(Not) Another Princess Story escrita por CassyDeschamps, Duda Monteiro


Capítulo 28
28. The Moment I Knew




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O príncipe Nathaniel acordou assustado. Em seus sonhos, estava curtindo um belíssimo dia de piscina, com varias meninas ao redor, a maioria ele reconhecia o rosto, mesmo não podendo nomeá-los. Mas quando despertou, levou um susto. Havia alguém em cima dele.

– O que é isso? – perguntou sentando-se rapidamente, olhando para a garota loira que estava sorrindo na sua frente. Ela havia pulado bem em cima da barriga real. O deixando sem ar e com muita dor.

– Pelo visto a minha falta retira toda a sua educação. – comentou a mulher balançando a cabeça negativamente.

– Zoey? É você mesmo? – Nath indagou chocado. O sono ainda não havia passado totalmente. Ele estava completamente desnorteado.

– Não, sou o fantasma do baile passado! – ela respondeu dramaticamente, levantando os braços e fazendo uma posse.

– Fantasma do baile passado? Você veio aqui mostrar os meus erros nos antigos bailes? – ele entrou na brincadeira.

– Exatamente! – se jogou em cima dele rindo. Abraçaram-se fortemente.

– Loira doida. Parece que o casamento a deixou mais maluca ainda. – ele concluiu, quando se afastaram. – E o que você esta fazendo aqui?

– Em vez de perguntar como estou, como vai o casamento, ele vai e diz que fiquei mais louca; como se alguma fez tivesse sido; e pergunta porque estou aqui, em vez de comemorar. – Zoey reclamou para si mesma, em voz alta.

– Pare com o drama e me responda, baixinha.

– Ora, acha mesmo que eu perderia o baile real? Nem em sonhos, Nathaniel. – disse se levantando. – E vamos, que temos muito que fazer antes do baile. E muito que conversar. Vejo você no café da manha. – deu um beijo na bochecha dele e saiu do quarta. O príncipe deitou-se de novo na cama. O dia seria longo...

~*~

Todo o palácio estava em movimento. As preparações finais para o baile corriam a toda, criados, guardas, familiares, selecionadas e até a corte real, todos animados com a festa. As selecionadas pareciam ser as mais ansiosas. Seus familiares estavam ali, as cortes reais, e a imprensa. Elas eram as três finalistas, e agora todas as atenções estavam em cima delas.

Katie estava em seu quarto, já pronta com a fantasia de mosqueteira. Sua roupa possuía muitos detalhes, muito bem trabalhados. Ela usava um vestido que ia até a metade das coxas, estampado em tons de marrom. Por cima do vestido vinha uma capa e um colete, que fechava logo embaixo do busto. A capa arrastava no chão. Capa e colete eram azuis, com detalhes no mesmo tom do vestido. Na cabeça Katie usava um chapéu ao estilo mosqueteira, preto com penas brancas. E nós pés uma bota média preta, com salto e detalhes em dourado. Ela também carregava uma espada falsa, para completar a fantasia.

Juliette entrou no quarto da filha, e soltou um “gritinho” de animação.

– Filha, você esta tão linda. – ela abraçou Katie, emocionada.

– Credo mãe, parece até que estou me casando. – Katie ri.

– Eu estou muito emotiva desde que cheguei aqui, fazia muito tempo que não nos víamos e tudo mais... – as duas riram, e saíram do quarto, indo para o salão principal.

No quarto de Ashley, Elizabeth observava enquanto as criadas terminavam de ajeitar o cabelo da filha. Estava com cachos nas pontas, e na altura do ombro. Ashley resolveu homenagear a diva Marilyn Monroe. A garota usava o vestido tradicional usado pela artista, branco com a saia bem rodada, e frente única. Usava sapatos também brancos, com pequenos detalhes.

– Já esta ótimo. – Elizabeth disse, se levantando. Ashley agradeceu as criadas e se postou ao lado da mãe enquanto elas saiam.

– Você podia ser mais gentil com elas. – Ashley ralhou com a mãe.

– E não fui? Eu elogiei o trabalho delas. Disse que estava bom.

– É, depois de pedir para elas mudarem trezentas vezes o meu cabelo. – Ashley revirou os olhos, e foi em direção à porta. – Vamos, já esta na hora.

Kella terminava de calçar suas sandálias quando Louise entrou correndo no quarto.

– Kella! Anda logo! Já esta na hora do baile!

Kella estava fantasiada de deusa grega, com uma tradicional túnica branca, que deixava os braços de fora e ia até a altura da metade da coxa. Ela usava cinto e braceletes dourados. Calçava uma sandália gladiadora dourada, que ia até a metade da panturrilha. Seu cabelo estava solto, e usava brincos para completar a fantasia.

– Tudo bem baixinha, vamos logo, já estou pronta. – Ela disse, mexendo no cabelo da irmã.

– Não sou baixinha, sou só mais nova que você. Quando eu ficar mais velha, você vai ver quem é a baixinha! – Louise retrucou, e as duas saíram do quarto.

~*~

Ao entrar no salão principal todos podiam notar a dedicação dos envolvidos na decoração do local. No teto do salão estendia-se um longo pano escuro, e colado nele estavam varias pequenas luzes, que devam a impressão de ser um céu estrelado.

Ao redor do salão, as típicas mesinhas que sempre eram colocadas nos bailes em volta da pista de dança, estavam decoradas com muitas flores e bem no centro uma grande vela e várias velas menores ao redor, iluminando a mesa inteira.

Embora o salão estivesse apenas iluminado com as luzes da decoração, era possível se enxergar tudo perfeitamente, e ainda deixava o baile no clima de dia das bruxas. As luzes lembravam muito a antiga tradição de se colocar uma vela dentro de uma abobora e usá-las para decorar festas no dia das bruxas.

~*~

Nathaniel se aproximou de Katie, que conversava com seus pais, e parou ao seu lado. Kevin e Juliette pararam a conversa com a filha e sorriram para ele.

– Katie, vamos dançar? – ele perguntou, estendendo a mão para ela. Ela sorriu para os pais, e o acompanhou. Os dois começaram a rodopiar pela pista de dança. Com as aulas de dança, Katie não estava mais tão desajeitada e conseguia acompanhá-lo.

Ele então se lembrou de um episódio que havia acontecido logo depois do inicio da elite. Ele estava andando pelo corredor dos quartos das selecionadas. Ultimamente ele fazia muito isso. Era engraçado ver a reação das selecionadas quando o viam ali, e ele já havia dado alguns flagrantes.

Quando ele passava na frente de uma das portas, pode escutar alguém gritar dentro do quarto. Ele, curioso, abriu a porta e se deparou com a imagem de Katie Sanders de pé, em cima da cama, olhando assustada para o chão.

– O que foi? – ele perguntou, encarando-a, e fechando a porta atrás dele.

– Bara... bara... BARATA! – ela gritou, apontando para baixo da cadeira próxima da cama.

Nathaniel suspirou, achando exagerado o desespero da garota, tirou o sapato que calçava, e ficou esperando algum movimento do animal. Só precisou ouvir o grito dela para saber que a barata havia se mexido. Ele jogou o sapato na direção dela, e errou. Merda.

– Você errou! – Katie se queixou, apavorada.

– Quer vir aqui ficar no meu lugar? Cadê ela? – ele só viu o olhar assustado dela na parede atrás dele. Ele então pegou um sapato qualquer que estava no chão, provavelmente de Katie, e tacou por cima de sua cabeça. Surpreendentemente acertando a barata.

– Eu sou demais. – ele se gabou. Katie encarou o sapato caído no chão, com o salto quebrado.

– Você que vai se explicar com as criadas amanhã, elas ficaram um século colando as pedrinhas no sapato. – Katie comentou. Ela nem se aproximou do sapato, porque o “cadáver” estava ao lado dele. – Pode tirar ela daqui?

– Eu lá tenho cara de retirador de baratas alheias? – ele revirou os olhos, e abriu a porta, olhando para o corredor. Era a vigia de Mattew. – Matt! Ótimo, tenho um trabalho pra você aqui...

Nathaniel riu com a lembrança, e se concentrou novamente em girar pelo salão.

~*~

Ashley se encontrava perto dos seus pais, escutando sua mãe reclamar sobre alguma coisa pela milésima vez. O príncipe Nathaniel havia dançado com Katie há pouco tempo, e Elizabeth ficava perguntando a filha porque que ela não fora a primeira a ser chamada. Ela gostaria de dar uma resposta mal criada para a mãe. Mas também estava preocupada com isso. Os próximos dias eram decisivos. Mas ela logo foi tirada dos seus pensamentos. O príncipe veio em sua direção e a chamou para dançar. O que ela aceitou contentemente.

Enquanto bailava com a loira em seus braços, Nathaniel se lembrava de quando sua querida jaqueta de couro dera seus últimos suspiros. E que aquela garota o havia ajudado a arrumar uma substituta.

Eles foram para o guarda roupa real. O lugar que ficavam todas as roupas que a família recebia dos estilistas mais famosos, que dariam a vida para ver alguma de suas peças sendo usada por algum membro daquela família.

A selecionada havia descoberto que o príncipe teve que jogar a jaqueta no lixo e agora o ajudava a encontrar algo igualmente bom.

– Não acredito que vocês tem isso tudo. – disse Ashley andando por entre as roupas. – Venha, prove isso. – estendeu uma jaqueta de couro, parecida com a falecida, só que dessa vez do tamanho certo para o príncipe. Ele sorriu quando provou, encaixava perfeitamente.

– Parece que encontramos a escolhida. – ele comentou, analisando a jaqueta pelo espelho.

– Ficou bem em você. – Ashley opinou sorrindo e ele retribuiu.

– Não acredito que foi de primeira. – Nathaniel exclamou surpreso. Ela deu de ombros.

– Fazer o que? Tenho um talento natural. – brincou. – Mas ainda não entendi porque teve que se desfazer da sua antiga.

– Ordens de um rei muito zangando, além do fato que ela tinha mais buracos que couro. – respondeu divertido. Passaram o resto da tarde “provando” roupas.

Ela acabara de voltar para os seus braços após uma volta, estava sorrindo e ele retribuiu. Depois Ashley se aconchegou nos seus braços. Definitivamente, estava tudo muito confuso na cabeça real.

~*~

Kella estava conversando com seus irmãos quando viu que Louise arregalava os olhos. Ela olha sobre o ombro e vê que Nathaniel se aproxima da mesa deles. Kella vê Louise se sentar ereta, e então ri da reação da menor.

– Kella, vamos dançar? – ele pediu, indicando a pista de dança.

– Claro. – ela respondeu, sorrindo para ele.

Nathaniel se lembrou da vez em que ele foi parar na enfermaria do palácio. Ele havia se cortado com um caco de vidro depois de derrubar um copo no chão de seu quarto. Colocou um pedaço de pano na mão, para tentar estancar o sangramento, e foi até a enfermaria ver se alguém cuidava disso.

Ele estranhou ver Kella sentada em uma das macas, aparentemente esperando por algo.

– O que faz aqui? – ele pergunta, curioso.

– Insônia. Me deram permissão pra tomar um sonífero para dormir bem e não ficar cheia de olheiras amanhã. – ela deu de ombros. No dia seguinte teria jornal oficial com as selecionadas da elite, não seria nada de importante, elas já haviam se acostumado a estar presente nos pronunciamentos, mas mesmo assim se preparavam para possíveis imprevistos. Kella então olhou para a mão dele, e a viu enrolada no pano.- Minha Illéa, o que houve com a sua mão?

– Ah, cortei com vidro. O pessoal da enfermaria já estava acostumado comigo. Devem até ter estranhado por eu ter demorado tanto tempo pra aparecer. O que esta fazendo?

Kella o puxou para o canto da enfermaria onde estavam os remédios e utensílios. Ela então tirou o pano e começou a limpar o corte.

– Você tem permissão do pessoal da enfermaria pra fazer isso?

– Estou fazendo um favor a eles, diminuindo o trabalho deles. Agora, parado, e isso vai doer.

Nathaniel fez uma careta ao lembrar do ardor quando ela havia despejado algo em cima do corte, e então a girou novamente, cuidando para não esbarrar em outro casal que dançava.

~*~

Zoey estava cansada. Desde que o baile começou, ela mal havia parado de dançar. Seja com seu marido, seu pai, seu irmão ou algum dos guardas. Agora estava sentada, esperando Joseph voltar com algo para refrescá-la. Seu marido era um perfeito cavalheiro.

Tempos depois ele voltou segurando um copo de suco em cada uma das mãos. – Aqui senhorita. – falou entregando a bebida para a esposa, que agradeceu. – Só eu que estou com calor? - ele comentou, tentando abrir um pouco da roupa. – Péssima ideia vim com essa fantasia. – ele estava fantasiado de Jack Frost, para combinar com sua esposa.

– Total acordo. Essas fantasias fazem um calor terrível. Por mais que a fantasia de Elsa combine comigo, ela está me fazendo derreter. E isso é uma baita ironia. – brincou, sorrindo para o marido.

– Como é estar de volta em casa, após essas semanas? – Joseph perguntou após alguns minutos de silêncio.

– Casa? – ela indagou confusa, depois percebeu o que ele queria dizer. – Por mais que ame esse lugar, não acho mais que seja minha casa. Na verdade, acho que “casa” não seja um lugar só.

– Então o que é casa para você? – perguntou intrigado. Não entendia o que a esposa estava dizendo.

– Bem, é uma pessoa. Aquela que te faz sentir bem e aceita. Eu já confundi a minha casa. Achei que era uma coisa, mas não era... – falou se referindo ao fatídico envolvimento com uma certa selecionada. – Mas agora tenho certeza onde minha casa está. – disse acariciando a mão dele. Ela tinha completamente certeza do que estava falando.

– Hm, acho interessante sua ideia. E se eu tivesse que falar onde é minha casa, diria que nunca me senti tão em casa quanto agora. – Joseph admitiu sorrindo intensamente. – E será que posso voltar a dançar com minha querida esposa? – estendeu um dos braços para ela, que aceitou prontamente.

– Achei que nunca fosse perguntar.

~*~

Maxon colocou seu escudo em cima de uma das cadeiras em sua mesa, e tirou sua máscara. Ele já estava arrependido de ir de Capitão America, aquela roupa era muito quente e apertada. Estava pensando seriamente em ir até seu quarto e pegar aquela fantasia havaiana que estava lá como segunda opção, pelo menos não passava tanto calor.

– Estou quase indo desenterrar minha fantasia de borboleta do baú de lembranças. – America comentou, se sentando ao lado do marido, e largando suas armas de plástico na mesa. Ela estava vestida de viúva negra, com a roupa preta colada e extremamente comprida.

– Devíamos ter ouvido a Zoey quando ela disse que passaríamos calor com essas roupas. – Maxon concordou com ela. – Será que ainda serve em você?

– Esta me chamando de gorda, Schreave?

– Pensando bem, acho que aquela roupa já deve estar muito desbotada para você usar depois de tanto tempo...

– Esta me chamando de velha, Schreave?

– Eu vou parar de falar. – ele declarou, ruborizado.

~*~

Nathaniel precisava pensar, foi em direção a uma das sacadas do palácio. O baile estava quase no final. Ele havia dançando com todas as selecionadas e lembrado de momentos especiais com cada uma. Mas mesmo tentando esconder, sabia que uma delas havia mexido com ele mais que as outras. A questão era: ele estava pronto para admitir isso?

E num passe de mágica, a sua conselheira oficial estava ao seu lado.

– Por que essa cara tão séria? – perguntou acariciando o rosto do irmão. Havia notado quando ele sairá do baile e percebeu que tinha algo errado ali.

– Como eu saberei que não estou escolhendo errado, Zoey? São três garotas tão diferentes, mas cada uma tem algo especial. – ele perguntou, passando uma das mãos pelo cabelo.

– Simples. Você nunca saberá. Sempre existira essa duvida. “E se?”... “Se eu tivesse escolhido aquela e não essa?”. Você não tem como saber qual é a certa. O que tem que fazer é escolher aquela que lhe deixará com menos momentos “E se?”. – a futura rainha aconselhou. – Eu adoraria poder lhe ajudar irmãozinho. Mas só quem sabe a resposta é você. Posso lhe dar milhões de conselhos... Mas no final, não adiantará de nada.

– E se eu já souber a resposta? Só que não tive a coragem de encarar ainda. Até essa noite... – Nathaniel confessou em um sussurro.

– Então é melhor você anunciar logo essa resposta. Se já tiver certeza. Assim evitará que duas pessoas saiam mais machucadas ainda. – disse Zoey, sensatamente.

Nathaniel suspirou. Sabia o que deveria fazer. Qual escolha deveria fazer.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o penúltimo capitulo da fanfic. Isso mesmo, a fanfic acaba na próxima atualização. Quem vocês acham que é a escolhida pelo Nathaniel?
Link das fantasias: http://www.polyvore.com/naps_baile_fantasia/collection?id=4240866 ainda vou colocar a fantasia da Zoey e do Joseph lá. XOXO



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