O casarão no fim da rua escrita por Lorena L


Capítulo 9
Desaparecido Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Então, desculpa pela demora, é que eu postei o capítulo e só duas horas depois percebi que algo tinha dado errado e ele não havia sido postado. Bom, esse capítulo tem duas partes porque senão ficaria muito longo, e a segunda parte será postada em breve (terça ou antes) como capítulo bonus. E terça teremos um capítulo normal. A parte dois também será narrada por Rob, porém ele não será o único. Outros personagens também vão mostrar seus pontos de vista.
Enfim, espero que curtam



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Na cozinha, as coisas andavam um pouco diferentes.

De certa forma, a cozinha estava a seu favor. De certa forma nem tanto.

Eles haviam trazido algumas poucas coisas até o casarão, como três garrafas de suco, algumas sopas enlatadas, muito macarrão instantaneo, cereais, energetico e algumas outras coisas. Se soubessem como economizar, aquela comida toda duraria até o fim de sabado. Mas o problema era esse. Eles não sabiam quanto tempo ficariam naquele lugar. Não sabiam sequer se sairiam algum dia daquele lugar.

Robert fingia não estar apavorado com a situação toda. Afinal, ele sentia, todos estavam. Mas ele e Henry principalmente, deveriam ser os mais irritados e tristes com a situação. Fred era amigo deles. Os três eram muito próximos. Rob conhecia Fred; sabia de sua esquisitices, de seus vícios e de suas (muitas) encrencas, e era imaginável que tal um dia acabaría morto -assassinado- por causa de seus problemas. Mas não daquele jeito. Não poucos dias depois do natal. Não com outros sete jovens como possíveis cumplices. Não de forma tão fria. Foi então que Fred começou a se perguntar. Será que aquilo tinha alguma coisa a ver com o passado de Fred? Será que essa pessoa sabia que Fred estaria na Fraternidade VI na hora e no lugar em que ele foi morto? Será que ele havia sido seguido até ali? Será que ele sabia que seria morto? “Ele sabia demais”. O que, exatamente, ele sabia?

– Achei alguma coisa - Arthur disse. Segurava uma folha de papel rasgada. - É um bilhete. Daria estava certa. - Ele parecia tentar negar os fatos que passavam por sua cabeça naquele momento - tem alguém tentando brincar com a gente.

– Brincar? Brincar?! - Rob riu sarcasticamente - Arthur, seja lá quem for, matou o meu amigo, e provavelmente planeja matar a todos nós. Esse cara não está de brincadeirinhas. Deixe-me ler o bilhete.

A regra é clara. Um por dia. O perdedor pagará com a vida.”

Melissa tomou o bilhete nas mãos.

– Precisamos levar isso para o resto.

x_x

Arthur leu o bilhete em voz alta para todos os que estavam presentes na sala. O cheiro do corpo de Fred invadira o lugar, enquanto Daria e Henry embrulhavam o corpo de fred com um lençol e colocaram-o debaixo da cama. Todos ali estavam nauseados, e em silencio. Alice foi a primeira a falar

– Esse cara está definitivamente brincando com a gente.

– Então estamos assumindo que a pessoa que está escrevendo esses bilhetes seja um cara? - Perguntou Melissa.

– O que você quer dizer com isso?

– Quero dizer que não sabemos quem é. Ou quantos são. Seja lá quem for, deve ter ajuda. Não poderia fazer tudo isso sozinho.

– Então do que deveriamos chama-lo?

– Qualquer coisa. Não importa quem é, o que é, quantos são - Disparou Rob. - O que importa é que precisamos sair daqui. Não vou ficar mais nenhum minuto nessa casa.

– Como você planejaria sair, Robert? - Perguntou Alice.

– Vocês não vêem? Somos todos sete contra um, ou seja lá quantos forem. Nós temos a vantagem numérica.

– Não sabemos disso Rob - Disse Melissa.

– De qualquer forma, se sairmos escondidos hoje a noite, poderemos levar o caso a policia, contarmos o que a gente sabe. E tudo isso acabará.

– Não - Disse Arthur - não pode ser assim tão simples.

Claro que isso é simples. Nós só estamos complicando as coisas, não veêm? Esse cara não pode ser tão inteligente assim. Olha as notas que ele nos deixou até agora! Todas elas são tão obvias, tão sem sal, tão pouco originais. Isso está tão simples. Cortar a força de luz, grande merda. Podemos pular a janela, podemos usar qualquer coisa que estiver nessa casa a nosso favor.

Nesse momento, Daria e Henry terminaram o trabalho e vieram de encontro com os amigos. Daria parecia aflita, seu rosto esboçava grande pavor.

– Você está certo. Isso está fácil demais. - Ela tinha o olhar penetrado - um assassino não poderia estar deixando as coisas tão simples. E as coisas no momento estão simples demais. Um assassino não facilitaria tanto as coisas.

– Ou talvez sim. - Disse Alice. - Robert está certo. Nós temos uma chance de escapar, e deveriamos fazer isso o mais rápido possível.

– Alice, isso não-

– Daria, pensa um pouco. O que nós podemos ser juntos? Vamos concordar que muita coisa. Temos a inteligência do Arthur e a sua, a força do Henry e do Rob, os planos da Melissa, o meu pensamento rápido, e a Amber tem-

Amber olhou para Alice. Parecia nervosa.

– E a Amber tem um segredo - Disse a garota de olhos negros. Todos pareciam intrigados com a garota repentinamente fazendo tal afirmação. - Há dois anos atrás, eu dormi com Fred. E ele me disse uma coisa… Que eu temo que possa estar relacionado com sua morte.

– Amber - Perguntou Arthur - O que Arthur te disse?

– Que ele havia feito alguma coisa. Alguma coisa que comprometeria seu futuro para sempre. Que estava “esperando” para acerta-lo de volta.

– Ele te disse o que era? - Perguntou Melissa.

– Não. Mas de certa forma, ele não parecia culpado. Nem nervoso. Parecia que tinha tudo sob controle.

– Fred era bom em fingir que tinha tudo sob controle - Disse Henry. - Era uma de suas melhores qualidades.

Robert não negava; aquilo era verdade. Fred tinha o dom da mentira. Era capaz de omitir, fingir, enganar tão bem, que toda vez que o fazia, Rob se perguntava sobre a origem da palavra “Mentira” e seus sinônimos. Como uma pessoa poderia ser capaz de usufruir do que todos chamam de um defeito de forma que lhe faz parecer ter um dom? Rob não sabia a resposta. Mas sabia que Fred estava nela.

– Podemos, por favor, sair dessa sala? O cheiro está me deixando enjoada.

Nesse momento, ouviram passos vindos de algum lugar naquele andar. O coração de todos presentes naquela sala pararam por um segundo. Robert segurava com força a ponta de seu casaco de inverno. Viu Arthur hesitar, e segurar a única arma que tinha - o canivete de Amber - apontando-o para a porta.

Os passos começaram a se aproximar. Robert precisava pensar rápido; correu até a porta, e fechou-a bruscamente.

– Rápido, agora é a nossa deixa! - Ele cochichou. Correu até a janela e forçou a fechadura - Ele está nesse andar, se pularmos essa janela agora, teremos uma chance! - Alice parecia quase convencida de que sair dali o mais rápido possível era a melhor ideia. Parecia a única, na verdade. Mas, enquanto caminhava na direção da porta, sentiu as mãos de Daria lhe tocarem o ombro.

– Não podemos - Disse. - Tem alguma coisa acontecendo que é muito pior do que poderíamos imaginar. E se contarmos para a polícia agora, nós vamos ser incriminados. Todas as evidencias apontam para nós nesse momento.

– Que evidências!? - Disparou Alice - Se ficarmos, nós também seremos incriminados! Não tem nada que possamos fazer para escapar da justiça. Mas precisamos rever nossas prioridades; é da morte ou da corte que vocês querem escapar?

– Nós não somos culpados - Disse Melissa. - E se a policia acreditar que somos, o único jeito é de provarmos do contrário.

– Você está dizendo que é para a gente ficar? - Indagou Amber.

– Ela está dizendo que devemos esperar - Interfiriu Daria. - Tentar descobrir o que está acontecendo, antes de darmos algum outro passo. - Melissa olhou para a garota. Em seus olhos dava para ver que silenciosamente dizia "Obrigada".

– Essa é uma péssima ideia - Rob estava perdendo a paciência - não posso ficar mais nenhum minuto nesse lugar.

Arthur o encarou desafiante.

– Você não pode… Ou você não quer?

Nesse momento, a porta bateu com um terrível estrondo, e Rob tropeçou nos próprios pés, salvo pela perciana que segurava.

– Vamos acabar logo com isso - Disse Henry, já enfurecido.

Pegou o canivete de Arthur, e avançou até a porta, abrindo-a rápidamente.

Não tinha ninguém a vista.

Apenas outro bilhete.

Eu ouço tudo.



(Continua…)


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Notas finais do capítulo

Gente, eu estou sentindo que meus capítulos andam meio parados. Isso é só impressão minha ou vcs também repararam? D: Se sim, me avisem nos comentários, para eu dar um jeito. Se não, avisem também kkk eu gosto quando vocês dão a opinião e/ou discutem o capítulo comigo nos reviews.
Até breve cambada o/
Xx



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