel que trouxera junto com o jornal que anunciava o ocorrido.

- Como não? – Rose sentiu seu coração parar, para então voltar a bater ainda mais acelerado que antes.

Foi quando o jovem oficial Marcus mexeu na maleta, que Rose finalmente se deu conta do que poderia haver ali. E eram tantas as opções, sendo que muitas não a agradavam, que preferiu desviar o olhar.

- Mas antes que isso acontecesse, poucos dias antes, seu marido deixou isso com um dos responsáveis pelo grupo para que fosse entregue a você, ele gostaria que você lesse – disse Marcus entregando a ela um bolo de folhas de papéis, Rose folheou-as por cima, conseguindo reconhecer a letra meio borrada e totalmente masculina de Emmett, era a letra dele que se encontrava em cada simples folha daquele maço. O que significava aquilo?

Ela encarou as folhas enquanto o silêncio permanecia na sala.

- Eu quero ver o meu filho – a voz de sua sogra fez Rose erguer o rosto, desviando sua atenção em seguida para Victor, quem havia voltado a brincar com seus blocos coloridos.

- Senhora... – o oficial começou a falar.

- Não me diga que você não está autorizado! – ela esbravejou fazendo o homem arregalar os olhos pela surpresa. – Meu marido estava no comando desses soldados, se não posso ver o meu filho, me leve ao meu marido.

Diante do silêncio do oficial, ela estremeceu.

- Você não tem algo a me contar sobre meu marido? – Questionou movendo-se lentamente.

- A senhora é a mulher do capitão? – Ele pareceu precisar de um segundo para absorver a informação, mas não demonstrou ter sigo pego desprevenido. – Então deve saber que, como dita o procedimento padrão da brigada americana, o capitão nunca está no mesmo carro que os soldados, deste modo...

- Ele está bem – Rosalie completou a frase, sentindo um ódio crescente, porque era tudo culpa desse homem que se dizia pai, por Emmett estar na guerra.

Era culpa dele e agora, enquanto não fazia a menor ideia de como seu marido se encontrava, tinha de ouvir que seu sogro se encontrava muito bem? Parecia até uma piada de mal gosto.

- Então me leve até onde ele está, eu estou lhe ordenando – a mãe de Emmett falou, sem pestanejar, encarando aquele oficial.

- Não posso ficar aqui – Rosalie respondeu, como se saída de um transe. Virou-se para encarar seu filho, que continuava distraído com cubos coloridos, alheio ao que se passava naquela sala, alheio a toda tensão e drama que envolvia sua própria família.

Seu coração apertou por pensar em deixá-lo sozinho, mas sabia que sua mãe estava ali e ela cuidaria dos netos, porque naquele momento sua prioridade era Emmett, e ela precisava vê-lo.

- Vou com vocês – ela tornou a dizer, como que para garantir que eles ouvissem e não saíssem sem ela.

Breves palavras foram trocadas com sua mãe, que compreensiva como sempre fora, entendeu a situação que se abatia sobre sua filha mais velha, e dando a benção a ela, rezou para que tudo acabasse bem.

Só ao sentar no banco de trás do carro do oficial, foi que Rose se deu conta de que carregava nos braços o bloco de papéis que Marcus lhe entregara, o bloco que havia sido escrito por Emmett. Abraçou-se mais àquelas folhas, e por um momento foi como se pudesse sentir o perfume de Emmett impregnado ali, e não duvidava que realmente estivesse, pela quantidade de folhas entre seus braços, ele haveria dedicado um bom tempo aquilo.

Ajeitou-se no banco, ainda abraçada ao bloco, sua curiosidade despontava para que lesse o que ele tanto havia escrito, mas algo em seu interior lhe dizia que aquele não era o momento para ler o que aquelas folhas guardavam, nem o momento nem o lugar.

Leria quando estivesse próxima dele, pensou Rosalie, decidida.

- Não posso lhe garantir nada – ela ouviu o oficial falando com sua sogra. – Vários homens foram feridos, alguns precisam ser reconhecidos ainda, por isso não está sendo permitida a visita de familiares, mesmo que todos estejam sendo avisados.

- Muitos mortos? – Rose pode ver como sua sogra engolia em seco após pronunciar aquelas palavras, o medo pela resposta atingindo a ambas.

- Vários.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n/a: desculpem a demora, mas o próximo eu prometo postar logo!
espero que gostem
:)

e leiam as respostas nos reviews que vocês escreveram, talvez tranquiliza algumas -ounão.

até o próximo.
beijos.