Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 7
5° Dia: Happy Birthday to you!, Tattoo‏


Notas iniciais do capítulo

Hey, lindos e lindas! Como vão vcs??
Eu estou ótima! Mais gente apareceu e comentou :D
Eu deveria estar postando amanhã, mas não resisti, admito haha
O próximo sai na terça q vem, e digamos q é esperado para algumas e.e Eu estou prolongando pq estou escrevendo mais uma história e qro ter ela pronta pra postar, ok?? Ou pelo menos adiantar metade dela, já que a planejo para ser mais longa
Esse eu dedico à Uma pequena Grande Leitora, que favoritou. Hey, muito obrigada, sua diva! ;D
Eu espero mesmo q gostem desse, aparece uma personagem q eu adoro ;)
Ah, e caso fiquem confusos com o horário do pôr-do-sol que aparece - oito da noite -, é o seguinte: eu pesquisei, e soube que na Califórnia o sol se põe entre as oito e oito e meia da noite, curioso, não?
Comentem e favoritem!
Até os reviews!



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– Feliz aniversário, Katniss! - não dá um milésimo de segundo depois de abrir os olhos e escuto a voz rouca de Peeta. Ele está ajoelhado na cama e se apoia com os braços ao lado da minha cabeça para ficar bem acima de mim.
O loiro tem um sorriso tão bobo e fofo no rosto quanto foi seu gesto.
– Awn, obrigada, loirinho. - Me sento e o abraço. - Bom, eu vou tomar um banho e me arrumar pra gente tomar café.
– me levanto.
Depois de tomar banho, coloquei um shorts jeans branco com tachinhas, uma camisa de botões laranja - a qual dei um nó na cintura-, e uma sandália rasteira com strass. Fiz duas tranças cascata e as juntei atrás da minha cabeça, parecendo uma coroa.
Saí do banheiro, encontrando Peeta assistindo desenho animado. Ele está com calças jeans, camiseta verde e tênis pretos.
– O que vamos fazer nesse dia tão especial? - dá ênfase no "tão".
– Andar. - Pego sua mão e o puxo para fora da cama.
– Tudo bem.
Saímos do hotel e rodamos uns três quarteirões até achar uma Starbucks. Nos sentamos numa mesa afastada, no canto. A mesa era quadrada, e estava entre dois estofados vermelhos instalados.
Uma garçonete veio nos atender. Loira, olhos verdes, magra e alta. Quando olhou para Peeta sorriu.
– O que deseja? - se dirigiu para ele, me ignorando completamente. No entanto, o loiro fez o mesmo com ela, ou não percebeu seu objetivo, pegando o cardápio e se decidindo.
– Ahn, quero um frapuccino de chocolate. E você, Kat? - A garçonete pareceu frustrada com o sorriso doce que ele mostrou para mim, finalmente percebendo que ele tinha companhia.
– Ah, quero o mesmo. E traz uma porção de pães de queijo, por favor. - digo simpática. Ela saiu de perto. - Que vadia. - sussurro.
– O quê? - pergunta confuso.
– Qual é loirinho, não acredito que não percebeu. Estou impressionada de como essa garota foi oferecida. Só faltou ela tirar a blusa na sua frente e dizer "me come". - ele ficou corado. Eu rio um pouco. - Ah é, esqueci que você não está acostumado com isso e que é virgem. - ele cora mais.
– Dá pra parar de falar isso? Pelo menos na mesa? Por favor. - Faz uma careta e dou de ombros.
A loira volta com nossos pedidos e deixa um papel para Peeta. Sou mais rápida e pego antes. Nele, estava escrito "Tiffany" seguido de uma sequência numérica.
– Ridícula. - a olho, ela está atendendo outra mesa distante.
– Deixa eu ver. - ele desdobrou o papel. - Kat?
– Sim? - dou um gole do Frapuccino.
– Kat, me faz um favor... - faz um biquinho. Prevejo o que ele vai pedir.
– Nem vem, qual é!
– Por favor! Por favor, eu faço qualquer coisa.
– Por que, loirinho? Qualquer homem quer uma loira daquela dando mole.
– É aí que tá. Acho que não sou como qualquer homem.
– Essa era a resposta que eu estava esperando. - sorrio. - Tá, eu te ajudo a se livrar dela. Dessa vez vai ser de graça. - aviso e volto a tomar meu café.
Depois dos pães de queijo, dividimos um donut de creme, nos lambuzando inteiros.
– Espera, tem um pouco no seu rosto. - Peeta passa o dedo pelo meu queixo tirando o recheio e depois coloca na boca. Rio e faço o mesmo, tirando um resquício de sua bochecha.
Pedimos a conta na mesa e a mesma garçonete foi buscar.
– Toma isso. - tiro um dos anéis que eu estava usando e dou pra ele. Peeta entende e agradeço mentalmente por não ter que explicar o "plano".
Quanto a Tiffany está voltando, fazemos uma cena de um casal, que o cara dá um presente para a garota.
– Oh Meu Deus, você é o melhor namorado do mundo! - enceno. - Você não esqueceu do nosso dia, que fofo! - praticamente subo em cima da mesa para abraçá-lo. A garçonete já estava ali. Então chego perto do seu ouvido. - Podemos passá-lo na cama. - sussurro com uma voz provocante alto o suficiente para ela ouvir, depois me afasto. A loira está com uma cara sem graça. Bem sem graça.
Peeta paga e saímos de mãos dadas. Fora do estabelecimento, ele passa seu braço por cima de meus ombros.
– Aquilo foi incrível. Obrigado. - me abraça mais e me dá um beijo na têmpora.
– Não foi nada.
Andamos mais e encontramos uma avenida. Ficamos olhando as lojas por ali.
– Uhl, que pingente lindo. - passo por uma vitrine. O pingente era dourado de um passarinho de asas abertas, como que voando.
– Acho que encontrei seu presente. - diz Peeta ao meu lado também o olhando.
Sem mais nem menos, ele me puxa para dentro da loja.
Era um ambiente bem agradável. Os balcões eram de madeira, com tampos de vidro, para deixar as joias em exposição. As paredes tinham um tom creme e a iluminação combinava bem.
– Por favor. - Peeta chama atenção de uma atendente. - Pode nos mostrar aquele pingente de pássaro na vitrine? - aponta discretamente.
– Ah, claro. - ela vai para a frente da loja e tira o apoio junto com a peça, para depois pousar sobre o balcão. - É uma bela joia.
– Sim, é para dá-la de presente. - Peeta olha para mim. A moça também. Ela sorri.
Descubro que se chama Lucy. Lucy tinha os cabelos lisos e curtos e era baixinha. Nem precisou convencer o loiro a comprar, ele sabia que eu tinha gostado e não desistiria da ideia de me dar um presente.
Peeta não me deixou saber o preço, e quando Lucy sugeriu uma caixinha para guardar, ele alegou que não precisava. Fiquei meio confusa, mas aí ele veio perto de mim.
– Vire-se. - Entendi o que ele queria e fiz o que ele pediu. Logo sentiu o pingente gelado em contato com minha pele. Peeta tocou de leve seus dedos em minha nuca, arrumando o fecho.
Olhei para o pássaro de ouro e me virei novamente para o loiro. Só o abracei.
– Obrigada, meu loiro favorito. - sussurro em seu ouvido. Senti que ele sorriu.
Lucy acenou para nós e fomos embora.
Continuamos a andar pelas ruas. Por um momento, percebi que estava andando sozinha. Olhei para trás e vi Peeta parado em frente de um estabelecimento. Voltei ao seu lado, percebendo a fachada. Era um estúdio de tatuagens.
– Eu tenho uma.
– O quê? - se vira pra mim.
– Tatuagem. Eu tenho uma tatuagem.
– Sério?
– Sim. Vem, eu vou te mostrar. - entramos dentro do estúdio e o puxo para o banheiro de lá.
Puxo minha blusa de dentro do shorts e me viro de costas para ele, tirando a parte de trás e segurando na minha nuca. Pelo espelho, vejo Peeta ficar meio vermeho.
– Viu?
– "Ao infinito e além". Acho que conheço essa frase... - rio.
A tatuagem ficava no final da minha coluna, um pouco acima das covinhas que eu tinha ali. Quando eu a fiz, fiquei indecisa do que teria para sempre na minha pele. Então lembrei do filme e achei que a frase combinava comigo, de alguma forma.
– Desde quando você tem?
– Acho que um ano. Meus pais levaram numa boa e me deixaram fazer, eles sabiam que eu não ia mudar por causa de uma tatuagem. - abaixo a blusa e a arrumo do jeito que estava. Me viro para ele. - Tem vontade de fazer uma?
– Acho que agora tenho.
– No dia que for fazer, quero estar junto. - pisco e saímos do banheiro.
Agora havia alguém no balcão. Uma mulher de cabelos ondulados descoloridos com as pontas roxas, os braços cheios de tatuagens, alargador no lóbulo direito e piercings no helix da orelha esquerda. Ela estava com uma blusa sem mangas "Jack Daniel's" preta, uma calça toda rasgada e coturnos.
Não tinha como não a reconhecer.
– Johanna? - ela olhou para mim. E sorriu.
– Niss? - Ri. Ela saiu de trás do balcão e veio me abraçar. E abraçou forte. - Por onde andou, Niss? Não tenho notícias de você há um bom tempo!
– Ah, estava em San Diego, você que sumiu! Los Angeles, uh?
– É, Blight e eu conseguimos finalmente! Caramba, você tá gostosa!
– Como se fosse a única aqui, hein? - Rimos.
– Mas e aí, o que faz na grande Los Angeles?
– Viajando, conhecendo. - dou de ombros.
– E com uma bela companhia, não é? - Levanta a sobrancelha olhando Peeta atrás de mim. - Qual seu nome, loirinho? Deve ser um cara muito foda pra conseguir prender essa Everdeen desmiolada.
– Peeta Mellark.
– E não, ele não me "prendeu" - completo fazendo aspas. - Só é meu vizinho. Estava puto com os pais, apareceu bêbado na minha casa e veio comigo. - resumo dando de ombros.
– Oh, e qual foi as loucuras que Niss te arrastou até agora? - pergunta para o loiro.- Bom, ela ficou em pé dentro do meu carro, violou o material dos Estúdios da Universal para me assustar, invadimos um prédio e escalamos uma das letras do letreiro de Hollywood, tipo literalmente.
– Tá se comportando desde quando? - brinca olhando para mim.
– Se conhecem da onde? - Peeta pergunta.
– Foi Johanna que fez minha tatuagem. Ficamos amigas, por causa do nosso jeito meio parecido.
– Deu pra perceber, pelo "loirinho".
– É. E o irmão de Johanna, Blight, já deu em cima de mim. Falando nele, como tá?
– Bem, está em casa. Pegou uma virose. - Faz um gesto de indiferença. - Conheceu uma garota, Cashmere. Parece que agora é firme. - pondera - E uma parte importante: ela me apresentou o irmão dela.
– E então? - fico curiosa.
– Gato, inteligente, tranquilo, os mesmos gostos que os meus. - sorri. - E, me chamou pra assistir aquele filme de terror em cartaz que eu tava querendo ver hoje à noite. O nome dele é Gloss.
– Hmmm. Investe, Joh.
– Claro, né, baby, como se eu fosse boba. - rimos. - Mas então, tá interessada numa nova tattoo?
– Por enquanto acho que não. Mas o loirinho tá, não é? - olho para Peeta levantando as sobrancelhas.
– É.
– Tem algum horário vago? - Pergunto.
– Não. Mas pra você eu consigo, Niss. - pisca pra mim.
Ela vai para detrás do balcão e pega o telefone, discando um número olhando para a tela do computador. Fala com alguém por pouco tempo e desliga.
– Olha que sorte, apareceu um horário vago! - nós rimos. - Podem vir. - acena para a seguirmos para o fundo. Tinha duas portas, que imagino ser uma dela e outra de Blight. Entramos na segunda.
Era bem grande.
– Senta aí, gente. - Disse. Peeta sentou na maca, e eu na cadeira reclinada. Johanna empurrou a cadeira giratória para o lado do loiro. - E aí, o que quer fazer?
– Sinceramente, não faço a menor ideia.
– Isso não é problema. Quer fazer desenhos, frases...?
– Quer saber? Kat, escolhe. Mas não faça eu me arrepender, por favor.
– Uh, isso vai ser divertido. - Começo a mexer entre as prateleiras, vendo as pastas. Pego uma e passo as páginas devagar.
Faço um gesto para Johanna vir para perto, e ela se levanta.
Aponto para minha escolha.
– Gostei, Niss.
– E aí, qual? - pergunta Peeta.
– Ah, loirinho, acha mesmo que vou deixar você ver? Vai ser surpresa.
– Não vai fazer eu me arrepender, né? - faz uma cara de cachorrinho.
– Tenho certeza que não. - Johanna volta com os materias descartáveis. - Onde vai ser?
– Nas costas. - Digo. Peeta se vira e tira a camisa.
– Belo corpo. - Johanna diz maliciosa.
– Vocês são realmente parecidas. - diz para mim. Indico para Johanna onde quero que seja.
Peeta se deita na maca de costas e minha amiga começa fazer toda a preparação. Demora um pouco, mas depois a agulha com a tinha começa a perfurar a pele do loiro. Ele faz uma cara agoniada e pego a cadeira de Johanna, puxando para seu lado e começando a afagar seus cabelos.
– Tá ficando foda. – Dou uma olhada por cima.
– E já estamos acabando. - completa Joh. Ela estava contornando as letras novamente.
Depois de mais um tempo, ela acaba e coloca o curativo transparente. Pega uma câmera profissional de uma das prateleiras e tira uma foto da tatuagem.
– Aqui. - Dá a máquina para Peeta e tira as luvas, depois joga os materias descartáveis no lixo.
– O que achou? - pergunto animada. Ele fica quieto. - Peeta? Peeta! Gostou ou não? - pergunto impaciente.
– Porra, Kat, eu amei! - sorri. Ele deixa a câmera do lado e se levanta para me abraçar. - Memento Vivere. O que quer dizer?
– Do latim: Lembre-se de viver.
– Valeu, morena. - Brinca.
– Gostei de ter me chamado assim. - digo.
– Então vou te chamar assim. - pisca e me solta para colocar a camisa. Johanna volta para a sala.
– E então?
– Eu adorei. Obrigado. Quanto ficou?
– Nada. Por conhecer essa encrenca, tá livre. - coloca as mãos na cintura.
– Obrigada, Joh. - digo. - Vê se não some de novo. - ela grava meu número em seu celular e eu gravo o dela.
Ela fala algumas coisas para Peeta sobre a tatuagem e a abraço para me despedir.
– Que horas são? - coloco meus óculos escuros.
– Meio-dia e meia. Vamos almoçar?
– Vamos. Eu vi um Burger King mais pra frente. - me apoio em seu braço e começamos a andar conversando.
Comi um Furioso e Peeta comeu outro. Pedimos um milk-shake para levar, e começamos a tomar na rua, eu um de chocolate e ele de morango.
– Loirinho, dá um pouco do seu?
– Tá. - Trocamos os sabores por um tempo.
– Que horas são?
– Ahn... dez pras três.
– Então tenho oficialmente dezoito anos! - levanto os braços.
– Meus parabéns, morena. - me abraça de lado.
– Obrigada, loirinho. - Beijo sua bochecha e andamos abraçados assim.
– Já pensou qual vai ser nosso pôr-do-sol inédito hoje?
– Não. Tem alguma ideia? - o olho.
– Também não.
Andamos muito. Demos voltas. Olhamos lojas. E voltamos para o hotel. Peeta se jogou na cama antes que eu.
– Eu vou tomar um banho. - Digo.
– Ok.
Tomo banho, troco de roupa, faço tudo que tinha que fazer e saio. Peeta entra.
Começo a assistir desenhos até o loiro sair. Ele sai e se junta a mim.
– Já sei qual vai ser nosso pôr-do-sol inédito.
– Qual? - pergunta curioso.
– Debruçados na varanda desse hotel. - Ele pondera e dá de ombros.
– Então vamos. Já são... oito e dois. - Se levanta e dá sua mão para me puxar.
Ficamos realmente debruçados na varanda, esperando o sol baixar. E ele o fez. Ficou escuro. As estrelas e a lua apareceram. Virou noite.
E nós ficamos ali assistindo, sem precisar dizer nada. E claro, tiramos a foto do dia.


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