Hope for Us escrita por Lady Anne


Capítulo 20
Capítulo 19: Papai


Notas iniciais do capítulo

Se eu disse para vocês que antes de conseguir postar este capítulo eu apertei uma porra de um botão e a tela sumiu? Então as notas sumiram, o capítulo, a imagem, o título, tudo.
Deixa eu ir me matar ali rapidinho, já volto.
Olá de novo clã!
Como estão?
Obrigada Paul W ou Ariel, ou Lucas como queira ser chamado, por sua linda recomendação, e por todo carinho, apoio e dedicação, pelas conversas, TUTO! ♥
Obrigada a todos por todo o amor, reviews, favoritos, acompanhamentos, apoio, vocês são demais!
Obrigada a minha Nicolly, meu Caio e a todas as musicas depressivas baixadas para a criação deste texto, sério, Of Monsters and Men, vocês merecem um Grammy ♥
Gente, capítulo de natal sendo planejado, na verdade acho que serão dois, um de uma certa ruiva ai, vamos ver...
Vida de escritora é engraçado né, num instante vocês esta pesquisando sobre algo importante para a fanfic, e no outro sobre sobre gatos exóticos (PROCUREM EXOTIC SHORTHAIR KITTEN TUMBLR E MORRAM DE FOFURA) e então acaba no youtube vendo videos de crianças com gatos, concentração ta beleza.
Esse capítulo foi ligeiramente difícil de terminar, mas eu tive inspiração, Rick ♥ E toda essa coisa de paternidade é emocionante...
R.I.P Beth ♥ Quem queria Bethyl, apenas lamento bebês MUAHAHAHA.
Venha fevereiro!
Que mais eu ia falar... Bom... Não lembro .-. Boas férias? É, boas férias gente.
Eu espero vocês nos reviews, desculpem a demora, ter sumido do Nyah um tempinho ai, talvez o capítulo 20 demore um pouco porque já quero escrever o de natal para postar dia 24, mas nada "omg essa mulier morreu", não, calma *segura, rosana*
Acho que é isso... Logo tem treta, sangue, mortes, quase mortes, todas essas coisas legais ♥
Beijos, tudo de melhor e Chandler sempre!
Anne. ♥
AH NÃO, PERA, FALTA UMA COISA!
Quando eu não tiver mais nada tipo "mds que importante" para fazer, vou reescrever o capítulo 3 gente, porque até hoje sou bolada com ele, e vou colocar outra imagem, no 4 também... No 1 já tem e imagem nova e no 2 eu vou por hoje okay? Okay xclkdfjsfbadgw.
BEIJO OFICIAL ♥



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Depois de passar alguns minutos dando boa noite ao meu herói, me deitei e acabei dormindo antes de terminar a leitura da revista em quadrinhos que eu e Carl havíamos começado, eu nem mesmo tinha entendido muito bem o começo, pois naquela noite ele estava sentado ao meu lado como sempre, mas havia algo diferente. Um tipo de calor irradiando.

Normalmente meus sonhos eram bons depois de ler Homem-Aranha – e de passar algum tempo com Carl – o que de certa forma sempre achei um tipo de benção, ter sonhos e não pesadelos depois de passar por tanto não é algo fácil. Mas acabei acordando de madrugada, dessa vez com um pesadelo que envolvia porcos. Chega de bacon por um tempo.

Me levantei e resolvi sair um pouco, já que estava cansada de encarar a cama de cima e lembrar dos pobres porquinhos, peguei as fotos dentro da mochila e saí da cela com minha pequena lanterna de bolso. Para minha surpresa, encontrei Rick sentado no chão em frente a sua cela, apoiado a parede de cabeça baixa.

Ao ouvir o barulho dos meus passos ele levantou a cabeça, assustado, mas logo que me identificou ele voltou a relaxar e me dirigiu um sorriso sem mostrar os dentes.

Hey. – sorri de volta, mas fiquei parada apenas observando – Sem sono?

– Sim. – andei lentamente até ele e parei em pé ao seu lado – E você, fazendeiro?

Ele riu e balançou a cabeça, como se tentasse espantar o cansaço ao invés de estar esperando por ele para voltar à cama.

– Sempre. – Rick se arrastou para o lado, me dando espaço para sentar no chão – Sou um lobo da noite, mas nunca vi você saindo da cela desde que chegou, o que houve?

Sentei-me ao lado dele, encolhida de frio mesmo com a fina blusa de lã que cobria até minhas mãos, depositei minhas fotos e lanterna no chão. Estranhei a forma como ele falou, lobo da noite, perguntei-me há quanto tempo Rick ficava sentado no chão frio simplesmente por ter insônia.

– Pesadelo com porquinhos e sangue. – resumi fazendo-o abrir outro pequeno sorriso, provavelmente pela inocência do meu motivo – Não costumo ter sonhos ruins ou insônia, mas quando tenho fico na cela vendo fotos ou lendo.

Rick me encarava com certa curiosidade, certo divertimento, então fiquei feliz por encontrá-lo acordado. Ele estava solitário, mas não parecia se importar ou não tentava, porque provavelmente julgava que não fazia diferença a um líder ser só.

– Eu não tenho pesadelos nem sonhos há muito tempo. – disse olhando para seus pés, brincando com alguns fios soltos da barra de sua calça.

Me senti melancólica pelo tom em sua voz, e pensei comigo que provavelmente ele tinha visto tudo o que havia de ruim para ver, e tinha a cabeça muito ocupada para pensar no bom, então talvez sonhos fosse algo irrelevante.

Rick era uma pessoa boa demais para quem já tinha sofrido tanto, normalmente as pessoas se revoltam com a vida, com Deus e qualquer um, mas ele não. Talvez não acreditasse em Deus, mas com certeza não culpava alguém por sua dor, apenas a levava como uma companhia eterna.

– Sempre fica aqui à noite? – ele balançou a cabeça

– Quando não estou aqui fico vendo Judith dormir, ela me faz esquecer as coisas. – estava sorrindo fracamente para que eu não visse qualquer lance de amargura.

– Ela é uma criança tão calma. – comentei.

– Com certeza, raramente chora. Lembro que Carl acordava quase todas as noites até fazer um ano. – sorri imaginando um pequeno bebê de olhos azuis e cabelo castanho.

– E quando você esta aqui? – voltei ao assunto.

– E bem, quando estou aqui eu apenas penso. – deu de ombros, como se não fosse muito.

– Pensar é bom, mas pensar demais nos deixa paranóicos. – ele concordou com a cabeça, enquanto encarava o chão – Por isso procuro outras coisas para me distrair já que não tenho uma criança tão adorável quanto sua filha para observar.

Peguei o bolo de fotos e a lanterna e passei para ele, que me olhou surpreso e hesitante, mas por fim aceitou e cruzou as pernas para espalhar as fotos em seu colo. Eu o observava em silencio, rindo junto de uma ou outra foto mais cômica.

– Você me lembra... – ele começou a falar, então o sorriso momentaneamente desapareceu do rosto dele – Minha esposa, a primeira coisa que ela pegou quando estava saindo de casa foi o álbum de fotos.

Vi a tristeza passar pelos olhos dele e ser afastada, normalmente como Carl fazia. Os dois tinham muito em comum, estavam guardando os sentimentos e o passado dentro de si por muito tempo, seus demônios estavam escondidos por trás de belos olhos azuis.

Já tinham me falado de Lori no primeiro dia na prisão, depois ouvi mais algumas coisas por Beth enquanto cuidávamos de Judy, mas nunca perguntei diretamente a Carl, com medo de que ele se fechasse novamente.

– Sinto muito por Lori, já me disseram que era uma boa pessoa. – ele sorriu com gratidão, mas ainda afetado.

– Obrigado, era sim, queria ter dito a ela antes... – não queria deixar Rick mais melancólico do que já estava, então resolvi mudar de assunto.

– Você me lembra meu pai na maioria do tempo. – ele me olhou surpreso – Acho que foi por isso que me afeiçoei mais rápido a você quando me encontrou.

Peguei uma foto de Seth e estendi para ele, que observou com um sorriso discreto no rosto. Rick e papai tinham as mesmas dores e preocupações sob uma pose protetora, que eu podia reconhecer em qualquer pai divorciado ou que vive num apocalipse com um garoto e um bebê.

– Ele com certeza foi um bom pai. – afirmei silenciosamente com um sorriso no rosto – Sabe, a Lori queria uma menina quando ficou grávida, ela acreditava que fosse uma até descobrirmos um menino no ultrassom. Mas quando olhou para Carl no momento em que ele nasceu, aqueles olhos azuis enormes! – ele fez uma pausa – Ela disse que ele fora a melhor coisa que já fez na vida.

Sorri com a emoção disfarçada de Rick, e a felicidade da boa nostalgia nos olhos dele era uma ótima visão.

– Espero que ela tenha dito isso a ele. – ele concordou com um murmuro – Carl é um garoto legal, passou por muito e isso o afetou de várias formas, mas ele é como você, o mundo não pode mudar o caráter dele e a força de justiça. Mas ainda é um garoto, fazendo coisas idiotas em nove de cada dez situações, ele esta indo bem. – Rick riu abafadamente.

– Obrigado por impedir que ele faça algumas das nove coisas idiotas na maioria do tempo. – não pude evitar algumas risadas também, afinal era verdade, Carl precisava de alguém que impedisse as burradas dele.

– Faço o que eu posso, com toda aquela teimosia. – dei de ombros.

– Que ele por acaso herdou de mim. – fique surpresa de ouvir isso por Rick, não conseguiria imaginar ele sendo teimoso ou fazendo alguma babaquice Alá Cowboy Grimes – Lori teria se afeiçoado a você também, pra começar simplesmente porque qualquer um se afeiçoa a você e depois porque você se preocupa com Carl.

Corei ligeiramente e apoiei minha cabeça sobre os joelhos, para esconder o constrangimento que o elogio me causou. Era como ouvir papai falando sobre o quanto eu era boa no beisebol – o que era mentira, mas tudo bem – ou Noah contando aos seus amigos o quanto eu sabia sobre o Homem-Aranha – então eles me perguntavam se eu era uma menina mesmo, mas tudo bem também.

– Falando em se afeiçoar, você se afeiçoou muito a Noah e ele a você pelo o que eu percebi. – okay Rick, pare de ler meus pensamentos – Carl até esta um pouco enciumado.

Desviei o olhar dele e juntei minhas mãos automaticamente para pensar no que dizer, copiando o ato de meu irmão menor. Eu poderia dizer que nós apenas nos dávamos bem, ou poderia contar a verdade, mas não sabia se Noah estava de acordo.

Ainda estava pensando no que dizer quando ele aproximou uma foto de seus olhos, não podia ver qual era na legenda atrás porque sua mão estava impedindo, mas assim que ele soltou um lado eu enxerguei: Noah, Dia de Ação de Graças Nov. 26, 2009

Eu gelei, a resposta que Rick esperava estava nas mãos dele, um bebê gordinho e pequeno com olhos verdes gigantes e um cabelo muito escuro.

– Vire a foto, Rick. – ele franziu a testa, provavelmente por eu não ter dito o que ele esperava, então seus olhos se arregalaram quando leu a legenda – Isso não acontece sempre no apocalipse, não é?

Seu olhar ziguezagueava entre a foto e eu, tentando encontrar algo que ligasse nós dois, mas Noah era o chaveiro de Harry, tudo o que tínhamos em comum estava na personalidade, o que era bem visível também.

– Esta me dizendo que... – ele colocou a foto no colo e me encarou – Noah é seu irmão?

– Exatamente. – fiquei em silencio para Rick assimilar as coisas – Não precisa de muito para confirmar, os olhos dizem tudo.

Peguei uma foto de Harry com minha mãe, onde se podia ver bem os olhos dele e as pouquíssimas características que Noah havia herdado de mamãe.

– Nunca perguntei o sobrenome dele. – ele parecia confuso, talvez incrédulo – Miller.

Apenas balancei a cabeça, não sabia mais o que dizer, apenas contei que encontrei meu irmão menor depois de três anos no apocalipse, nada demais.

– Bem, acho que existe algo a meu favor desde que conheci vocês. – dei de ombros.

– Isso é incrível Hope. – ele sorriu emocionado, um sorriso que raramente havia visto – Achei mesmo que havia algo parecido em vocês dois.

– O sarcasmo, o realismo? Talvez a modéstia. – levantei as sobrancelhas, o fazendo rir.

– Algo assim, acho que até Carl percebeu. – corei, mas acabei rindo, pois sabia que era verdade.

– Noah é irmão por parte de mãe, mas nós convivíamos muito mesmo assim e ele foi influenciado por mim. – peguei uma foto em que ele estava apertando um gato como se sua vida dependesse disso – Não contei a ninguém por que ele não parece muito confortável.

Não havia tocado mais no assunto desde a conversa na torre, mas sinceramente não achava que faria diferença contar a alguém porque todos já haviam visto nós dois juntos, tagarelando sobre o quanto ele ficou adorável na fantasia de Wolverine no Halloween de 2010 ou sobre o Natal de 2008, onde tudo deu errado, mas foi divertido.

– Entendo, ele é mais fechado e genioso, te lembra alguém não é mesmo. – revirei os olhos quando “Cowboy” surgiu na minha mente – Conte a ele, os dois vão se dar bem quando não estiverem mais se fuzilando por um motivo que até eles desconhecem.

– Acho que sim. – repentinamente me lembrei que Rick tinha ido ver de quem era a lanterna na grade, então perguntei esperando a melhor resposta possível – Conseguiu ver de quem era a lanterna, antes?

– Não, outro motivo por qual não consigo dormir. – ele esfregou os olhos de novo, parecendo cansado.

Instintivamente pousei a mão sobre o ombro dele, dando batidinhas como ele fazia comigo, mas no caso eu era tão mais baixa que era mais fácil fazê-lo em minha cabeça.

– Não de preocupe, não deve ser nada demais. – ele me olhou rindo, e eu não pude evitar rir junto, afinal havia falado com ele como se eu fosse o adulto ali – Você sempre faz isso comigo, mas às vezes também precisa ouvir que vai ficar tudo bem.

– É, não sabia que precisava. – ele passou a mão no rosto para abafar um bocejo – Talvez de um barbeador também.

– Isso talvez a Michonne consiga. – ele concordou, rindo.

– Provavelmente. – num movimento rápido Rick juntou as fotos e passou para mim, começando a se levantar – Acho que é hora de alguém ir dormir.

– Tem razão Rick, já pra cama. – fiz uma voz autoritária e apontei para dentro da cela dele, o fazendo rir mais.

– Vai ficar ai de luto pelos porquinhos? – bati no joelho dele com o bolo de fotos – Certo, não esta mais aqui quem falou.

Quando pensei que ele apenas afagaria meus cabelos, ele se abaixou e beijou minha testa, surpreendendo-me.

Boa noite, garotinha. – a barba dele havia feito cócegas, mas eu apenas me encolhi quando ele se aproximou – Estou feliz por Noah.

Sorrimos uma ultima vez, então ele entrou na cela e a fechou, me deixando sozinha. Então pensei “Você é um bom pai, Rick.”

Meus olhos ficaram úmidos, e rapidamente passei a manga da blusa encima para que as lagrimas não caíssem. A lembrança de papai se ascendeu como uma lâmpada em minha cabeça no momento em que senti o calor de Rick próximo de mim, as várias noites depois de mamãe ir embora que ele ficou acordado até tarde, então eu acabava acordando e indo até a sala procurá-lo, ganhando um beijo com a barba por fazer antes de dormir. Mas não deixaria que essa noite se tornasse melancólica para mim também, não era do meu feitio.

Me levantei do chão e peguei as fotos e a lanterna, quando fui em direção a minha cela ouvi um barulho estranho e parei onde estava.

– Rick? – chamei baixo, mas ele não respondeu então pressupus que já tinha dormido.

Quando retomei meu passo o barulho se fez de novo, e não vinha de trás, então andei o mais silenciosamente possível esperando por outro som, mas o que veio foi visível e ligeiramente familiar, uma luz de lanterna.

A luz foi apagada, então eu rapidamente alarguei meus passos silenciosos e ao chegar no corredor liguei minha própria lanterna, assustando quem quer que fosse e fazendo sua lanterna e outra coisa que segurava em seus braços cair.

– Ei! – sussurrei agressivamente, até perceber de quem se tratava – Lizzie?

Apontei a lanterna para o rosto pálido dela, então ouvi guinchos baixos e apontei para o chão onde meia dúzia de ratos corria em ziguezague, provavelmente vindos de dentro da caixa aberta caída aos pés de Lizz.

– Hope, e-eu... – começou a falar, então fiz sinal para que ela falasse baixo – Não é o que esta pensando!

– E o que estou pensando? Que você tem ratos de estimação? – levantei as sobrancelhas com incredulidade – Que droga é essa Lizz?

Ela estava nervosa, seu peito descia e subia rapidamente, cheguei a pensar que ela estava passando mal.

– Primeiro, esta tudo bem? – ela balançou a cabeça rapidamente (rápido demais), então constatei que ela mentira – Segundo, porque tem uma caixa de ratos?

Lizzie procurou olhar para todos os lados, menos pra mim, então cheguei mais perto e ela automaticamente se afastou.

– Por que... Gosto de ratos. – ela deu de ombros, como se fosse algo normal o que havia acabado de confessar – Eles são bonitinhos, não são?

Franzi a testa sem saber se ria, chorava ou procurava um psicólogo para aquela pobre garota.

– Bem... Eu prefiro Hamsters. – dei de ombros também – Mas o que deu na sua cabeça para sair por ai procurando ratos há essa hora?

– Gosto da noite. – deu de ombros de novo, me fazendo cerrar os olhos instintivamente por suas respostas furtivas.

– Certo, você gosta de coisas bem incomuns. – fui até ela e peguei a caixa e a lanterna do chão – Não sei realmente porque esta fazendo isso Lizz, mas não pode trazê-los para dentro do bloco assim, limpamos e fechamos a cela de Rick porque Judith dorme lá também, não queremos que nenhuma dessas coisas bonitinhas vá visitá-la à noite.

– Mas eles ficam dentro da caixa. – ela argumentou com pressa – Não era minha intenção deixá-los sair!

– Mas saíram, Lizzie. – falei autoritariamente – Não faça mais isso, por favor.

Ela assentiu, visivelmente chateada com o pedido. Eu ainda estava intrigada, porque uma garota de doze anos gostaria de ratos e os levaria para seu quarto/cela? E porque se aventuraria a sair à noite para procurá-los? Quer dizer, Daryl estava com sua besta(havia se recusado a não usá-la) e tinha sono leve, não gostaria de sair por ai sorrateiramente nessas circunstâncias.

– Não se preocupe, não vou contar. – ela me dirigiu um sorriso amarelo de gratidão – Vá dormir, antes que a gente acorde alguém.

A acompanhei com os olhos até entrar na cela, então respirei fundo para tirar a tensão dos ombros e caminhei até minha própria cela novamente, ouvindo alguns guinchos dos bonitinhos andando pelo bloco.

Narração por Lizzie Samuels

Entrei na cela e recebi um olhar desaprovador de Mika, que provavelmente havia escutado toda a conversa com Hope.

– Eu avisei. – ela cochichou com irritação.

– Mas... – senti algo no meu pé e me abaixei para pegar o pequeno rato que eu havia chutado para dentro quando a caixa caiu – Eles só estão com fome.

Mika apenas balançou a cabeça, indignada.

Joguei o rato na caixa e fechei, pensando em voltar lá na noite seguinte. Meus amigos precisavam de mim.


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Notas finais do capítulo

Hehe, sabemos quem são os miguxos da Lizzie...