Good Life escrita por Ju Mellark


Capítulo 5
3° Dia: You're completely crazy, Walk of Fame,‏ Hollywood Sign


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, lindinhos! Hj estou de bom humor! Alemanha ganhou a copa u.u alguém mais estava torcendo?
Terminei de ler As Vantagens de Ser Invisível e amei, mas achei meio estranho :P contudo, amei
Capítulo dedicado à Mari Frantzeski Mellark, q favoritou a fic, muuuito obrigada!
Me avisem qualquer erro;
Eu gostei desse, mas sinceramente, achei q o final ficou um diálogo meio de filme, meio bobo, sabe? Mas espero q gostem, comentem! Beijos!



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– Oh, Deus! A estrela do John Lennon! Ele passou mesmo por aqui! Fala sério! - me animo.
– Também quero uma foto com ela. - diz Peeta admirando.
– Tá. Bob Marley!
– Michael Jackson!
– Oh Meu Deus, onde?
– Ali. Slash!
– Viu do filme Harry Potter? Até Crepúsculo, cara!
– Mick Jagger!
– Johnny Depp. Isso aqui é o paraíso. Beatles! Peeta, eu vou chorar. - Digo tirando um resquício de lágrima do canto do olho.
– Eu também, Kat, eu também. Mas não antes de tirar foto com a estrela do Will Smith, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr...
– Uuhhll Charlie Chaplin! Red Hot Chili Peppers! Elvis Presley!
Nossa manhã foi assim. Depois comemos e voltamos para o hotel. Assistimos TV à tarde.
– Loirinho, vai se trocar, vamos fazer trilha! - o empurro da cama.
– Trilha?
– Sim. Vai dizer que você nunca ouviu falar da trilha que leva você pertinho do letreiro de Hollywood?
– Ah, não. Tá, eu vou me trocar.
– Rápido.
– Tá. - ele entrou no banheiro. Depois de poucos minutos ele saiu com uma bermuda tactel preta, uma camiseta gola V azul escura e tênis cinza.
Eu entrei, coloquei um shorts de algodão preto, uma regata cinza mesclada e um tênis esportivo branco.
– Vamos? - Pergunto para Peeta. Ele me olhou de cima a baixo. - Pare de olhar para as minhas pernas, loirinho. - Era hilário vê-lo corado. Sua pele era branca, diferente da minha bronzeada, e consequentemente o vermelho se destacava mais nas bochechas.
Compramos garrafinhas de água, pegamos os óculos de sol e nos guiamos pelo meu celular. Demorou um pouco para chegarmos ao Mount Lee em si. Havia um grupo ali acompanhado de um guia e logo tratei de seguí-los, tentando fazer com que eles não notem a nossa presença.
Andamos.
Andamos.
Andamos.
Andamos mais.
Andamos mais um pouco.
Andamos mais um muito.
Andamos extremammente.
Suei como meu ex-professor de inglês. E ele suava muito. Mesmo.
Algumas pessoas do grupo desistiram e voltaram, me fazendo ter vontade de fazer o mesmo. Mas eu não ia desistir. Ai, tô me sentindo em um filme.
– Katniss... eu... não aguento... mais. Pode ir... sem mim... - olho para trás. Peeta estava apoiada nas pedras, ofegante, corado e suado para caramba.
– Peeta, vem logo. - bufo e reviro os olhos. Ele reclama, mas me segue.
5 minutos.
10 minutos.
20 minutos.
– Peeta.
– Quê?
– Me carrega?
– O quê?
– Me carrega, por favor. - Começo a ofegar.
– Ra. Até parece, Katniss.
– Por favor, por favor. - Ele me olha. E acho que se arrependeu, porque eu estava fazendo minha cara "gato de botas". - Peeta, olha seu tamanho. Você é forte, aposto que nem vai fazer diferença me carregar um pouquinho. - bajulo aumentando meu bico. Ele suspira pesadamente e se enclina de costas para mim.
– Sobe aí.
– Obrigada, meu loiro favorito! - me apoio em seus ombros e passo minhas pernas por sua cintura, e ele as segura. Enlaço seu pescoço com os braços.
– Pronta? - pergunta.
– Sim.
Ele começa a caminhar. É uma sensação boa não precisar andar, por isso começo a pensar em como bebês têm sorte. Tipo, sempre há alguém que os carreguem. Sempre há colo sem ao menos pedir. Podem dormir. Comer. As pessoas sempre vão os achar fofos e bonitinhos.
Ser bebê é bem mais fácil.
– Já estamos chegando?
– É, não sei.
– E agora?
– Você está assistindo Shrek demais.
– Talvez. - seu corpo treme, denunciando uma risada.
– Peeta, eu estou cansada.
– Não sei porquê, eu é que estou te carregando.
– Verdade. Mas eu estava andando antes.
– Somos dois sedentários.
– Eu era líder de torcida na escola. Mas parei no último ano, e consequentemente, parei de fazer exercícios.
– Acho que imagino você com uniforme de líder de torcida.
– Espero que seja de uma forma decente. - brinco rindo, e sei que ele corou novamente.
– Claro. Eu fazia academia. Mas parei no último mês.
– Esses tríceps não podiam ser benção divina. - aperto seu braço. Ele ri.
– Como você consegue não ter vergonha de nada?
– Como eu disse, não ligo para o que pensam de mim. Se ligo, é porque eu gosto mesmo da pessoa e ela se tornou muito importante para mim. Além de que eu nunca precisei ter vergonha ou pudor de alguma coisa. Sempre falei o que penso, não precisando de filtro. Tente fazer o mesmo. Seja impulsivo alguma vez. Tipo, eu posso falar bem agora que você é o nerd mais gostoso que eu já vi. - rimos.
– Obrigado, eu acho.
– Quando te chamam de gostoso é suposto que aumente seu ego.
– Claro. Não sei se consigo não ter filtro.
– Diga o que você está pensando agora.
– Que você não é tão leve como parece. - dou um leve tapa em sua cabeça rindo. Ele também ri. - Ahn, você tem as pernas mais bonitas que eu já parei pra reparar.
– Ah, obrigada. - sorrio. - Então, é difícil?
– Acho que não.
– Ah, loirinho, comigo você não precisa medir palavras. A menos que essas palavras tenham intenção de me machucar. - aviso.
– Não acho que um dia teria intenção de te machucar, Kat. Mesmo sendo meio desgovernada, é uma pessoa boa demais. Acho que é impossível não gostar de você. - sinto seu sorrio no final. Sorrio também com seu comentário.
– Aposto que não mediu palavras agora. - ele ri.
– Não, com você eu não preciso.
– Ok, agora andando mais, pelo que vejo, estamos próximos. - e estávamos. Atrás das lentes escuras, eu podia ver o letreiro ficando mais perto. Isso era o máximo.
Andamos - ops, Peeta andou/me carregou - seguindo o grupo por mais uns dez minutos. O letreiro estava bem perto, mas não podia se aproximar mais. Havia uma barreira que impedia, mais precisamente uma grade.
O guia esperou as pessoas todas suadas tirarem fotos, comentarem para voltar. Quando deram partida, Peeta logo os tratou de seguí-los também, mas o puxei para detrás de uma rocha enorme.
Esperei um pouco para concluir que eles estavam longe o suficiente.
– Katniss? - Peeta estava confuso.
– Qual é, loirinho. Achava mesmo que eu ia me contentar de ver o letreiro a essa distância? - pergunto siceramente.
– É. Não.
– Pois então me conhece o suficiente em apenas 4 dias. - Chego perto da grade. - Dá uma ajudinha aqui? - agarro o arame.
– O quê? Katniss, você tá viajando se eu vou te ajudar a invadir o território do letreiro de Hollywood... - começa a tagarelar. - Pelo que eu me lembro, essa é a terceira situação em que temos probabilidade de sermos presos! Você pirou, pirou mesmo. - reviro os olhos.
– Peeta! - falo alto. - Já terminou a ladainha?
– Nem vou terminar, sei que você não vai ouvir e muito menos desistir dessa ideia insana.
– É, você realmente me conhece em 4 dias que passou comigo. Agora me ajuda aqui. - ele junta as palmas das mãos uma em cima da outra e coloco meu pé ali. Ele impulsiona para cima e faço uma escalada até chegar ao topo. Pulo para o outro lado, e não sei como, mas caio com os joelhos flexionados, sem nenhum arranhão. Não, espera, tenho um no braço que acho ser por causa do arame.
Solto minha respiração, sem saber que ela estava presa. Olho para trás, encontrando Peeta me olhando cauteloso.
– Se machucou?
– Só essa coisa de nada. - mostro o braço. - Sua vez.
Ele suspira e me olha agoniado.
– Eu preciso mesmo? - bufo.
– Loirinho, lembra lá no primeiro dia que nos reconhecemos? - ele assente. - Pois é, minhas palavras foram: "Saiba que é uma semana com uma desnaturada, sem volta.", e olha, você aceitou. - Lembro-lhe.
– Tá, mais eu não fazia ideia que você se tornou tão desnaturada.
– Agora faz. Mas como eu disse, e você concordou, não tem volta.
Ele suspira olhando para a grade. Então, coloca o pé numa parte mais alta e se impulsiona. Como eu, pula do topo e cai do mesmo jeito, só que seu arranhão pegava todo o antebraço. Me aproximo e o ajudo a levantar.
– Você tá bem? - Passo um dedo pelo machucado. Ele meio que se encolhe.
– Tá ardendo. - faz uma careta. Pego minha garrafa de água e molho um pouco a mão, passando em seu braço. Seu rosto se contorce novamente e por impulso, ele tenta se afastar.
– Pronto. Vai melhorar. Quando voltarmos limpamos melhor.
– Tudo bem. - ele pega a sua garrafinha e coloca um pouco na mão, para depois passar em meu braço. Ardeu. Mas achei sua atitude fofa.
Sorri pra ele, que retribuiu. Mais perto, do jeito que estávamos, seus olhos pareciam mais bonitos.
– Vem. - puxo sua mão.
– Você é completamente louca. - sussurra.
Estávamos muito próximos das letras, que eram extremamente grandes. Vamos para trás do primeiro "O". Peeta me ajudou a subir do mesmo jeito que na grade.
Fiquei com uma perna de cada lado, apreciando a vista. Peeta já escalava o suporte atrás do grande "O".
– Kat? - viro para olhá-lo. Ele estava se apoiando com uma mão e logo tratei de pegar a outra para ajudá-lo.
Passei a outra perna para frente, me sentando, e Peeta fez o mesmo ao meu lado.
– Tô com medo de cair. - sussurra.
– Eu também. Mas estamos vivendo esse medo. Assim fica mais fácil de superá-lo, do que vivendo com ele. - Pego sua mão. Ele a aperta forte. Pesco o celular no bolso - Peeta. - o chamo.
Seguro o aparelho em uma posição, fazendo com que na foto apareça exatamente metade de mim e metade de Peeta, nós dois lado a lado sorrindo.
– Gostei dessa. - digo.
– Katniss. - ele chama. Quando o olho, ele tem sua atenção no horizonte. Viro para o mesmo, encontrando o início do pôr-do-sol.
– É tão bonito daqui de cima. De qualquer lugar. Mas aqui fica realmente lindo.
– Verdade.
Ficamos um tempo ali, até o pôr-do-sol ser concluído. Encostei a cabeça no ombro do loiro e suspirei. Ele tinha cheiro de colônia masculina, e agora, suor. Ouvi um barulho de hélice ao longe.
– Peeta. - sussurro em alerta. - Tá ouvindo?
– Sim, sim. Vamos! - começa a se desesperar. Ele se vira para trás e pula. - Vem, eu te seguro. - Já estava tudo escuro, mas enxergava seu corpo com os braços estendidos. Pulo para frente, e ele me segura pela cintura, depois me coloca no chão. Corremos para as grades, e já começamos a escalá-las, passando as garrafas para o outro lado antes.
Chegamos ao outro lado sem um machucado relevante, e corremos pela trilha abaixo.
– Acho que... já estamos... seguros. - paro de correr.
– Isso foi loucura!
– É.
– Eu tô sentindo a adrenalina ainda.
– Imagino.
– Isso tá sendo incrível. Insano, mas incrível! - diz animado.
– Sério?
– É!
– Vai parar de reclamar, se cagar, e prever as consequências antes de acontecer?
– Isso é parte de mim, mas vou tentar evitar essa parte. - diz sincero. Corro para ele e o abraço.
– Peeta, isso é fantástico! Você tá se permitindo, vivendo a sua vida de um jeito diferente! - me animo.
– Kat, eu tô me sentindo feliz. Como um idiota. Mas totalmente feliz. - Sorrio com ele.
– Deixe isso te possuir. Tente prolongar essa felicidade. Aproveite esse momento. Porque você não sabe quando vai acabar, e vai ter que aceitar de um jeito ou de outro depois. - acaricio seu rosto. - Peeta, somos jovens o suficiente para dizer: Essa realmente poderia ser uma boa vida! Tem que ser uma boa vida! Me promete que vai fazer ela valher a pena? Mesmo quando essa viagem acabar? - pergunto cautelosa.
– Sem você vai ser difícil ter criatividade para loucuras.
– Está flertando comigo? - Brinco.
– Não dei nem meu primeiro beijo. Acho que nem flertar eu sei. - rebate também brincando.
– Então está dizendo que vai sentir minha falta.
– É, talvez.
– Ou está me convidando pra fazer outra viagem com você?
– Prefiro nunca cometer algum erro duas vezes. Mas quando é um erro bom, eu cogito colocá-lo em prática novamente. Acho que você e essa viagem foram erros bons.
– Obrigada, eu acho. Você ainda não disse se promete ou não.
– Sim, eu prometo.


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