Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 107
Capítulo 107




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Acho que por já ter passado pela experiência uma vez, desta vez Rose estava realmente calma, enquanto eu parecia mais pilhado que antes. Qualquer gemido ou troca de posição era motivo para me deixar em alerta, ainda mais agora que não podíamos mais fazer amor. No primeiro dia Rose pensou que eu estava brincando com ela, mas sim, eu ainda me sentia atraído por ela, mesmo estando alguns quilos mais pesada e com a barriga saliente. Mas afinal por aquela criaturinha que logo nasceria eu faria qualquer coisa, e sempre me lembrava de como havia sido com Victor, nas primeiras semanas nós estávamos tão compenetrados e envolvidos com ele, em aprender seus choros e suas manhas, em cuidar dele e tentar fazer tudo direito que os dias sem sexo acabaram passando rápido, até porque com Victor sempre pendurado em seu seio, ficava difícil – palavras de Rose.

Agora aqui estávamos, em pleno outono, mas com um calor que nos fizera ir para a casa dos pais de Rose – depois de muita insistência dela e manha de Victor – para que ele passasse o dia brincando com Anne e o avô na piscina. E tenho de dizer, o pai de Rose estava realmente todo bobo por ter um neto e estar tendo a chance de brincar assim com ele, aproveitar e vê-lo crescer.

Deixe-me explicar, o pai do meu sogro morreu quando ele tinha dezesseis anos, e o pai de minha sogra morreu quando ela também era jovem, assim nem Rose nem Anne tiveram a chance de brincarem com os avós... E por ser uma tendência as pessoas não viverem muito, principalmente por tudo que fazem de errado como fumar feito uma chaminé, sempre beberem e nunca se cuidarem – novamente palavras de Rose. Acho que por isso meu sogro sempre foi tão cuidadoso consigo mesmo, nunca bebendo mais do que deveria, sempre zelando pelas filhas... E por eu ser assim também, não só por escolher viver assim, mas também porque bebidas como cerveja eu não consigo ingerir e sempre odiei fumaça de cigarro e charuto, deve ser por isso que ele me aceitou para ser marido de sua princesa mais velha. Por isso e por ele ainda poder tratá-la como uma princesa.

Ele maneou a cabeça vendo como Rose vinha carregando uma pilha de pratos, e não dava nem para acreditar que ela havia se mexido a noite inteira pelos movimentos do bebê, tudo que ela menos queria era ficar parada, enquanto eu e o pai dela tentávamos ao máximo fazê-la sossegar. A atenção do meu sogro logo foi roubada por alguns movimentos de Victor, que não queria ficar apenas parado na piscina, mas sim sendo jogado de um lado para o outro, pulando na água e batendo os bracinhos. E sim, ele era bem hiperativo.

- Que tal você descansar um pouco? – perguntei me aproximando de Rose, e contive a vontade de rir quando ela bufou revirando os olhos.

É. A atenção do meu sogro havia sido desviada, mas não a minha e eu a queria sossegada.

Ela tocou meu peito como se quisesse me empurrar, e eu ri baixinho segurando suas mãos, ela voltou a revirar os olhos e deu dois passos para trás.

- Eu já disse que estou bem – ela bufou e tenho certeza que por muito pouco ela não havia ficado batendo o pé no chão.

- Seus pés estão inchados – eu disse olhando para os pés dela, e ela revirou os olhos.

- Amanhã é sábado, eu prometo que passo o dia deitada com as pernas para cima, melhor, assim que chegarmos em casa eu vou para cama, mas enquanto o bebê não está me chutando e eu não estou com vontade de fazer xixi, pode me deixar ajudar a minha mãe? – ela falou tudo em um só fôlego, e suas bochechas ficaram vermelhas, e novamente foi por pouco que ela não ficou batendo o pé. Maneei a cabeça indo abraçá-la, mas ela se virou e entrou na casa, deixando-me sozinho e bufando.

Você nunca me obedeceria, não é mesmo? Sempre fazendo do seu jeito. E eu, claro, permitindo.

Minutos depois ela voltava trazendo uma travessa de risoto que ela havia preparado, e depois de muitos protestos todos sentaram a mesa que havia na área externa, eu ficando com Victor ainda úmido da piscina e enrolado em um roupão diminuto sobre meu colo.

- Vocês não vão desistir disso? – Rose perguntou e eu bufei, enquanto meu sogro revirava os olhos.

- Ela precisa descansar, e você sabe disso – ele disse para a esposa que só revirou os olhos, ignorando-o. – Ao invés disso vem para cá fazer almoço, e fica carregando as louças de um lado para o outro...

- Ainda falta uma semana para o bebê nascer – ela disse voltando a comer, querendo nos ignorar também. – Isso se não atrasar.

Era por isso que eu odiava não ter a certeza de quando o momento chegaria, sempre que íamos a médica ela dizia “qualquer hora pode começar” ou “pode atrasar alguns dias, não se preocupe” nunca “vai nascer no dia exato”.

- Ainda assim – foi meu sogro quem falou – você deveria estar descansando um pouco – ele sorriu para ela, e estendeu a mão para tocar seu ventre saliente. – Porque depois que esse bebê nascer você não vai ter muito descanso.

Rose riu e maneou a cabeça, para depois se virar para Victor, levando uma colher de risoto a boca dele. Há meses Victor queria comer sozinho, mas ultimamente Rose estava, de certo modo, se sentindo, como posso dizer, culpada talvez pelo bebê que estava a caminho e tiraria alguns dos privilégios de Victor com ela, por isso sempre que podia – e que Victor permitia – ela o ficava mimando e abraçando. Como agora dando comida para ele, enquanto eu o segurava em meu colo, tentando manter as mãozinhas dele longe do prato, para que nada fosse derrubado.

E ela não se importava no mais mínimo em ter trabalho para cuidar de um bebê, disso eu sempre tive certeza. Pelo contrário, Rose adorava ficar ninando Victor em seu colo, e estava sempre beijando seus fios claros e suas bochechas rosadas.

Todos sabíamos disso, mas mesmo assim o pai dela continuava a “implicar”, mesmo que não fosse para valer. Um dos motivos para que ele implicasse era claro, e não era novidade alguma para mim: por Rose ter se casado e tido o primeiro filho ainda muito nova. Eles já haviam tido essa conversa uma dúzia de vezes, e em todas o pai dela deixava claro que sempre havia sido contra quando ela estava com Royce, e que mesmo eu sendo um cara melhor que ele, Rose ainda era muito jovem. Em certa parte isso se devia as viagens que ele havia querido fazer com sua esposa, todos os planos que eles fizeram e que foram interrompidos pela chegada do primeiro bebê.

Então Rose e eu não podíamos dizer que não entendíamos o lado dele, porque nós também tínhamos os nossos planos, mas acima de querer viajar, vinha a vontade de termos a nossa família.

- Não vamos discutir isso de novo – Rose disse revirando os olhos, um sorriso em seus lábios enquanto voltava sua atenção para Victor.

O pai dela também revirou os olhos e suspirou, fazendo-nos rir e a mãe de Rose apontar todas as semelhanças entre pai e filha, que só o fez suspirar mais uma vez.

- É bom que esse bebê puxe a você, Emmett – ele falou por pura implicância enquanto Rose gargalhava jogando o cabelo para trás.

- Realmente, três de nós seria muito – ela maneou a cabeça, o sorriso permanecia em seus lábios. Porque essa era outra implicância entre eles, por serem tão parecidos estavam sempre apontando pontos um do outro.

E algo me dizia que esse bebê seria exatamente igual a Rose, ainda mais se fosse uma menina.

 


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Notas finais do capítulo

n/a: mais um saindo
espero que gostem, e deixem reviews!!!

beijos.