Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO!!! Olá meus amores, podem ler este capítulo com calma que não vai ter nenhum heart attack desta vez. Boa leitura. Bijus.



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Effie sempre foi uma pessoa extremamente perfeccionista. Não importa o que seja, para ela, tudo deve sempre estar o melhor possível, o mais perfeito possível. Deve estar fabuloso, como ela mesma diz.

E essa mania de Effie dobrou quando ela decidiu fazer uma festa para comemorar o primeiro aniversário de Joe. A ideia lhe brotou quatro meses antes do garoto completar um ano. E, desde então, ela anda de lá para cá, encomendando tudo e planejando. Haymitch está a beira de perder a paciência com ela. E devo confessar que eu também. O único que parece suporta-la é Peeta, que nunca perde seu ar calmo e sereno. Quem me dera ser como ele!!! Assim, quando ela começa a tagarelar sobre a festa de Joe, começo a torcer para que Alice chore, para que eu possa sair daquela conversa. Não é que eu não me importo com a festinha do Joe, alias, festão do Joe, é claro que me importo, e muito. Mas ninguém suporta ficar sempre ouvindo as mesmas coisas todos os santos dias. Falta, graças a Deus, apenas um dia para a festa.

– Ai, Katniss, será que não esqueci de nada? – me pergunta ela, conferindo a lista que ela confere todos os dias.

– Eu duvido muito, você já conferiu esta lista umas dez vezes. E isso só hoje!!! – lhe respondo, enquanto tento tirar meus cabelos das mãos de Alice, que insiste em puxa-los. – Ai, Alice. Não puxe o meu cabelo, está machucando a mamãe.

Alice está com cinco meses, está mais esperta a cada dia. E, conforme Peeta, está mais parecida comigo a cada dia. Não só fisicamente. Mas sua personalidade.

Peeta atravessa a porta da casa de Effie neste momento.

– Ah, vocês estão aqui. Procurei vocês pela casa inteira. – falou ele.

– Sim, estamos aqui conferindo pela trigésima vez a lista de Effie. – respondi, enquanto segurava firme Alice, que tentava pular para o colo de Peeta. – Pegue ela.

Peeta a pegou e ela se agarrou em seu pescoço.

– Oi, minha flor. Também senti sua falta na padaria.

– Peeta, você já fez o bolo e o resto da comida, não é? – perguntou Effie afoita.

– Effie, pela milésima vez, já fiz tudo que você pediu.

– Tá, ok.

– Podemos ir embora agora? – perguntei.

– Sim, vão.

– Se precisar de mais alguma coisa é só nos chamar. Vamos, Peeta.

Voltamos para nossa casa, eu me joguei no sofá, enquanto encostava a cabeça e fechava os olhos.

– Você está bem? – perguntou Peeta enquanto colocava Alice no cercadinho e se sentava ao meu lado.

– Estou com dor de cabeça.

– Effie te encheu muito?

– Sim, além disso, Alice não parou de puxar meu cabelo. – falei passando a mão na cabeça e sentindo o couro cabeludo dolorido.

– Vou buscar um remédio pra você. – falou ele já se levantando e se dirigindo a cozinha.

Olhei para Alice no cercadinho, brincando tranquilamente com seus brinquedos. Me levantei e fui em sua direção:

– E você, mocinha, vai mamar e dormir. – disse enquanto a pegava do cercadinho. Ela acabou se agarrando a um urso de pelúcia. Trouxe junto enquanto choramingava por eu ter interrompido sua brincadeira. – Não quero ouvir choro. Como você vai na festa do Joe se não dormir, hein?

Isso fez ela parar de chorar, sentei-me no sofá e lhe dei de mamar, enquanto ela balançava o urso de pelúcia para um lado e para o outro. Peeta voltou com um comprimido e com um copo de água.

– Tome.

– Obrigada. – falei pegando o comprimido e colocando-o na boca para logo após pegar o copo de água da mão de Peeta.

Ficamos em silêncio só ouvindo as sugadas que Alice dava em meu peito.

– Isso não dói? – perguntou de repente Peeta, olhando para Alice.

– Isso o que?

– Amamentar.

– Não. – falei seriamente mas logo depois comecei a rir – Mas que droga de pergunta foi essa?

– Não sei. – ele riu junto. – Eu estava curioso. – ele voltou a olhar para Alice. – Acho que ela dormiu.

– Ainda não.

– Como você sabe?

– Olha só.

Comecei a afastar devagar Alice do meu peito, assim que consegui desgrudar sua boquinha de mim, ela começou a choramingar. Coloquei ela de volta e sorri para Peeta, mostrando que eu estava certa.

– Nossa!! Que menina morta de fome. Falei que havia puxado a mãe.

– Ei, eu não sou uma morta de fome.

– Ah não. Com certeza não é. – falou Peeta ironicamente.

– Era só o que me faltava.

Ficamos mais um tempinho esperando Alice se satisfazer, ela, por fim, acabou dormindo.

– Deixa que eu levo ela pro berço. – se ofereceu Peeta.

Peeta subiu com ela, ajuntei o ursinho de pelúcia que Alice deixou cair no chão. Me levantei, jogando o urso dentro do cercadinho. Peguei o copo que Peeta havia trazido e levei para a cozinha. Peeta voltou um tempinho depois.

– Por que você demorou? – perguntei.

– Alice acabou acordando e eu tive que fazer ela dormir novamente.

Comecei a rir, Peeta sempre teve mais trabalho do que eu para fazer Alice dormir.

– E você conseguiu fazer ela dormir?

– Consegui. Você já vai dormir? Porque eu já estou indo pra cama. Afinal, teremos um dia cheio amanhã.

– Sim, estou indo pra cama também.

Fomos para a cama e dormimos rapidamente, acordei ouvindo um choro vindo de um quarto próximo. Balancei o braço de Peeta, ele falou sonolento:

– Que foi?

– Alice está chorando. Vai lá. É sua vez de ir.

– Ela quer mamar, não tenho o que ela precisa. – retrucou ele se virando de costas pra mim.

– Não é. Ela mamou antes de dormir. Ela deve estar com a fralda suja. Vai logo, é sua vez de ir.

– Eu já vou.

Notei que Peeta começou a roncar.

– PEETA!!!

– Ah, Deus!!! Ok!!! Já estou indo. – falou ele sentando na cama, meio impaciente.

– Você que quis ela, agora sofra as consequências.

– Eu não estou reclamando. – retrucou ele se dirigindo a porta.

– É claro que não. – sussurrei pra mim mesma ironicamente.

Se passou algum tempo sem que o choro de Alice cessasse. Comecei a ficar preocupada. Estava a ponto de sair da cama quando Peeta entra no quarto com Alice chorando.

– Ela não para de chorar, eu não sei o que fazer. – fala ele entrando em pânico.

– Tudo bem, me dê ela aqui. – respondo tranquilamente.

Talvez seja fome, então, ofereço me seio a ela mas ela rejeita, virando a cabeça pro lado e chorando mais alto que antes.

– O que ela tem? – pergunta Peeta em desespero.

Suspiro. Se não é fome, nem fralda suja, então é cólica. Alice tem cólica ás vezes e nada faz ela parar de chorar até que a cólica pare.

– Ela está com cólica. Você pode me trazer a chupeta dela?

– Esta aqui. Eu tentei dar mas ela não quer. – falou Peeta me passando a chupeta.

Peguei a chupeta, levantei a blusinha de Alice e comecei a fazer uma massagem na barriguinha dela, o choro dela diminuiu, mas ela ainda chorava.

– Espera, pegue a chupeta e tente dar pra ela. – falei a Peeta.

Ele pegou a chupeta e deu pra ela, ela aceitou dessa vez. Continuei a massagem enquanto Alice soltava alguns soluços e choramingava baixinho. Ela acabou dormindo um tempo depois.

– Ela dormiu. – comentou Peeta.

– Sim. – concordei.

– Eu levo ela pro quarto.

Passei Alice para Peeta, ele a pegou com cuidado para não acorda-la de novo. Voltou rapidamente. Se deitou ao meu lado me abraçando.

– Tudo bem? – perguntei.

– Agora sim. Você é uma mãe incrível.

– Discordo totalmente. Você é que é um pai incrível. Já notou que a Alice é mais apegada a você do que a mim?

– Não exagere, não é pra tanto.

– Ela faz uma festa toda vez que você passa pela porta depois de chegar da padaria.

– Mas é você que passa mais tempo com ela, que cuida mais dela. Aposto que ela morreria se ficasse uma tarde sem você.

– Pode ser. Vamos dormir? Temos uma festa para comparecermos amanhã.

– Sim, boa noite mamãe.

– Boa noite, papai.

Acordamos cedo no outro dia. Separamos nossas roupas para a festa de Joe e fomos aproveitar nosso café-da-manhã antes que Alice acordasse chorando. Por sorte, conseguimos desfrutar todo o café antes que ela acordasse. Fomos ouvir seu choro manhoso quando eu estava lavando a louça e Peeta estava secando. Desliguei a torneira para ir busca-la mas Peeta se adiantou:

– Não, fica aqui, eu busco ela.

Ele volta com Alice que apertou os bracinhos em volta do pescoço de Peeta, e que continuava a chorar.

– Ora, ora, ora, não chora, meu amor. – falei secando as mãos no pano de prato.

Ela se virou pra mim ao ouvir minha voz e esticou os bracinhos tentando me alcançar. Eu segurei ela dando-lhe um beijo estralado na bochecha.

– Depois eu que sou o favorito dela, né? – implicou Peeta.

– Ela acabou de acordar, além disso, sou a fonte alimentícia dela. – respondi.

Dei de mamar para Alice, enquanto Peeta terminava a louça. Resolvemos dar um banho nela, já que a festa começaria daqui a pouco. Colocamos ela na banheira e, como sempre, ela fez a maior festa, molhando a mim, a Peeta e o banheiro inteiro. Tiramos ela da banheira e ela chorou como sempre faz quando nós tiramos ela da banheira. Arrumei ela com um vestidinho azul claro, a pedido de Effie, e com meias brancas. Ela parecia, por coincidência, a Alice do País das Maravilhas. Ri ao pensar nisso. Alice riu ao me ver rir. O que só me fez rir mais. Quando dei por mim, estávamos nós duas caindo na gargalhada. Peeta chegou ao quarto confuso ao ouvir nossa risada solta e alta.

– Mas por que vocês riem tanto? – perguntou ele, que já estava vestido para a festa.

– Eu não sei, não lembro. – falei rindo mais ainda.

– Ok, minhas mulheres maluquinhas e felizes. Vamos filha, vamos deixar a mamãe se arrumar. – falou Peeta pegando Alice e levando ela para fora do quarto.

Vesti um vestido floreado que ficava um pouco acima do meu joelho, a pedido de Effie novamente. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, torcendo para que Alice não alcançasse meus cabelos. Me olhei no espelho. Nada mal. Até que fiquei bonita.

Desci, Alice e Peeta estavam brincando no sofá.

– Deu, acho que podemos ir. – falei.

Peeta se levantou com Alice e falou enquanto se virava para minha direção:

– Já está pronta? Então acho que podemos... Uou!! Você está linda.

Corei imediatamente e olhei para os meus próprios pés. Não acredito que depois de todo esse tempo que estou com Peeta ainda coro só por ele ter me dado um simples elogio.

– Obrigada. – falei indo em sua direção e pegando Alice dos seus braços.

Ele se aproximou do meu ouvido e falou, sussurrando:

– Acho que quem devia corar sou eu. Tenho muita areia pro meu caminhãozinho. Quem dera não tivéssemos essa festa para ir, eu faria belos estragos neste lindo vestido.

– Você está muito safadinho. – comentei sussurrando.

– Chama isso de safadinho? Ahh, amor. Acho que você não me conhece direito. Você tem sorte de não ter conhecido meus irmãos. Eles sim, eram os safadões.

Comecei a ficar com calor. Mas que droga, Peeta!!! Isso é hora de me seduzir?? Dei a volta e fui em direção a porta.

– Se não formos agora, chegaremos nesta festa só amanhã. Você preparou a bolsa da Alice?

– Sim. – disse ele pegando a bolsa de Alice, e logo após pegando a chave do carro. – Vamos ir então.

Entramos no carro e partimos em rumo ao salão que Effie alugou. Não compramos um presente porque nosso presente foi o bolo e a comida toda que Peeta fez com a ajuda dos meninos da padaria. Peeta levou tudo para o salão ontem.

– O salão é muito grande? – perguntei.

– É bastante espaçoso.

– Então Effie convidou metade do Distrito para a festa. – conclui.

– Isso é muito provável.

Chegamos ao local, achamos um lugar para estacionar o carro e entramos no salão. Estava lindo, muito bem enfeitado, organizado, enfim, estava perfeito. Mas também estava cheio de gente. De onde será que Effie arrumou tantas pessoas? Não conheço a maioria. No meio do tumulto todo encontramos Effie:

– Oi, queridos. Que bom que vieram.

– O que foi Effie? Achou que não viríamos mais? – ironizou Peeta.

– É que vocês demoraram. Oh, Katniss!!! Você está tão linda!!!

– Obrigada. – segunda vez que coro no mesmo dia.

– Alice está tão fofa com o vestido que eu escolhi para ela. As crianças estão todas em um espaço para elas com brinquedos. Não quer deixa-la lá? Joe também está lá.

– Claro, pode ser. Aonde fica isso? – perguntou Peeta.

– Fica lá. – apontou Effie para um canto colorido do salão. – Vão, daqui a pouco cantaremos parabéns.

Levamos ela para lá, uma moça que estava cuidando das crianças nos parou perguntando:

– Qual a idade dela?

– 5 meses. – respondeu Peeta educadamente.

– Ela precisa de um responsável, não pode ficar sozinha aqui dentro.

– Só um? Não pode ser nós dois? - perguntei.

– Não, apenas um.

Peeta e eu nos olhamos, tentando decidir qual dos dois ficaria com Alice. Eu decidi por fim:

– Tudo bem, eu fico com ela. Me passe ela. – falei estendendo os braços.

– Tem certeza? Não quer que eu fique? – perguntou Peeta, mas já estava passando Alice para mim.

– Tenho sim. – passei a bolsa de Alice para ele. – Só me alcança a chupeta e a mamadeira com água.

Ele pegou a chupeta e me alcançou, pegou a mamadeira e disse:

– Vou achar algum suco pra substituir a água.

– Ok.

– Te vejo daqui a pouco.

Entrei com Alice no lugar. Havia inúmeras crianças no local, achei Haymitch e Joe em uma piscina cheia de bolinhas. Fui até eles, me ajoelhei ao lado de Haymitch que estava no lado de fora da piscina, e coloquei Alice sentada dentro. Ela soltou um grito ao ver tantas bolinhas coloridas em um único lugar.

– Oi, Haymitch. – falei.

– Olá docinho. Como vai?

– Vou bem e você?

– Ótimo.

– Então já se passou um ano.

– Pois é. Passou muito rápido. Parece que foi ontem que fui mentor de dois adolescentes de 16 anos, que eu jurava que iriam morrer no primeiro minuto dos Jogos. E olha onde eles estão agora: vivos, na primeira festa de aniversário do meu filho e ainda por cima com uma filha.

Ouvi tudo enquanto observava Joe a certa distância de nós. Assim que ele avistou Alice, “nadou” até nós.

– Oi, Lice. – disse ele parando na frente de Alice.

Alice soltou alguns gritos e esticou os braços em direção de Joe.

– Viu só, Joe. – falou Haymitch. – Eu falei pra você que Alice viria.

Joe alcançou uma bola vermelha para Alice, ela pegou e a atirou longe:

– Viu, Lice? São “boinhas”. – falou Joe.

– Bolinhas, Joe. Não são “boinhas”, são bolinhas. – corrigiu Haymitch.

– É, “boinhas” – falou Joe, repetindo o mesmo erro.

Em pouco tempo, Peeta apareceu com a mamadeira de Alice cheia de suco.

– Obrigada. – falei.

– De nada, eu levei a bolsa pro carro. Se precisar de alguma coisa eu busco.

– Tá.

– Oi, Haymitch, bela festa.

– Oi garoto. Obrigado, mas elogie a Effie, ela que planejou tudo.

– Ah sim, nós sabemos. – riu Peeta. – Ela está te chamando, disse para levar o Joe, para cantar parabéns.

– Ok, vamos garotão. – falou Haymitch, tirando Joe da piscina. Ele logo começou a protestar.

– Não, papa. – falou Joe irritado.

– Como vão cantar parabéns se não tiver o aniversariante?

– Lice.

– Alice também vai, não é tia Kat?

– Claro, já estamos indo. – falei, alcançando a mamadeira para Peeta e pegando Alice.

Claro que Alice também chorou por eu ter tirado ela da piscina. Coloquei a chupeta na boca dela e ela se calou. Pulou para o colo de Peeta. Ele a pegou, peguei a mamadeira da mão dele.

– Então vamos. – falou Haymitch. – Ah, docinho. Está muito bonita.

– Obrigada. – quantas pessoas me elogiariam hoje?

Fomos para em torno da mesa, onde havia o bolo, Effie acedeu a vela. Isso chamou a atenção de Alice que quis porque quis pegar a vela.

– Não, Alice. Não pode pegar a vela. É do Joe. – repreendeu Peeta.

Alice olhou para Peeta, e depois continuou a tentar pegar a vela.

– Quer suco, filha? – ofereci, balançando a mamadeira em sua frente.

Ela se esqueceu da vela e pegou a mamadeira da minha mão.

– Como eu disse ontem: Morta de fome igual a mãe. – falou Peeta rindo.

Dei um tapa no braço de Peeta, antes de começarem a cantar parabéns. Após cantarmos parabéns, Peeta me alcançou Alice e disse para mim achar uma mesa para nós que ele traria uma fatia do bolo para mim. Saí em busca de uma mesa, mas todas já estavam lotadas. Por sorte achei dois lugares vazios na mesa dos rapazes da padaria. Nem sabia que eles viriam. Estavam na mesa: Patrick, Brend, Diego e Lucy. Me sentei na mesa, e o primeiro a se atacar em Alice foi Patrick. Patrick tem uma admiração extrema pela Alice e como se ela fosse a irmãzinha mais nova dele. E Alice não fica por menos, o primeiro que ela procura na padaria é o Patrick.

– Ali, você venho. Venha cá sua coisinha gorda. – falou Patrick enquanto eu já a alcançava para ele.

Patrick a pegou, levantando ela pro alto, Alice caía na gargalhada. Me sentei ao lado de Lucy.

– Oi Lucy.

– Oi Kat. Você está muito bonita. Pessoal, vocês não acham que a Katniss está linda?

Todos na mesa me olharam e começou a conversa sobre minha aparência.

– É verdade, é melhor o patrãozinho se cuidar, eu me cuidaria se tivesse uma mulher dessa no meu lado.

Ai meu Deus. Parece que todo mundo está decidido a falar de minha beleza hoje. Peeta acabou nos achando no meio de todo mundo, enquanto eu falava.

– Ele não tem não. Não vou ser tão estúpida a ponto de estragar minha relação com Peeta.

Peeta sentou na mesa, colocando minha fatia de bolo na minha frente.

– Opa, ouvi meu nome no meio desta conversa. Sobre o que vocês estão falando? – perguntou Peeta pegando Alice que pulou pro colo dele.

– Sobre a Katniss, estávamos dizendo que ela é muita areia pro seu caminhão. – falou Brend.

Fiquei pensando se Brend estava com vontade de ser demitido, por ter feito tal comentário. Peeta pareceu não se importar com a resposta e começou a rir:

– Falei isso pra ela hoje mesmo. Vai dizer que eu não tenho sorte, cara? Olha esta mulher. – falou Peeta apontando pra mim. Brend me olhou de cima a baixo, Peeta voltou a falar, mas desta vez estava sério. – Ok, já olhou o bastante, vai olhar outra coisa agora.

Os rapazes e Lucy saíram para pegar suas fatias de bolo, enquanto Peeta eu comíamos a nossa. Quer dizer, Peeta tentava comer, mas Alice insistia em colocar suas mãozinhas no bolo de Peeta e depois lambe-las.

– Alice, para. Eu quero comer o bolo. Esse bolo é do papai.

– Tudo bem, me dê ela aqui. Já terminei minha fatia.

Peeta me passou Alice, ela se entreteu com um guardanapo que havia na mesa.

– Obrigado. – agradeceu Peeta.

O resto do pessoal voltou com suas fatias de bolo.

A festa foi incrível, tirando as pessoas que ficavam dizendo que eu estava bonita, nunca soube reagir diante de elogios, quem mais aproveitou a festa foi Alice que se encantou com aquela piscina cheia de bolinhas. Foi difícil convence-la a ir embora depois. Chegamos em casa super tarde, Alice acabou dormindo no carro, o que queria dizer que no meio da noite ela acordaria com fome. Mas fazer o que? Isso faz parte deste grande jogo da vida.


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Notas finais do capítulo

Então, capítulo tranquilo como falei nas notas iniciais. Espero que tenham gostado. Beijocas da Tia Rafú pra vocês. ;)