Capítulo 40 – Destinos

POV da Autora

Haviam se passado quase três semanas, isso significava que em sete dias, o torneio regional de líderes de torcida começaria. Seriam quatro dias de coreografias e espera de resultados. Durante todo este tempo, a equipe treinava incansavelmente.

- Ah, Allie, nós pode...

- O que faz aqui? – bella foi surpreendida pela voz de seu pai, que adentrava a casa, enquanto ela descia as escadas com Alice e Angie.

- Eu vim ver minhas primas e minha mãe. – Bella tentava manter uma voz firme. – Podemos conversar, Chefe Swan?

- O... – Charlie não pretendia se dar ao trabalho de responder, mas quando ouviu Chefe Swan sair da boca de sua própria filha, foi o ápice. – Tudo bem... – Ele suspirou profundamente buscando paciência. – Vamos conversar.

Alice e Angie deixaram os dois a sós na sala, voltando para seus quartos, mas é claro que dependendo de Alice e Angie, aquela conversa não ficaria apenas entre eles dois. Charlie andou na frente, até o escritório da casa, um cômodo na frente, com as paredes levemente arredondadas e cortinas que cobriam as longas janelas. Bella entrou logo em seguida e fechou as portas duplas, girando a chave.

Charlie sentou-se na poltrona de couro e encarou-a. Bella encostou-se na pesada mesa de mogno e olhou dentro dos olhos dele, sem desviar por um segundo sequer o olhar.

- O que quer conversar... você sabe que não temos o que conversar. – Ele murmurou.

- Escute. Me deixe falar, depois retruque e me de outro esporro, ok? – Ela pediu.

- Está bem.

- Sei que foi difícil para você receber a notícia de que eu tinha ficado grávida, assim do nada e, pior de tudo, quando eu estava no hospital.

- Nã-

- Pai.

- Ok, fale.

- Mas você também sabe que Edward iria assumir nosso filho, pai. Ele é uma boa pessoa, até mais do que você imagina. Eu gostaria mesmo que você pelo menos aceitasse isso e eu pudesse voltar a freqüentar essa casa. Sabe que eu amo você, assim como amo a mamãe e as meninas. – Bella engoliu as lágrimas que estavam por vir. – Ia realmente ser um choque para você se soubesse que eu estava grávida com apenas dezessete anos, para mim ia ser um choque também. Eu ia ter que largar o colégio, encarar a sociedade, mas e daí?

“Só que por obra de uma pessoa obsessiva, eu perdi meu bebê.” Bella enxugou as lágrimas que escorriam abertamente pelo seu rosto. “Edward havia tido um rolo com essa menina, eu entendo ela. Ela é popular e queria ficar com o cara bonito da escola. Dã, quem não quer, né? E ela descobriu tudo e no dia que eu estava na pirâmide, ela resolveu aprontar, soando o alarme de incêndio. As meninas se assustaram e então a base tremeu, literalmente. Eu cai. Fiquei meses ruim, Edward não desistiu de mim, papai.

“Ele me ajudou tanto, ele me dava o carinho que você não estava me dando. Ele me acolheu, cuidou de mim e não exigiu nada em troca. O que existe de errado numa relação assim?”

Charlie engoliu seco, jamais pensou que sua filha poderia estar coberta de razão como estava. Bella sempre fora a mais infantil, dentre Alice e Ângela, mas parecia mesmo que ela havia amadurecido. Ele respirou profundamente, então finalmente falou.

- Entenda, Bella. Eu e sua mãe somos de famílias tradicionais inglesas, nós temos um nome a zelar.

- Esqueça a porra do nome!!! – Bella exclamou.

- O que foi, All? O que ela disse? – Angie disse baixinho para sua irmã.

- Shiii!!

- meninas, o que estão fazendo? – Renée perguntou, quando viu as duas meninas paradas atrás da porta do escritório.

- Shiu, tia. – Angie reclamou. – bella e o Tio Charlie estão conversando.

- Então vocês não tem que ficar aí. Andem, venham em ajudar com o jantar. – Renée puxou-as pelo braço e foram em direção a cozinha.

- Não vê?! – Bella reclamou. – Não vê que existe algo maior que um simples sobrenome. EU o amo. Mas não precisa dizer nada. Espero somente que me desculpe por ter te decepcionado, mas eu vou fazer você vir me dizer que você estava errado, chefe Swan.

- Não me chame assim, sabe que não gosto. – Ele reclamou. – Eu te perdôo, Bella. Mas acho que nunca vou entender a relação de voc~es.

- Não vai mesmo. Mas vai aceitar.

Bella saiu do escritório e foi em direção á cozinha. Viu sua mãe e suas primas arrumando o jantar. Bella olhava a cena sorrindo, então aproximou-se da pia e começou ajudar sua mãe com a louça.

- Então?

- Bem, ele ainda cisma com essa coisa de sobrenomes. Mas não se preocupe, que tal uma festinha do pijama, garotas?! – Bella disse alto.

- Ahh, tio Charlie, eu adoro você, afinal não um chato completo. – Alice gritou e abraçou-o.

- sei, sei. Vai ficar aqui ou voltar para o apartamento do...

- Edward. – Bella acrescentou. – Não, vou ligar e avisar que dormirei aqui hoje.

- Okay, vou tomar banho. – Charlie subiu para o quarto.

- Ele é assim mesmo, logo estará agindo normalmente com você. – Renée garantiu a filha.

- Obrigada mãe. Ah! Esqueci!!! – bella  sentou-se na banqueta alta. – Fim de semana que vem, os pais do Edward virão para cá. Então marcaremos um jantar para que vocês possam conhecê-los.

- Isso é ótimo querida. Podemos jantar em algum lugar bem aconchegante... conheço um lugar perfeito. – Renée riu.

- Faremos compras.

- Certo, certo. Vamos ás compras. Mas você vai garantir que o papai vá. – bella pediu a mãe.

- Claro que sim. – Ela sorriu novamente.

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Na casa de Rosalie, seu pai falava ao telefone, enquanto sua mãe e ela arrumavam as coisas para começarem a jantar. Os pais de Rosalie haviam ficado profundamente magoados e estarrecidos com a atitude que a filha, que sempre fora tão bem criada e – aparentemente – educada, havia tomado.

- Tudo bem. Não, será necessário. – Seu pai falava. – Sim, muito bom saber. Uma universidade vai ser bom para ela. Mas não quero ter que obrigá-la a nada. Ele virá? Semana que vem? Então fica tudo acertado. Se não der tudo certo, fica para o fim do ano. Ok. Boa noite. Até mais, amigo. Muito obrigado.

- Então querido? – A mãe de Rosalie perguntou.

- Semana que vem eles estarão aqui. Você vai para Rochester, Rosalie. – O pai disse-lhe.

- Tudo bem. – Ela disse de cabeça baixa.

- Não vai esperniar ou fazer qualquer baderna?

- Não, mãe. Eu sei que o que fiz foi errado e sei que isso é algo que mereço. Eu vou para a casa deles e sim, eu vou aturar aquele filho chato deles.

- Não diga isso. Os McCarty são uma excelente família. – O pai dela falou. – E você nem conhece Emmett para falar sobre ele.

- Ok, ok. Então vou terminar o ultimo ano lá mesmo. Não tenho nada a perder saindo daqui.

Quando o jantar terminou, Rosalie subiu para seu quarto, assim como seus pais. Os dois, depois de um longo banho, ficaram conversando, enquanto o sono não vinha.

- Espero que seja uma boa idéia. – George murmurou.

- Vai ser querido, não se preocupe. Eles são pessoas muito doces e a cidade é maravilhosa. Vai ser ótimo. – Anne sorriu e lhe deu um beijo delicado.