Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 6
4° Dia: The New Part of Peeta


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal! Tudo bem?
Bom, eu estava postando a cada dois dias, mas agora vou postar uma ou duas vezes por semana, ok? Como eu disse, a fic está toda escrita, e não quero acabar, postar ela assim tão rápido, afinal, só faltam mais quatro capítulos e o epílogo, e estou com um novo projeto para quando ela estiver finalizada u.u
Esse capítulo está mais parado do que os outros dias, e nossos personagens estão mais próximos! Vi gente pedindo um beijo deles heuehue bom, ainda não acontece, mas calma, gente, não vai demorar! E vai ser um tanto diferente, para o Peeta vai ser surpreso e inesperado, afinal a Kat é imprevisível :3
Esse é dedicado a Leo, que favoritou. Thank you so much!!
Bom é isso, apareçam nos comentários, eu adoro responder os reviews e ver que estão gostando! Eu os vejo lá!
Enjoy, guys! Kisses!



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– Eu tô morta. - resmungo ainda deitada na cama.
– Somos dois. - diz Peeta do sofá.
Eu sentia dor da cintura para baixo. Nem tentava mover os joelhos, já que sabia que eles estariam doloridos só de eu flexionar. Minhas coxas estavam do mesmo jeito, mas eu nem precisava movimentá-las para sentir uma queimação, assim como minhas panturrilhas. Pois é, crianças, ser sedentário não é legal, pratiquem exercícios.
– Topa uma pizza de almoço? - pergunto.
– Cada um paga metade e escolhe um sabor para dividir.
– Fechado.
Encontro o telefone de uma pizzaria numa lista do hotel que ficava em cima do criado-mudo e ligo. Peço uma pizza meia quatro queijos, meia frango e três latinhas de Coca.
Peeta vem para minha cama com uma careta e se joga ao meu lado.
Tomo vergonha e coragem na cara para trocar de roupa. E coloco shorts e regata. Só.
Ligo a TV e a campainha toca.
– Você atende. - digo.
– Vai você.
– Eu já pedi, então vai você. - Ele suspira e me manda uma cara feia para depois levantar quase mancando e atender a porta.
Me toco que ele estava só de bermuda. O loiro volta com a pizza e os refrigerantes, e coloca a caixa metade na minha perna esquerda e metade na sua perna direita. Estava quentinho.
Comemos quatro pedaços cada um, dois de cada sabor, assistindo The Big Bang Theory. Bebemos uma latinha cada e sobrou uma. É aí que começamos a discutir.
– Dá pra mim!
– Peeta, é minha!
– Deixa de ser egoísta!
– Se deixar de ser egoísta é dar essa latinha pra você, não, não vou deixar.
– Por favor.
– Tá, Peeta, tá. Vamos dividir, ok? - ele concorda. - É só fazermos assim: abrimos, e cada um dá um gole, pode ser?
– Tá. Melhor que nada.
– Exatamente.
E começamos a dividir a latinha de Coca.
– Katniss, por que você tira uma foto nossa todo dia? - pergunta confuso e curioso. Pego meu celular e vejo as fotos.
– Ah, não sei. Eu sempre quis fazer essa viagem. E acho que essas fotos podem me ajudar a revivê-la quando ela acabar. - Sorrio.
– Acho que preciso de um celular.
– Por que não trouxe o seu? - fico confusa.
– Pra quê? Pra minha mãe e meu pai ficarem me ligando a cada cinco minutos tentando me darem uma explicação para o que vi? Ou sei lá, ativarem um rastreador que eu nem sabia que existia e me procurarem até o fim do mundo? Eu passo, obrigado. - dá um gole do refrigerante e me dá a lata.
– Então vamos comprar um pra você!
– Tem que ser agora? - reclama.
– Com certeza não. - Chego mais perto e me aconchego em seu peito nu, fechando os olhos. Ele distraidamente começa a acariciar meus cabelos, e o sono vai me levando aos poucos.
Quando acordo, se passou uma hora, e Peeta dorme ao meu lado. Deixo ele lá e vou tomar banho. Era duas e meia da tarde. Estava calor, então coloquei um shorts curto e uma blusa de alça verde e meus All Stars. Prendi meu cabelo em um rabo solto que caía pelo meu ombro esquerdo.
Peeta não tinha acordado ainda.
– Loirinho. - Chamo. - Loirinho, vai logo, acorda, temos um celular para comprar. - cantarolo. Ele resmunga. O balanço até ele abrir os olhos.
– Que foi?
– Vai se arrumar. Vamos ao The Grove comprar um celular! - dou pulinhos. Ele sorri e se levanta, indo para o banheiro.
Depois de um tempo ele sai com uma bermuda jeans e camiseta vermelha, e vai calçar seu tênis.
Saímos dez minutos depois, a tempo de ver um casal de velhinhos ocupar o quarto da frente. Eles sorriam docemente para nós, e retribuímos. Que fofos.
– Posso dirigir? Por favor. - peço.
– Toma cuidado, pelo amor de Deus. - Joga a chave para mim e entra no carro, sentando no banco do carona.
– Pode deixar. - Coloco os óculos de sol.
Peeta me dá as coordenadas olhando meu celular. No trajeto, começamos a cantar músicas que tocam no rádio. O loirinho não cantava mal.
Quando chegamos, estacionei numa vaga que eu encontrei o mais próximo da entrada.
Procuramos a loja da Apple pelo shopping todo, até finalmente achar. O atendente era simpático. Alto, meio careca, mais ou menos quarenta anos. Sei lá, tinha cara de mordomo e que se chamava Alfredo. Mas seu nome, de acordo com o crachá, era Joseph. Ele mostrou o Iphone para Peeta e começou a falar das vantagens, convencendo o loiro a comprar.
– Joseph, não precisa nem se dar ao trabalho. Ele só vai comprar. - sorrio para ele interrompendo. - Não é, loirinho? - Mando um olhar para Peeta.
– É. Desculpe, ela é muito direta.
– Tudo bem. Bom, já querem realizar a compra? - olha pra mim.
– Sim. - É Peeta que responde.
Ele compra à vista, o que me faz pensar o quanto de dinheiro que Peeta tinha. Eu havia trazido muito, já que era todo dinheiro que juntava desde meus 11 anos.
– Loirinho, com quanto de dinheiro você saiu de casa?
– Eu tenho uma conta com toda minha mesada que eu ganhava desde meus 10 anos e mais do meu salário em uma livraria de San Diego. Eu saquei uma parte e trouxe o cartão. - dá de ombros.
– Resumindo, você saiu de casa com muito dinheiro. - Ele sorri.
– É. E sei que você também.
– É. Olha! Vamos comprar capinhas para seu novo celular. - o arrasto para uma loja.
Ficamos olhando várias capinhas para celular.
Peeta era ahn... exigente para escolher as suas.
– Essa é muito gay.
– Não gostei dessa.
– Não tenho certeza.
– Sem graça.
– Feia.
– Essa é muito gay.
– Muito gay.
– Gay.
– Ah, loirinho, aposto que tem uma parte afeminada em você. - brinco fazendo uma garra e miando para ele.
– Quer ver que não? - sussurra malicioso. Tive vontade de rir mas não saí da "personagem".
– Hm, que perigo. - faço uma voz provocante. - O que você pode fazer pra provar? - levanto a sobrancelha mordendo o lábio. De relance, vi ele engolir em seco. Peeta era fofo com esse jeito tímido e, nem tanto, inocente.
Continuando, ele pega minha cintura e nos aproxima, deixando nossos corpos grudados, ainda olhando em meus olhos. Ele era mais ou menos, 8 centímetros mais alto que eu, de modo que minha cabeça ficava levantada. Eu ainda tentava não rir.
Ele se abaixou até alcançar minha orelha, sua respiração batendo me fazia cócegas e me arrepiava.
– Preciso fazer mais alguma coisa para convencê-la? - sussurra. Não me segurei e ri, me afastando.
– Pra quem nunca beijou, acho que você sabe flertar sim. - pisco risonha. - Fala aí, qual você gostou? - volto a olhar as capinhas dispostas no balcão. - Essa de câmera fotográfica é legal.
– Gostei também. E essa xadrez, achei que combina comigo.
– Verdade. Oh, preciso dessa do BMO!
– Gosta de Hora de Aventura?
– E como. Gostei dessa também. - era uma d'A Culpa é das Estrelas. Azul claro, com as letras de forma compridas e grandes nos dizeres: "Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações", tomando todo espaço.
– É verdade?
– O quê? - fico confusa.
– Seus pensamentos são estrelas que você não consegue arrumar em constelações? - especifica. Reflito.
– Acho que todos nossos pensamentos são uma bagunça, que é impossível organizar.
– Faz sentido. Vou levar as duas que escolhi. Vai querer alguma?
– Essas duas também. Mas nem pensa em pagar, você não me deixou pagar nada nesses últimos dias. - ele só revira os olhos. - Peeta! Olha essa. - aponto para uma branca cheia de onomatopéias como "Pow!", "Kabum!", "Bam!".
– Gostei.
– Então vamos passar pra ir embora. - pego a outra e sigo para o caixa. Vejo Peeta pegar uma igual e passar também.
Coloquei a de onomatopéias em seu celular enquanto ele dirigia de volta para o hotel.
Acabei não trocando a minha - que era uma de estampa de jornal.
Quando chegamos no quarto, tirei meus tênis e os joguei.
– Vamos estrear a câmera do seu celular. - o levo para o banheiro. Aponto a lente contra o espelho.
– Sabia que tem câmera frontal? - ironiza.
– Deixa de ser sem graça e sorria! - ele o faz e toco a tela, escutando depois o som do obturador. - Ficou legal. - Praticamente jogo o celular.
– Sua louca! Acabei de comprar! Não faz isso! - choraminga.
Me atiro na cama, e ele não demora para fazer o mesmo ao meu lado.
– Tá. Agora no meu. - o pego no criado-mudo. Levanto o braço para o alto, fazendo aparecer nós dois na tela, pela câmera frontal. Quando vou clicar para tirar a foto, Peeta se vira e beija meu rosto, com um leve sorriso nos lábios e de olhos fechados. E eu saí mandando um beijo para a câmera. Começo a rir.
– Adorei essa.
– Eu também.
Ficamos deitados assim, com nossos cabeças encostadas, olhando o teto.
– Que teto sem graça. - digo.
– É um teto normal.
– Por isso é sem graça.
– Então tudo que é normal é sem graça? - me olha.
– Nunca vi algo normal ter graça. - rebato.
– Como seria um teto com graça?
– Um teto diferente desse, com certeza.
– Muito específica. - fala irônico.
– É. Tipo, o teto do meu quarto tem uma parte bem no meio, que é de vidro. Então eu posso ver o céu. No verão ou primavera, é quando eu mais gosto. O céu fica mais estrelado. Quando chove, dá pra acionar uma cobertura que tampa o vidro. Mas na verdade eu gosto de olhar a chuva. Parece que vai cair em você, mas não cai. - sorrio.
– É, esse teto é sem graça. Ainda mais comparado ao seu. - Ele coloca o braço debaixo da minha cabeça e o dobra, mexendo nos meus cabelos.
O celular indicava que eram sete e trinta e sete.
– Tá, mas não vamos ficar o resto da tarde encarando o teto sem graça. Vamos dar uma volta de carro. - peço.
– Tudo bem. - nos levantamos e saímos do quarto.
Peeta arrancou com o carro.
– Dar volta aonde? - pergunta.
– Pra onde você quiser.
Enquanto ele dirige, estendo o braço para o alto, sentindo o vento.
Peeta começa a virar ruas, sem se preocupar.
– Qual nosso destino agora? - pergunto.
– Bem, agora não temos um. - abaixa os óculos e pisca.
– Gostei da sua nova parte.
– Acho que ela sempre existiu, só que eu não a usava.
As ruas estavam movimentadas. É claro, agora seria horário de sair do trabalho.
Ele dirigiu por mais uns vinte minutos. E parou em uma estrada, que não passava ninguém. Era como aquela de filmes, deserta, reta, para uma só direção. Peeta estacionou fora dela, na grama, que era como um limite. Não havia mais nada dos lados, só a vegetação rasteira.
Abri a porta e me sentei no capô. Depois Peeta fez o mesmo.
O sol já iria se pôr. Olhei meu celular, ele marcava oito e cinco.
– Já percebeu que não tem como o pôr-do-sol ficar feio ou desagradável? No sentido visual, claro.
– Acho que sim. - O sol vai baixando, baixando... até tudo ficar completamente escuro.
Peeta foi ligar o farol.
– Olha o que eu achei lá atrás junto com os equipamentos de emergência. - mostra uma manta vermelha. Ele a estende no chão, e nos deitamos. - Você tem essa visão todas as noites no seu quarto só de abrir os olhos? - pergunta enquanto encaramos as estrelas.
– Sim. - sorrio. - E nunca me canso.
– Imagino. Deve ser incrível.
– E é. - Ele se apoia em um braço, virando para me encarar.
– O que quer ganhar de aniversário?
– Nada, obrigada. - continuo olhando o céu.
– É sério, Katniss. Eu sou um cavalheiro, não vou deixar seu aniversário passar sem eu te dar um presente. - rio com essa.
– Essa viagem já tá de bom tamanho. Ficou mais divertida com uma companhia, mesmo ela sendo chata no começo.
– Tá, se não vai falar, eu mesmo escolho. - Deita de novo.
– Eu tô falando sério, loirinho. Não precisa de nada.
– Eu também. E vou te dar algo.
– Você é insuportável, Mellark.
– E mesmo assim, você gosta de mim.
– Essa parte que você não usava também é parte convencida, não?
– E mesmo assim, você disse que gostou dela. - Pisca e me aproximo dele, o abraçando.


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