(Not) Another Princess Story escrita por CassyDeschamps, Duda Monteiro


Capítulo 13
13. Es Un Drama


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a Daughter of Apollo, dona da Gabriella Vitiello. Muito obrigada por recomendar a fanfic!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/522542/chapter/13

Zoey estava chocada. Não acreditava que estava diante de Joseph. Havia pensado que ele só chegaria daqui a vários dias. Mas ali estava ele, e ela estava o encarando perplexa por quase cinco minutos, sem notar o tempo passar.

– O que você faz aqui? – perguntou ela, sem pensar, com a mente ainda confusa.

– Será que podemos ir a um lugar privado, para conversarmos em paz? – propôs Joseph, e vendo que Zoey não tirava os olhos dele, completou: – Ou você prefere ficar me encarando por mais cinco minutos?

A princesa corou, e desviou o olhar rapidamente. – Sim, podemos. – respondeu, recuperando a sanidade. – Me siga, por favor. – falou, e virou-se, em direção ao corredor de onde tinha vindo. Entrou em uma sala depois da que havia estado anteriormente.

Dessa vez o lugar era menor, mas possuía uma mesa de reunião média, com cadeiras a rodeando. Zoey sentou-se em uma, e Joseph a imitou, sentando-se ao lado da princesa.

– É um prazer finalmente revê-la. – começou Joseph. – Devo dizer que você esta diferente daquela menina que vi da ultima vez.

– Também, eu tinha o que, dezesseis anos? Dezessete? – comentou, se lembrando da primeira e ultima vez que vira o noivo. – E espero que seja um diferente bom.

– É um diferente ótimo. Você se tornou uma belíssima mulher. – ele a elogiou, olhando em seus olhos. A princesa corou mais uma vez, e desviou o olhar.

– Obrigada. Devo dizer que você também mudou. Está com mais cara de futuro rei do que de príncipe. – ela retribui a gentileza, tentando controlar a vermelhidão do rosto.

– Obrigado. Devo subentender então que estou mais bonito, certo? – brincou. Zoey não sabia como reagir diante dessa brincadeira, e mudou de assunto.

– Você não respondeu por que está aqui. Achei que só viria daqui a algumas semanas. – indagou ela, lembrando-se do combinado entre as famílias, de que o casamento só começaria a ser preparado quando a seleção chegasse à parte da Elite.

– Soube do atentado dos rebeldes, e vim o mais rápido que pude, para me certificar que você estava bem.

Zoey não acreditava que ele havia saído da Itália só porque o palácio fora atacado, e ele estava preocupado com ela. – Se eu não estivesse bem não haveria nada que você pudesse fazer, ou seja, seria melhor continuar em seu país. – falou grosseiramente, mas se arrependeu depois. – Me desculpe, o que quis dizer é que você corre um risco vindo para cá logo após um ataque dos rebeldes, e mesmo se eu não me encontrasse em uma boa situação, você não teria meios de me ajudar, e eu ficaria pior, pois indiretamente estaria lhe colocando em risco. – tentou remediar a situação.

– Eu entendi o que você quis dizer, Zoey. Noto que você ainda não esta feliz com o nosso casamento. – afirmou Joseph, e vendo a expressão de surpresa em seu rosto, complementou: - É, sei dos seus sentimentos em relação ao casamento.

– Que sentimentos, príncipe? – arriscou, esperando que estivesse entendido errado o que o noivo dissera.

– Sei que não deseja se casar comigo, e provavelmente deve estar me odiando por estar aqui antes do previsto. – ele desabafou.

– Quem te contou isso?

– Não foi preciso ninguém contar. Já notou quantas vezes te mando as melhores e mais românticas cartas do mundo, e você quase nunca as retribui? E quando faz é de um jeito frio. Não sou tonto, princesa. Sei que não me ama. E nem se esforça para isso. Mas sinto dizer, o casamento realmente acontecerá e...

Zoey o interrompeu. – Não me julgue por não te amar! Mal te conheço! A ultima vez que te vi foi há uns cincos anos. Ultima e primeira. Não posso amar uma pessoa assim. Não uma pessoa que não conheço realmente.

– Eu tenho sentimentos por você, e também mal te conheço. Poderíamos ter nos conhecido, se você tivesse se esforçado um pouco! – nesse momento o príncipe se levantara, e Zoey fez o mesmo. – Eu me preocupo com você. Nem passa pela sua mente como fiquei desesperado quando soube do ataque, mas durante todos esses anos você preferia fingir que eu não existia, a tentar me conhecer. E agora irá se casar com um estranho. Não há nada que possa fazer agora princesa.

– Me desculpe! Mas a ideia de me casar com alguém por quem não sou apaixonada é estranha! Isso me leva a me afastar. Se realmente quer se casar comigo, terá que se acostumar com o meu jeito.

– Não existe mais se. Iremos nos casar. Daqui a poucas semanas. Este é outro motivo por ter vindo antes. O casamento foi antecipado. – anunciou Joseph, deixando uma Zoey perplexa mais uma vez no mesmo dia.

~*~

A vida das selecionadas estava começando a voltar para os eixos. As aulas com Silvia e Holly estavam ajudando-as a tirarem suas dúvidas, e estavam começando a aprender alguns truques para serem melhores selecionadas e damas mais comportadas.

O rei Maxon decidiu conversar com as selecionadas, falar sobre a família real, algumas regras do palácio – que Silvia ainda não tinha passado-, e sobre cuidados com os ataques rebeldes. Pra onde correr, onde se esconder, quem procurar e como fazer. Depois de ver que algumas não estavam prestando atenção, ele resolveu mudar as coisas, e levou todas para caminhar pelo palácio, contando sobre algumas obras, fotos e afins, o que pareceu realmente entreter as garotas. Maxon viu Nathaniel passando em um corredor mais a frente, e não perdeu tempo em chamar o filho, que fazia de tudo para não ser notado e sair dali o mais rápido possível.

– Nathaniel, junte-se a nós. Estamos dando um passeio pelo palácio. – Maxon chamou- o, ao que Nathaniel bufou, se virou, e caminhou em direção a ele. – Quem sabe você não demonstra sua opinião sobre algumas coisas no palácio?

– Eu adoraria, querido pai. – ele olhou para as selecionadas, procurando alguma fuga- mas não posso. Tenho um encontro hoje. – todos se assustaram, inclusive Maxon. Nathaniel olhou novamente para as selecionadas e encarou a plaquinha de uma. – Com a Katie. Vamos Katie, temos muito que fazer. – e de preferência, o mais longe possível da minha família, ele pensou.

Nathaniel segurou a garota pelo braço, e foi puxando-a pelo corredor. Sem entender nada, Katie o seguiu, sem muitas opções, para onde quer que ele a estivesse levando, mas ele andava um pouco rápido, e ela estava com um pequeno saltinho, e acabou torcendo o pé.

– Eu preciso parar, torci o pé. – Katie disse, parando de andar, e fazendo uma careta de dor.

– Tudo bem, vamos à biblioteca, acredite, ninguém me procuraria lá. –ele comentou, se dirigindo a uma porta próxima, e a abrindo, deixando Katie entrar primeiro.

Os dois se sentaram em umas das muitas mesas presentes no local. A biblioteca estava muito limpa e organizada. Todos os livros estavam arrumados nas prateleiras. Katie só conseguia pensar o quanto ela desejava ter um lugar como aquele na própria casa.

– Então, quem é você? – Nathaniel perguntou, depois de um tempo em silêncio. Katie revirou os olhos.

–Meu nome é Katie...

– Não, quero dizer, quem é você fora do que você colocou na sua ficha e naquela primeira conversa praticamente forçada. Me conte sobre você, seus sonhos, medos, sua família... o que você mais odeia em mim...

– O que mais odeio em você? Como assim? – ela ficou confusa.

– As paredes têm ouvidos, e se chamam criadas. – ele riu, acompanhado por ela- Sem falar que você não disfarça muito, sabe. Dá pra ver de longe que eu não sou sua pessoa favorita nem nesse cômodo.

– Não é que eu odeie você, na verdade eu nem tenho como odiar, não o conheço o suficiente para isso. Eu só acho que você podia ter mais consideração pelo que tem, sabe, muitas pessoas matariam para ter um pedaço de pão que você come sempre em uma das suas refeições. – ela deu de ombros.

– Sabe, já que você esta sendo sincera. Eu não quero ser rei. Eu não quero essa seleção. Mas eu fui obrigado a aceitar os dois. Isso ninguém vê, certo? Só veem que eu faço tudo errado, que eu sou um péssimo exemplo, a ovelha negra da família.

– Porque em vez de reclamar disso, você não prova o contrário? – ela perguntou, e ele pareceu confuso- corra atrás, mostre que você não é o que dizem.

– E o que dizem de mim? – ele perguntou, sorrindo maroto.

– Eu não sei. – ela respondeu- pergunte as paredes.

~*~

Nathaniel entrou na sala de seu pai, e trancou a porta. Maxon apenas levantou os olhos de seus tão comuns papéis, e encarou o filho. Nathaniel andava de um lado para o outro, e parecia nervoso.

– Como era na sua época? – ele perguntou, de repente.

– Como assim? -Maxon largou seus papéis, e olhou curioso para o filho.

– Os encontros. Como você fazia com os encontros? – ele perguntou, se sentando na cadeira de frente ao pai- Eu acabei de passar meia hora em uma biblioteca com uma das garotas conversando sobre os sonhos dela. Isso não é um encontro! Que tipo de encontro foi esse?

– Bom, eu levava as meninas em encontros separados, obviamente, e...

– Sério? Encontros? Você chama andar pelos corredores, ir até os jardins, e conversar na biblioteca, de encontros?

– Não tem só isso! Use a criatividade! Tem o jardim dos fundos, tem a sala de TV, a cozinha...

– Agora se eu quisesse levar alguma delas no meu quarto, ai ninguém iria deixar.

– Não me venha com brincadeiras, achei que o assunto fosse sério. –Maxon parou de prestar atenção, e voltou a seus papéis.

– Você as chamava de queridas? – Nathaniel perguntou, se lembrando de uma conversa que teve com uma das criadas mais antigas do palácio.

– Chamava, e elas pareciam gostar muito.

– Que coisa cafona, pai.

– Tudo bem, o que você quer, afinal? – Maxon largou novamente os papéis, e cruzou os braços.

– Quero que as selecionadas não tenham autorização pra ir aos jardins, pra que eu leve elas aos jardins nos encontros, pra ser algo especial, pra não ser só mais uma ida ao jardim só que desta vez acompanhada do belo, jovem, lindo príncipe.

– Você tem noção que vai ter que ter muito mais encontros então, não é? Elas vão querer sair várias vezes para o jardim e não vão poder porque precisam de um encontro para poder sair para os jardins, logo teremos selecionadas que vão querer um encontro com você só para poderem ir aos jardins.

– Por favor, até parece que elas vão preferir o jardim a mim. – Nathaniel revirou os olhos- Quem faria uma coisa dessas?

– Sua mãe. – Maxon deu de ombros. Nathaniel fez uma expressão confusa. Ela queria sempre ir aos jardins, aposto que, naquela época, ela preferiria os jardins a mim.

– Esta com a bola toda, hein pai? – Nathaniel zombou- mas sério, onde mais posso ter os encontros?

– Você tem selecionadas que gostam de música, sugiro alguma das salas de música, temos salas de leituras, você pode mostrar o terraço a algumas delas também, a sacada do segundo andar é linda, peça a chave para a sua mãe. No jardim tem vários lugares meio escondidos, só não vá muito próximo dos muros do palácio, podem haver rebeldes por perto. Use sua criatividade.

~*~

Elizabeth estava pulando de felicidade, e devido a isso destilava seu veneno entre as meninas. O motivo? Um dos guardas a avisou que o príncipe iria encontrá-la na sala de musica. Dado o horário, ela se dirigiu para lá. Nathaniel chegou minutos atrasados, deixando a selecionada impaciente, coisa que ela disfarçou com a chegada do mesmo.

– Desculpe-me a demora. Estava tentando me lembrar de onde é que ficava essa sala de musica. – falou ao chegar, passando as mãos pelos seus cabelos molhados.

– Não se preocupe príncipe. Entendo completamente. Também, com um palácio grande feito esse, é difícil não ser perder. – falou ela, o olhando docemente. – Eu mesma já me perdi diversas e diversas vezes. Se não fosse a ajuda dos bons guardas e das minhas amigas selecionadas... Não sei o que seria de mim. – brincou ela.

Nath sorriu, e tentou encontrar algo para conversar com a menina. – Então... O que você faz o que da vida?

– Sou cantora. Não querendo me achar, nem nada assim, mas as pessoas realmente gostam de ouvir minha voz, e pagam muito bem.- Elizabeth se gabou, sorrindo abertamente.

– Toca algum instrumento? Como é sua família? Tem sonhos? Alem de se casar comigo, é claro. – Nathaniel fez logo um monte de perguntas, pois assim fingiria que estava escutando, e não precisaria participar ativamente da conversa.

– Toco. Guitarra. Não querendo me achar de novo, mas também toco muito, mas muito bem. Quase um dom. E minha família é normal. Meus pais são quase famosos, e sempre me deram coisas boas, ou seja, sou acostumada com coisas boas, não deixarei que isso me suba à cabeça. E meu sonho, é se por acaso sua alteza não se apaixonar por mim, então virarei uma dois, para que ai possa ser uma cantora realmente famosa. Até porque talento para isso tenho de sobra. De novo, não quero me gabar, mas é o que sempre me disseram.

– Devo dizer que você é bem direta, e sabe o que quer. – comentou ele, mesmo não tendo prestado atenção em quase nada do que ela falou. – Então você esta aqui só para subir de vida, não é?

– Longe disso, príncipe. Eu me inscrevi porque realmente sinto algo por você. Mas não tenho como forçá-lo a sentir o mesmo. E caso não sinta, preciso de um plano B, não concorda? – indagou, tentando fazer o príncipe acreditar que ela realmente estava apaixonada por ele.

– Devo dizer que você esta certa. Um plano B é fundamental em qualquer situação. Mas não vejo porque não poderia me apaixonar por você. Parece ser uma garota adorável. – elogiou. Elizabeth corou minimente. – Mas então Elizabeth, tem algo a mais para me contar da sua vida? Posso te chamar de Liz? Seu nome é muito grande.

– É claro que pode, alteza. E acredito que não. Minha vida é bem simples. Eu canto, encanto o publico; ei, rimou. – riu da sua rima feita sem querer. – Se quiser posso cantar um pouco para você.

Nathaniel vendo um jeito de não ter que tentar conversar, aceitou, e Elizabeth começou a se amostrar.

~*~

Nathaniel tinha acabado de sair de seu “encontro” com Elizabeth. A garota parecia legal, mas falava demais. E se elogiava demais, até parecia à versão dele feminina, só que menos sexy e bonita.

Ele virou mais um corredor, e começou a ouvir uma música. Parecia um piano, e ele pensou que pudesse ser sua mãe tocando, apesar de fazer muito tempo que ela não tocava nada sem que fosse em seu próprio quarto. Pensou então em dar meia volta e ir embora, não estava com cabeça para encarar as perguntas de America hoje, mas algo o fez voltar e quando viu, ele estava parado olhado pela fresta da porta.

Hanna Hastings estava sentada ao piano, ela parecia empolgada ao tocar, mas a melodia era um pouco mais lenta. Parecia estar chorando, seu lápis de olho estava um pouco borrado, e uma lagrima preta escorria por sua bochecha. Ela na verdade estava emocionada, aliviada de finalmente poder tocar sem que ninguém se intrometesse, ou que colocasse defeito, o que acontecia muito desde que chegaram ao palácio, as selecionadas não tinham muito tempo livro, e quando tinham, passavam juntas. Ela gostou daqueles minutos de paz que teve.

– É uma bela música. – a voz de Nathaniel invadiu o cômodo, assustando-a.

– Ah, majestade. – Hanna se levantou, assustada, fazendo uma pequena reverencia- desculpe, eu não o havia visto ai.

– Eu não queria ser visto mesmo, iria te assustar no meio da música. – ele comentou, dando de ombros.- O que acha de darmos uma volta?

– Claro. – ela sorriu, e ele abriu a porta para ela, os dois saíram lado a lado pelo corredor.

– Então você é a favorita do público, de novo. – ele sorriu, zombateiro.

– De novo? – ela perguntou, confusa.

– Saiu uma nova pesquisa hoje, por conta de muitas garotas ontem. Então fizeram uma nova votação. As criadas me contaram, e os guardas também, e a minha mãe, daqui a pouco até os pássaros me contam as coisas.

– Fico feliz de saber que o povo gosta de mim. – ela comentou, sorrindo.

– Que tal um jogo? – ele perguntou, se sentando em um dos sofás do corredor, que tinha uma boa vista dos jardins.- Eu falo uma coisa que eu gosto, e você uma coisa que você gosta.

– Tudo bem.

– Eu gosto de... chocolate.

– Gosto de tirar fotos.

– Jura? Não chegue perto dos meus pais então. A menos que queira fica uma hora ouvindo eles falando sobre os dois assuntos. – eles riram- eu gosto de... Me esconder em algum canto do palácio, e deixar minha mãe maluca me procurando, ai ela deixa o meu pai maluco, porque ela esta maluca, e então todo mundo fica maluco, porque o rei esta maluco, ai eu apareço e tudo volta ao normal.

Ela riu, e pareceu pensar. – Gosto de comprar roupas.

– Não é uma coisa que você vai fazer muito como rainha, afinal, as roupas são todas feitas sob medida pra você. – ele comentou, ela deu de ombros- Ok, eu gosto de... sair com alguns amigos meus, guardas, e passar um tempo só falando besteiras sem todo esse peso de príncipe.

– Interessante. – ela comentou- gosto de ajudar as pessoas.

– Esta ai uma coisa que você poderá fazer como rainha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

-Como eu disse, a ordem é por sorteio, então não se preocupem, sua selecionada ainda vai aparecer nos próximos capítulos.
— Tumblr ainda esta em reforma XD
— A sugestão de cena, e a música utilizadas na cena da Hanna, foram ideia da Sweet, autora da Hanna. Se vocês quiserem mandar cenas assim pra mim, fiquem a vontade, estaremos recebendo ideias de cenas até o final da fic KKKK, mas as que quiserem mandar sugestões de encontro, podem mandar também (até mesmo as que já foram).