O casarão no fim da rua escrita por Lorena L


Capítulo 8
A cena do crime


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo gente! Tenho alguns avisos prévios, antes de tudo...
Minhas aulas vão voltar em duas semanas, e quando começarem, provavelmente não terei tempo para mais nada. Por isso, quero deixar avisado que a partir do dia 19 de agosto, eu começarei a postar apenas um capítulo por semana, só não decidi qual ainda...
Mas, até lá, teremos os dois capítulos semanais de sempre, e espero que gostem desse o/
P.S. Desculpa pelo nome. Ta meio merda. Só não sou muito boa com nomes, entendam.
P.S.2: Ficou meio longo esse. as fiquei muito animada escrevendo hoje e acabei me exaltando hoje ahuuahuahau
Bjs de luz :3



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Tentando concentrar-se no que estava acontecendo, sem perder o foco, Daria fechou-se por um momento. Alguma coisa precisava ser feita; alguém precisava racionalizar um pouco, e se esse alguém tivesse de ser ela, então que seja.

Um corpo morto. Ao seu lado, escrito com o o próprio sangue "Ele sabia demais". Minutos depois, uma mensagem escrita com uma faca na parede ao lado da porta "Vocês são meus convidados. Um bom anfitrião continuaria a festa. Mas agora o jogo terá as minhas regras.

Preparem-se". Se a mesma pessoa que matara Fred era a que deixara a mensagem, então ela deveria ter algum plano. Talvez já tivesse planejado aquilo antes mesmo de todos naquela sala pensarem que existia uma fraternidade como a VI. Henry dissera que Fred já sabia da existencia da casa ha um tempo indefinido. Além dele, será que alguém mais sabia?

– Gente… - Daria abriu a boca pela primeira vez - Acredito que todos nós estamos de acordo com o fato de que Fred foi assassinado, debaixo de nossos narizes. E sabemos também que ele já sabia da mansão mesmo antes de Henry - Ela deu uma breve pausa. Todos estavam acompanhando - E se ele também soubesse da existência do assassino? E se.. Ele soubesse que estava correndo perigo?

Alice soltou de seu braço, e a olhou incrédula. Henry parecia confuso, Rob meio bravo, Amber e Melissa.. Bem, elas pareciam estar em outro planeta. O único que parecia ter entendido seu raciocínio fora Arthur.

– Daria, você realmente quer dar uma de Harriet, a espiã? A essas alturas? - Disse Robert, nervoso - Tudo bem, eu entendo, mas nesse momento não podemos simplesmente tentar entender o que está acontecendo, precisamos sair daqui. E da forma mais rápida possível.

– Robert, Daria está certa - interrompeu Arthur - Não podemos simplesmente fugir darqui, nós somos reféns de um assassino. Nós não sabemos do que ele pode ser capáz de fazer. Querendo ou não, precisamos entender antes de tentarmos dar algum passo. Não temos luz, nem energia alguma. A casa fica a pelo menos dois kilômetros de qualquer sinal de civilização. Nós estamos completamente isolados.

Melissa voltara a terra. Mas não parecia ter prestado atenção em nada do que eles haviam dito.

– E se… Quando ele, ela, quem for - ela olhou para Daria - disse que agora jogaríamos o jogo as regras dele… Ele estava nos dando uma charáda?

Robert olhou para ela.

– Isso não se aplica ao que estamos discutindo agora, Melissa.

– GENTE! - Gritou Alice que finalmente abrira a boca. - Acho que estamos todos pensando demais e agindo de menos. Temos um homem morto no andar de cima, um assassino a solta e vocês realmente estão pensando em como jogar essa merda de joguinho? Seja lá quem for, esse cara é louco!

– Exatamente! - Amber piscou - Temos um assassino atrás da gente, galera. Se sairmos daqui todos juntos… Seremos sete contra um.

– Sair como? Pelas janelas? - Apontou Henry para uma. Todas estavam lacradas com madeira, desde o dia que chegaram.

– É aí que podemos estar errados… - Melissa parecia assustada - E se não for apenas um assassino? E se forem vários?

– EXATAMENTE! - Exclamou Daria. - Nós não fazemos ideia de com quem (ou o que) estamos lidando. Isso tudo pode ser apenas a ponta do iceberg. De algo de porporções muito maiores.

– Agora vocês todos estão viajando - Disse Rob. Daria se sentiu um pouco ofendida, afinal o garoto era um de seus melhores amigos. - Nós estamos especulando sem ao menos sabermos o que está acontecendo. E se - Ele olhou para Arthur e Alice - não tiver sido um assassino de fora… Mas sim um de nós? Quem não nos garante isso?

Naquele instante, algum barulho vindo de algum lugar da casa os distraiu.

– O que você estava dizendo, Robert? - desafiou Arthur.

Daria colocou a cabeça para funcionar… Talvez sua ideia pudesse fazer algum sentido. Se ela ao menos tivesse certeza de alguma coisa…

Mais uma vez o barulho. Dessa vez todos ali sabiam de onde vinha.

– A cozinha. - Disse Arthur. - Tem alguém lá dentro.

Ele, que ainda segurava o canivete de Amber, começou a andar na direção do cômodo. Alice o parou.

– Não! Você não pode ir, Arthur. É perigoso! Você não vê que isso pode ser uma armadilha? Precisamos ficar juntos. O tempo todo.

– Então venham comigo, oras. - ele disse, arqueando as sobrancelhas.

– Vocês não percebem que seja lá quem for, está ouvindo e sabe de cada passo que nós damos? Vocês não veêm que podemos estar sendo constantemente vigiados nesse exato momento? - Disse Melissa.

– Eu tive uma ideia. - Daria falou de súbito. - Isso pode soar muito idiota, mas devemos nos separar. Essa pessoa não está simplesmente nos matando aleatoriamente. Essa pessoa quer jogar um jogo. Está selecionando meticulosamente cada passo que damos e só então dando o bote. Talvez ele, ela o que for tenha apenas deixado uma nota na cozinha.

– Então você quer que eu vá na cozinha…? - Perguntou Arthur.

– Sim. Você e… Melissa e Robert devem ir a cozinha. Eu e o resto subimos para o segundo andar. Nos encontramos la em cima. Se alguém precisar de ajuda… De um grito.

– O que você fará lá em cima, Daria? - Perguntou Alice.

– Eu não estudei medicina por dois anos e meio da minha vida pra nada.

x_x

O cheiro de defunto e sangue seco estava cada vez mais forte naquele cômodo. Eles haviam deixado a porta aberta quando escaparam para o quarto ao lado alguns minutos atrás e agora o diâmetro inteiro do corredor estava enfestado com o cheiro. Daria estava na frente. A garota estava estudando medicina e planejava ter uma residencia de cirurgia o quanto antes. Daria sabia como procurar. Só não sabia ao certo o que. Ela queria provas, e aquele corpo poderia fornece-las.

– Henry, Amber, Alice, preciso que vigiem a porta para mim.

– O que você vai fazer? - Perguntou Amber.

– Talvez tenha alguma coisa nesse corpo que possa nos dar alguma resposta. Se eu tivesse luvas descartáveis comigo… Alguém aqui tem um saco plastico em mãos?

– Desculpa Daria - Disse Alice.

– Tudo bem. Alguém, me ajuda a procurar.

O cheiro estava forte demais, e todos já usavam suas camisetas para abafar o cheiro. Amber tossiu um pouco e veio de encontro para com a amiga.

Daria vasculhou o lugar com os olhos. Era um quarto normal, como todos os outros; uma beliche no canto esquerdo, uma estante cheia de gavetas para colocar roupas e pertences, e uma pequena cômoda ao lado das camas. Talvez, dentro de uma daquelas gavetas…

– Eu vou procurar na estante - disse Amber.

Daria foi apressada até o criado-mudo. Não se importava tanto com o fato de estar na mesma sala de um corpo morto; o que lhe assustava era quem -ou o que- o matou. Mas ela era provavelmente a única que não estava nauseada com o terrível cheiro. Abriu uma gaveta. Vazia. Abriu a segunda. Trancada. Merda. Abriu a terceira. Ali dentro, apenas uma chave, antiga como o resto da casa. Negra, com sinais de usada, levemente enferrujada.

– Achou alguma coisa?! - Perguntou Amber, ainda imersa nas gavetas do pequeno guarda-roupa.

Daria abriu a segunda gaveta com a chave que encontrara. Eureca, pensou. Mas o que ela achara não incluía sacos plásticos, ou luvas descartáveis. Era um envelope. Um envelope branco, lacrado com um adesivo. Não havia endereço de destinação, ou nome algum. Daria o abriu.

Fotos.

– Daria! - Disse Amber - Acho que achei alguma coisa.

Daria rapidamente fechou e colocou o envelope no bolso do casaco de inverno e foi de encontro com Amber.

Amber havia achado uma sacola plástica de super mercado. Mais do que isso. A sacola guardava meias, e algumas cuecas. Na verdade, as gavetas guardavam pilhas e pilhas de roupas masculinas.

Daria estava pasma.

– De quem poderiam ser essas roupas? - Ela disse, abrindo e vasculhando as várias gavetas da cômoda.

– Eu não sei - Disse Amber - Tem nome em alguma delas?

Daria despejou o conteúdo da sacola no chão, e pegou uma cueca. Nela, havia uma etiqueta.

– Tem alguma coisa escrita nessa etiqueta - disse.

– Hey! - Gritou Alice da porta do quarto - Eu não queria apressar vocês, mas eu não me sinto confortável aqui. Vocês podem por favor fazer alguma coisa com o corpo? Querem ajuda?

– Saiam do quarto e fechem a porta - respondeu Daria - Por enquanto é tudo o que podem fazer.

Então voltou sua atenção ao trabalho, e ao olhar atentamente para a etiqueta, seu coração começou a bater ainda mais rápido.

– Henry?! - Gritou

– Sim? - Disse, do outro lado da porta.

– Você e Fred estavam dormindo nesse quarto?

– Não. Estávamos no quarto ao lado. Porque?

Daria sentiu que iria vomitar seus orgãos a qualquer instante.

Aquele guarda-roupa completo pertencia a Fred.

Fred havia passado muito mais do que uma noite na fraternidade VI.


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Notas finais do capítulo

E então? Tiveram paciência de ler até o final? ahaha
Até quinta meus amores!
Não esqueçam do review ;3
Xx



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