Ao nascer de uma nova Esperança escrita por Rafú


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

OIZINHO. Gente, olha só: vou começar a postar nos sábados. Sobre o capítulo: É AGORA!!! VAI NASCER!!! Isso mesmo, meus amores. Nossa fofucha vai nascer neste capítulo. Não sei relatar partos, então depois me digam se não ficou muito cafona. Dei o máximo de mim, então comentem. Boa leitura meus anjos.



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Quando cheguei aos meus nove meses, Peeta parou de trabalhar na padaria, deixando, mais uma vez, nas mãos de Diego. Ele contratou na última semana uma garota para ficar no balcão. Lucy, uma garota mais nova que nós, tem uns quinze anos se não me engano. Peeta a trouxe em casa para eu poder conhecer ela. Lucy é uma garota super tímida, mas ao mesmo tempo educada, simpática e absolutamente fofa. Me deu vontade de adota-la para mim.

Quanto a mim, estou com uma barriga enorme, esta tão grande que precisei dividir ao meio o que eu comia de almoço antes. Acho que nem um biscoito inteiro consigo comer. Quando cheguei aos nove meses, Peeta começou a ficar ansioso, não que eu não estivesse, eu estava, mas ele parecia que iria surtar a qualquer momento. Fiquei com medo até de um possível flashback. Tive que tentar mantê-lo o mais ocupado possível. Pedia para ele me ajudar a arrumar as roupinhas de Alice no armário, olhava algum filme de ação com ele, ou dizia para ele ir pintar, algo do qual ele nunca se dizia contra. Não sei da onde ele consegue tirar tantas imagens para pintar.

No momento decidi manter Peeta ocupado vendo um filme, de ação, pois prende bem mais a atenção dele. Estava sentada ao seu lado com a cabeça deitada em seu ombro, enquanto ele passava o braço por cima do meu ombro, e com a outra mão comia pipoca.

– Que burra, em baixo da cama é o esconderijo mais óbvio que existe. – diz Peeta ao ver a garota se esconder embaixo da cama, depois de notar que o apartamento havia sido invadido.

– Bom, se do nada invadissem minha casa, o primeiro lugar que eu iria pensar em me esconder seria embaixo da cama.

– Mas é óbvio demais. Viu só? Pegaram ela. – falou ele apontando para a televisão.

– Que seja. Quer mais pipoca? – perguntei ao notar a bacia de pipoca vazia.

– Quero sim.

– Deixa que eu pego. – falei já me levantando com a bacia na mão e me dirigindo a cozinha.

Cheguei lá, coloquei a bacia da mesa. Não tive tempo de mais nada. Senti uma pequena cólica e senti o líquido quente saindo pelas minhas pernas.

– Droga. – balbuciei. Não podia ficar nervosa agora, eu sabia que Peeta ficaria por nós dois, sendo assim tentei chamar Peeta o mais suavemente possível. – Peeta, pode vir aqui?

– Já vou. – respondeu ele da sala.

Senti uma dor um pouco mais forte, apoiei os braços na mesa e abaixei a cabeça.

– Peeta, vem aqui... A-GO-RA. – falei com mais urgência do que antes.

Ele apareceu rapidamente.

– O que... Que água é essa no chão? – olhei para ele e não disse nada, ele pareceu entender, como eu previ ele ficou nervoso – Ai não. O bebê vai nascer. Vai nascer agora.

Ele começou a andar de um lado para o outro e sussurrando consigo mesmo.

– Peeta. – tentei chamar ele, mas ele nem me escutava, começou a tagarelar e não parou mais. – Peeta. Peeta. PEETA.

Tive que gritar, foi à única forma de chamar a atenção dele. Pareceu funcionar. Ele parou de andar e ficou no meu lado, passando a mão nas minhas costas.

– O que eu faço? – me perguntou ele.

– Primero você tem que se acalmar, ficar nervoso não ajuda em nada, só atrapalha.

– Desculpa, mas acho que isso não consigo fazer.

Segurei a mão dele que estava apoiada em cima da mesa ao sentir uma contração, cerrei os dentes e soltei um gemido.

– Eu quero sentar. – sussurrei.

– Ok. – ele puxou uma das cadeiras e me ajudou a sentar, ele se agachou ao meu lado – E agora?

– Você lembra da bolsa que preparamos semana passada?

– Lembro.

– Sabe onde ela está?

– Sei.

– Leve ela pro carro.

– Ok. Já volto.

Ele foi e voltou em um segundo indo direto para a rua, e logo após voltou para a cozinha.

– Achou?

– Sim, já está no carro.

– Tá, agora me ajuda a ir até o carro.

– Ok.

Ele me ajudou, ligou o carro e partimos para o hospital. Quando chegamos lá Peeta me abandonou no carro e correu para dentro do hospital. Voltou com um médico e uma cadeira de rodas. Me sentei na cadeira. Peeta teve que ficar no balcão assinando a mesma papelada que Haymitch assinou há sete meses atrás. Me levaram a uma sala, onde me fizeram trocar minha roupa por uma camisola branca cheia de bolinhas pretas.

– Olá, Katniss. – ouvi a voz da Doutora Mary, olhei para ela.

– Olá Mary.

– Então chegou o grande dia?

– Ou isso, ou fiz xixi nas calças.

– Bom humor. Pelo que parece às contrações não estão tão fortes ainda.

– Acho que ainda estão suportáveis.

– Preciso ouvir o coraçãozinho da nenê, ok?

Ela começou a mexer nas máquinas.

– Ok, quando Peeta vai vir pra cá?

– Daqui a pouco. Ele precisa assinar alguns papéis. Ele está muito nervoso?

– Totalmente.

– Os pais sempre costumam ficar mais nervosos do que as mães.

Nesse momento Peeta entra na sala.

– Oi, amor. – ele beija a minha testa.

– Oi, assinou todos os papéis direitinho?

– Sim. Olá Doutora.

– Olá, Peeta. Como vai? – perguntou a Doutora.

– Nervoso, ansioso, feliz,...

– Ele está bem, Doutora. – falei por ele.

– Sim, notei. – falou a Doutora ironicamente. – Ok, vamos ver como vai esse coraçãozinho.

Ela ligou o alto falante, rapidamente ouvimos as batidas do coração de Alice.

– Está normal? – perguntou Peeta.

– Está perfeitamente normal. Já escolheram o nome?

– Alice. – respondemos ao mesmo tempo.

– Alice. Lindo nome. Ok, Katniss, flexione os joelhos, abra as pernas, que eu vou ver a sua dilatação. – fiz o que ela disse, ela analisou. – Faltam alguns centímetros. Vamos ter de esperar por eles.

– Ok.

– Vou ter de dar uma saída agora. Ali tem um banheiro, se você quiser tomar um banho morno pode ir. Beba bastante água também.

– Tá. Obrigada.

Ela saiu, ficamos eu, Peeta, e uma enfermeira em um canto.

– Está doendo muito? – perguntou Peeta.

– Ainda não.

– Quer tomar um banho?

–Pode ser.

Eu queria muito um banho, estava me sentindo suja, depois da minha bolsa ter estourado. Peeta me ajudou a ir até o banheiro. Tirei minha camisola, enquanto Peeta ligava o chuveiro. Entrei em baixo da água morninha. Me senti bem melhor. Peeta passava a esponja no meu pescoço, quando uma contração bastante forte veio, me segurei nele e apoiei a cabeça no ombro dele. Peeta me segurou para que eu não caísse. Eu gemi um pouco alto.

– Você quer sentar? – perguntou calmamente Peeta.

Eu só acenei a cabeça afirmando. Peeta chamou aquela enfermeira que ficou no quarto, ela apareceu rapidamente.

– Posso ajudar senhor?

– Sim, pode me conseguir uma cadeira pra ela sentar?

– Claro. Volto já.

Ela saiu e voltou rapidamente com uma cadeira. Me sentei nela. Peeta se agachou na minha frente. Ele segurou minhas mãos.

– Está melhor? – perguntou Peeta.

– Não sei, ainda dói um pouco. Mas está passando. – Senti mais uma contração, doeu mais que a última. Soltei uma espécie de rosnado com os dentes trincados, enquanto apertava as mãos de Peeta. – Quero voltar pra cama, me tira daqui.

Ele me ajudou a sair dali, me secar e colocar a camisola de volta. Me deitei na cama, quer dizer, sentei, escorando as costas nos travesseiros. Encostei a cabeça e fechei os olhos sabendo que dali pra frente às coisas só viriam a piorar.

– Quer mais alguma coisa?

– Quero parar de ter dor. Dá pra você dar um jeito nisso?

– Acho que não.

A Doutora Mary chegou no quarto.

– Como vai? – perguntou ela para mim.

– Horrível. – falei, apertando a mão de Peeta e gritando.

– Falta muito, Doutora? – perguntou Peeta.

– Abra as pernas, vamos ver como está à dilatação. – abri as pernas, como ela pediu – Falta mais um pouco ainda.

– Mais um pouco? Vou ter de esperar mais? – perguntei com raiva.

– Infelizmente sim.

– Eu estou me sentindo como se estivessem me esfaqueando de dentro para fora, e você quer que eu espere mais? Vou dar um facada no seu útero e te pergunta se você quer esperar o atendimento.

– Katniss, eu sinto muito, mas não posso fazer nada. A única coisa que dá pra fazer agora é esperar até você ficar com a dilatação completa. Falta só mais alguns centímetros.

– Estou pouco me lixando pra essas drogas de centímetros, eu só quero que isso passe logo. Mas que droga. – falei ao sentir mais uma contração.

– Calma amor. – falou Peeta calmamente.

– Calma nada. Fala isso, porque não é você que está aqui, se sentindo como se estivesse sendo repartida ao meio. Isso tudo é culpa sua. Pra que você quer um filho, afinal? Por que deixei você me convencer a fazer isso? Me peça mais um filho e você vai ganhar um soco no meio da cara. – eu sei que iria me arrepender de ter falado essas coisas depois, mas eu estava com tanta dor e raiva que descontei em todo mundo que via pela frente.

A dor continuava a piorar cada vez mais, e as contrações viam em pequenos intervalos de tempo. A Doutora Mary viu a dilatação mais uma vez e para meu alivio e estresse ao mesmo tempo, ela já havia estado completa. Então comecei a empurrar, e gritar, e chorar, e apertar a mão de Peeta, e empurrar de novo. Até que em certo momento senti o alivio que tanto desejava no momento. Me encostei novamente, fechando os olhos e ouvindo um choro alto. Quando abri os meus olhos novamente, vi uma enfermeira com um embrulho rosa vindo em minha direção. Ela me entregou eu olhei bem para a garotinha que estava em meus braços. Cabelos castanhos, iguais aos meus, como no sonho que eu tive.

– Falei que ela seria igual à mãe. – falou Peeta.

Ela abriu os olhos, e vi os mesmos azuis que vejo em Peeta todos os dias.

– Mas esses olhos não são meus. – falei olhando para Peeta. Ele olhava para nossa pequena Alice com o rosto brilhando. Alice começou a intercalar o olhar entre mim e Peeta. – Oi, sou sua mãe. Lembra de mim?

Ela sorriu e passou a olhar Peeta. Peeta lhe ofereceu o dedo e ela o segurou.

– Oi, sou seu pai. Estava ansioso para ter conhecer, Alice.

Agora ela sorria e se remexia no meu colo.

– Pegue ela, papai. – disse a Peeta.

Ele não pensou duas vezes antes de pega-la. Alice esticou os bracinhos em direção ao rosto de Peeta. Peeta a aproximou do seu rosto, e ela começou a passar as mãozinhas pelo rosto dele. Peeta começou a rir.

– Gostou do meu rosto?

– Acho que ela te achou bonito. – falei.

– Eu sou bonito? – Peeta começou a falar com nossa filha. – Mas você é tão mais linda, minha florzinha. Só perde pra sua mãe.

Peeta passou o dia no hospital com nós, só deu uma rápida saída para telefonar para Haymitch e avisar que Alice nasceu. Effie, Haymitch e Joe chegaram bem de tardezinha no hospital. Effie venho na frente e assim que viu minha filha pôs-se a falar:

– Oh meu Deus, Katniss. Ela é tão lindinha. E é a sua cara. Tirando esses olhos azuis, que são iguais aos de Peeta.

– Deixe-me ver essa garota. – Haymitch empurrou levemente Effie pro lado, ele estava com Joe no colo. – Nossa. Muito bonitinha mesmo. Veja Joe. Você acabou de ganhar uma amiguinha para brincar.

Joe olhou Alice com certa curiosidade. Depois voltou a olhar para o pai.

– O nome dela é Alice, Joe. – apresentou Effie.

– Lice? – perguntou Joe.

– Não. Alice, Joe. Não é Lice. É Alice. – corrigiu Peeta.

– Lice? – perguntou novamente o pequeno, se sentindo um pouco confuso.

– Tudo bem. É Lice, então. – bufou Peeta.

– Ele vai aprender alguma hora, Peeta. Não se preocupe com isso. – o tranquilizei.

Haymitch colocou Joe sentado na cama. Ele se arrastou até o meu lado, e ficou encarando Alice. Alice estava acordada e também ficou olhando para o Joe. Ficaram os dois se encarando. Até que Joe sorriu e disse:

– Oi, Lice. – depois ele apontou para si mesmo e falou – Joe.

Alice sorriu e esticou os bracinhos para Joe.

– É assim que ele se apresenta para alguém novo. Haymitch ensinou isso a ele. – explicou Effie.

– Ele fala bastante para uma criança de sete meses. – comentei.

– Eu sei. Levamos ele ao médico, ele só disse que ele está um pouco mais adiantado que os outros, mas que não é nada que nós precisemos nos preocupar. – disse Effie.

– Ok. Vamos deixar a família feliz aproveitar seu tempo. Vamos filho. – Haymitch pegou novamente Joe, ele começou a reclamar.

– Lice. – ele choramingou.

– Você vai ter muito tempo para brincar com a Alice, agora temos que ir. – explicou Haymitch. – Tchau, crianças.

– Tchau Haymitch.

– Tchau queridos, tchau Alice. Meus parabéns. Ela é muito linda.

– Obrigado. Nós sabemos. Tchau Effie. – respondeu Peeta por nós dois.

Eles se foram. Ficamos nós três a sós no quarto. Isso até a Doutora Mary entrar no quarto.

– Olá, mamãe e papai. Como vai a filhota?

– Acho que está bem. – assim que disse isso, Alice começou a chorar.

– Ou nem tanto. – completou Peeta.

– Acho que ela está com fome. – sugeriu a Doutora.

Tirei meu seio para fora e ofereci para Alice, ela rapidamente se apegou a ela e começou a sugar.

– Acho que era fome mesmo. – concordei com a Doutora.

– Ótimo, então depois o papai vai trocar a fralda. – disse a médica.

– O papai? Eu? Eu vou ter de trocar a fralda? – perguntou Peeta.

– O senhor mesmo. Ou acha que ser pai é só ficar aí, parado, olhando? – falei a ele.

– Não, mas...

– Então tá! – a Doutora cortou Peeta – Peeta irá trocar a fralda.

Peeta ficou quieto e não falou mais nada. A Doutora Mary se retirou novamente. Depois de uma hora, Alice decidiu que já estava cheia o suficiente. Não só a barriguinha dela estava cheia, mas sua fralda também.

– Peeta, agora é contigo. – Peeta pegou Alice – Se vire. Boa sorte.

Não iria perder isso de jeito nenhum. Me levantei da cama e segui Peeta até o trocador.

– E eu começo por onde? – perguntou ele, após colocar Alice deitada.

– Acho que primeiro você abaixa a calça dela. – respondi, eu já havia trocado uma fralda dela, mas Peeta não estava no quarto para poder ver como se faz. Ele abaixou a pequena calça que Alice usava.

– Tá. E agora?

– Agora, você abre a fralda.

Ele fez isso, assim que ele abriu a fralda, um cheiro forte e horrível invadiu o quarto.

– Nossa! – impressionou-se Peeta – Como uma coisinha tão pequena consegue fazer uma coisa que cheiro tão mal?
Continuei a orientar ele, e ele conseguiu trocar a fralda direitinho. Tirando a parte que ele quase sufocou a barriga de Alice, apertando a fralda ao máximo.

– Viu? Não foi tão difícil, ou foi? – perguntei enquanto ele pegava Alice novamente.

– Não. Não foi. Tirando o cheiro e as perninhas dela que não param quietas, foi bem fácil.

– Então você fica aqui com ela, que eu vou tomar um banho.

– Pera aí. Vai me deixar sozinho aqui com ela?

– O banheiro é bem ali. – apontei para o banheiro.

– Mas e se ela chorar?

– É um banho rápido. Nem vai dar tempo de ela notar a minha falta.

Deixei ele sozinho com Alice enquanto fui tomar um banho rápido. Na verdade o banho não foi tão rápido. Esperava que Alice chorasse só para ver o que Peeta iria fazer. Mas ela não chorou. Decidi sair do banho, me sequei rapidamente e vesti a minha roupa. Quando saí, vi Peeta na janela segurando Alice, enquanto ele conversava com ela:

– Olha só. É grande aqui, não é? Isso tudo é o Distrito 12. Há mais 12 Distritos. Tem os Distritos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 13. Está vendo todo aquele verde lá? São árvores. Lá fica a floresta. Sua mãe adora aquele lugar. Quem sabe ela não te leva na floresta algum dia? Tenho certeza que ela vai te levar. Se ela não levar, eu mesmo a levo. Se bem, que nós dois sozinhos lá não iria dar certo. Eu iria me perder assim que a cerca sumisse da minha vista. Não sei como sua mãe se acha naquele lugar. – ele apontou com o dedo para algum lugar – Pra lá fica a padaria, eu sei que não dá para ver daqui. Mas ela está lá. Pode ter certeza disso. Não se preocupe algum dia vou te levar lá também. Tem muita coisas gostosas pra comer lá, quando você crescer vai poder experimentar. Tem bolos, chocolates, pães, tortas...

– E os deliciosos pastéis do Brend. – o interrompi.

– Você demorou no banho. – ele se virou para mim.

– Eu sei, desculpe.

– Tudo bem.

– Ela deu algum trabalho?

– Nenhum.

– É claro que não deu Peeta. Ela não deu trabalho nenhum porque dormiu enquanto você falava sobre os Distritos, a floresta e a padaria. – falei rindo.

– Vish, nem notei que ela havia dormido. – ele riu junto.

No mesmo dia, fomos dispensados para casa.

– Agora ela está sob a responsabilidade de vocês. – afirmou a Doutora Mary, que nós acompanhou até nosso carro. – Boa sorte.

A frase que ela acabou de nos dizer me fez pensar. Ela está certa, Alice está sob a nossa responsabilidade agora, ou seja, qualquer erro que cometermos com ela, ela sofrerá as consequências. O que me deixou completamente aflita. E se eu cometesse algum erro? E se ela tivesse o mesmo fim de Prim? NÃO. Não vou deixar meus pensamentos me levarem desta vez. Vou ser cuidadosa. Além disso, tenho Peeta comigo. Não estou sozinha nessa. E se eu consegui sozinha, cuidar de Prim. Consigo cuidar da minha filha. Não temos mais a miséria para se preocupar. Só temos a paz, felicidade e prosperidade. E é no meio disso que Alice vai viver agora. Não é no meio da miséria, da fome, da injustiça, da guerra e da tristeza que Peeta e eu vivemos.

Peeta estacionou o carro. Eu ia sair e pegar Alice, mas ele se adiantou e a pegou da cadeirinha antes de mim. A mim, só restou pegar a bolsa que levamos. Abri a porta, já que Peeta estava com nossa filha nos braços. Tratei de levar a bolsa lá para cima, e já abrir todas as janelas. Quando desci, Peeta estava andando com Alice pela casa.

– Peeta, o que você está fazendo? – perguntei.

– Estou mostrando a casa pra ela.

– Ahhh.

Logo ficou noite. Peeta fez o jantar para nós. Comemos com Alice entre nós dois dentro do carrinho dormindo. Terminamos, Peeta ajuntou a louça e começou a lavar.

– Vou levar ela pro berço. – anunciei. – Vou tomar um banho e volto para secar a louça.

– Não precisa. Pode dormir se quiser, deixa que eu cuido da cozinha.

– Tudo bem, então. Boa noite. – falei, enquanto tirava Alice do carrinho.

– Boa noite.

Subi, deixei Alice no berço, dei um leve beijo na testa dela e fui tomar um banho rápido. Depois, deitei na cama e apaguei. Acordei ouvindo um choro. Levantei sonolenta e caminhei até o quarto. Peeta não chegou a acordar. Sabia o que era: fome. Dei de mamar para Alice, fiquei olhando para a janela enquanto isso. Uma leve brisa balançava a cortina fina que havia na janela. Assim que ela largou meu peito, olhei para ver se sua fralda não estava suja. Por sorte, não estava, ninei ela enquanto cantava. Ela dormiu rapidamente. Voltei para o quarto pensando que esta aventura está apenas começando.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje. Espero que tenham gostado. Comentem, please. Beijocas da Tia Rafú pra vocês. ;)



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