(Not) Another Princess Story escrita por CassyDeschamps, Duda Monteiro
Quando America e Maxon chegaram em seu quarto, a única coisa que ambos conseguiam pensar era no quão cansados estavam. O casamento finalmente havia acabado, e tudo que eles queriam agora era dormir até o casamento de Nathaniel, que provavelmente nunca aconteceria, e eles descansariam o suficiente.
Maxon estava tendo um sonho estranho, nele, Zoey era arrancada de seus braços por um monstro, e depois que ela ficaria distante dele por muito tempo. Mas seu sono acabou sendo interrompido por um estrondo, que fez com que ele e America acordassem assustados.
– O que será que houve? – America perguntou, no mesmo instante que ouviram uma batida na porta.
– Majestades, invadiram o palácio! – com toda a certeza era um dos guardas. Os dois se entreolharam, e se levantaram rapidamente.
– Pode ir! Vamos pela passagem do quarto! Garanta que todos estejam protegidos! – Maxon gritou para o guarda, enquanto ele e America abriam a passagem em seu quarto e iam para o esconderijo real.
~*~
Lorenzo estava deitado em sua cama no quarto em que dividia com Neal. Ele preferiria muito mais estar explorando o palácio, mas sua mãe havia ordenado que ele ficasse no quarto, porque eles eram hóspedes ali, e ela não queria que ele a fizesse passar vergonha.
– Neal, esta dormindo? – ele perguntou ao irmão.
– Estava. – Neal choramingou, se revirando na cama- O que foi?
– Eu quero andar pelo palácio. Vem comigo?
– Mamãe disse que não podemos sair do quarto. E não estou afim de ouvir ela berrando com a gente logo de manhã.
– E quem disse que ela precisa ficar sabendo? – Lorenzo perguntou, arqueando uma sobrancelha.
– Estou ouvindo.
Neal acabou convencido pelo irmão, e quando notaram, já estavam a três corredores de distância de seu quarto.
– E se um guarda nos achar? – Neal sussurrou para o irmão.
– Não vão nos achar. Esta escuro, somos pequenos, e cabemos em algum canto qualquer. É só nos escondermos.
Os dois então ouviram um grande estrondo e se entreolharam, assustados.
– Vamos voltar para o quarto. Temos que nos esconder. – Neal sugeriu, no mesmo instante que uma alta sirene era ouvida. Os dois correram na direção em que tinha vindo antes.
~*~
Em um dos dormitórios dos guardas o silencio predominava. Eles dormiam, aproveitando um dos seus poucos momentos de descanso a noite. Cada um viajava no mundo dos sonhos, até que os alarmes ressoaram. Automaticamente, os quatro guardas que dormiam levantaram-se num pulo.
Tentando controlar os bocejos e as espreguiçadas, eles se arrumavam o mais rápido que podiam.
– O que será que está acontecendo? – perguntou Damon, terminando de vestir a calça. Justin revirou os olhos, e respondeu o mais ironicamente possível.
– Não sei. Acho que os reis estão nos chamando para uma festa especial. – respondeu ele, calçando a bota.
– Ou melhor, uma festa especial só entre os guardas e as selecionadas. – complementou Daniel, num tom mais leve.
– Ok, ok. Entendi. Pergunta boba, resposta idiota. – disse Damon, levantando as mãos em sinal de rendição.
– Será que os babacas poderiam parar de conversar, e terminar de ser arrumar? – perguntou um Dimitri estressado. – Temos que verificar se toda a família real e as selecionadas estão em segurança.
– Calma Dimitri, o palácio não tem só nós quatro de guardas. – lembrou Justin, já complemente pronto.
– Não me interessa. Daniel verifique o lado norte. Justin vá para o sul. E Damon, o leste. Eu ficarei com o oeste. Protejam todos e qualquer membro das famílias reais e as selecionadas, mesmo que seja com sua própria vida. – ordenou, e saiu do quarto indo cumprir seu dever. Os outros guardas seguiram seu exemplo, pensando que talvez essa fosse a ultima vez que vissem aquele quarto.
~*~
Ally, Ashley e Katherine seguiam pelo corredor, seguindo um dos guardas do palácio. Wiliana guiava Katherine, mas as garotas preferiram seguir atrás, para ter certeza que no meio da correria à garota não ia se distanciar. Com tantas explosões, Wiliana poderia ficar assustada, e correr para o lado errado, levando Katherine com ela.
Eles escutam novamente barulhos de tiro. O guarda continua seguindo a frente do grupo. Ele vira mais um corredor, com a arma em punho, pronta para revidar. Mais um tiro foi escutado, e desta vez o guarda foi atingido fortemente no peito, e caiu no chão. Ally soltou um grito. Wiliana começou a rosnar.
– O que houve? – Katherine perguntou, assustada. Ashley começou a puxá-la pelo braço.
– Temos que sair daqui e achar um abrigo. Rápido! – Ashley insistiu, desta vez puxando a guia de Wiliana para a outra direção.
– Mas e o guarda? Que barulho todo foi esse? Por que Wiliana esta rosnando? –Katherine perguntava, enquanto era puxada pela amiga.
– O guarda foi atingido! Precisamos ir para o outro lado, para longe dos tiros, e encontrar um abrigo. Ally me ajuda aqui, a Wiliana não para de rosnar! – Ashley pediu, tentando puxar a cadela. Ela então olhou para Ally, a garota ainda estava no começo do corredor, próximo ao guarda caído. – Ally! Vem pra cá!
Ally não se mexeu. Ashley pediu para Katherine não sair do lugar, e foi até a garota.
– Ally, precisamos ir. – Ashley repetiu. Ally tinha uma expressão aterrorizada, e encarava o guarda. – Ally, vem, vamos sair daqui antes que sejamos acertadas também.
Ashley puxou Ally pelo braço, como havia feito com Katherine antes, e a levou até onde a selecionada havia ficado esperando. As três seguiram pelo corredor, tentando achar alguém para ajudá-las, ou quem sabe achar um abrigo.
– Meninas! – elas ouviram Kella chamar, do outro corredor. “Ficar berrando por ai não é muito inteligente da parte dela” Ashley pensou, mas deu de ombros.
– Estamos aqui Kella! – Katherine gritou, respondendo. Ashley revirou os olhos. Segundos depois, Kella estava ao lado delas.
– Que bom que encontrei vocês! – Kella desabafou- eu estava morrendo de medo.
– Precisamos achar um abrigo, eu acho que a Ally não esta muito bem. – Ashley informou, e Kella concordou. As garotas então ouviram passos se aproximando. E se esconderam atrás de uma escultura.
– Como é que você dorme no meio do expediente? – Vitor reclamou, bufando.
– Eu estava cansado, ok? Tive que correr envolta do palácio vinte vezes hoje no treinamento! – Miguel retrucou, enquanto eles andavam no corredor.
– Graças a você a Kella e a Ally sumiram! – Vitor retrucou, ligando a lanterna.
– Elas devem estar bem, o John também sumiu, e as selecionadas do turno dele também não estão mais lá. Ele deve ter levado as duas junto com ele.
– Ou ele não te viu dormindo, levou as duas selecionadas dele, e a Kella e a Ally ficaram sozinhas, sem ninguém para levá-las até o abrigo, acabaram saindo sozinhas para se proteger e...
– E mais nada, acabei de achar as quatro. – Miguel retrucou, e Vitor o olhou, abismado. As quatro garotas estavam iluminadas pela lanterna de Miguel. Estavam salvas.
~*~
Rosemary já estava começando a se coçar. Alguma coisa ia dar errado, ela sabia, sempre que começava a se coçar, algo sairia do controle. Ela havia começado a se coçar desde que haviam encontrado os príncipes gêmeos da Itália. Esses garotos praticamente cheiravam a confusão.
– Pra que lado vamos? – Katie perguntou, no grupo estavam ela, Rosemary e os gêmeos.
– Vamos em frente. Devemos achar alguém daqui a pouco.
O grupo seguiu pelo corredor. Os sons de explosão e tiros continuavam, eles utilizavam o barulho para se guiar, era só seguir para o lado oposto aos sons, para longe da confusão.
– Isso é muito comum por aqui? –Lorenzo perguntou, se assustando com outra explosão.
– O que? – Rosemary perguntou, sem entender.
– Esses ataques. Na Itália não tem disso não.
– Desde que viemos para cá, esse é o segundo ataque. – Katie esclareceu.
O grupo então começou a ouvir passos e vozes no corredor adiante.
– Guardas? – Katie perguntou aos outros, sussurrando.
– Ou rebeldes. Melhor não arriscar. – Rosemary alertou- Não tem nada aqui para nos escondermos, melhor irmos para o corredor contrário.
Foi o que fizeram, porém, ao virar a curva, ouviram mais passos. “Que sejam guardas dessa vez” Katie implorou, em pensamento.
– Vamos por aqui. – Rosemary preferiu voltar pelo corredor que estavam antes.
– Espera, e se forem mesmo rebeldes vindo por aqui?
– Precisamos escolher um dos lados! Não podemos ficar paradas aqui esperando os dois grupos se encontrarem e...
– São as selecionadas! –uma voz masculina interrompeu a garota.
– Rebeldes! – Neal choramingou.
– Tudo bem, vamos pelo outro lado. – o grupo correu na direção oposta, torcendo para que fossem guardas a vir por aquela direção, e não mais um grupo de rebeldes. Quando viram as fardas do palácio no guardas, finalmente puderam respirar aliviados.
– Guardas! – Lorenzo festejou, com vontade de abraçá-lo.
– Altezas, selecionadas, porque não estão em um dos abrigos? – um dos três guardas perguntou, abismado.
– Estaríamos em um se soubéssemos onde nos esconder. – Rosemary ironizou, tentando amenizar sua respiração depois da corrida.
– Tem um grupo de rebeldes vindo pelo corredor, estávamos fugindo deles. – Katie esclareceu, aliviada.
– Tudo bem, sigam pelo corredor, você, vai com eles. Damos conta dos rebeldes.
Os quatro seguiram o guarda atrás de um abrigo, enquanto os outros dois seguiram atrás dos rebeldes.
– Rápido, tem um abrigo para empregados logo ali na frente, não vai dar tempo de vocês irem até o abrigo real. – o guarda explicou, apertando o passo.- Naquela parede.
O guarda começou a tatear a parede, e finalmente pareceu ter encontrado algo, mas antes que pudesse terminar de abrir um tiro o atingiu no ombro e um segundo nas costas. O guarda caiu, inconsciente.
– Ali! Duas selecionadas e os príncipes italianos! Podemos pedir resgate por eles!
– Rápido, pra dentro do abrigo! – Rosemary pediu- Abram a porta, eu distraio eles. Rápido!
Enquanto Katie e os gêmeos puxavam a pesada porta, Rosemary se abaixou e pegou a arma do guarda inconsciente. Ela posicionou a arma perfeitamente na mão, e atirou nos três rebeldes, sempre no braço que segurava a arma, e em uma das pernas, para que não pudesse mais atirar, e nem vir atrás delas. Katie e os garotos finalmente conseguiram abrir a porta do abrigo, e os quatro correram lá para dentro. Katie a olhou abismada.
– Onde foi que você aprendeu a atirar daquela forma?
~*~
Gemma, Elizabeth e Taylor corriam sendo guiadas por Carter para um esconderijo. Ou melhor, Gemma e Taylor corriam. Elizabeth andava em passos rápidos, reclamando a todo o momento que seus sapatos se estragariam. As meninas se controlavam para não voar em cima dela.
– Senhorita, por favor, ande mais rápido. – pedia Carter pela milésima vez. A selecionada acelerou um pouco, para minutos depois voltar ao passo inicial. – Se por acaso algo acontecer comigo, saibam que tem uma entrada para o esconderijo mais a frente, perto de uma estatua. Empurrem o braço dela, e ele se abrirá. – informou.
– Nada vai acontecer com você, Carter. – confirmou Gemma, esperando sinceramente que o falava fosse verdade. Carter sorriu diante das palavras da prima.
Enquanto isso Taylor se cansava de ter que acompanhar o ritmo de Elizabeth, e começou a puxá-la pelo braço, para apressá-la. – Anda mais rápido, menina. Não quero ser morta por sua causa. – reclamou Taylor, ainda a puxando. Elizabeth começou a reclamar.
– Para com isso sua troglodita! Meu braço vai ficar roxo! Eu tenho uma pele muito delicada! – exclamava quase aos berros. Mesmo assim Taylor não a soltou.
– Para de gritar, Elizabeth. Os rebeldes irão escutar. –ralhou Gemma.
– Senhoritas, andem rápido. Deixem as discussões para depois. – apressou mais uma vez o guarda, seriamente preocupado que algum dos rebeldes os escutassem. Sua preocupação não foi em vão. As selecionadas assentiram, e ficaram em silêncio por um tempo. E nesse tempo passos foram escutados atrás do grupo.
– Aqui! Temos um grupo. – gritou um dos rebeldes. Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, Carter o acertou em cheio. Mas os outros já haviam sido avisados, e agora corriam naquela direção.
– Rápido, corram. Logo alcanço vocês. – ordenou Carter. As meninas o obedeceram, até Elizabeth, que esqueceu suas preocupações em relação ao sapato e começou a correr de verdade. Vários tiros foram escutados em seguida. Gemma rezava internamente para que seu primo estivesse bem.
Ele logo as encontrou. Vinha correndo. – Andem. Tem muitos deles! – exclamou Carter. Todos começaram a correr mais rapidamente ainda e ele virava-se para disparar algumas vezes.
Em questão de segundos, Elizabeth deu um berro de dor. Seu braço sangrava, e seu vestido já estava começando a manchar. – Eu vou morrer! – começou a berrar. Por sorte eles já se encontravam a poucos passos da entrada. Carter disparou, matado o rebelde que havia atirado na selecionada, enquanto Taylor abria a porta e Gemma apertava o braço de Elizabeth, tentando estacar o sangue.
– Rápido, entrem. – mandou o guarda. Assim que entraram Taylor chamou por Kella, e explicou em poucas palavras o que tinha acontecido.
– Bala... Elizabeth... – falou ela, em meio a uma respiração ofegante, e se jogou no chão. Kella correu para o lado da outra, para tentar ajudar. Elizabeth ainda continuava gritando.
~*~
Finalmente todas as selecionadas estavam seguras. O ataque havia finalmente acabado. Eles haviam tido baixa de cinco guardas, mas em compensação haviam capturado vários rebeldes. Elizabeth estava ferida, e não parava de berrar, mas Zoey não prestava atenção nela, ela suspirou aliviada, encostando-se no marido, que a abraçava. Ela fechou os olhos, e se perguntou como a sua noite de núpcias havia ficado daquele jeito. Tudo bem que o inicio fora meio estranho, mas não era preciso acabar assim. No começo o seu maior medo era do que teria que fazer depois do casamento, agora ela se preocupava se todos ficariam bem.
– Assustada? – perguntou Joseph, fazendo carinho nos cabelos dela. Ela abriu os olhos e sorriu timidamente.
– Não. Não muito. Só pensando. – respondeu Zoey. Ele continuava com as caricias.
– Ok. Volte a pensar então. – ele disse, e ela fez isso. Só que em vez de pensar na situação em que se encontrava, começou a pensar no que aconteceu quando ela saiu do banheiro, logo após o casamento.
“O que tivesse que ser, seria. Continuava pensando nisso enquanto se dirigia para a cama. Joseph tinha um livro em mãos e ele parecia bem concentrado nele. Zoey agradeceu por isso, apressando o passo, deitado logo na cama, e se cobrindo com um dos vários lençóis.
Ele finalmente notou a chegada dela. – Achei que tinha morrido no banheiro, Zoey. – brincou. Ela sorriu nervosamente. Não sabia como agir. – Esta tudo bem? – perguntou notando a expressão preocupada da esposa.
Ela respondeu positivamente, mesmo sendo mentira.
– Eu sei que não está. Você está suado, mesmo o quarto estando frio. Obviamente tem alguma coisa errada. Somos casados agora, você não pode me esconder o que é. – insistiu ele, colocando o livro na mesinha de cabeceira, e se focando totalmente na amada. – O que foi?
Zoey fechou os olhos tentando arrumar um modo de colocar seus medos em palavras. – Eu estou nervosa com o que vem a seguir.
– E o que vem a seguir? – indagou Joseph, claramente confuso. Zoey arqueou as sobrancelhas. Seria uma alguma brincadeira da parte dele?
– O que vem depois de um casamento, Joseph? – exclamou a princesa.
– Er... Os noivos deitam, se abraçam, e dormem? – arriscou ele, notando onde ela queria chegar.
– Os noivos têm a primeira “noite” juntos. – respondeu ela, aspeando a palavra noite com os dedos.
– Ah, isso. Então você está preocupada que eu te force a transar comigo?
Zoey não sabia o que responder. É claro que não esperava que ele a forçasse... – Forçar é uma palavra muito forte. Eu pensei que você esperasse que tivéssemos nossa primeira noite hoje. Como é a tradição.
– Não ligo muito para tradições. E imagino que essa seria sua primeira vez, não? – ele não esperou ela responder e já foi complementando. – E como primeira vez, sei que você vai querer estar pronta para isso, e devido aos últimos acontecimentos, ambos sabemos que você ainda não está. Que você ainda precisa aprender a me amar, como homem, e não só como um amigo. E eu estou disposto há esperar esse tempo, Zoey. Porque eu sei que você vai acabar me amando. E quando isso acontecer, ai sim, teremos nossa noite de núpcias. Então não se preocupe, não te forçarei a nada. Nem terei amantes ou algo assim, nesse meio tempo. Eu não sou mais virgem, há muito tempo, para falar a verdade. Mas entendo como isso é importante para você, e quando estiver pronta, estarei aqui. – desabafou de uma vez só. Zoey o olhava abismada. Ela nunca estivera tão feliz por aquele casamento arranjado.
– Tudo bem... – ela começou.
– Espera. Antes, gostaria de terminar dizendo que assim que você estiver pronta, me avise, tá? Porque vai ser meio difícil dormir com você toda noite, e ter que me segurar. – admitiu Joseph.
– Sim senhor. – assentiu. – E será que podemos seguir a sua versão da noite de núpcias agora? – ela perguntou. Ele concordou, e se deitaram abraçados. Até que as sirenes comaçaram a tocar.”
– Já chega! Eu não quero mais ficar aqui! – a voz de Elizabeth a tirou de seus devaneios. – Majestade, podemos conversar?
Nathaniel deu de ombros e foi até Elizabeth, à garota estava com o braço enfaixado onde havia levado o tiro. Será que a garota realmente queria ir embora da seleção?
~*~
– O que foi, Elizabeth? – Nathaniel perguntou, já imaginando que a conversa seria longa.
– Eu desisto. Quero que você me mande embora. – ela pediu.
– E por que você quer ir embora tão perto da final? – ele estranhou a atitude da garota.
– Eu não posso mais correr esses riscos que corri hoje. E se a bala tivesse me atingido na coluna e eu não pudesse mais andar? Ou se acontecesse algo com o meu rosto? Meu corpo é o meu trabalho! Eu uso ele nos espetáculos. Como foi me apresentar estando presa em uma cadeira de rodas? E eu não tenho garantia nenhuma de que você realmente vai me escolher.
– É, essa garantia eu não posso te dar. Porque nem eu sei quem eu vou escolher ainda.
– Viu só? Eu já cheguei na elite, já aumentei a minha casta, e já aprendi muitas coisas aqui no palácio. Já esta de bom tamanho.
– Tudo bem. Se quiser ir, pode ir embora. Vou falar com as outras selecionadas. Vamos ver se mais alguém quer sair.
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Desculpem a demora para postar. Espero que gostem.