Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO!!! Voltei 48 horas mais cedo, para a alegria de você. Explico os motivos nas notas finais. Boa leitura. Bijus.



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Alice tem crescido a cada dia. Aos seis meses seus dentes começaram a nascer, o que foi um tormento para Peeta e eu. Tivemos que aguentar seu choro por sentir dor, acabou doendo em mim também, a ponto de eu começar a chorar junto com ela. Ela não fala nada ainda, apenas balbucia uma sílaba ou outra. Peeta tem tentado fazer com que ela diga ao menos um “papa”, mas já disse a ele para não se preocupar com isso, afinal, ela só tem seis meses. No tempo certo ela falará. Peeta tem a mimado demais, coisa a qual já chamei sua atenção, pois ela aprendeu rápido que, se ela chorar conseguirá arrancar tudo o que quiser de Peeta. Porém, isso na funciona comigo, e isso ela aprendeu rápido também.

Aos sete meses Alice começou a chamar qualquer comida de “dadá”, o que virou um verdadeiro jogo para Peeta e eu, tendo que descobrir qual dos “dadás” ela quer. Por sorte ela facilita nossa vida, apontando para o que quer.

Essa história do “dadá” durou até ela completar seus oito meses, ela, a partir de então, começou a chamar qualquer comida de “bolo”, que é a única palavra que ela sabia falar. E qualquer bebida de “uco”, que, ao meu entender, deve ser suco.

Aos dez meses paro de alimentar ela no peito, pois parei de produzir leite, o que me deixou abalada por alguns dias, a amamentação era o vínculo mais forte que tinha com ela após seu nascimento, e ter de cortar esse vínculo foi difícil tanto para mim quanto para Alice. Começamos a lhe dar leite em pó, receitado pela sua pediatra. Nesse tempo ela falou “mama” pela primeira vez, e eu, por ser uma pessoa extremamente azarada, não estava lá para ver isso. Naquele dia, eu estava preparando seu leite, então notei que a lata de leite em pó, estava quase acabando. Dei o leite para ela, e falei a Peeta que iria ao supermercado comprar outra lata de leite em pó. Encontrei Greasy Sae no mercado, e como há muito tempo não nos falávamos, decidimos conversar e colocar as novidades em dia. Acabei demorando demais no mercado. Quando volto para casa, sou atacada por Peeta, que estava eufórico igual a uma criança em um parque de diversões.

– Ela falou!!! Ela falou!!! – começou a gritar ele.

– Calma, Peeta. Você está me deixando tonta. Quem é que falou? – falei chegando a cozinha e vendo Alice sentada na cadeirinha em que nós a alimentamos, toda suja de sopa.

– Alice falou. Ela disse “mama”.

Parei de mexer nas sacolas na mesma hora. Não consegui acreditar que minha filha falou “mama” e eu não estava lá para ver.

– Não é verdade. Você está brincando comigo?

– Não, amor. É verdade. Ela falou “mama”, na verdade ela gritou, em alto e bom som.

– Você está me dizendo que ela disse “mama” e eu não estava aqui para ter visto isso? – falei me sentindo uma completa idiota por ter demorado um tempão no mercado.

Peeta desmanchou seu sorriso do rosto, parecendo entender minha decepção.

– Mas ela vai falar de novo. Quer ver? – ele me puxou me levando até Alice e me fazendo sentar em sua frente. – Alice, fala aqui pra nós: quem é que foi comprar o leite da Alice no mercado? – Alice apenas riu, sem dizer nada. – Vamos, meu anjo. Diga quem foi. Vamos. Foi a ma...

Ela não completou a palavra como Peeta queria. Me levantei frustrada, e comecei a mexer nas sacolas novamente , as esvaziando.

– Não adianta, Peeta. Ela não vai falar de novo.

– Vai sim. Ela falou uma vez, então vai falar de novo.

Apenas suspirei. O dia se passou e Alice não repetiu a palavra, por mais que Peeta tentasse, ela não dizia nada além do seu costumeiro “bolo” e “uco”. A noite chegou e dormimos em paz, pois Alice já não acorda no meio da noite com fome, ou fralda suja. E mais um dia veio. Acordei depois de Peeta, me levantei indo direto para o banheiro e fiz minha higiene. Passei no quarto de Alice, mas o berço já estava vazio. Parece que fui a última a acordar hoje. Desci indo diretamente a cozinha. Peeta está tomando seu café da manhã perto de Alice que está na cadeirinha e mastiga o bico da mamadeira que já está vazia.

– Peeta, não deixe ela morder o bico da mamadeira. – digo atravessando a porta.

Alice larga a mamadeira ao ouvir minha voz, aponta para mim enquanto grita:

– Mama, mama, mama, mama, mama!!!

Fiquei paralisada ao ouvir tantos “mamas” de uma só vez. Fico assim até ser acordada por Peeta, que está sorrindo para mim.

– Acho que ela está falando com você... mama.

Caminho até ela e tiro ela da cadeirinha dando-lhe vários beijos espalhados por todo o rosto. Ela ri, eu a jogo para cima, coisa que Peeta odeia que eu faça pois acha que vou deixa-la cair no chão. Como se eu fosse capaz de deixa-la escapar dos meus braços!!! Ela ri mais ainda. A abraço, e ela apoia sua cabecinha no meu ombro. Olho para Peeta enquanto uma lágrima cai pelo meu rosto.

– Eu sou a mama. – digo a ele, sorrindo.

– Acho que é. Porque eu não sou. – responde ele sorrindo.

Faço Alice olhar para Peeta e lhe pergunto apontando para o pai:

– E ele, Alice? Quem é ele?

Peeta a olha cheio de expectativa. Ela apenas olha para Peeta, aponta o dedo e diz:

– BOLO!!!

Começamos a rir. Que maravilha. Então, eu sou a mama, e Peeta é o bolo.

– Não, Alice. Eu sou o papai. Eu faço bolo, mas não sou o bolo. Consegue dizer papa? Tenta dizer papa. – tenta Peeta.

Ela o olha confusa, aponta o dedo para mim e pergunta:

– Mama?

– Eu sou a mama. E ele é o papa. – respondo.

– Papa? – pergunta ela em dúvida, enquanto aponta para Peeta, mas não tira seu olhar de mim.

Vejo Peeta já abrir o maior sorriso.

– Sim, papa. – respondo novamente.

Ela sorri ao descobrir a palavra nova, aponta para Peeta e grita:

– Papa, papa, papa, papa!!!

Peeta a pega de mim e a chacoalha acima dele, enquanto ri. Alice cai na gargalhada, gostando da brincadeira.

– Isso, meu amor. Eu sou o papa. – fala Peeta.

No seu primeiro aniversário não fizemos uma enorme festa como Effie fez para Joe. E Effie fez de tudo para tentar nos convencer a deixar ela fazer uma festa para Alice. Fizemos algo bem simples em casa. Peeta fez um bolo, alguns salgados e convidamos pessoas próximas a nós: Effie, Haymitch, Joe, Brend, Diego, Patrick, Lucy e, mesmo que ela não passe mais tanto tempo conosco, decidimos convidar Greasy. Foi divertido, principalmente para Alice e Joe, que foram permitidos dormirem um pouco mais tarde do que o habitual.

Um dia após a festa de Alice, decidimos fazer um piquenique na floresta só para nós. Uma comemoração particular do primeiro ano de vida de nossa filha. Peeta levou seu material de pintura, pois queria pintar o momento. Fomos nos aconchegar em uma campina aberta e espaçosa. Alice se encantou com o lugar. Estendemos a toalha no chão e comemos o que trouxemos para a ocasião. Peeta colocou a moldura do quadro no chão e começou a pintar. Alice estava entretida com uma flor que ela achou próxima a nós. Mas parou de brincar com a florzinha quando viu Peeta desenhar. Ela engatinhou até ele, se colocou de pé, apoiando-se no braço de Peeta.

– Quer me ajudar a pintar? –perguntou Peeta.

Alice caiu sentada ao começar a bater palmas e se alegrando com a ideia de Peeta. Ele a pega e a coloca entre suas pernas, mostrando todas as tintas e dizendo a cor de cada uma.

– Este é o verde. É a cor das árvores. – e logo ele aponta para as árvores e Alice segue seu olhar para onde ele aponta. Ele mostra todas as cores, uma por uma, dando exemplos de onde ela pode encontra-las. – Que cor você quer usar primeiro?

Alice tenta alcançar o pote com a cor amarela.

– Acho que é a amarela. – digo.

Peeta alcança o pote para Alice, faz ela segurar o pincel, segura sua mão, fazendo ela mergulhar o pincel na tinta e depois passando no quadro branco. Ela olha para a cor no quadro e depois olha para Peeta enquanto aponta para o sol.

– Isso mesmo, como eu te ensinei, amarelo é a cor do sol. – concorda Peeta com ela.

Peeta a deixa pintar sozinha, ela começa com o pincel mas logo após abandona o objeto e passa a usar as próprias mãos, sujando-se toda. Ela olha para mim, enquanto aponta para o quadro:

– Mama.

Eu me aproximo olhando para a bagunça que Alice fez no quadro.

– Está lindo, meu amor. Está muito bonito. – eu a elogio.

Ela começa a bater a mãozinha no quadro enquanto fala:

– Mama.

– Acho que ela quis dizer que desenhou você. – afirma Peeta.

– Me desenhou? – pergunto, olhando novamente para o quadro.

Peeta não responde a minha pergunta.

– Que tal assinar seu desenho, Alice? – pergunta Peeta.

Ele não espera uma resposta, apenas pega as mãozinhas de Alice, mergulha na tinta verde e as pressiona contra o quadro, quando as retira ficam as marcas de suas mãos pequeninas. Ela tenta colocar as mãozinhas na boca, mas eu as seguro:

– Não, não, não. Você não pode comer a tinta, Alice.

– Não? – pergunta ela.

– Não, pode te fazer mal. Vem, vamos lavar as mãos no lago.

Levo ela até o lago e lavo suas mãos, quando voltamos, Peeta já guardou as tintas e está deitado de barriga pra cima com as mãos atrás da cabeça, na toalha estendida no chão. Largo Alice no chão e ela engatinha até Peeta e se senta em cima dele, apoiando as mãos em seu peito. Peeta está com os olhos fechados, o que faz Alice olhar para seu rosto e perguntar:

– Papa?

Peeta abre um dos olhos e sorri para ela.

– Oi. – diz ele.

– Oi. – responde Alice.

Me aproximo e me deito, apoiando minha cabeça no peito de Peeta, ele retira um dos braços de trás da cabeça e me abraça. Alice deita de bruços em cima de Peeta, e ele coloca sua outra mão em suas costas.

– Que bom que perdi uma das pernas e não um dos braços. Como eu iria abraçar minhas garotas se eu tivesse só um dos braços? – comenta Peeta.

Alguma coisa chama a atenção de Alice e ela aponta para algo enquanto murmura uma palavra que não entendo. Apoio sobre meus braços e Peeta se apoia sobre os cotovelos.

– O que é, Alice? – pergunto.

Ela aponta novamente e repete a mesma palavra.

– Ah, a flor. É isso? Você a quer? Vamos lá pegar. – fala Peeta se levantando. – Mas você terá que caminhar, ok?

Peeta coloca Alice de pé entre suas pernas, segurando suas duas mãos para que ela não caia. Eles chegam até a flor, que eu não consegui enxergar ainda. Alice solta uma das mãos de Peeta e se abaixa para pegar a flor. Peeta a traz no colo para a toalha novamente. Então que noto que é uma prímula, e que a muito tempo não via prímulas. Olho para a flor encantada, pois de uma forma, ela tem uma ligação com Prim. Alice estica seu bracinho me oferecendo a flor.

– Pra mim? – pergunto.

– Mama. – ela responde.

Pego a flor e a cheiro. Seu cheiro doce, suave e leve. Quem dera ter Prim comigo agora. Como será que ela se relacionaria com Alice? Mexo com cuidado na flor, e depois a coloco atrás da orelha de Alice. Ela ri e volta a se deitar em Peeta, que, por sua vez, voltou a sua posição anterior, deitado de barriga pra cima. Volto a minha posição anterior também.

– Agora não preciso de mais nada. – afirma Peeta.

– Ah, não?

– Não. Tenho uma linda filha, e a mulher que sempre sonhei em ter. Que mais preciso nesta vida? Mais nada. Já tenho tudo. Amo tudo que tenho e tenho tudo que amo. Está perfeito assim.

– Perfeito. – concordo.

Alice acabou dormindo, decidimos guardar as coisas e voltar para casa. Levei as cestas que agora só possuíam alguns potes vazios, as coisas de Alice, a toalha e os potes de tintas que estavam quase todos vazios depois da pintura de Alice. Peeta levava em uma mão o quadro que Alice fez e no outro braço uma Alice que estava adormecida e que descansava a cabeça no ombro do pai.

Quando chegamos em casa, colocamos a cesta na cozinha enquanto conversávamos. Paramos tudo o que estávamos fazendo quando ouvimos um barulho de vidro se quebrando no andar de cima. Ficamos nos olhando assustados. O que seria esse barulho? Peeta apertou Alice em seus braços enquanto eu não movia um músculo. Ficamos mais tensos após ouvir alguém descendo vagarosamente a escada. Fui ao lado de Peeta e tentei tirar Alice de seus braços, mas ele se negava a solta-la, estava tão assustado quanto eu, a única coisa que fez foi apertar ela mais ainda contra seu corpo a ponto de eu ouvi-la choramingar.

– Você está machucando ela. – sussurrei em seu ouvido.

Ele me olhou, aliviando a força que estava fazendo, mas continuava relutante e não soltou Alice. Quando ouvi os passos vindo em direção a cozinha, me armei com uma faca de pão e fiquei esperando seja lá quem for aparecer. Peeta não movia um músculo ao meu lado, tinha dúvidas inclusive se ele estava respirando. Quando a mulher atravessou a porta da cozinha quase enfiei-lhe a faca no estômago, só não fiz isso porque reconheci imediatamente a invasora, larguei a faca e ela caiu no chão, fiquei mais assustada do que antes.

– MÃE!!!

– KATNISS!!! – é a resposta que obtenho.

– Vou levar Alice lá pra cima. – afirma Peeta saindo da cozinha com nossa filha.

Minha mãe me abraça, mas eu não correspondo a seu abraço, fico parada tentando absorver se isso estava mesmo acontecendo. Assim que ela me solta, consigo fazer uma única pergunta.

– O que faz aqui?

Peeta volta a cozinha, mas desta vez não está com Alice nos braços.

– Bem, é que eu estava ali no meu antigo quarto e, sem querer, acabei quebrando um frasco de perfume, então...

– Não. Não foi isso que perguntei. Eu perguntei o que você faz aqui. Na minha casa. No Distrito 12.

– Eu vim ver como você estava.

– Venho ver como eu estava? – perguntei, não me sentindo muito convencida.

– Sim, faz tanto tempo que eu não te vejo, minha filha.

– É, faz um bom tempo. Quantos anos eu tinha na última vez que nós falamos? Era 17, eu acho. E agora? Com quantos anos eu estou? Ah, é!!! ESTOU COM 21.

– Calma, Katniss. – ouvi Peeta falar atrás de mim.

– Katniss, por favor, tente entender. Era muita coisa pra minha cabeça: seu pai, sua irmã. Eu não ia conseguir lidar com tudo isso neste Distrito.

– E você tentou me entender? Eu passei pela uma droga de rebelião, eu também perdi Prim, eu também perdi muitas pessoas nesta guerra, eu perdi mais do que a senhora!!! – gritei, com raiva.

– Quem é a garotinha que Peeta segurava? - perguntou ela, mudando completamente o foco do assunto.

– Quem? A garotinha de cabelos iguais aos meus? – perguntei, ironicamente.

– Sim, ela mesma. Quem é?

– É minha filha, mãe. É SUA NETA!!!

– Minha neta??? Eu não sabia que tinha uma neta.

– Mas teria descoberto, se tivesse parado de fazer o que estava fazendo no hospital.

– Aquele dia, quando você ligou, era para...

– Exatamente, contar que você seria avó. Mas a senhora não quis falar comigo, pois estava muito ocupada. Parece que Prim não foi a única filha que você perdeu com a rebelião.

– Não diga isso. Por favor. Eu estou aqui para pedir perdão.

– Não dizer o que? Que você me abandonou neste Distrito? E que se não fosse por Peeta e Greasy eu estaria morta agora? É isso que você quer que eu não diga? Você me abandonou neste Distrito sozinha. E agora vem até minha casa, me pergunta quem é a garotinha que Peeta segurava e depois me pede perdão.

Eu estava completamente fora de mim, estava chorando e gritando igual uma louca, não queria vê-la na minha frente, não queria mais ouvir sua voz. Só queria viver minha vida em paz com Peeta e Alice. Mas como sempre o passado vinha me assombrar e puxar o meu pé enquanto eu dormia.

– Katniss, por favor... – tentou minha mãe mais uma vez.

– Não, mãe. Me enterre junto com Prim e papai. Finja que eu engoli aquela maldita pílula que me deram, ou que eu comi aquelas amoras na arena. Só me esqueça, ok? Volta pra sua casa e continua a salvar pessoas naquele hospital, vale mais a pena apostar nelas do que em mim. – falei, sem gritar desta vez.

Não esperei resposta, apenas saí da cozinha e subi as escadas em direção ao meu quarto. Ouvi os passos de Peeta no corredor e logo ele já estava dentro do quarto se sentando na cama na minha frente.

– Você foi muito arrogante com ela. – começou Peeta.

– Eu fui muito arrogante com ela? Ela me deixou apodrecer neste Distrito.

– Tente ser compreensível, Katniss. Ela perdeu o marido e depois a filha, qualquer um estaria em um estado pior que o dela.

– Ela não foi compreensível comigo. Por que eu seria com ela? Ela nem ao menos ligou para mim depois que toda essa rebelião acabou. – estava começando a perder a paciência com Peeta.

– Katniss, meu amor, pense bem. Você é esposa e mãe agora. Como você ficaria se de repente me perdesse, e alguns anos depois perdesse Alice?

Nem conseguia pensar nesta hipótese, eu estaria arrasada, estaria destruída, estaria praticamente morta. Ficaria mais alienada que minha mãe. Não ia querer fazer mais nada na vida, só morrer.

– Então você acha que devo perdoa-la? – pergunto.

– Mas é claro. É o certo a fazer. Não esqueça que antes de tudo ela é sua mãe. Ela e Alice são os únicos parentes de sangue que você tem. Não a perca de novo, Katniss. Não a deixa passar por entre seus dedos.

– Você está certo. Eu vou lá. Obrigada. – falei, me colocando em pé.

– De nada. – ele disse se levantando e me abraçando com força. – Vai lá, ela está na sala. Vou estar no quarto de Alice.

Desci as escadas com calma, minha mãe estava sentada no sofá, mas se levanta ao ouvir meus passos na escada.

– Desculpa, mãe. Você apareceu do nada, eu não esperava que a senhora aparecesse, assim, de repente.

– Tudo bem. Eu devia ter ligado avisando.

Eu abraço, e ela me abraça, ficamos assim um longo tempo, até que ela me segura pelos ombros e me olha nos olhos, me perguntando:

– Mas eu preciso saber de uma coisa: você me perdoa? Perdoa por eu ter te deixado sozinha aqui?

– Perdoo. – respondo a abraçando de novo. – Eu te perdoo.

Peeta desce as escadas com Alice, que estava esfregando as mãozinhas nos olhos.

– Então essa é minha neta? – pergunta minha mãe olhando para Alice.

– É sim. – respondo olhando para Alice também

– Oh, meu amor. Ela é tão linda. É a sua cara.

– Sim, digo isso a Katniss todos os dias. – afirma Peeta se aproximando com nossa filha.

– Qual o nome dela? – pergunta mamãe.

– Alice. – respondo.

Alice olha pra mim quando me ouve falando seu nome. Peeta a aproxima de minha mãe enquanto fala:

– Veja, Alice. Essa aqui é sua avó.

Minha mãe olha para ela.

– Oi. Sou a vovó Helena. – diz ela.

– Oi. – responde Alice, na verdade ela diz oi para qualquer um que lhe diga oi.

Minha mãe ri, ao ouvir Alice falando com ela.

– Você pode pega-la. – afirmo.

– Posso?

– Claro que pode. É sua neta. – responde Peeta.

Minha mãe estende os bracinhos para Alice e ela pula no colo dela. As duas se olham.

– Eu sou sua vó. – fala minha mãe.

– Vó. – repete Alice.

– Sim, vó.

Passamos o resto do dia tranquilamente, conversamos bastante, ela me fala sobre o hospital enquanto eu falo sobre minha gravidez. Peeta fala sobre a padaria. E Alice apenas brinca a nossa volta.


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Notas finais do capítulo

Oi, de novo, hehehe. Vamos aos motivos.
1°) Esse capítulo surgiu na minha mente do nada, e eu tive que escreve-lo antes que minha mente o apagasse.
2°) Minha mãe foi buscar meu boletim escolar, e eu tenho certeza que em pelo menos duas matérias tirei nota vermelha (Graças a Deus é meu último ano de escola), o que quer dizer que tem a possibilidade de eu ficar sem o computador como castigo, é uma possibilidade pequena, mas existente.
Obs.: Como postei antes, não haverá capítulo no sábado, visto que este era o capítulo do sábado. Próximo capítulo só no outro sábado.
Espero que tenham gostado do capítulo. Comentem!!! Beijocas da Tia Rafú pra vocês!!! ;)



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