Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO!!! Eu sei que estou meio atrasada, desculpa meus anjos. Mas estive meio ocupada ontem, e além disso precisava acordar cedo hoje, e, pra mim poder acordar cedo, preciso dormir cedo. Ok. Vou calar a boca e deixar vocês lerem o capítulo. Avisos: capítulo fofo e engraçadinho, além disso a votação foi encerrada, então, neste capítulo vocês descobrirão o nome da nossa fofucha. Bijus.



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Sete meses. Só mais dois meses e poderei ver o rostinho da minha filha. Minha e de Peeta. Se em alguns anos atrás me dissessem que eu iria me casar e ter filhos, eu riria na cara dessa pessoa. Para mim nunca me passou na cabeça a ideia de ser mãe. A ideia de colocar uma criança no meio deste mundo louco. Onde todos matam todos, até sobrar apenas um. Que seria o vencedor dos Jogos Vorazes. Claro, Peeta e eu tivemos mais sorte do que os outros. Mas agora não tem mais esses Jogos nem Snow. No lugar do medo, da injustiça, da insegurança, da miséria e da tristeza, surgiu algo muito maior, talvez o triplo disso tudo junto. Surgiu a paz. Paz que sempre foi necessária, mas que nunca tivemos. Paz pela qual batalhamos tanto, e no final, a conquistamos. Uma paz que me permitiu a possibilidade de dar um filho a Peeta. Quer dizer, uma filha.

Peeta dobrou seus cuidados comigo desde que saí do hospital, não me deixa fazer absolutamente nada. E quando eu digo “absolutamente nada” é absolutamente nada mesmo. Acho que as únicas coisas que posso fazer é comer, dormir, e usar o banheiro. Além de cantar. Peeta adora me ver cantar. Ultimamente tenho cantado todos os dias, para acalmar a espoleta da minha filha que parece sempre estar pronta pra festa.

Faz um quinta agradavelmente amena. Nem muito quente, nem muito frio.

– Peeta. – me aproximo de Peeta que está lendo um jornal no sofá, faço uma voz dengosa quando o chamo.

– O que você quer? – ele sabe que quando faço uma voz dengosa, é porque estou querendo algo.

Sentei no sofá ao seu lado, ele continuou a ler o jornal.

– Está fazendo um dia bonito, não é mesmo? – falei olhando para a janela.

Ele abaixou o jornal e olhou para a janela para logo após comentar:

– Está sim. Está fazendo um lindo dia. Aonde você quer chegar com isso? – nunca dá pra enrolar o Peeta.

– Ah Peeta, é que estou tão entediada aqui dentro. A gente bem que podia fazer uma caminhada na floresta.

– Não.

– Ah, por favor.

– Não.

– Aaahhh, vamos, uma caminhada bem rapidinha. Vapt e Vupt.

– Não.

– Amor, por favor, amor.

Eu só o chamava de amor quando estava tentando convencer muito ele de fazer algo ou me dar algo. Geralmente, não funciona. Mas não custa nada tentar. Eu queria desesperadamente sair de casa. Isso é cansativo. Ficar todos os dias aqui, na maioria das vezes sozinha, porque Peeta está quase sempre na padaria. Alguns dias são salvos pela Effie que traz o Joe para me distrair. Parece que meu argumento do “amor” não funcionou:

– Katniss, o fato de você me chamar de amor não vai mudar minha decisão. – me respondeu ele, tentando dar um fim no assunto.

Não há maneira de convencer Peeta de fazer o que eu quero. Claro, eu poderia fugir dar uma escapada enquanto Peeta está na padaria. Mas Effie sempre aparece sem avisar. Suspeito que ela e Peeta fizeram um acordo para ficarem de olho em mim. Se Effie aparecesse em casa e eu não estivesse lá, ela ligaria para a padaria para contar a Peeta. Ele, por sua vez, iria atrás de mim e com certeza iria me achar. Daria-me um sermão de duas horas, depois Effie me daria um sermão de duas horas. E, para fechar com chave de ouro, Haymitch me daria um sermão de quatro horas. Como sei disso tudo antes mesmo de acontecer? Simples: porque aconteceu. Peeta ficou emburrado comigo o dia inteiro. Eu falei pra ele que não aceitaria dormir de noite no lado de alguém que está irritado comigo. Ele, de muito bom grado, pegou suas coisas e foi dormir no sofá. Mas, os pesadelos vieram, como sempre vem quando estou longe de Peeta. Ele subiu correndo pra me consolar e acabamos fazendo as pazes. Além disso, acabei prometendo não fazer o que havia feito de novo. Então, não teria mais a chance de tentar sair às escondidas.

Acabei me irritando:

– MAS QUE SACO!!! EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR PRESA NESTA CASA.

– Sinto muito.

– ARGHH. – me levantei e fui caminhando em direção as escadas. – VOCÊ É UMA PESSOA INSUPORTÁVEL, PEETA MELLARK.

– Sinto muito.

– ARGHH!!!

– Aonde você vai?

– VOU DORMIR, JÁ QUE DORMIR PARECE SER A ÚNICA COISA QUE POSSO FAZER POR AQUI.

– Durma bem.

– ARGHHH.

Eu estava furiosa. Como ele conseguia se manter tão calmo? Isso me deixava irritada. Não importa o quanto eu grite com ele, ele sempre vai me responder no mesmo tom irritadamente calmo dele. Fui dormir frustrada por não conseguir o que queria. Sair um pouco desta maldita Vila dos Vitoriosos.

Peeta me acorda com um carinho nos meus cabelos, eu que estava virada de lado me coloco virada pra cima. Ele sorri pra mim e pergunta:

– Ainda está irritada comigo?

– Não. – eu realmente não estava mais irritada com ele.

– Você sabe que eu faço isso pro seu bem e pro bem do bebê.

– Eu sei, me desculpa.

– Tudo bem, deve ser muito chato ficar aqui o dia inteiro. Mas veja pelo lado bom, só faltam dois meses. Mais dois meses e você estará livre.

– Não vou estar não. Eu vou ter uma filha pra cuidar.

– Mas pelo menos vai perder essa barrigona, vai poder voltar a usar as suas roupas normais, pode até caçar nos finais de semana.

– É verdade.

– Eu preciso ir para a padaria agora, tudo bem?

– Claro. – ele me beijou rapidamente, se levantou indo em direção à porta. Sentei-me na cama, notando uma brisa balançando as folhas das árvores. – Peeta, leve um casaco, vai esfriar na volta.

– Não preciso de casaco, sou Peeta Mellark. Não tenho medo de um friozinho.

– Não vem com essa conversa. Leve o casaco.

– Tá legal, eu levo. – falou ele chegando perto da porta.

– E o casaco?

– Vou pegar o que está no cabideiro lá de baixo. – gritou ele já no corredor.

– E não esquece a chave. – berrei.

– Não esquenta. Já vou trancar a porta lá de baixo.

– Ok.

Nós parecíamos dois malucos berrando um com outro por causa da distância. Deitei-me novamente. Acabei dormindo demais. Quando acordo já está escuro. Olho pro relógio. Peeta não deve ter chegado ainda. Levanto-me e desço. O casaco. Ele não levou o casaco. Ele ainda está no cabideiro.

– Teimoso. – sussurro pra mim mesma.

Sento-me no sofá e começo a assistir o noticiário na televisão. Pouco tempo depois, Peeta chega.

– Oi. – fala ele, enquanto desaba no sofá.

Normalmente ele sobe direto pro chuveiro quando chega.

– O que você tem?

– Minha cabeça está explodindo de dor. Você não tem nada aqui pra fazer isso passar?

Desliguei a televisão e me aproximei dele. Coloquei a mão na sua testa. Nossa!!! Parecia que ele havia acabado de sair de um forno.

– Peeta, você está queimando em febre. Mas que droga. Eu não falei pra você levar o casaco? Por que não levou o casaco?

– Desculpa mãe.

– O QUE?

– Desculpa mãe. – ele repetiu.

Mãe!? Ah, que ótimo. Ele está delirando. Era só o que me faltava. Levantei-me.

– Suba lá pra cima. Vou levar um remédio pra você e um chá.

Eu esperava que ele se levantasse e subisse, mas ele se ajoelhou no sofá e me abraçou, acima da minha barriga.

– Me perdoa, mãe. Por favor.

Ele não estava pedindo desculpa pelo casaco. Era por outra coisa que eu não fazia a mínima ideia do que era. De qualquer forma, não vou conseguir convencer ele de que eu não sou sua mãe. Então só tentei entrar em seu delírio.

– Tudo bem, agora me solta e vá lá pra cima.

Ele não me soltou, apenas repetiu o que havia dito antes.

– Me perdoa, mãe. Por favor.

Agora eu estava começando a me irritar.

– Ok, Peeta, agora me solta. – ele não me soltava, por mais que eu insistisse ele não me largava, acabei estourando e gritando com ele – PEETA, ME SOLTA AGORA.

Ele me soltou, indo pra um canto do sofá e se encolhendo com os olhos arregalados. Peeta nunca reagiu assim aos meus gritos. O que será que a mãe dela fazia com ele pra ele ter ficado tão assustado com um grito meu? Acabei ficando com pena dele. Me aproximei, me sentando ao seu lado e falando o mais docemente que consegui, enquanto fazia um carinho em sua cabeça:

– Tudo bem, me escuta. Você vai lá pro quarto. Me espera lá. Eu vou lá com um remédio e com um chá. Eu não vou demorar. Eu prometo. Ok?

– Ok.

Ele se acalmou, se levantou e subiu as escadas. Fui até a cozinha pegar o remédio e preparar o chá. Em pouco tempo subi, ele já estava embaixo das cobertas, se sentou ao me ver passar pela porta.

– Engole o remédio com o chá.

Entreguei o chá e o remédio, ele fez o que eu mandei e voltou a se deitar na cama, virado pra cima. Coloquei a mão em sua testa, ele ainda estava muito quente, além de estar suando. Tirei todas as cobertas que estavam em cima dele e as substitui por um lençol fino. Fui até o banheiro, umedeci um pano e coloquei em sua testa. Me sentei na cama junto com ele.

– Obrigado amor. Adoro quando você cuida de mim.

Fiquei mais aliviada, ele me chamou de amor ao invés de mãe. Pelo menos não estava mais delirando.

– E eu adoro cuidar de você, agora tenta dormir um pouco. Quer que eu cante?

– Sim, por favor.

Ele se arrastou um pouco mais pra baixo e colocou a cabeça no meu colo. Comecei a cantar enquanto fazia um carinho em seus cabelos até ele adormecer. Tirei com cuidado a cabeça dele de cima do meu colo, de modo que ele não acordasse, e me deitei junto. Deitei-me de costas pra ele, ele se virou e me abraçou por trás. Todo o calor da febre dele passou pra mim e eu comecei a suar também, mas eu não me importava, gostava de sentir os braços dele ao meu redor.

Acordei antes de Peeta, ou melhor, minha filha me acordou antes de Peeta. Decidi me levantar, já que eu não conseguiria dormir de novo. Fui ao banheiro fazer a minha higiene. Desci e fiz um café-com-leite pra mim. Pouco tempo depois Peeta apareceu esfregando os olhos e sentando ao meu lado.

– Bom dia. – disse ele dando um beijo na minha bochecha.

– Bom dia. Está melhor?

– Acho que sim.

– E a dor de cabeça?

– Evaporou.

– Hmm, febre?

– Acho que passou também.

– Me deixe ver.

Coloquei a mão em sua testa e verifiquei a temperatura. Havia baixado. Estava normal.

– Obrigado por me cuidar ontem. – falou ele enquanto se levantava e fazia um café para si.

– Eu falei pra você levar o casaco ontem.

– Sim, falou. Me desculpa.

– Tudo bem. Depois eu que sou a teimosa.

– Acho que todo o mundo tem um certo nível de teimosia.

– Acho que sim.

– A única diferença é que você tem um nível super alto de teimosia.

– Ah, que ótimo. Já vai fazer meu dia começar assim.

– Tudo bem, parei. – falou ele rindo e sentando-se ao meu lado de novo. – Já pensou em nomes para a bebê?

– Ainda não. Não faço a mínima ideia. Effie me sugeriu alguns nomes mas descartei todos.

– Todos? Não teve um que foi pra lista do talvez?

– Bom, se você acha Edelviura um nome bom para nossa filha...

– Tudo bem, acho que entendi.

– E você? Já pensou em algum nome?

– Nada ainda.

– E se colocássemos o nome da sua mãe?

– Não acho o nome Magnária tão interessante. – disse ele rindo.

– O nome da sua mãe era Magnária? De onde seus avós tiraram esse nome?

– Sei lá, deve ser do mesmo lugar de onde minha mãe tirou Peeta.

– Não gosta do seu nome?

– Fala sério, quem em sã consciência gosta de Peeta?

– Eu gosto.

– Bom, você é a única.

– Se nosso bebê fosse um menino colocaria o nome de Peeta.

– Nem por cima do meu cadáver. Agora fiquei feliz em saber que é menina, pelo menos não vai se chamar Peeta. Por que não colocamos o seu nome?

– Nem pensar.

– Por que não?

– Se Peeta é feio, Katniss é horroroso.

– Ah, mas eu amo o seu nome. É tão gostoso de dizer. Sente só: KA-T-NISS. – ele falou saboreando cada sílaba.

– Discordo, é nome de planta. Já cansei de ouvir piadas na escola do tipo: “Hmm, que fome, acho que vou comer uma KATNISS hoje.”

– Idiotas, espero que tenham morrido durante o bombardeio. E que tal o nome da sua mãe?

Não queria dar o nome da minha mãe, não que fosse um nome feio. Helena era um nome lindo, mas não estávamos de bem pra eu poder colocar o nome dela. Toda vez que fosse chama-la lembraria da minha mãe e isso não me agrada nem um pouco. Afinal, eu estava tentando deixar o passado pra trás e não atrai-lo pra mim novamente.

– Não quero colocar o nome da minha mãe.

Peeta não fez pergunta alguma, parecendo compreender.

– E se... Hã... Colocássemos o nome de Prim?

Ele parecia inseguro ao me perguntar isso, avaliando cautelosamente a minha reação.

Não queria colocar o nome de Prim também. Pelos mesmos motivos de não querer colocar o nome da minha mãe. Não queria lembrar dela toda vez que chamasse minha filha. Não queria voltar mentalmente no tempo e rever a sua morte.

Mas ao lembrar de Prim e nomes de bebê, lembrei de uma outra coisa, que aconteceu um pouco depois de eu ter voltado da minha primeira arena.

Gale e eu estávamos voltando de mais um dia de caçada. Ele decidiu me acompanhar até em casa. Quando chegamos, ele me acompanhou até a cozinha, onde Prim fazia seu dever de casa. Gale largou minha bolsa de caça em cima da mesa e se despediu, falando:

– Até mais senhorita “Eu Nunca Vou Ter Filhos”. – falou ele, se recordando da conversa que tivemos no dia colheita.

– Tchau Gale.

Ele saiu, e assim que ele sumiu, Prim me indagou:

– Você nunca vai ter filhos?

– Não.

– Mas por que não? Eu quero ser titia.

– Porque eu não quero ver os nomes dos meus filhos na colheita. E muito menos vê-los nos Jogos Vorazes. E você vai ter filhos?

– Vou ter sim, vou me casar com Peeta e ter filhos loirinhos que nem ele.

Não contive uma risada ao ouvir aquilo.

– Por que com o Peeta?

– Porque ele é lindo, forte e gentil.

– Tudo bem. E quais vão ser os nomes dos seus filhos?

– A primeira vai ser uma menina chamada Alice.

– Alice? Da onde você tirou esse nome?

– De um livro muito legal que eu li. Se chama “Alice no País das Maravilhas”.

– Nome muito bonito. Pelo menos vou ser tia e ter o Peeta como cunhado. – comecei a rir novamente ao imaginar isso.

Minha lembrança foi até aí. Pois fiquei com aquele nome na cabeça. Alice. É um nome muito lindo. Acho que acabei de escolher o nome da minha filha. Só então notei que Peeta tentava me chamar à atenção, estralando os dedos na minha frente e chamando o meu nome:

– Olá, Katniss. Você está aí?

– Alice. – falei, abaixando sua mão da minha frente e olhando para ele.

– Alice? O que é isso?

– Alice vai ser o nome da nossa filha. – ele fez uma careta – Você não gostou?

– Gostei sim. É um nome muito lindo. Mas estava tentando imaginar de onde esse nome surgiu na sua cabeça.

– Ok, vou te contar uma história, uma conversa que tive com Prim uma vez.

Contei toda a história pra ele, e Peeta acabou rindo quando eu terminei.

– Quer dizer que Prim queria se casar comigo?

– E ter filhos loirinhos. – ri junto.

– Ela está certa, sabe?

– Sobre o que?

– Sobre mim, oras. Eu sou lindo, forte e gentil mesmo. Aliás eu sou lindão, fortão e gentilzão.

– E muito bobão também. – começamos a rir.

– Ok, então. Está decidido. Será Alice. A nossa pequena Alice no País de Panem. – falou ele rindo.

– Alice Mellark.

– Alice Mellark. – ele concordou.

– Peeta, olha a hora. Você tem que ir para a padaria daqui a pouco.

– É verdade, vou tomar um banho rápido e já desço.

Ele subiu correndo, enquanto eu fui lavar a pouca louça que nós usamos no nosso rápido café-da-manhã. Ele desceu correndo e com os cabelos pingando a camisa.

– Peeta, você precisa cortar esse cabelo. Está muito grande.

– Eu sei, eu faço isso antes de vir almoçar. Tenho que ir. Tchau. Te amo. – falou ele me beijando e logo após beijando o topo da minha barriga. – Tchau, Alice. Papai te ama.

– Também te amamos papai. – respondi sorrindo.

Ele saiu, mas logo, o vi voltar. Ele atravessou a frente da entrada da cozinha e voltou com um casaco.

– Esqueci o casaco.

– Isso mesmo não esqueça o casaco. Não vou cuidar de você todas as noites. – respondi rindo.

– Tchau.

– Tchau.

Effie apareceu mais tarde com Joe para me fazer companhia, ela entrou sem bater, como sempre fazemos quando uma vai na casa da outra. Eu estava na sala assistindo um filme na televisão. Ela entrou e sentou no sofá ao meu lado.

– Olá querida, como vai?

– Vou bem Effie, e você?

– Fabulosa.

– E você Joe, como vai rapazinho?

Ele apenas tentou sair do colo de Effie e ir para o meu:

– Titi. – Joe falou.

– O que é “titi”? – perguntei enquanto pegava o pequeno e o colocava sentado no meu colo de frente pra mim.

– Quer dizer titia. – respondeu Effie.

– Puxa, ele já está falando. Só tem cinco meses.

– Eu sei, mas a única coisa que ele fala é “titi”. Nada de “mama”, nem de “papa”. – falou Effie decepcionada.

– Não se preocupe, tenho certeza que ele em breve estará falando aos quatro ventos.

– Espero que sim.

– Peeta e eu já escolhemos o nome de nossa bebê. – anunciei, enquanto Joe deitava a cabeça em minha barriga.

– Jura? E qual vai ser? – Effie parecia estar bem mais animada, ainda bem que mudei de assunto.

– Alice.

– A verdadeira.

– O que?

– Alice quer dizer “a verdadeira”.

– Não sabia disso. Como você sabe?

– Eu li em uma revista quando estava grávida do Joe. É um lindo nome, Katniss. Eu não teria escolhido nome melhor.

– Obrigada. – falei cheia de orgulho.

Ficamos mais um tempo conversando. Effie se despediu e foi para sua casa. Pouco tempo depois Peeta chegou para preparar o almoço. Ele realmente cortou o cabelo.

– Então, como estou? – falou ele passando as mãos nos cabelos.

– Está lindo. – falei.

– Claro que estou, sou Peeta Mellark afinal.

– Está se achando muito hoje. – comentei.

– Claro que estou. Tenho uma linda mulher que desejava desde os cinco anos de idade e agora terei uma linda filha de nome Alice. Que será a cara da mãe.

Tive que rir. Peeta nunca mudaria. Não importava quantas vezes o telessequestrassem, ele sempre daria um jeito de ser ele mesmo. O restante do dia foi perfeitamente normal, tirando o Peeta que continuou se gabando por ser bonito e forte. E eu não podia fazer nada, ele é bonito e forte mesmo. O mais bonito e forte do Distrito 12. Ótimo, agora quem está se gabando sou eu, se bem que eu tenho muita sorte de ter Peeta comigo. Tenho certeza que ele será um pai perfeito para a nossa pequena Alice.


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Notas finais do capítulo

Está aí. O que acharam do Peeta se gabando de sua beleza natural? Hehehe, quero ver comentários, hein. Obrigada a todas as lindas que votaram e me recomendaram nomes. A votação de cada uma foi muito importante para mim, eis os resultados da votação:
Lara - 1 voto
Clara - 0 voto
Alice - 5 votos
Aura - 2 votos
Celeste - 0 voto
Helena - 1 voto
Violeta - 0 voto
Sofia - 3 votos
Pérola - 3 votos
Willow - 1 voto
Cristal - 1 voto
Pimrose - 1 voto
Escolhi o nome da mãe da Katniss de Helena, espero que vocês não se importem. O que acharam do nome que a Effie sugeriu? Hehehe. E o nome da mãe do Peeta? Gozado, né? kkk. E quem diria que o Peeta e a Katniss não gostassem dos próprios nomes? Ok, eu sei, falo demais. Já estou indo. Beijocas da Tia Rafú pra vocês. ;)



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