Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 9
7° Dia: Venice Beach, Our Last Day In LA :c‏ I'll Miss you


Notas iniciais do capítulo

Gatos e gatas, tudo bem com vcs??
Aqui estou eu com o sétimo e último dia dos nossos personagens em Los Angeles!! Acho que vcs vão gostar desse, assim como eu gosto ;3
Falta só mais um capítulo e o epílogo pra acabar!! Se eu estou triste?? Parcialmente, pq eu vou sentir falta do carinho de vcs, e eu gosto muuuito dessa história!! A outra parte é q estou feliz pq estou muito satisfeita com o resultado q eu consegui ;D
Como disse muitas vezes, estou bolando mais projetos, mas a inspiração não tá batendo e estou pesquisando pra ficar mais completa e certinha. Querem um spoiler do q será?? Então peçam nos comentários heuehuehuhe estou me segurando pra não contar, juro.... Além do mais, my classes back today!! Meu tempo extra pra escrever acabou ;( me desejem sorte
Acho q é isso q eu tinha q tagarelar, como eu tagarelo, caramba!!
Chega de enrolação, só os agradecimentos, cap. dedicado a:
— Mah Salvatore;
— Camila
Obrigada pelas favoritações, gatinhas, beijos pra vcs ;) E a GabMazzon - eu prometi, e tá feito, linda!!
Enjoy, guys, mellarkisses!! Comentem e favoritem!!



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Peeta e eu arrumamos tudo e ele levou para o seu carro enquanto eu acertava tudo no hotel. Hoje seria o último dia, era segunda. E só faltava irmos à praia, por isso eu estava com um biquíni que comprara ontem e um vestido tipo camisa branco por cima. Estava amarrado, mas estava muito calor, então quando entrei no carro, deixei aberto, sentindo o vento fazer cócegas na minha barriga enquanto Peeta dirigia.
– Preparada para nosso último dia em Los Angeles?
– Acho que sim. - digo sem realmente parecer convincente. Essa semana tinha sido incrível.
– Alguém está mentindo. - cantarola.
– Ah, Peeta, cala a boca.
– Alguém está de mau-humor. - Faz de novo.
– Tá. Eu tô desapontada de ir embora hoje. Essa semana foi incrível. E quando chegarmos em casa, vou ter que enfrentar minha outra realidade. Vou me mudar para o outro lado do país, começar a faculdade. Vou ter que amadurecer. - finjo estremecer e ele ri.
– Ah, morena, vamos aproveitar hoje, ok? Não pensa nisso. Quando eu voltar, também vou ter que enfrentar meus pais, e eu recebi um e-mail. Eu também vou para o outro lado do país, afinal, é M...
– Loirinho, não me conta para onde vai, ok? Por mais que eu goste de você e tenha gostado da sua companhia essa semana, se formos nos encontrar de novo, o cara lá de cima se encarrega disso. Não quero saber.
– Ok.
– E sim, você tem razão. Vamos aproveitar hoje, eu tenho que esquecer meu próximo destino. Somos os deuses da história agora. O que há para reclamarmos, então, não, é?
– Com certeza.
– Já estamos chegando? - ele ri.
– Agora você voltou. Não te imagino madura.
– Eu também não. - Digo sincera.
– Bom, vai demorar mais ou menos uns vinte minutos ainda.
– Então tá. - coloco outro CD dele. - When she was just a girl; She expected the world; But it flew away from her reach; So she ran away in her sleep.
– And dreamed of para-para-paradise.
Para-para-paradise. Para-para-paradise. Every time she closed her eyes. - Peeta continuou.
– Essamúsica é demais. Mas vamos colocar outra. - troco o CD. - Feeling my way through the darkness/ Guided by a beating heart/ I can't tell where the journey will end/ But I know where to start.
– They tell me I'm too young to understand/ They say I'm caught up in a dream/ Well life will pass me by if I don't open up my eyes/ Well, that's fine by me
. - Completa.
So wake me up when it's all over/ When I'm wiser and I'm older/ All this time I was finding myself/ And I didn't know I was lost. - canto o refrão primeiro. E Peeta repete mais uma vez.
I tried carrying the weight of the world/ But I only have two hands/ I hope I get the chance to travel the world/ But I don't have any plans/ I wish that I could stay forever this young/ Not afraid to close my eyes/ Life's a game made for everyone/ And love is the prize.– deixei essa parte para ele e cantei o refrão novamente. E depois cantamos ele juntos.
– Gosto dessa música.
– Eu também. Olha ali. - Peeta aponta para uma placa. "Venice Beach à 5Km."
– Estamos chegando! - levanto os braços e grito
– É, estamos chegando.
Continuamos cantando músicas até chegar na praia. Peeta estacionou o conversível e logo pulei para fora. Tirei minhas rasteirinhas e corri, logo sentindo os grãos de areia em contato com meus pés, no meio dos meus dedos.
– Vem, loirinho! - grito para ele, que corre até mim.
Não havia tantas pessoas, mas havia algumas. Eram onze e quinze da manhã.
Estendemos toalhas e sentamos.
– Você deveria tomar sol. Onde já se viu um garoto de San Diego tão branco? - digo o olhando quando ele tira a camisa.
– Nossa, desculpa aí, pele dourada. - debocha.
– Pele dourada, bronzeada, beijada pelo sol... - rimos. - Mas é sério. Iria chover na sua horta quando você fosse para a faculdade, bronzeado e com aquele estilo meio grunge que eu te falei.
– Que seja. Mas ok, vou ficar bronzeado enquanto tenho tempo. Talvez eu tenha mais duas semanas em San Diego antes de ir embora.
– Isso aí. - Termino de passar protetor nas pernas e braços. Jogo o frasco para Peeta e me viro, deixando claro para ele. Prendi meu cabelo num coque frouxo e senti ele passar o Fator 30 nas minhas costas. Depois nos revezamos e passei nas suas.
Ficamos um tempo sentados esperando o protetor fazer efeito. Tipo, meia hora.
Havia pessoas caminhando, correndo, passeando com cachorros e andando de bicicleta. E algumas crianças faziam castelos de areia.
Não vi Peeta se levantar, só senti ele me colocando em seus ombros e correndo para o mar. Não gritei nem esperneei como qualquer outra pessoa faria, apenas dei um beliscão nas suas costas usando minhas unhas compridas, e ele me soltou quase que imediatamente.
– Ai! Que violência. - Reclamou afetado. Sorri.
– Idiota. Não quero entrar na água agora. - Cocei meu olho por trás dos óculos.
– Morena, você acabou com a minha cena de filme. Por que não foi normal e colaborou? Ia deixar um loiro feliz. - ele mostra todos os dentes.
– Loirinho, não faça isso de novo. - caminho de volta ao lugar. Depois de alguns minutos, ele se senta do meu lado. - Desistiu?
– Ah, é. Não tem graça entrar no mar sozinho.
– Claro. São quase meio dia. Quer comer e depois voltar aqui?
– Ah, tudo bem.
Coloquei um shorts e uma blusa que tinha no carro e fomos andando.
Ficamos circulando pelas ruas atrás da praia e entramos no Benny's, um restaurante de comida mexicana e mediterrânea. O espaço era legal. Quando sentamos, não demorou para um garçom trazer os cardápios.
– Já experimentou comida mexicana? Eu nunca. - Pergunto.
– Também não. - responde lendo as opções.
Eu pedi um taco especial da casa e Peeta um burrito. Para beber, limonadas.
– Hmmm. Isso aqui tá ótimo. - Falo com a boca cheia depois da primeira seguida da segunda mordida. Peeta ri e o olho confusa. Ele só leva sua mão ao canto da minha boca e tira um pouco do recheio. E coloca o dedo na boca.
– Tá mesmo.
– Eu sei. Me dá um pedaço do seu. - Roubo seu burrito por um segundo e mordo um pedaço. - Hmmm. Tá muito bom.
– É. Agora pode me devolver? - dou para ele. Não precisamos falar mais nada, só ficamos comendo. Só que acaba.
– Parece que tô sentindo um vazio agora. - Brinco com Peeta. Ele ri.
– Topa uma porção de nachos?
– Só se você topar outra de tortilhas com guacamole. - Sugiro.
– Com certeza.
Pedimos e não demorou tanto para chegar. Peguei o nacho e Peeta experimentou o famoso guacamole.
– Você tem que provar isso! - falamos juntos. Mergulho a tortilla no molho verde de abacate e o loiro pega o nacho com a cobertura quente de queijo derretido. O guacamole era gostoso e bem - muito bem - apimentado. Tomo um gole da limonada.
– Isso é incrível. Queria que esse nacho virasse uma pessoa para eu levá-la para Vegas e casar com ela.– Digo e Peeta ri.
Não deixamos nada nos pratos e pagamos para irmos embora.
– Vamos voltar para a praia? Ainda quero entrar no mar. - Ele faz biquinho.
– Não, vamos dar uma volta antes. Mesmo minha mãe não estando aqui, sei que ela está me olhando lá de cima me avisando que se eu entrar na água depois de comer e ganhar um quilo, eu vou passar mal. - Rio pelo nariz e coloco os óculos escuros. Ele sorri docemente e segue ao meu lado, dando voltas pelas ruas. Dividimos um sorvete de chocolate com limão e andamos por quase uma hora.
– Ah, loirinho, deixa um pouco pra mim, seu guloso. - já estávamos voltando para a praia.
– Olha quem tá me chamando de guloso! Isso é hipocrisia, morena. - Coloca a colher de plástico na boca e ajeita seus óculos. A praia já estava em nossa frente, só faltava atravessarmos a rua.
– Você é guloso, sim!
– Tá, também não deixo mais você pegar. - Seus lábios estavam melados com o sorvete. Ele levou o copo para o outro lado, longe de mim.
Infantil e estranhamente, me aproximei e mordi o helix da sua orelha. Ele se curva me olhando incrédulo e verificando se sangrava.
Exagerado.
Enquanto isso, peguei o sorvete de sua mão. Atravessei a rua e vendo seu carro estacionado, tirei minhas rasteirinhas e as atirei para dentro do conversível, correndo para a areia.
– Sua louca, devolve meu sorvete! - Peeta grita me perseguindo, mas eu estava mais a frente e mais rápida.
Era seu sorvete, baby. - Balanço o copo entre meus dedos correndo de costas. - Se quiser vem pegar! - lanço gritando e me virando para correr novamente. Não estávamos ligando se tinha pessoas nos olhando ou se tinha mais gente que antes.
Corri para o oeste, vendo ao longe rochas enormes. Diminui a velocidade, espiando o loiro e vendo o quão longe estava. Andei na beira da praia, na areia molhada, levando uma colher do sorvete à boca uma vez ou outra.
Em um instante, eu não tinha mais os pés no chão.
Ah, Deus, será que minha hora chegou cedo? Espera aí, morri e nem tô sabendo?
A resposta era não. O que aconteceu era que Peeta estava embaixo de mim. Eu estava em cima de Peeta.
Sentada em seus ombros.
Fiz uma expressão confusa sem saber como isso aconteceu.
Ah, claro, ele deixou de ser um pouquinho lerdo por um momento e aproveitou minha distração.
Apenas ri alto sentindo a brisa. Peeta tinha mais de um metro e oitenta, e estar naquela altura meio que provocava um leve frio na barriga.
– Tarde demais, o sorvete acabou. - Mostro o copo de plástico vazio na sua frente. Sua camisa foi parar num lugar desconhecido por mim.
– Egoísta.
– Lerdo.
– Não sou lerdo!
– Ah, é sim. - Rio e me inclino até ficar de frente para o seu rosto. Ficar de cabeça para baixo fazia eu me sentir criança.
– Infantil.
– É, isso eu sei que sou. - Dou de ombros mesmo estando naquela posição. Meus cabelos estavam livres do coque que eu havia feito, e balançavam por causa dos passos de Peeta para a água. E a mesma já batia em seu joelho, então o loiro parou.
– Sabe, essa semana foi incrível. - Ele me murmura perto do meu rosto, encarando meus olhos.
– É, eu sei. E concordo. - Ele ergue um pouco a cabeça, se aproximando até sua boca estar na minha.
O beijo de Peeta era bom, mesmo ele sendo "inexperiente". Também era diferente beijar em posições distintas.
Dessa vez, ele passou a lingua pelo meu lábio superior, pedindo passagem, e eu deixei.
Quando nossos pulmões já gritavam, nos separamos e ele me deu mais um beijo singelo, ainda segurando minhas pernas na frente do seu tronco. Peeta sorriu doce e retribuí.
Voltei à posição ereta, ainda sentada em seus ombros. Aquilo era divertido.
– Vamos brincar de uma coisa? - pergunto.
– Hm - murmurou em seu tom desconfiado. - Ok. Do quê?
– Eu cubro seus olhos e você tem que seguir para onde eu falar.
– Isso vai dar merda, mas tudo bem. - Rio.
– Vamos para as rochas. - Cubro seus olhos. - Vire para trás, vamos sair da água. Ande para frente e pare quando eu pedir. - Peeta vai fazendo tudo o que peço.
Nossa brincadeira nos fazia rir muito, Peeta tropeçava, dando sustos e apertava mais minhas pernas. Uma vez ou outra eu dobrava meus joelhos e esfregava meus pés descalços e cheios de areia em seu peito.
Quando chegamos nas rochas, vi que elas eram maiores que vistas de longe, mas isso eu já imaginava. Peeta se abaixou até meus pés estarem na areia novamente.
Nós sentamos na mesma rocha, lado a lado, e apoiei a cabeça em seu ombro.
– Eu amo esse som das ondas. - Comento e ele concorda. - Além de incrível, o que achou dessa viagem? - Pergunto sem desviar os olhos da vista.
– Acho que voltarei para San Diego com uma parte completamente diferente revelada. Acho que foi a melhor e pior escolha que eu fiz, e esse foi um dos pensamentos que eu não entendi. Acho que era o que eu precisava na minha vida. Desesperadamente eu sinto que vou sentir falta de algo. Desesperadamente sinto que uma janela está se fechando rápido demais. E tenho certeza que nunca vou esquecer. Sempre vou me lembrar dessa semana, sempre vou me lembrar da garota louca que foi a pessoa que ficou mais próxima de mim como ninguém, que acabou descobrindo tudo de mim, que me ajudou a me descobrir e que me fez falar todas essas coisas que soaram gays em algumas partes. - Ri e o empurrei levemente para o lado.
– Não vou negar, loirinho: eu vou sentir sua falta.
– Também vou sentir a sua, morena. - Passa o braço por trás de mim e me aperta num abraço.
Ficamos por um bom tempo ali, abraçados, em um silêncio tão profundo que parecia que éramos os únicos no mundo todo.
– Vamos brincar de outra coisa.
– Ah, Deus. O quê? - suspira.
– Pega-pega. - Sorrio infantilmente tirando meus shorts e minha blusa. - Tá com você - Começo a correr pela praia sem ligar para nada. Quando olho para as rochas de novo, Peeta está me olhando e sorrindo, e começa a correr atrás de mim. Rimos a maior parte do tempo e eu ficava gritando para ele "Você não me pega!", ouvindo ele responder um "Vamos ver!".
Era por volta das sete e meia, as pessoas já decidiam ir embora e arrumavam suas coisas.
– Peguei! - Peeta em um movimento me coloca no seu ombro como se fosse um saco de batatas. Ríamos como idiotas, pouco ligando se havia pessoas olhando.
Quando me soltou, estávamos na água, que batia um pouco acima dos joelhos. Não conseguíamos parar de rir. Começamos a jogar água um no outro e eu até me preocupei com a tatuagem dele, mas o mesmo disse que estava tudo bem e que tomaria cuidado, além de que eu mesma o ajudara a trocar o curativo.
Nos beijamos, brincamos, corremos um atrás do outro.
Eu sentia o vento em meus cabelos e em todas as partes do meu corpo. A areia fofa e quente em contato com meus pés descalços. O barulho das ondas quebrando era minha trilha sonora. Abri os olhos para ver meu momento preferido do dia, o momento que eu nunca perdia desde os meus cinco anos de idade. O sol começava a baixar, o céu de amarelado ia para laranja, rosa, roxo, e azul. As cores se misturavam numa dança própria delas, única. Tinha certeza que meus olhos brilhavam, como todas as outras vezes acontecia. Me sentei no chão, assistindo o espetáculo. Faltando pouco para tudo escurecer completamente, o senti sentar ao meu lado.
Olhei em seus olhos e ele nos meus. O azul esverdeado brilhante que nunca mudava de seu tom vivo encarando os meus cinzas tempestuosos.
Volto a assistir o pôr-do-sol e sei que ele também. Depois de um tempo, ele quebra o silêncio.
– Obrigado. - o olho novamente, confusa. Seus olhos claros estão levemente semicerrados em direção a luz do sol, seus dedos se afundam na areia fina e branca.
– Pelo quê?
– Por essa semana. Você me mostrou que essa deveria ser realmente uma boa vida. E apenas em 7 dias, ela foi. - Me olha. Os orbes transbordam de sinceridade.
– Bom... não há de quê, loirinho. Só não volte a ser aquele nerd malditamente certinho e chato. Esqueça os limites, ok?
– Ok. E você... é, continue a ser você mesma. Você é realmente incrível assim. - Me dá um abraço breve e um beijo na têmpora.
– Eu gosto de você, loirinho.
– Eu também gosto de você, morena.


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