Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 8
6° Dia: Westfield Century City, The First Kiss


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui de novo antes que o previsto :D
Tenho vários agradecimentos para fazer, então vamos começar. Primeiro:
— Daniela Arezzo;
— MHSI;
— Bia Souza;
— E Sweet Neverland
Por terem favoritado ;D Muito obriagada, gente, de verdade!
Além de favoritar, a Daniela também comentou não só no último, como em outros capítulos passados ;3
Ellen Freitas, sua diva! Que comentou em TODOS os capítulos. Já sabe o quanto agradeço, neh? Ah, pessoal, super recomendo a história dela, ok? É perfeita, mas está na reta final ;(
E agora, claro, meu "obrigada" do fundo do heart para a Nadi Monteiro, que recomendou! Eu estou mais feliz que nunca, meninas!! Nadi, muito obrigada mesmo, isso é muito importante pra mim, minha primeira recomendação! ;D ;3
Bom, o que falar desse capítulo? Esperado para algumas - citei no título - hahaha eu gosto dele e espero que vocês também :3
Comentem, favoritem!!
Até os reviews, pessoal, beijos ;D



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– Katniss. Katniss, acorda. Katniss! - ele grita e dou meio que um pulo na cama junto com um mortal duplo. Só que não.
– Seu retardado! - dou tapas nele. - Perdeu amor aos dentes?
– Você que não acordava. Mas agora que acordou, vai logo se arrumar, já são onze da manhã.
– "Já são onze da manhã" - faço um imitação dele com uma voz idiota. É, muito maduro. Vou para o banheiro resmungando sobre não poder mais dormir em paz. Tomei um banho demorado. Coloquei uma calça preta toda rasgada, uma blusa caída no ombro branca com alguns desenhos e meus All Stars. Coloco uma touca beanie vermelha e passei uma maquiagem básica. Pus minha corrente com o pingente de paz e amor, era uma das minhas favoritas.
Não entendia até hoje como tudo isso que eu trouxe cabia na minha bolsa.
Finalmente saí do banheiro.
– Até que enfim! Pensei que tinha sido sugada pelo ralo! - Peeta se levanta da cama. Ele estava com uma calça jeans meio cinza, uma camiseta branca com uns desenhos com um colete preto por cima, e os mesmos All Star's pretos.
– Ha ha. Acordou cheio de brincadeirinhas, não é, loirinho? - ele dá de ombros.
– Não importa. Aonde vamos?
– Ao shopping. - abro a porta. Coloco o dinheiro no seu bolso, já que não iria andar com aquele bolo nas mãos.
Enquanto ele dirige, fico olhando tudo ao redor.
Los Angeles era grande, bonita e bem movimentada. Claro que eu já havia percebido isso, mas acho que não havia comentado.
Peeta estacionou e logo desci do carro.
– O que viemos fazer aqui mesmo? - pergunta confuso.
– Duh, compras. Ou acha mesmo que eu ia sair de Los Angeles sem fazê-las? - levanto uma sobrancelha.
– É, acho que não. - Passo o braço por seus ombros e ele pela minha cintura.
– Uhl, vamos ali primeiro. - Olho a vitrine.
– É uma loja de roupas de homem. - diz confuso de novo.
– Como se eu não soubesse. Vamos comprar coisas pra você. Loirinho, acho que você não é tão lerdo. - entramos na loja.
– Bom dia, em que posso ajudar? - uma mulher brota do chão na nossa frente.
– Ahn... Queremos ver umas roupas pra ele. - aponto para Peeta. - Mas, por favor, com um estilo mais despojado, sabe? - pisco para ela.
– Sim. Podem se sentar ali. - ela indica um estofado no meio da loja.
– Peeta, vai pro provador.
– Por quê?
– Só vai, por favor. - Peço. Ele bufa e entra na cabine, fechando a cortina vermelha.
A moça volta com vários cabides e roupas.
– Entendi o "despojado"? - pergunta mostrando as peças.
– Perfeitamente. - Ela me ajuda a escolher peça com peça com sapatos - Aqui, loirinho, veste essa. - Puxo a cortina e jogo as roupas para ele.
Depois de uns minutos conversando com a atendente, Peeta abre a cortina novamente.
– Uhl, vamos levar, com certeza. - Ele estava com um jeans, uma camiseta branca, um cardigan preto e tênis skate preto e branco.
– É, gostei, sim, morena. - Ironiza.
– Vamos levar. - Digo para a mulher. - Agora, essas. - Dou as roupas e o empurro de volta para a cabine. Ele volta cinco minutos depois com a mesma camiseta, mas com uma camisa xadrez vermelha e preta por cima. Jeans escuros, os mesmos tênis e uma touca igual a minha, só que cinza.
– Não preciso nem perguntar agora. Parece que essa roupa foi feita para você. - Estalo a lingua.
– Eu também gostei bastante. Vou colocar ela depois.
– Agora coloca essa camisa com essa calça que você tá, e a gravata você deixa frouxa, ok? E esses tênis. - Dou as peças e a caixa. A camisa era azul clara de botões e a gravata preta, já os tênis eram o mesmo estilo, skate, na cor cinza. Ele volta do jeito que pedi e já aprovo.
– Sim! Acho que por aqui já acabamos. Depois vamos vendo outras lojas. Pode ir se trocar. E me dá as outras.
Enquanto ele se arruma de novo, pago as roupas. Ele ficou bravo por isso, o que foi fofo. Achamos um banheiro do shopping perto e Peeta se trocou.
– Você tá mais gato assim. - Pisco.
– Obrigado.
– Agora é minha vez. - Entramos em outra loja, essa feminina. Uma moça veio atender, mas respondi que só estava olhando.
– Essa. Essa. Uhl, essa que linda. Essa. Esses. Esses. - Comecei a olhar entre as araras e as pilhas de caixas de sapato postas cuidadosamente. Entrei no provador e Peeta se sentou no puff que havia na frente das cabines. Coloquei as primeiras peças que escolhi. Um shorts de couro preto, meia-calça e coturnos da mesma cor, uma blusa de alça que coloquei dentro do short e...
– Vai logo, morena. - Diz Peeta do outro lado.
– Loirinho, sabe quanto tempo as mulheres precisam para colocar uma meia calça normalmente? - rebato.
– É... não. - Depois disso ele só espera.
Coloco uma jaqueta jeans e outra touca beanie, só que cinza. Finalmente saio.
– Minha demora valeu a pena? - pergunto.
– Com certeza. Você tá muito gata.
– Eu sei e obrigada. - sopro um beijo. Ele finge pegar e rimos, depois volto para a cabine. Coloco uma calça azul bic justa, uma camiseta branca com desenhos em preto e cinza, um colete preto por cima, e Ankle Boots também pretas fechadas e de cadarços.
– E aí? - dou um volta na frente de Peeta e no final coloco as mãos na cintura.
– Incrível. - diz apenas. Volto para provar a última opção. Uma saia de couro com babado na barra, uma camiseta cinza mesclada com uma cruz e tachinhas e saltos também pretos.
– A última. - digo saindo. Dou uma volta na sua frente de novo.
– Linda.
Me troquei novamente e paguei tudo.
– Loirinho, não quer deixar essas coisas no carro? Porque por mim, eu não quero ficar carregando sacolas...
– É, eu também não, vamos lá.
Nós voltamos ao estacionamento e Peeta pegou as sacolas para colocar no porta-malas. Ele passou o braço pela minha cintura e voltamos para dentro do Westfield.
– Uma hora. Quer comer alguma coisa? Eu tô com fome.
– Vamos para a praça de alimentação. Loirinho, você ficou muito gato com essa roupa.
– É, você já falou isso. Está flertando comigo? - brinca. Rio.
– É sério. Você deveria definir seu estilo. - sugiro.
– É, vou pensar nisso.
– De verdade?
– De verdade.
Nós no sentamos numa mesa no centro, Peeta perguntou o que eu queria e saiu para comprar sem falar nada, me deixando ali.
– Oi, gata. - Um garoto aparece na minha frente e se senta sem ser convidado. Era alto, com cabelos e olhos castanhos. Não era feio. Mas era convencido demais. O vi olhar para a mesa do lado e piscar. Segui a direção e vi uma mesa com uns quatro garotos, de mais ou menos dezesseis anos, como ele. Eles estavam rindo e assistindo.
– Não me lembro de ter te convidado para sentar. - rebato.
– Ah, gata, não acho que esteja verdadeiramente incomodada, né?
– Se não estivesse não daria o fora que dei antes e agora. - Levanto as sobrancelhas.
– Ei, calma, esquentadinha. Qual seu nome? - Mostro o dedo do meio para ele e ouço seus amigos rindo. - Hm, gosta das difíceis. Meu nome é Andrew. Mas pode me chamar só de Drew ou Andy. Quantos anos você tem? Eu tenho 17.
– Pode me deixar em paz ou tá difícil? - ironizo.
– Sabe, você é linda, como tá desacompanhada? - ignora o quarto fora que levou.
– E você é irritante, pode sair daqui? - Vejo de soslaio Peeta vindo com uma bandeja em mãos. Mando um olhar rápido para ele, que logo entende olhando o tal Andrew.
– Ah, morena, para de me dar foras, vai. Vamos conversar...
– Ah, cara, acho que ela não quer conversar. E não a chame de morena, gosto de ter esse apelido exclusivamente, sabe? - Peeta coloca a bandeia sobre a mesa e cruza os braços para o garoto. Tipo bancando o namorado ciumento. Tive vontade de rir, mas me segurei.
– Ah, entendi os foras agora. Sério? Por causa dele? - pergunta para mim se levantando, ficando de frente para Peeta, se achando mais que o loiro. Mas Peeta era bem maior que ele, se via isso de longe.
– Como se você fosse melhor. Se enxerga, né, garoto. - digo e Peeta levanta as sobrancelhas dele em desafio.
– Ah, gata, fala sério...
– Se fosse você, pararia de chamá-la de "gata" e sairia daqui. - o loiro faz uma cara ameaçadora e junta as mãos em punhos do lado do corpo.
– Tá, tudo bem, cara, não quero briga. - ele se afasta e vai para a mesa dos amigos.
– Valeu, loirinho. - beijo sua bochecha quando ele se senta.- Ah, que garoto irritante. - Reclamo e pego meu lanche. Peeta ri.
– E aí? Minha atuação foi tão brilhante quanto a sua? - dá uma mordida no hambúrguer.
– Com certeza. - sorrio e levo uma batata frita à boca.
Ficamos ali por mais ou menos quarenta minutos. Conversamos bastante. Os garotos haviam saído dez minutos depois do que aconteceu. E ficamos rindo disso pelo resto do tempo.
– Loirinho, vamos no cinema? - Meus olhos brilham o encarando.
– Fazer o quê? - faz uma careta. Acho que ele não queria ir.
– Ah, Peeta, comprar pão. - ironizo. Ele fecha a cara. - Vai, por favor. - Faço meu famoso biquinho olhando nos seus olhos. E ali vi que ele se derreteu e não negaria.
– Ah, morena, para. Qual é, com essa cara é capaz de você convencer um ladrão a não roubar uma joalheria. Tá, vamos. - comemoro e passo o braço por sua cintura e ele pelos meus ombros, nos abraçando de lado.
Nós entramos no cinema e Peeta nem deu brecha para discutir, só comprou os ingressos e nos arrastou para a fila da pipoca. E ainda fez questão de carregar o balde tamanho família e o suporte com os dois refrigerantes.
– Loirinho, eu sinceramente não entendo como você não tem namorada, é BV e ainda virgem.
– Por quê?
– Qual é, não vou ficar listando suas qualidades. - ele ri. Esperamos por pouco tempo na fila, e depois entramos na sala. Sentamos na última fileira e colocamos os óculos 3D. Era um filme de ação. Os efeitos eram realmente fantásticos. E o protagonista era um gato. E saí sem saber o nome do filme.
Peeta e eu demos mais voltas no shopping ainda abraçados de lado. Quando subimos a escada rolante, eu vi uma cabine de fotos. Puxei Peeta sem perguntar nada, e entramos. Havia um monitor nos mostrando ali dentro, como uma câmera frontal.
Pressionei o botão "iniciar".
A primeira foto, eu tinha meu braço em cima dos ombros de Peeta. Nós sorríamos.
A segunda, ele me dava um beijo na bochecha e eu mandava um para a câmera, igual a que eu tinha no celular.
A terceira, fazíamos caretas.
A quarta e última foi quando peguei Peeta de surpresa. Virei meu rosto e pus a mão no seu, o puxando de frente para mim. Minha mão desceu para seu pescoço, meus dedos na sua nuca. Eu me aproximei e o beijei. É isso aí, eu beijei o Peeta. Quando pedi passagem com a lingua, ele estava meio atrapalhado, mas depois pegou o jeito. Eu já ouvira o sinal de que a foto havia sido tirada, mas continuamos nos beijando até faltar fôlego. Então só depois saímos da cabine e peguei as fotos.
Eu dobrei, dividi em duas e peguei as primeiras para mim.
– Aqui. Pode ficar com essas. - dou-lhe a das caretas e a do beijo. Ainda ficamos abraçados de lado. - Como foi seu primeiro beijo? - pergunto.
– Bem melhor do que eu imaginava e com uma morena muito gata. - nós rimos.

– De nada. – brinco.
Não ficamos muito tempo e fomos embora. Tiramos fotos também no celular.
O pôr do sol daquele dia foi visto de dentro do carro, depois de Peeta colocar gasolina e dar várias voltas pela cidade. E eu abria os braços sentindo o vento novamente, e vendo tudo escurecer à minha volta.
Aquele dia foi incrível. E eu não queria que a nossa semana acabasse nunca.


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