As selecionadas corriam de um lado para o outro - não literalmente é claro, afinal não seria nada bom que as possíveis futuras rainhas ficassem correndo por ai -, sem saber o que fazer. Após longos, mas estranhamente rápidos quatro meses, elas veriam sua família pela primeira vez. Não sabiam como agir.

Tempos depois de cada uma se trancar em seus pensamentos, foram informadas pelas criadas que as famílias chegariam um pouco antes do almoço e que seria conveniente que elas descessem antes do habitual. E foi isso que elas fizeram.

Tentaram colocar uma roupa ideal. Que para cada uma delas era uma coisa diferente. Indo da mais chique para a mais simples. E depois desceram e se encontraram na entrada do palácio. A família real chegou pouco tempo depois. Nathaniel parou e cumprimentou as meninas, analisando-as enquanto isso. Ínfimos minutos depois, os carros com as famílias finalmente chegaram.

~*~

Katie não se continha em felicidade ao ver os pais entrando pela porta principal do palácio. Kevin e Juliette Sanders estavam muito orgulhosos pela filha e por tudo que ela já havia conquistado até ali. Embora Kevin ainda esteja com a pulga atrás da orelha com essa seleção, ele sabia que a filha já podia se cuidar muito bem sozinha. Katie correu até os pais e os abraçou apertado.

– Que saudade de vocês! – Katie exclamou, emocionada. – Não os vejo a o que? Quatro meses?

– Quatro meses, duas semanas, e três dias, para ser mais exato. – Kevin respondeu, fazendo as duas rirem, e eles se abraçarem novamente.

– Como estão as coisas na floricultura?

– Estão ótimas, querida! – Juliette respondeu, muito alegre- Esta tudo indo tão bem que nem estamos acreditando.

– E como vão funcionar as coisas por aqui? – Kevin perguntou, encarando a realeza que se aproximava na escadaria.

– Primeiro cada selecionada terá alguns minutos para conversar com sua família, depois cada uma deve levar a família para conhecer o rei e a rainha, e por último, vocês conhecem o Nathaniel.

– Nathaniel? As coisas já estão tão apressadas assim? – Kevin perguntou, espantado e ciumento- Não sabia que estávamos tão adiantados. Nem tive minha conversa com ele ainda e...

– Pai. – Katie o interrompeu, já conhecendo o pai ela sabia que o discurso ia longe. Juliette só riu e estava feliz por ver sua família reunida novamente.

~*~

– Filha. – Katherine escutou a voz de sua mãe lhe chamando.

– Oi mãe. – Katherine sorriu, abraçando sua mãe Marina.

– Querida. – ela sentiu seu pai a abraçando, e seu forte perfume a envolveu.

– Oi pai. – Katherine sorriu para ele, segurando sua mão. – Quem veio? Todo mundo?

– Viemos eu, sua mãe, e todos os seus irmãos. – Jorge, pai de Katherine, respondeu para a filha, passando seu braço por cima do ombro dela.

– Oi Kath. – ela pode ouvir as vozes de suas três irmãs e seu irmão.

– Oi pessoal. – Katherine sorriu, abraçando cada um.

– Kath, aquele é o príncipe? – Kássia perguntou, vendo um garoto muito bonito descendo as escadas.

– Se for o garoto de cabelos escuros, olhos claros, e pele branca, que deve estar próximo ao rei e a rainha, então sim, Kássia.

Kevin, o mais novo, deu um tapa na nuca de Kássia, e a garota entendeu que deu um fora, mas Kath não se importou, fazia tempo que seus irmãos não conviviam com ela, era normal essa falta de tato no começo.

– Estávamos com saudades. E quero saber todas as novidades. – Kamila comentou, puxando Katherine para mais perto, para que as duas pudessem conversar melhor.

~*~

Kella estava emocionada vendo sua família descer do carro. Fazia tanto tempo. Ela nunca havia ficado tantos meses longe deles. Sentia uma imensa saudade e agora eles estavam ali. Esperou entrarem no palácio e correu - o mais "discretamente" possível - na direção deles.

Muitos abraços e beijos depois, eles começaram a conversar. Kella perguntou "educadamente" porque a namorada do irmão não havia vindo também. Nem prestou atenção na resposta. Elizabeth, sua mãe de repente havia começado a arrumar o seu vestido.

– Mãe, aqui não! - Kella disse, tentando fazer a mãe parar, e conseguindo com a ajuda do pai.

– Vamos Elizabeth, a menina passou quatro meses sem seus cuidados, uns minutos a mais não irão matá-la.

– Pelo visto a senhora não mudou nada.

– É claro que não, Kel. Depois de vinte anos com ela, você acha que seriam simples quatro meses que a fariam mudar? - comentou David, o irmão mais velho. Kella agradeceu internamente que sua futura cunhada não estivesse ali, mesmo não sabendo o motivo. Detestava aquela mulher, e poderia matar as saudades do irmão em paz.

– Não falem assim da sua mãe, crianças. Como está sendo a vida no palácio, Kella? - perguntou Antony, ou só Tony, o pai da ruiva.

– Bem diferente do que estava acostumada, pai. É muito vestido chique, muito salto... Acho que não faz meu estilo. - ela respondeu.

– E mesmo com vestidos chiques, eles ficam desarrumados... Eu não entendo isso! - murmurou Elizabeth. - Mas e ai filha? Como é o príncipe?

– Vocês já se beijaram? - perguntou a pequena Loise, a irmã mais nova.

– Prefiro que vocês conversem sobre isso em outro momento, meninas. De preferência quando estiverem longe de mim. - pronunciou-se Tony, sendo apoiado pelo filho. Depois disso a conversa seguiu para outros rumos.

~*~

Ashley não estava nem um pouco ansiosa para falar com sua mãe. Esperou calmamente enquanto ela e o resto da família saiam do carro e entravam no palácio. Somente quando estavam a poucos metros dela é que se dirigiu a eles. Lentamente e feito uma lady. Sabia que se corresse escutaria reclamações da sua mãe. Não desejava acrescentar mais nada na sua lista de defeitos.

– Mãe, pai. - os saudou. Deu um abraço delicado em cada e se virou para o seu pequeno irmão. Abaixou-se para ficar no tamanho dele. Sabia que seria repreendida pela mãe depois - que crispou os lábios diante do movimento da filha -, mas a saudade do irmão era maior. - Olá Ed. - falou o abraçando. Ficaram agarrados por alguns segundos, até que ela o soltou e se levantou. - Espero que tenham feito uma boa viagem. - tentou puxar uma conversa.

– Não me venha com banalidades, Ashley. Espero que seu comportamento nesse palácio seja melhor que esse que teve conosco agora.

– Mas eu não fiz nada de errado, mãe! - exclamou Ashley chocada.

– O certo quando se revê alguém após muito tempo é saudá-los e depois perguntar como eles estão. E após isso, ai sim você falaria com a criança. Aparentemente você esqueceu tudo que lhe ensinei. - Elizabeth retrucou. Ashley segurou a vontade de revirar os olhos, sabia que levaria mais reclamações por causa disso. Pelo visto sua mãe não havia mudado nada nos últimos meses. - Precisaremos conversar, mocinha. Espero que seu mau comportamento não tenha afetado as coisas com o príncipe.

– Liz, querida. Depois você fala disso com ela. Agora as pessoas podem estar olhando. - cochichou John, o pai da menina, tentando acalmar a esposa.

– Sim, você esta certo, amor. Depois teremos nossa conversa, Ashley.

Ela não estava nem um pouco ansiosa para essa conversa.

~*~

America e Maxon resolveram que estava na hora de conhecer as famílias das selecionadas. Seguiram até o primeiro grupo que conversava animadamente. Os Morgenstern. Jorge e Marina foram bem educados, e seus filhos pareciam admirados de estarem na presença da realeza. Katherine parecia estar um pouco acuada com a presença da família, mas respondeu as perguntas normalmente.

A próxima família eram os Forbes. Elizabeth e John pareciam segurar os filhos em rédea curta. Ashley parecia estar desconfortável com a presença dos pais. Edward, irmão de Ashley, parecia querer sair correndo pelo palácio na primeira oportunidade que tivesse.

A família seguinte eram os McDhall. America os achou interessante. Anthony e Elizabeth pareciam um casal comum, porém seus filhos eram os que chamavam atenção. David era jogador de futebol, estava noivo, mas a garota não veio com ele. Kella também tinha sua irmã mais nova, Louise, que lembrava muito o irmão de Ashley, com aquelas expressões de quem quer explorar o palácio. Eles tinham que ficar de olho nesses dois.

E a última família era a dos Sanders. Kevin e Juliette pareciam nervosos, mas os trataram da melhor forma que conseguiram. Katie estava muito sorridente o tempo todo, parecia muito feliz pela presença dos pais, a única das selecionada que não parecia nervosa com a presença deles ali, e sim, somente feliz.

Maxon, depois que os dois se afastaram das famílias, encarou Nathaniel, que estava apoiado na parede no canto do salão. Era a deixa dele para ir conversar com as famílias.

~*~

Nathaniel refez o caminho dos pais. Parou primeiro na família Morgenstern. Era uma família grande, mas todos foram simpáticos. Katherine foi um pouco ofuscada pela sua irmã Karoline, que parecia querer ser melhor que a irmã. Mas fora isso, tudo correu bem. Os pais dela, Marina e Jorge, por mais que fossem simples, foram gentis e educados.

A próxima família foi os Forbes. E Nathaniel podia dizer com toda a certeza que Ashley não estava nem um pouco a vontade em meio aos seus pais. A única pessoa na família que parecia lhe fazer bem era seu pequeno e energético irmão, Ed. Que assim que viu o príncipe começou a perguntar dos seus brinquedos. Elizabeth e John, os pais de Ashley foram muito educados, mas pareciam controlados demais.

Após isso, ele partiu para a família McDhall. Kella parecia feliz em estar com sua família mesmo parecendo um pouco nervosa. Os pais, Elizabeth e Antony, eram - ou ao menos pareciam - ótimas, mas simples pessoas. O irmão de Kella, David, era um jogador de futebol famoso, e por isso Nathaniel demorou um pouco mais falando com ele sobre jogos. Ainda tinha a pequena Loiuse, que também estava cheia de energia e não parava de fazer perguntas ao príncipe, deixando Kella envergonhada.

E por ultimo, os Sanders. Katie parecia radiante em meio aos seus pais, Kevin e Juliette. Eles pareciam um pouco apreensivos diante da figura do príncipe, mas pareciam bem receptivos. Katie, na opinião de Nathaniel, era a única que não temia que a família fizesse alguma besteira e estava aproveitando completamente a visita deles.

Quando terminou de falar com todos, voltou para onde seus pais se encontravam.

~*~

As famílias chegaram ao salão de jantar. Almoçariam todos juntos. Diferente dos demais dias, naquele dia a tradicional mesa das selecionadas havia sido substituída por pequenas mesas circulares, individuais para as quatro famílias. Os Morgenstern se sentaram na primeira mesa.

– Kath, nem te contei a novidade. – Karoline chamou a atenção da irmã. – Enquanto você estava aqui na seleção, eu compus várias musicas e vendi uma delas para uma cantora que esta começando agora. Ela me pagou uma nota, e disse que amou a música.

– Jura? Que cantora? – Katherine perguntou, curiosa, mas percebendo que a irmã iria falar mesmo ela não perguntando.

– Elizabeth Woodley. – Karoline respondeu, orgulhosa. Katherine se engasgou com o pedaço de assado que engolia.

– Eliz... zabeth Woodley? – ela perguntou, quase sem fôlego, ela recebia tapinhas de Kevin e Kássia nas costas.

– Sim, por quê? Já ouviu falar dela?

– Elizabeth Woodley? A ex-selecionada Elizabeth Woodley? – Katherine perguntou, rindo internamente. Elizabeth sempre se gabara por seu talento, e agora estava comprando musica dos outros? Quem te viu quem te vê Elizabeth. Karoline bufou, ainda sem entender a reação da irmã.

– Kath, me conta mais sobre a seleção. – Kamila pediu, sorrindo para a irmã. – O que você tem feito de bom aqui?

– Bom, além de aprender muito sobre etiquetas e normas da realeza. Estudei bastante também. Aprendi muito sobre Illéa e seus costumes. Ah sim, eu também ensinei o príncipe Nathaniel a tocar violão...

– Você ensinou ele? – Kevin perguntou, interessado.- Já pode me ensinar também então!

Na outra mesa, próxima a família de Katherine, estavam sentados os Sanders. Os três jantavam animadamente, e conversavam.

– Katie, minha filha, temos uma que conversar um segundo. – Juliette chamou a atenção da filha.

– O que foi? – Katie perguntou, preocupada.

– Nesses meses que você esteve aqui, muita coisa mudou. Com o dinheiro que você nos mandava, conseguimos pagar nossa dívida, e não temos mais com o que nos preocupar... – Kevin começou, mas Juliette o cortou.

– O que estamos querendo dizer querida, é que se você quiser, pode voltar conosco para casa, não precisa mais ficar aqui na seleção.

– Sabemos que você só se inscreveu para nos ajudar, e agradecemos muito a sua ajuda, mas agora não precisa mais.

– Te apoiaremos seja qual for a sua decisão.

Katie abaixou a cabeça, pensativa, e ficou encarando seu prato.

– Eu vou ficar. – ela disse, agora encarando-os. – Tenho mais motivos para continuar aqui.

Katie então encarou Nathaniel, na mesa principal. O príncipe percebeu o olhar, e sorriu confuso para a garota. Ela tinha um motivo para continuar. Tinha sim.

Na mesa próxima, os Forbes estavam sentados e já almoçando. Diferente das demais famílias, eles comiam em silêncio. Elizabeth Forbes era muito rígida com as regras e com a imagem que a família passava.

– Edward, segure o garfo da forma certa! – Elizabeth ralhou com o filho. Edward podia jurar que estava fazendo tudo certo, então encarou Ashley, buscando apoio, e viu que a irmã usava os talheres nas mãos contrárias as que ele usava. Ele então trocou as mãos e voltou a comer.

– Então filha, conte-me mais sobre o que aprendeu aqui. – Elizabeth pediu, desta vez encarando a filha.

– Revisei as regras de etiqueta, conhecia quase todas...

– Graças a mim, claro. – Elizabeth se gabou, orgulhosa.

– E aprendi muito sobre a história de Illéa, e o que uma princesa deve ou não fazer.

– Vi sua aparição no jornal oficial. – Elizabeth comentou, terminando de comer. Ashley já estava esperando a bomba. – Estava apresentável. E seu vestido estava lindo.

Ashley suspirou, aliviada, e agradeceu. Parecia um verdadeiro milagre a mãe estar elogiando-a.

Kella e os McDhall estavam na mesa próxima aos Forbes, e conversavam todos conversavam animadamente. A família queria saber todas as novidades de Kella, e ela as novidades deles.

– Tudo bem. Eu começo então. – Elizabeth, a mãe de Kella, se pronunciou, tentando apaziguar a agitação. – Querida, com o dinheiro que você nos mandou aqui da seleção, eu comprei um restaurante!

– Um restaurante? Jura? E como andam as coisas lá?

– Esta indo super bem, os negócios estão que é uma maravilha. E não se preocupe, com o juros que estou tendo lá, antes do príncipe tomar uma decisão, já vou ter todo o dinheiro que preciso para te devolver o seu dinheiro.

– Sabe que não precisa se preocupar com isso mãe. Caso eu não seja escolhida, ainda vou ter um tempo depois de sair daqui para precisar do dinheiro. E caso eu seja escolhida... bem, não vou precisar do dinheiro.

– Se você for escolhida, pode dar o dinheiro para mim então! – Louise exclamou, feliz, e pareceu pensativa. – Já sei até o que fazer com ele.

– E o que seria? – David perguntou, interessado.

– Informação confidencial, meu caro David. – ela respondeu, arrancando gargalhadas dos demais na mesa.

Na mesa principal, Maxon e America conversavam e observavam Nathaniel passar o olhar pelas mesas. America sorriu, e chamou o filho.

– Pensando no que?

– No fato que uma dessas quatro famílias vai fazer parte da nossa família quando eu tomar a decisão. Isso é assustador.

O casal concordou, e todos se voltaram novamente para os convidados, observado como cada família agia.

– Queria que Zoey estivesse aqui. – Nathaniel comentou, sem tirar a atenção das mesas.

– Eu também. – o casal concordou novamente.

~*~

As selecionadas e seus pais se encontravam no jardim, aproveitando o resto da tarde após o almoço. Cada família se encontrava em uma mesa conversando. De repente uma das criadas de Katherine atravessou o jardim na direção da garota, trazia uma carta na mão.

– Senhorita Katherine, desculpe incomodar, mas chegou essa correspondência para a senhorita. – ela disse, entregando o envelope para a menina e voltando para o palácio.

– Obrigada, Milena. - Kath respondeu pegando a carta. E começou a ler. Ficou um momento processando o que tinha na carta.

– O que foi, filha? - perguntou Marina. Kath se levantou sem responder.

– Com licença, preciso resolver algumas coisas agora. - e então ela saiu do jardim com a ajuda de Wiliana. Pediu para o primeiro guarda que encontrou para dizer para Nathaniel que ela desejava o vê-lo.

Foi guiada para uma das salas do palácio enquanto esperava o príncipe.

– Kath? O que foi? Um guarda me disse que você queria falar comigo. - Nathaniel entrou na sala e sentou-se ao lado da menina.

– Eu preciso ter uma conversa sincera com o senhor, príncipe.

– Não me chame de senhor, ou qualquer titulo besta assim, Kath. Só Nath. - ele interrompeu. Ela assentiu e continuou.

– Quais são as minhas reais chances de ganhar essa seleção? - ela perguntou bem direta. Nathaniel ficou surpreso com a pergunta e o tom da menina.

– Bem... Eu não posso garantir nada, Kath. Cada uma de vocês é especial de um jeito diferente para mim. Não sei quem ganhará no final. - o herdeiro foi sincero. Havia muitas duvidas em sua cabeça, ele não poderia dar nenhuma garantia a aquela garota. - Mas por que me perguntando isso justamente hoje?

Katherine mostrou-lhe a carta. - Recebi uma proposta de lecionar na maior escola de música de Illéa. Mas o prazo é curto. Preciso estar lá amanhã para acertar tudo. O período de aulas logo começará e eu preciso ir me acostumando com tudo lá.

– Ou seja, você queria que eu lhe desse uma garantia, assim ficaria aqui no palácio. Mas como não fiz isso, você irá sair da seleção? - ele indagou. Ela concordou.

– Não posso perder essa oportunidade, Nath. Por mais que eu queria ficar aqui e lutar por você, é a chance da minha vida. Não posso correr o risco e por tudo a perder. - ela explicou. Nathaniel entendeu. Se estivesse no lugar dela, faria o mesmo. Mas agora havia chegado um dos momentos que ele mais temeu. Só tinham mais três meninas na disputa.

~*~

– Todos sentem-se, por favor. – Maxon pediu as três famílias convidadas, e todos o fizeram.- Quero agradecer a todos que estão aqui esta noite, e parabenizar as três selecionadas finalistas. Nesta noite também quero anunciar que amanhã será realizado o baile de dia das bruxas, que como todos sabem, virou uma tradição aqui em Illéa.

Quando Maxon parou de falar, todos pareciam animados com a ideia de um baile real, ainda mais com a participação das famílias. Então foi a vez de America se levantar para falar.

– Como manda a tradição, o baile do dia das bruxas é a fantasia. As fantasias das selecionadas já estão prontas, e as fantasias dos demais serão ajustadas para cada um. Qualquer dúvida, as selecionadas saberão o que fazer.

Ela encarou as três selecionadas que engoliram em seco. “Esta na hora de ganharem mais responsabilidade, de agirem como princesas” ela praticamente podiam ouvir a rainha falar. Parecia que a seleção finalmente havia começado, e nenhuma delas estava ali para brincar.