Capítulo 53 - Urgencia

POV da Bella

Dois meses depois...

Era mês de novembro. A cada dia que passava, a neve formava começava a formar um manto branco sobre tudo o que víamos. Por enquanto, era uma camada fina, mas daqui um mês, iria aumentar.

A viagem de recesso para a casa da Alice, foi ótima. Eu e Edward nos divertimos demais, com ela, Angie, Jasper, Eric e até meu tio, que – da maneira dele – se divertiu conosco. Edward gostou muito da Escócia, pudemos ainda parar em Londres, para visitar alguns pontos turísticos. E, é claro que todos gostavam da tradicional Londres. Eu até cogitava voltar para lá, mas só cogitava.

- Bem... – Eu disse a Jess quando nos despedíamos na saída da escola. Era no nosso último dia de aula.

- Ah, eu nem acredito que esse ano passou tão rápido! – Exclamou ela, com uma empolgação jamais vista. – E eu nem acredito que você ficou mesmo com o professor gato!

- Hey. – Eu alertei-a, de brincadeira. – O professor gato é meu noivo!

- Yeah, nós sabemos! – Nanda entrou na conversa, jogando sua bolsa sobre o banco. – Mas mesmo assim...

- Ah, foram tantos anos! – Lili nos abraçou. – me digam vocês vão vir nos visitar?

- Claro, né! – Jane sorriu.

- O que você vai fazer agora, Jane? – Olly perguntou a ela.

- Eu vou para a casa do meu tio Aro, em Volterra. Ele nos convidou para morar lá, enquanto pensamos na faculdade.

- Nós?

- É, o Alec também vai.

- mas e você Nanda?

- Simples, Lili. Eu vou junto! – Vou ser totalmente independente por lá.

- Gente, nos vemos por aí! Meu noivo está ali! – EU disse rindo.

- promete que nos convida para o casamento?

- Claro, ne´!!!

Eu ri e sai correndo em direção a onde Edward estava. Agora seríamos somente eu e ele. Agora não tinha mais a relação e o lance da ética, éramos somente nós dois. Finalmente iríamos poder aproveitar a vida juntos.

- Então, minha Bella, o que quer fazer?

- Não sei, o que podemos fazer? – Joguei meu material no banco traseiro do volvo.

Edward sorriu daquele jeito que eu simplesmente amava. Eu não resistia. Entrei no carro, coloquei o cinto e só deu tempo de fechar a porta, porque ele acelerou até o motor rugir e cantar pneus pelo fim da rua.

POV da Autora

Era noite em Edimburgo. O entregador de comida chinesa acabara de sair pelos grandes portões da mansão Hale, enquanto Alice, Angie, Jasper e Eric, ajeitavam-se na aconchegante sala de TV, para uma noite de filmes. Alice estava aninhada junto com Jasper num dos sofás grandes, enquanto Anigie estava no outro com Eric, os dois faziam alguma brincadeira entre eles, enquanto Alie e Jazz conversavam antes do filme.

- Eu nunca imaginei que você tivesse essa vida. – Jasper disse a ela. – Digo, você tinha dito que sua família era importante aqui, mas não pensei que fosse tanto, sabe...

- Relaxa, Alie, ele só está planejando dar o golpe do baú! – Eric riu, entrando na conversa.

- Claro, bem típico dele. – Alice riu baixo. – Mas sim, sempre tivemos essa vida. Mudar para NY foi uma das melhores coisas a se fazer!

- Ser normal é bom. – Angie riu baixo.

No andar de cima, Lincon assistia aos primeiros jogos da temporada de beisebol pela TV. Sua respiração era calma e sua aparência era visivelmente melhor, embora o estado de saúde, própriamente dito, dissesse o oposto. Ele estava sentado numa poltrona larga, de estofado branco e o móvel na cor marfim. Em sua, mão, o controle repousava.

- Sr. Lincon?

- Oh, entre Anne. – Ele sorriu gentilmente.

- Trouxe o seu jantar.

- Ah sim, espero que tenha trazido para nós dois. – Ele tornou a sorrir, deixando a TV um pouco de lado. – Vamos, sente e jante comigo. Aprecio sua companhia, Anne.

Anne nada respondeu, apenas colocou a bandeja na mesinha redonda, para dois lugares, que ficava no canto quarto e sentou-se com ele. Ela destampou os pratos na bandeja e ele serviu dois grandes copos de suco de laranja. Em nenhum momento, ele deixava de encará-la.

- Sabe... – Lincon disse-lhe. – Venho pensando há muito tempo...

- No que pensa, Sr. Lincon?

- Ora, vamos. Sabe que não gosto desse tratamento vindo de você. – Ele disse rindo. – Venho pensando que minhas filhas devem ter uma mãe. Alguém que possa cuidar delas quando eu me for.

Por um instante, a expressão de Anne foi de surpresa, mas depois de abatimento. Seu coração estava tão acelerado e as palavras pairavam em sua mente, impedindo que ela formulasse algo mais complexo e preciso.

- Encontrou alguma pretendente, Lincon? – Ela disse-lhe, dispensando apelidos, após tomar uma grande quantidade do suco.

- Na verdade sim. – Respondeu ele, surpreendendo-a.

- Oh, ficarei feliz em...

- Antes que diga algo. – Ele fez um gesto para que ela parasse, então pegou um objeto dentro de seu bolso. – Anne, você tem sido uma pessoa maravilhosa para mim e para minhas filhas. Acredito que você sinta o mesmo que eu, embora eu fique admirado por sentir isso por outra pessoa além de Catherine...

- Oh meu deus. – Ela arregalou os olhos e levou uma mão a boca.

- Anne eu... eu... eu... – Nesse instante, Lincon deixou o anel dourado cair de suas mãos e seu corpo foi tombando para o lado.

- Oh céus! – Ela gritou e foi em sua direção, segurando-o.

Anne empurrou-o de volta para a cadeira e pegou o Pager que estava dentro de seu bolso. Ela não hesitou em bipar outros dois funcionários, principalmente á Alfred, que dormia profundamente em seu quarto na parte de trás da mansão. Não demorou muito para que Lincon já estivesse sendo carregado para dentro de um carro. Angie e Alice saltaram do sofás, ao ver seu pai sendo carregado. Do jeito que estavam, os quatro saíram, acompanhados de Anne, para dentro de uma minivan que os esperava.

- Anne... – Angie murmurou, engolindo ás lágrimas.

- Sinto muito, recebi instruções de interná-lo.

- Oh céus! – As duas irmãs se abraçaram. Anne girava o pequeno anel dourado entre seus dedos, enquanto o carro corria rápido pelas ruas da cidade.

**

“Alo?” Uma voz calma disse pelo telefone.

- Bellinha, Bellinha, meu pai... meu pai foi internado!